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PORTAL G1


Venezuelano perde 30 kg com falta de comida em seu país, mora na rua em Roraima e tenta nova vida em SP

Luis, Mayckel e Pedro foram acolhidos pela Casa do Migrante, coordenada pela Missão Paz.

Por Paula Paiva Paulo, G1 Sp | Publicado em 30/08 - 15h02

Eles tinham uma vida de classe média na Venezuela, emprego, casa própria. Em um curto espaço de tempo, um engenheiro perdeu 30 quilos porque passou a ter uma refeição por dia, um confeiteiro se viu forçado a ter uma dieta a base de banana e mandioca, e um técnico em eletrônica também não conseguia nem emprego nem comida.

Os três, Luis Millan, Mayckel Rodriguez e Pedro Salazar, fizeram o mesmo percurso. Saíram da Venezuela pela fronteira com Roraima, passaram meses na capital Boa Vista, e chegaram a São Paulo pelo processo de interiorização, que é a distribuição dos imigrantes que entram por Roraima para outros estados, realizada pelo governo federal.

Uma estimativa divulgada nesta quarta-feira (29) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) aponta que cerca de 30,8 mil venezuelanos vivem no Brasil atualmente. Em 2015, eram cerca de mil.

Conheça a história dos venezuelanos:

Engenheiro dormiu três meses na rua

O engenheiro elétrico Lucas Millan, de 27 anos, decidiu sair da Venezuela para buscar a irmã, a primeira a sair em busca de uma vida melhor no Brasil. Mais velha de cinco irmãos, a doutora em Educação relatava já ter dormido na rua no Rio de Janeiro. Ainda assim, no dia 19 de março, Lucas pegou um ônibus para atravessar a fronteira com Roraima e chegou a capital Boa Vista.

Quando chegou, foi surpreendido por milhares de venezuelanos sem ter onde se abrigar. “Não sabia que era tão difícil porque nos diziam que era fácil”. Para Luis, como os venezuelanos escutavam isso, vieram todos “de uma vez só”. Ele dormiu três meses na rua, até ir para um abrigo do governo, onde passou um mês, e vir para São Paulo no final de julho.

Na Venezuela, antes da crise econômica, política e social que abala o país, Luis conta que tinha um bom emprego na área de construção de edificações e projeto da parte elétrica. Ele morava com o pai, a mãe e a esposa, e era o principal responsável pela renda da família.

Mas, há cerca de dois anos, a inflação começou a disparar no país, e sua renda de cinco salários mínimos passou a permitir apenas a compra de um frango e três sacos de arroz por mês. “Em questão de dias passei a ser de classe média para baixa em um só golpe. Não dava nem para comprar comida”.

Em um ano, conseguindo comer apenas uma refeição por dia, Luis foi de 111 para cerca de 80 quilos. “Todo mundo baixou de peso porque ninguém come, só tem uma refeição ao dia, é difícil”.

Em Boa Vista, surgiu a oportunidade de vir para São Paulo em um avião da Força Aérea Brasileira (FAB), no processo de interiorização, em uma ação do governo federal. Ele chegou no final de julho e há 10 dias conseguiu um emprego. “Vim com a mentalidade de trabalhar no que fosse, porque sabia que como engenheiro não ia conseguir pelo meu diploma não ter validade. Comecei a procurar de cozinheiro, de limpeza, e por sorte consegui de eletricista”.

Segundo o Sindicato dos Eletricitários de São Paulo, o salário de um eletricisata depende do acordo com cada empresa, mas a média é de R$ 1.100. Já o piso de um engenheiro eletricista, segundo o Sindicato dos Engenheiros do Estado de São Paulo, é de R$ 5.724, para seis horas de trabalho. Com a ajuda da Missão Paz, Luis está tentando validar seu diploma aqui no Brasil.

Em São Paulo, Luis disse se sentir melhor recepcionado que na capital de Roraima. “Aqui tem muitos imigrantes, todos são normais, te tratam igual, já em Boa vista... Mas eles têm razão, com essa imigração, migrou muita delinquência”, pondera.

A irmã continua no Rio de Janeiro, e eles ainda não se encontraram. Agora ela mora em um abrigo, mas ainda não conseguiu emprego. Com o trabalho que conseguiu em São Paulo, Luis quer reunir a família na capital paulista.

