NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

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AGÊNCIA BRASIL


Forças Armadas aumentam produção de cloroquina e álcool em gel

Laboratórios atuam em parceria com Ministério da Saúde

Publicada em 30/03/2020 10:41

O Ministério da Defesa anunciou que os laboratórios químicos das Forças Armadas aumentaram a produção de álcool em gel e de cloroquina. A produção em caráter emergencial acontece de forma conjunta no Laboratório Farmacêutico da Marinha (LFM), no Laboratório Químico Farmacêutico do Exército (LQFEx) e no Laboratório Químico Farmacêutico da Força Aérea (LAQFA), todos localizados no Rio de Janeiro.

“Temos 10 mil bisnagas de álcool gel em embalagens de 85ml em estoque. A ideia é produzir 180 mil bisnagas”, declarou a coronel médica do Exército Carla Clausi, subdiretora de Saúde Operacional do Exército.

A Aeronáutica também vai ampliar a produção a partir de hoje (30). O Laboratório Químico da Força Aérea produzirá mais de 1.200 litros de álcool em gel. Após essa data, a expectativa, de acordo com o Ministério da Defesa, é aumentar a produção para 8 mil litros desse produto para limpeza das mãos.

“Nós também adquirimos Equipamentos de Proteção Individual (EPI), como macacão, touca e luva, para distribuir aos hospitais da FAB. Vamos enviar esses produtos, de forma emergencial, para uso dos médicos e enfermeiros que estão enfrentando o Coronavírus”, afirmou a tenente-coronel farmacêutica Andreia Brum, diretora interina do LAQFA.

O laboratório da Marinha também faz parte da força-tarefa. “O setor de pesquisa e desenvolvimento iniciou árduo trabalho para formular e adequar a estrutura fabril, a fim de permitir a produção de sanitizantes como o álcool em gel 70%. Na segunda-feira passada (20), foi prontificado o primeiro lote em escala industrial do referido produto”, informou o capitão de Mar e Guerra André Hammen, diretor do LFM.

Cloroquina

Além da produção de álcool em gel, os três laboratórios estão unindo forças para ampliar a produção de cloroquina, medicamento recentemente autorizado pelo Ministério da Saúde para ser utilizado no tratamento de pacientes acometidos por coronavírus em estado grave. O laboratório do Exército é detentor do registro desse medicamento e iniciou a produção na segunda-feira passada (23).

Assim que a produção for concluída, cabe aos laboratórios da Força Aérea e da Marinha as etapas de embalagem e rotulagem. “As ações conjuntas permitirão acelerar a produção, de forma que sejam concluídos dois lotes por semana, o que representa cerca de 500 mil comprimidos”, explicou o Capitão de Mar e Guerra André Hammen.

Laboratórios químico-farmacêuticos

Os laboratórios químico-farmacêuticos das Forças Armadas atuam em parceria com o Ministério da Saúde, reduzindo o custo de produção e a compra de medicamentos importantes de alto custo e complexidade. Ao todo, são 21 laboratórios oficiais no país, que, juntos, produzem cerca de 30% dos medicamentos utilizados no Sistema Único de Saúde (SUS).

MINISTÉRIO DA DEFESA


Hospitais de Campanha ampliam combate ao coronavírus


Por Tenente Edwaldo Costa | Publicada em 30/03/2020 21:56

Brasília, 30/03/2020 - Desde o dia 20 de março, a Marinha, o Exército e a Aeronáutica têm atuado conjuntamente em função da ativação do Centro de Operações Conjuntas (COC), situado no Ministério da Defesa (MD), em Brasília (DF), que está interligado a dez Comandos Conjuntos, distribuídos por todo o território nacional, para combater o surto de COVID-19

Com a intenção de apoiar o sistema de saúde brasileiro devido ao grande número de pessoas que poderão ser infectadas pelo coronavírus, as Forças Armadas iniciaram as ações de coordenação e cooperação que envolvem Hospitais de Campanha (H Cmp) Militares e Civis.

