NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL AEROFLAP


Vídeos: Embraer testa KC-390 em pista de terra


Gabriel Centeno | Publicada em 30/08/2021

A Embraer divulgou na tarde desta segunda-feira (30) um vídeo mostrando os ensaios do cargueiro tático multimissão KC-390 Millennium em pistas despreparadas. Nas imagens impressionantes, a aeronave é vista taxiando, decolando e pousando na pista construída pela própria fabricante em suas instalações em Gavião Peixoto (SP). 

Em julho, a Embraer informou que deu início aos testes com a aeronave militar. Para isso, uma pista de terra com 1800 metros de extensão foi construída na sede da empresa. No último final de semana, começaram a circular vídeos nas redes sociais mostrando os ensaios. Confira. 

O C-390 é projetado para ser um cargueiro tático e uma das características do emprego militar tático é o desdobramento da aeronave em locais não-preparados, transportando veículos, tropas e suprimentos para localizações mais próximas da linha de frente do combate, por exemplo. Além do uso bélico, também existem as operações humanitárias em tempos de paz. 

Nos ensaios, a Embraer vai certificar o emprego do Millennium a partir de pistas de terra, observando os limites da aeronave nesse tipo de terreno, como distância percorrida nos pousos e decolagens, peso daaeronave na pista, ingestão de poeira pelos motores e outros detalhes. 

O modelo encontra-se em operação na Força Aérea Brasileira, que possui quatro unidades em serviço com o Esquadrão Zeus (1º GTT). Um total de 28 aeronaves foram adquiridas, mas o contrato está sendo revisto junto à Embraer por falta de orçamento. Portugal, que já era parceiro do programa,  adquiriu cinco aeronaves, enquanto a Hungria anunciou o contrato para duas aeronaves em novembro de 2020. O KC-390 pode carregar até 26 toneladas. 

PORTAL CAVOK


Militares brasileiros são treinados em missões de Operações Aéreas Especiais na Colômbia


Fernando Valduga | Publicada em 30/08/2021 12:00

Atualmente, está sendo desenvolvido um “Treinamento de Operações Especiais” no Comando de Combate Aéreo nº 1, em Puerto Salgar, Colômbia, no qual dois Oficiais Pilotos da Força Aérea Brasileira e um pessoal da especialidade Segurança e Defesa de Bases da Força Aérea Colombiana.

Nesta ocasião, os participantes estão sendo treinados em manobras e técnicas de resgate, infiltração e exfiltração em diferentes cenários, a fim de adquirir e realizar uma formação contínua que permita ao pessoal estar preparado e pronto para responder a qualquer tipo de missão.

Este treinamento é liderado por homens do Grupo de Operações Especiais Aéreas, instrutores da Escola de Treinamento Militar Aéreo – ESIMA e instrutores do Comando Aéreo de Combate nº 5 (CACOM 5) e é realizado com aeronaves da Força Aérea Colombiana, com o objetivo de desenvolver diferentes capacidades, técnicas, táticas e procedimentos em manobras que requerem altos níveis de concentração, habilidade e perícia.

Com este exercício, a Instituição consegue manter o seu pessoal treinado para reagir a qualquer tipo de emergência em todo o território nacional, mesmo internacional, ajudando diversos países que passaram por desastres naturais ou situações especiais, colocando em prática as diferentes técnicas de inserção e extração a salvar vidas, bem como proporcionar um alto nível de preparação a outros países da região.

DEFESA - AGÊNCIA DE NOTÍCIAS


Equipe do ITA é premiada em Olimpíada Internacional de Matemática

Alunos do Instituto conquistaram o 2º lugar na classificação geral das universidades brasileiras

Ita | Publicada em 30/08/2021 18:48

Na semana de 2 a 8 de agosto, cerca de 100 universidades do mundo inteiro, com a participação de 590 estudantes, disputaram a 28th International Mathematics Competition for University Students (IMC), competição internacional de matemática destinada a alunos de graduação, tradicionalmente realizada na Bulgária, mas que, neste ano, ocorreu na modalidade online.

A competição desafia os estudantes a solucionarem, em duas sessões de quatro horas cada, problemas das áreas de álgebra, análise (real e complexa) e análise combinatória. Os itens propostos devem ser precisamente formulados, incluindo uma apresentação do resultado de forma detalhada.

A equipe do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), liderada pelo ex-aluno Pedro Soares da Costa M. Souza e composta por mais sete estudantes, conquistou os seguintes resultados: Caio Augusto de Carvalho Costa, medalha de ouro, Gabriel Tostes Messias Pereira, Diego Campos Laboissiere Villela, Igor Caldeira Magalhães, Alexandre Raulik Neto e Caio Graça Gomes, medalhistas de prata, e Ariel Silva Claudino, medalha de bronze. Quanto à classificação por equipes, considera-se a pontuação dos três melhores alunos e a média de todos os membros do grupo. Com esse critério, o ITA conquistou o 2° lugar entre as universidades brasileiras, precedido apenas pela USP.