Ele chora ao falar da esposa, que não vê há cinco meses. “É difícil estar tão longe de tudo, não conhecer ninguém. Nós venezuelanos não estamos acostumados a imigrar, nos obrigaram. O venezuelano ama seu país, mas nos obrigaram de um dia para o outro a imigrar”.

Dieta a base de banana e mandioca

O jovem Mayckel Rafael Rodriguez, de 20 anos, há oito meses no Brasil, lembra com saudade da comida típica da Venezuela, como a “pasta com caraota” - uma versão de macarrão com feijão. Mas a lembrança deste prato vem de antes da crise em seu país, quando passou a ter uma dieta praticamente a base de frutas e legumes.

“Tudo se reduzia a banana e mandioca, banana e mandioca, banana e mandioca, todos os dias. Era o mais barato”, relata. Com isso, perdeu cerca de seis quilos. Comer carne, segundo ele, era muito difícil. “Custava mais que um salário mínimo”.

Com este cenário, decidiu deixar a esposa e dois filhos, de um e três anos, em busca de um futuro melhor no Brasil. Chegou em Pacaraima em janeiro, mas também não encontrou o que esperava. Dois meses depois decidiu ir para Boa Vista, e passou a dormir na Praça Simón Bolívar, onde viviam centenas de venezuelanos. “Para tomar banho buscávamos alguma maneira. Um terminal, um centro de verduras... as vezes não tinha lugar. Muitas vezes nos cortavam a água. Foi duro”.

Quando soube dos ataques de brasileiros a venezuelanos em Pacaraima no dia 18 de agosto, Mayckel disse que “deu graças a Deus” que não estava mais lá e que orou pelos compatriotas. “Não culpo nem eles [brasileiros], nem nós. Roraima é um estado muito pequeno”.

Em Caracas, na capital venezuelana, ele conta que já “fez de tudo”. Trabalhou como confeiteiro, trabalhou em lojas, e também ganhou dinheiro como músico, cantando rap. Em Boa Vista, conseguia trabalhar em mercados. “Ganhei muitas diárias organizando verduras, e também vendendo limão... os brasileiros gostam muito de limão, né?”, observa.

Mas agora, em São Paulo, ele tem esperança de encontrar uma vaga fixa. Mayckel também conseguiu vir no processo de interiorização, e chegou no final da noite de terça-feira (28). “Tenho muita expectativa, muitos sonhos, me disseram que tem muitos lugares bonitos. Mas, agorinha, agorinha, minha meta é um emprego. No que for”.

Mas o sonho mesmo é que a situação no país melhore, para poder retornar. Ele não pretende trazer a família. “Tenho esperança que Venezuela se estabilize. Não trocaria meu país por nada”.

Técnico em eletrônica quer voltar para a Venezuela

O técnico em eletrônica Pedro Alexander Salazar, de 40 anos, também cruzou a fronteira da Venezuela para o Brasil em janeiro. Apenas passou por Pacaraima e foi direto para Boa Vista. “Minha experiência em Boa Vista foi boa, não pude conseguir um emprego como queria. Os brasileiros foram pouco pacientes com a gente, mas fomos levando”, disse.

Ele chegou na capital paulista no mesmo avião que Mayckel, na noite de terça-feira (28). Em São Paulo, espera conseguir um emprego e “dar exemplo para outros venezuelanos”. “Sei fazer muitas coisas, sou eletricista, técnico em eletrônica, sou motorista, trabalho em construção, tenho muitas armas pra poder me defender aqui”.

Pedro é casado, tem quatro irmãos e a mãe na Venezuela. O pai morreu há três meses. ‘Minha mãe está viva ainda, e graças a deus espero que se mantenha viva até que eu possa chegar com a benção”, diz o técnico.

A “benção” será o dia em que a Venezuela volte à normalidade e ele possa voltar com dinheiro poupado no Brasil. “Meu país é minha raiz e com fé em Deus espero que a situação melhore para regressar”, afirma.

Luis, Mayckel e Pedro estão na Casa do Migrante, coordenada pela Missão Paz e localizada no Centro da cidade. O responsável, Padre Paolo Parise, disse que 78 chegaram na casa desde abril, em quatro processos de interiorização. Destes, quase metade já está trabalhando formalmente.

“Às vezes surge um sentimento a partir da população brasileira, que sofre o desemprego também, como ‘ah, estes vêm roubar o nosso emprego’. Eu os convido a pensar de uma maneira solidária, não colocar um contra o outro, porque podemos conseguir para um e para outro”, disse o padre.

O local tem 110 vagas e hoje 17 nacionalidades são acolhidas. O maior grupo é de venezuelanos, seguido por haitianos e angolanos. Localizada na Rua do Glicério, o local abre as portas de terça-feira a quinta-feira, a partir das 10 horas, para empresas que queiram oferecer empregos aos refugiados. O telefone é 11 3340 6950.

 

Decreto de Temer não muda atuação das Forças Armadas na fronteira com a Venezuela, diz Exército em RR

Desde fevereiro, 400 militares atuam em duas operações na fronteira e devem continuar com intensas fiscalizações na região. No entanto, com base em decreto de Garantia da Lei da Ordem, posto volante de fiscalização vai patrulhar as rodovias BR-174 e 401.

Emily Costa | Publicado em 30/08 - 12h11

O decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) assinado na última terça-feira (28) pelo presidente Michel Temer está em vigor, mas não alterou a atuação das Forças Armadas na fronteira com a Venezuela. A determinação, no entanto, levou à criação de um posto volante nas rodovias BR-174 e 401 e a definição de que a Força Nacional atuará nas ruas de Pacaraima e nos arredores de abrigos em Boa Vista, informou o Exército em Roraima nesta quinta-feira (30).

Segundo a 1ª Brigada de Infantaria de Selva, desde fevereiro cerca de 400 militares das Forças Armadas já atuavam em duas operações que intensificam a presença na fronteira da Venezuela. Não há previsão de reforço nesse efetivo.

"Uma das operações é a Acolhida, que cuida do fluxo migratório, e a outra é a Controle, que visa combater ilícitos transfronteiriços na fronteira com a Venezuela e também com a Guiana mencionada no decreto", comunicou a assessoria da 1ª Brigada, acrescentando que, na faixa de 150 KM de fronteira onde é feito o patrulhamento, o Exército já atuava com poder de polícia antes da GLO.

À Rede Amazônica Roraima, o general Henrique Dutra, comandante da 1ª Brigada, disse que com o decreto os militares que atuam nos abrigos da operação Acolhida passam a ter poder de polícia.

Além disso, caso haja manifestações semelhantes a que aconteceu em 18 de agosto em Pacaraima, os militares também terão autonomia para conter o tumulto.

“Se houver o que aconteceu em Pacaraima, recentemente, agora o Exército terá autonomia para controlar a manifestação”, disse o General Dutra.

Apesar do decreto não alterar a atuação nas fronteiras, o Exército informou que com base na GLO foi criado um posto de bloqueio e controle móvel com cerca de 10 militares para intensificar a fiscalização nas rodovias BR-174 (Venezuela) e BR-401 (Guiana).

Além do posto volante, já havia postos fixos de bloqueio nas duas fronteiras, e também no Anel Viário, na BR-174, em Boa Vista.

Ainda segundo a 1ª Brigada, após a assinatura do decreto, houve uma reunião entre o Exército, polícias Militar, Civil e Força Nacional. Nela foi definido que o trabalho das polícias também não tem alteração, e que a Força Nacional atuará nas ruas de Boa Vista e Pacaraima.

"Os 150 homens da Força Nacional que estão em Roraima [cerca de 90 em Pacaraima e 60 em Boa Vista] vão atuar nas ruas das cidades. Em Boa Vista, o patrulhamento deve ser nos arredores dos abrigos de imigrantes e em Pacaraima nas ruas da cidade", informou a assessoria.

Decreto

Em pronunciamento no Planalto, o presidente Temer assinou a GLO com validade de 2 semanas (até 12 de setembro), podendo ser prorrogado se necessário.

O anúncio foi feito dez dias após a cidade de Pacaraima (RR) registrar ataques de brasileiros a acampamentos de venezuelanos.

Na ocasião, o ministro Joaquim Silva e Luna (Defesa) disse que os militares usados na ação seriam os da 1ª Brigada, em Boa Vista, e os que já atuavam no trabalho de acolhimento dos venezuelanos.