Na edição deste ano, além do ITA, participaram o Instituto Militar de Engenharia (IME), a Fundação Getúlio Vargas (FGV) do Rio de Janeiro, a Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, a Universidade Federal do Ceará (UFC), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), a Universidade de São Paulo (USP), a USP de São Carlos e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), totalizando 53 estudantes de universidades brasileiras.

O coordenador da equipe, professor da Divisão de Ciência da Computação, Armando Gouveia, afirmou que “o ótimo resultado alcançado se deve ao preparo e à competência dos alunos, viabilizado pelo patrocínio da gestora Giant Steps, que se dispôs a financiar os estudantes”.

RÁDIO JOVEM PAN


Sabia que o centro de lançamento espacial mais bem localizado do mundo é brasileiro?

A Base de Alcântara, no Maranhão, fica em uma península muito próxima da linha do Equador e debruçada para o mar, o que permite que veículos sejam lançados para todos os tipos de órbita

Lívia Zanolini | Publicada em 30/08/2021 15:09

Se engana quem pensa que a tecnologia espacial é algo muito distante, presente apenas em pesquisas e projetos grandiosos, como a exploração de outros planetas ou o recém-inaugurado turismo no espaço. Sabia que é graças a ela que as pessoas têm acesso, por exemplo, às informações meteorológicas, às telecomunicações, às rotas do GPS e à geolocalização nos aplicativos de transporte? Pois é, para que tudo isso funcione, satélites são enviados para órbitas da Terra para coletar dados e, a partir deles, oferecer serviços à população. No Brasil, o programa espacial começou na década de 60 e é coordenado pela Agência Espacial Brasileira, ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. O país possui dois centros de lançamento, que são locais propícios a mandar foguetes, satélites ou outras cargas para o espaço.

O primeiro a ser inaugurado, em 1965, foi o Centro de Lançamento da Barreira do Inferno, em Natal/Parnamirim, no Rio Grande do Norte. Como ao longo dos anos a cidade cresceu ao redor da estrutura, por questões de segurança, de lá são lançados apenas veículos espaciais de pequeno porte, que não ultrapassem 1 tonelada e 10 metros de comprimento. No local, também há antenas de telemetria e radar, que possibilitam o rastreamento dos equipamentos. Para abrigar operações com veículos maiores, na década de 80, foi inaugurado o Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, considerado o mais bem localizado do mundo. Isto porque a estrutura fica em uma península muito próxima da linha do Equador e debruçada para o mar, o que permite que veículos sejam lançados para todos os tipos de órbita.

O Amazônia 1, o primeiro satélite de observação da Terra totalmente projetado, testado e operado pelos brasileiros, só não foi lançado de Alcântara, em fevereiro deste ano, porque não havia foguetes capazes de transportar o equipamento com seus 640 quilos. Por causa disso, após licitação internacional, o lançamento acabou sendo feito na Índia. Em 2019, Brasil e Estados Unidos assinaram o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas, que permite a exploração comercial do Centro Espacial de Alcântara, possibilitando que qualquer veículo que tenha algum componente americano possa ser lançado daqui. Depois de ratificado pelo Congresso, foi feito um chamamento público, no ano passado, convocando as empresas nacionais e estrangeiras interessadas. Das nove que apresentaram proposta, quatro estão negociando contratos com a Aeronáutica para começar a operar já a partir do ano que vem.

Segundo o presidente da Agência Espacial Brasileira, Carlos Moura, o acordo permite que o país inicie uma nova era na exploração do espaço. “Nós estamos atraindo a iniciativa privada. Isso está acontecendo nos Estados Unidos, na Europa, na Ásia. Nós estamos vendo a iniciativa privada buscando bons projetos para poder investir. Essa é uma mudança de paradigma colossal. Quando a gente fala no setor econômico, oportunidade de emprego, de negócios, iniciativas para pequenas empresas, isso, certamente, é um nicho novo que estamos desenvolvendo. Nós temos demanda em vários setores econômicos muito fortes que podem investir muito. É o caso da agricultura, da mineração, do setor de óleo e gás. Então existe uma janela de oportunidade muito grande. Seja para lançar [veículos espaciais], seja para fazer satélite, seja para fazer aplicativos, que é onde está o grosso do mercado. A gente abre oportunidades para o brasileiro e pode entregar serviços para a nossa população”. Tá Explicado?