Fronteira com a Venezuela, Roraima é a principal rota utilizada pelos imigrantes que entram no Brasil. Os venezuelanos tentam fugir da crise política, econômica e social do país, com inflação alta e desabastecimento. Segundo o IBGE, 30,9 mil estão vivendo no Brasil - 99% em Roraima.

Crise migratória

A situação de Roraima é discutida desde 2016 no governo federal. Em fevereiro, Temer assinou um decreto reconhecendo a "situação de vulnerabilidade" em Roraima e editou uma medida provisória (MP) prevendo ações de assistência para os venezuelanos.

Além disso, foi deflagrada a Operação Acolhida para atender imigrantes recém-chegados ao Brasil e transferir venezuelanos para outros estados. Até agora foram mais de 1.098 foram enviados a outros estados em voos da Força Aérea Brasileira - 91 nesta quinta-feira.

A governadora do estado, Suely Campos (PP), pediu o fechamento da fronteira ao Supremo Tribunal Federal (STF), mas Temer já afirmou que a medida é ´incogitável´e a ministra Rosa Weber rejeitou o pedido e entendeu que a decisão cabe a ele.

 

Mais 91 venezuelanos são levados de Boa Vista para Brasília, Paraná e Rio de Janeiro

Voo da FAB decolou às 12h07 desta quinta-feira (30), horário de Brasília, do aeroporto internacional de Boa Vista.

Alan Chaves | Publicado em 30/08 - 11h59

O 8º voo do processo de interiorização deve decolar de Boa Vista nesta quinta-feira (30) levando 91 venezuelanos para Brasília, Paraná e Rio de Janeiro.

O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) saiu às 12h07 (hora de Brasília) do aeroporto internacional da capital.

No voo desta manhã, 61 dos imigrantes foram para o interior do Paraná, na cidade de Goiorê. Outros 27 para a capital do Rio de Janeiro e quatro para Brasília.

Na terça (28), outros 187 imigrantes foram levados para o Amazonas, Paraíba e São Paulo. Os refugiados ficaram nas cidades de Manaus (65), São Paulo (53) e João Pessoa (69). Lá eles foram recebidos em abrigos, onde podem morar por até três meses.

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A primeira parada do Boeing 767 da FAB será em Brasília. A aeronave está prevista para pousar na capital federal às 15h10. De lá, o avião segue para o Paraná, onde deve chegar por volta das 19h10. o destino final é o Rio de Janeiro. A previsão do pouso é às 21h.

Os venezuelanos que aceitaram participar da interiorização foram vacinados, submetidos a exames de saúde e regularizados no Brasil com CPF e Carteira de Trabalho, informou a Casa Civil.

Com o 8º voo, o número de pessoas levadas de Roraima para outros estados no processo de interiorização chega 1.098. O transporte de imigrantes de Roraima para o restante do país começou em abril.

Conforme a Casa Civil, a partir da próxima semana a estimativa é interiorizar ao menos 400 venezuelanos por semana. Serão disponibilizados de três a quatro voos por semana para transportar os refugiados. O governo ainda não informou para onde esses imigrantes irão.

´Saímos fugindo da Venezuela´, diz refugiada

A doceira Michel Vargas, de 25 anos, o esposo Joel Alonzo, de 39 anos, e os três filhos do casal estavam no voo e iam com destino ao Paraná.

"Saímos fugindo da Venezuela. Não é segredo para ninguém o que está acontecendo por lá. Queremos começar de novo e oferecer para os nossos filhos um futuro melhor", disse a mãe.

No Brasil há oito meses, a família morou por cinco em Pacaraima e o restante em Boa Vista sempre na casa de brasileiros que os acolheram. Há pouco mais de um mês souberam que era necessário viver em um dos abrigos para serem interiorizados e resolveram mudar de casa.

Acirramento da violência

A saída de venezuelanos ocorre cerca de duas semanas após o mais recente caso de acirramento da violência na fronteira entre Pacaraima (RR) e a Venezuela.

No dia 18 de agosto, um grupo de brasileiros atacou acampamentos de venezuelanos, colocando fogo em objetos, roupas e documentos dos imigrantes. A violência foi uma represália a um assalto: um comerciante disse que foi roubado e agredido em seu comércio por venezuelanos. Após o ataque dos brasileiros, 1,2 mil venezuelanos deixaram o Brasil, segundo o Exército.

 

´Não existe nenhuma ação que se transforme em milagre´, diz general das forças integradas no RJ

General Antonio Manoel de Barros diz que não se pode esperar "varinha de condão". Ele culpa crise de segurança por décadas de violência.

Gabriel Barreira | Publicado em 30/08 - 15h38

O general de divisão Antonio Manoel de Barros, comandante responsável pelas ações integradas das Forças Armadas na intervenção do Rio, elogiou a operação nesta quinta-feira (30). Após reunião com autoridades - como o presidente da República, governador e prefeito - ele disse que não existe "varinha de condão" para a segurança pública.

"Não existe nenhuma ação que se transforme em milagre. Temos um problema de décadas no Rio, que o estado brasileiro, através dessa intervenção, num esforço muito grande de todos nós, particularmente da população que mais sofre, busca as soluções".

O encontro ocorreu para fazer um balanço dos seis meses da intervenção, mas as autoridades consideram que a parte "executória" tem apenas três. Foi também a impressão apresentada pelo presidente da República, Michel Temer (MDB), que vê "índices extraordinários". O general fez eco à impressão.

"Quando você vem com um problema de décadas e décadas, não vão ser três meses de maneira mágica que resolvem os problemas. Esse é um aspecto. Estamos falando de uma cidade com milhões de habitantes. Falamos é de população beneficiada, mas tem um ponto: por que será que está havendo apoio da população para a intervenção?", questionou o general.

Confrontado com a última pesquisa de opinião que indicou queda do apoio, rebateu. "Aí falamos do que caiu ou do que existe?"

"Se a sensação (de segurança) não melhora, é porque alguém não está fazendo o papel de informar e temos que questionar isso aí", lamentou o general.

Perguntado sobre a sensação de segurança após os tiroteios no Dona Marta, a instabilidade na Vila Kennedy - considerada a comunidade modelo da intervenção - e das baixas militares no Complexo do Alemão, o general celebrou a diminuição de roubos e latrocínios.

"Mas isso não importa muitas vezes. Eu lamento profundamente que alguns pontos a gente tem isso de problema. Como vamos melhorar a sensação para aquela pessoa, se a gente não fala o que está dando certo? Será que está tão ruim assim e nós não temos nenhum resultado positivo? Os senhores peguem os índices demonstrados e vejam".

´Irracionalidade de marginais´

Citando o exemplo do Alemão, o general fez um esboço da segurança pública fluminense. Disse que os tiroteios são de responsabilidade de "bandidos irracionais buscando confronto" que disparam rajadas contra a tropa "sem critério" e acabam sendo alvejados.

"Infelizmente, o confronto acontece por causa da irracionalidade desses marginais que se encontram acuados e buscam confronto. Nós somos o estado", disse.
Mais mortes, menos roubos

Entre os índices divulgados em agosto pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), na comparação entre os meses de julho de 2017 e julho de 2018, destacam-se os seguintes:

aumento de 105% das mortes em ações policiais;
aumento de 9% nos homicídios dolosos;
queda de 29% no roubo de veículos;
queda de 61% nos latrocínios;
queda de 19% no roubo de carga.

 

Forças de Segurança vão intensificar ações em áreas dominadas pelo tráfico e milícia para ter ‘eleições tranquilas’ no RJ

General Richard Nunes afirmou que Polícia Militar vai receber 170 carros novos para auxiliar no patrulhamento. Gabinete de Crise será instalado no CICC para organizar ações do pleito eleitoral.

Matheus Rodrigues | Publicado em 30/08 - 17h27

O secretário de Segurança Pública do Rio, general Richard Nunes, afirmou nesta quinta-feira (30) que as forças de segurança irão focar suas ações em áreas com influência de milicianos e narcotraficantes durante as eleições.

Durante uma reunião com juízes eleitorais e representantes do Tribunal Regional Federal do Rio, Nunes afirmou que os trabalhos em áreas conflagradas já foram iniciados. Ele citou ações realizadas nesta quinta-feira na Região Metropolitana e Baixada Fluminense.

“O nosso desdobramento de tropas federais em apoio à Segurança Pública tem sido bastante intenso. Nós já estamos atuando em muitas áreas conflagradas. Até agora pouco estávamos operando em São Gonçalo; em Queimados e Belford Roxo na Baixada Fluminense e na Zona Oeste e uma parte da Zona Norte. São áreas complicadas, onde temos grupos de milicianos atuando, temos áreas de narcotráfico. Ou seja, realizando operações chamada Dínamo Cargas para coibir essa modalidade criminosa que aflige essas áreas. Essa é uma fonte de financiamento do crime organizado”, disse.

Richard Nunes afirmou ainda que, após a colaboração dos juízes eleitorais e a análise do setor de inteligência, o trabalho dos militares pode ser ampliado. Os esforços, segundo o secretário, tem como objetivo garantir que a eleição seja tranquila.

“São áreas que mapeamos e sabemos que a ação das Forças Armadas tem que ser mais intensas em apoio ao processo eleitoral. Outras também serão incluídas, há outras comunidades que também precisam desse tipo de atuação”, emendou Nunes. “Teremos eleições muito tranquilas. A vontade do povo expressa pelo voto será garantida em clima de absoluta tranquilidade”.

Além disso, foi anunciado que cerca de 170 carros serão entregues para os batalhões da Polícia Militar até a próxima semana. Um gabinete de crise também será instalado no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) para auxiliar nas ações de véspera e no dia do pleito eleitoral.

 

Temer diz que últimos 4 meses da intervenção federal foram ´extraordinários´

Presidente diz considerar ótimos os resultados da ´fase de execução´ dos trabalhos e citou a aprovação popular indicada em pesquisa.

Gabriel Barreira | Publicado em 30/08 - 12h43

O presidente da República, Michel Temer (MDB), disse nesta quinta-feira (30), no Rio de Janeiro, que os índices de criminalidade dos últimos meses da intervenção federal no estado foram "extraordinários".

"Registrei na minha fala (na reunião) a todos os setores que imaginava um período de seis meses de intervenção. Ela ultrapassa um pouco o período de seis meses, mas de atividade executória - porque os dois primeiros foram de organização - temos praticamente três, no máximo quatro. E nesses três ou quatro meses os índices de combate à criminalidade são extraordinários", disse o presidente.

A declaração foi dada em um evento em que foi discutido um balanço dos 6 meses da intervenção. Participaram do encontro o interventor federal, general Braga Netto, o governador Luiz Fernando Pezão (MDB) e o prefeito Marcelo Crivella, além dos ministros da Justiça, Torquato Jardim; da Defesa, Joaquim Silva de Luna; o Chefe do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen; e o ministro da secretaria de Governo, Carlos Marun. A reunião foi no Comando Militar do Leste (CML), região central do Rio.

Mais mortes, menos roubos

Entre os índices divulgados anteriormente pelo Instituto de Segurança Pública (ISP), na comparação entre os meses de julho de 2017 e julho de 2018, destacam-se (veja os dados detalhados no fim da reportagem):

aumento de 105% das mortes em ações policiais;
aumento de 9% nos homicídios dolosos;
queda de 29% no roubo de veículos;
queda de 61% nos latrocínios;
queda de 19% no roubo de carga.

O número de tiroteios aumento 61%, segundo o aplicativo Fogo Cruzado.

Aprovação da intervenção

Temer disse que embora, em pesquisas de satisfação, a intervenção tenha perdido apoio é "extremamente favorável" por ainda ser bem vista por mais da metade da população.

"Sei que se diz, bom, o apoio à intervenção federal caiu de 74% para 66%, mas eu mesmo me indago qual setor da atividade pública que tem 66% de aprovação da população? Ou seja, quando ultrapassa a margem dos 50% já é extremamente favorável".

O presidente da República também comemorou as apreensões de drogas.

"Nos últimos dias cresceu exponencialmente o número de prisões. Em segundo lugar, apreensão de cocaína e maconha cresceu substancialmente portanto dando resultado da intervenção. Estamos satisfeitíssimos por ter decretado essa intervenção parcial. Exemplo do Rio tem sido invocado por outros governos que pedem intervenção nessa área."

Na quarta-feira (29), o ministro da segurança pública, Raul Jungmann, disse que o Estado estará mais seguro quando a intervenção acabar do que quando começou.
Já o Instituto de Segurança Pública (ISP) divulgou, também neste mês, um balanço mostrando alguns índices de criminalidade de julho de 2018, comparados com julho do ano passado.

Confira alguns índices:

MORTES EM DECORRÊNCIA DE INTERVENÇÃO POLICIAL

Julho de 2017 - 63
Julho de 2018 - 129
Variação: alta de 105%

HOMICÍDIOS DOLOSOS

Julho de 2017 - 374
Julho de 2018 - 408
Variação: Alta de 9%

ROUBO DE VEÍCULOS

Julho de 2017 - 4.951
Julho de 2018 - 3.518
Variação: Queda de 29%

LATROCÍNIO

Julho de 2017 - 23
Julho de 2018 - 9
Variação: Queda de 61%

ROUBO DE CARGA

Julho de 2017 - 908
Julho de 2018 - 731
Variação: Queda de 19%

ROUBO DE RUA

Julho de 2017 - 12.587
Julho de 2018 - 11.021
Variação: Queda de 5%

Incogitável o fechamento de fronteiras

Temer também falou sobre a situação dos venezuelanos em Roraima. Ele disse que o fechamento de fronteiras é "incogitável" e disse que uma possível entrega de senhas seria para diferenciar os imigrantes que só estão no Brasil para fazer compras e aqueles que dependem de atendimento humanitário, como vacinas ou outras ajudas.

"Evidentemente, quando li a preocupação de que a minha fala poderia significar fechamento de fronteiras - vou pedir licença para dizer - é porque as pessoas não sabem ler ou não querem ler. Bastaria pegar afirmações minhas, quando disse que fechamento de fronteira é incogitável. Houve até medida judicial e minha advogada geral da união está trabalhando exata e precisamente para que seja cumprida pela legislação federal ou por tratados internacionais que eu mesmo assinei, quando fui abrir os trabalhos da ONU, seria incogitável o fechamento de fronteiras. Não há isto, não haverá isto."

 

AGÊNCIA BRASIL


Rio: força de segurança receberá coletes que suportam tiros de fuzil


Douglas Corrêa | Publicado em 30/08 - 20h57

O comdando da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro vai adquirir 14.875 coletes balísticos, capazes de suportar tiros de fuzil, que são consideradas armas de guerra, que cada vez mais são encontradas nas mãos do crime organizado nas favelas e morros do Rio, controlados pelo tráfico de drogas.

De acordo com dados da Coordenadoria de Inteligência da Polícia Militar do Rio, entre 1º de janeiro e 30 de junho deste ano, foram apreendidas 3. 806 armas e 157 fuzis no estado. No período, os policiais prenderam 14.060 pessoas e apreenderam 2.750 menores.

A aquisição do equipamento está prevista no Plano Estratégico do Gabinete de Intervenção Federal (GIF). O aviso, com dispensa de licitação devido à urgência, é baseado em orientação do Tribunal de Contas da União (TCU). A autorização foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (30).

O valor total da contratação, que engloba ainda capas sobressalentes, é de R$ 76.743.550,85. De acordo com o GIF, os novos coletes vão substituir peças que estão no fim da vida útil e suprir deficiência de dotação. A aquisição está prevista no Plano Estratégico do GIF. O aviso, com dispensa de licitação, devido à urgência, é baseado em orientação do Tribunal de Contas da União (TCU).

A finalidade é manter ou melhorar as condições de proteção e segurança dos policiais militares, civis e da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap), cujos agentes são responsáveis pela escolta de presos e também pela segurança dos presídios, penitenciárias e casas de custódia do estado.

 

MINISTÉRIO DA DEFESA


Defesa prepara militares e civis para resposta médica a desastres


Comandante Cleber Ribeiro | Publicado em 30/08 - 12h54

ImagemBrasília, 30/08/2018 – Prossegue até sexta-feira (31), o curso de Resposta Médica a Desastres do Ministério da Defesa. A capacitação conta com a participação de 35 oficiais da área de saúde das três forças singulares, da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBM-DF), além de servidores civis de órgãos governamentais. O curso prepara militares e servidores civis para atuarem tanto em acidentes naturais quanto aqueles causados pela ação do homem.

A abertura do evento ocorreu na segunda-feira (25) no auditório do Hospital das Forças Armadas (HFA). Na ocasião, o subchefe de Integração Logística (SUBILOG) da Chefia de Logística e Mobilização (CHELOG) do MD, brigadeiro Douglas Arthur Fernandes Junior recebeu os participantes com um pequeno discurso.

O brigadeiro Douglas destacou que o curso é importante por marcar a consolidação da implantação do Centro de Medicina Operativa, que se encontra com a parte física em andamento, e, em paralelo, necessita da formação de pessoas focadas na condição conjunta da medicina operativa. Ressaltou ainda, que a integração com representantes do meio civil é importante pelo fato de que o centro terá a função dual, atendendo também a população civil.

Para o diretor técnico de saúde do HFA, brigadeiro Médico Marcos Vieira Maia, é um privilégio hospedar os integrantes do curso e ressaltou que o treinamento para atuação em desastre é fundamental para que se possa ter um bom fluxo de atendimento. “Nós combatemos como treinamos”, frisou o brigadeiro. Para ele, a interoperabilidade entre as Forças Armadas e a integração com órgãos civis, não só é desejada como é necessária, pois, em um desastre, o treinamento e estabelecimento de protocolos em conjunto são fundamentais para que se possa ter sucesso na operação.

A tenente coronel Carla Maria Clausi, que participou do resgate de vítimas de um furacão no Haiti, disse que entrou para o Exército justamente para atuar na vertente operativa da medicina. Disse que teve a oportunidade de morar em Guajará Mirim, na fronteira com a Bolívia, e desempenhou sua profissão em condições mínimas, o que comprovou, de uma vez por todas, a sua vocação. Para os militares que estão ingressando agora na área da medicina operativa, a oficial definiu a tarefa como um desafio, e que a atividade dá uma nova oportunidade dia após dia.“Sou realizada pessoal e profissionalmente e a emoção que senti ao resgatar as crianças dos escombros superou o meu próprio sentimento de sobrevivência”, afirmou Carla Clausi.

Já para o major bombeiro militar do Distrito Federal, Leonardo Tizzo, especializado em estrutura colapsada pelo Corpo de Bombeiros e pela Organização das Nações Unidas (ONU), disse que a participação no curso é importante pela oportunidade de se integrar com outros órgãos militares e civis.

O curso terá duração de pouco mais de três meses e está dividido em três partes. Sendo a primeira fase, presencial, a segunda fase, na modalidade de Ensino a Distância (EAD), desenvolvida de 1º de setembro a 2 de dezembro; e, por fim, a terceira fase, também presencial, no período de 3 a 7 de dezembro deste ano.

 

PORTAL PALÁCIO DO PLANALTO


No Rio, autoridades fazem balanço da Intervenção Federal no estado

Reunião de monitoramento contou com a presença do presidente da República, de ministros, integrantes das Forças Armadas e de representantes do governo local

Publicado em 30/08 - 15h21

Autoridades federais, estaduais e das Forças Armadas participaram nesta quinta-feira (30) de uma reunião de monitoramento para discutir os resultados da Intervenção Federal na área de segurança pública do Rio de Janeiro.

Ao apresentar um balanço das operações no Rio de Janeiro, o comandante do comando conjunto da Intervenção Federal, general Antonio Manoel de Barros, afirmou que as ações militares no estado já beneficiaram mais de 6 milhões de habitantes.
 

Integração

“São mais de 99 mil militares empregados, quase 100 mil quilômetros patrulhados, [...] mais de seis milhões de habitantes beneficiados direta e indiretamente”, afirmou. “Em dois dias de operação [no Complexo do Alemão], retiramos de circulação de armamento e drogas mais de R$ 4,2 milhões”, exemplificou.

Para o presidente da República, Michel Temer, os resultados positivos da Intervenção Federal são fruto da integração das forças de segurança. “A exposição que aqui foi feita [das estatísticas] revela a integração das forças militares, Polícia Civil, Polícia Federal”, disse o presidente, em entrevista à imprensa.

 

JORNAL DA BAND - TV


Governo libera PPP para sistema de tráfego aéreo


Publicado em 30/08

O governo autorizou uma parceria público privada para melhorar o sistema de transmissão de dados do tráfego aéreo no país. O controle das operações vai continuar com a aeronáutica.
 

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