A Comandante Cíntia Lobo, da Marinha do Brasil, explica que o Hospital de Campanha é uma unidade hospitalar móvel, que temporariamente cuida de pessoas atingidas por situações de emergências e calamidades públicas. “Independente se o H Cmp é militar ou civil, oferta serviços de atenção à saúde, com apoio de equipes multiprofissionais, em atendimentos de urgência e emergência, atendimento ambulatorial, internações, remoções, realização de procedimentos cirúrgicos, exames laboratoriais e de imagem. O processo só é finalizado com as altas e as transferências dos pacientes”, explica a Comandante da Marinha.

Cada Hospital de Campanha pode apresentar diferentes aspectos em seus projetos e composições estruturais e organizacionais para atender às suas finalidades específicas nas atividades de saúde, e podem ser construídos também por civis, como está acontecendo em muitos estados brasileiros. As Forças Armadas já utilizaram Hospitais de Campanha em situações de enchentes, terremotos no Haiti e no Chile e está compartilhando a expertise com instituições para salvar vidas.

Na operacionalização do apoio de saúde, por meio do emprego do H Cmp militar ou civil, diversas ações devem ser planejadas, de forma geral, envolvendo três processos básicos: o atendimento, o apoio logístico e o apoio administrativo. Além dos protocolos assistenciais, deve ser estabelecido um fluxo de fornecimento de medicamentos, materiais e recolhimento dos resíduos sólidos.

Os H Cmp militares estão localizados no Rio de Janeiro, Recife e Campo Grande. Esses hospitais foram criados para emprego em operações militares e humanitárias, pois possuem poucos leitos e precisariam ser adaptados às condições da presente pandemia. No caso da COVID-19, haja vista a possibilidade de elevada demanda e da limitada disponibilidade de H Cmp das Forças Armadas o apoio será avaliado com especial cuidado pelo Ministério da Defesa.

Em Boa Vista (RR), embora chamado de Hospital de Campanha, as Forças Armadas montaram uma Área de Proteção e Cuidados para atender, a princípio, 80 brasileiros e venezuelanos com suspeita ou confirmação de coronavírus. Com a participação das agências da ONU, o local terá capacidade para 1.200 leitos hospitalares e mil leitos para pessoas infectadas ou com suspeita de infecção. Uma vez inaugurado, o espaço também servirá para atender brasileiros que vivem em comunidades fora de Boa Vista e não possuem local para ficar na capital de Roraima.

Já a prefeitura de Guarujá (SP) solicitou o hangar da Base Aérea de Santos para que seja transformado em um H Cmp civil. O local está sendo adaptado para atender a população brasileira. O Comandante da Base Aérea de Santos, Tenente-Coronel Aviador Francisco José Formaggio informa que haverá no local 50 leitos de internação e 20 leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) para atender casos mais graves. “É uma parceria inédita na região que busca salvar vidas. A empresa contratada pela Prefeitura do Guarujá é a mesma que está montando o Hospital Municipal de Campanha no Estádio do Pacaembu. A previsão é que a estrutura fique pronta até o final da primeira quinzena de abril”, comenta Formaggio.

Em cidades como Porto Alegre, Caxias do Sul, Criciúma, Rio Grande (RS), Florianópolis (SC), Curitiba (PR), Valinhos (SP), Campinas (SP) e outras, as Forças Armadas estão apoiando com a instalação de tendas de triagem para atender pacientes com sintomas gripais.

O diretor-técnico do Grupo Hospitalar Conceição (GHC) de Porto Alegre, médico Francisco Zancan Paz, destaca que o apoio das Forças Armadas com a montagem das tendas, no atual momento foi importante e fundamental para receber todos os pacientes com sintomas da COVID-19 fora dos hospitais. “Vamos centralizar toda a triagem nos postos de atendimento montados. É fundamental que pessoas com sintomas não tenham contato com outros pacientes no hospital, evitando o colapso do serviço de emergência pelo acúmulo de suspeitos que não tenham gravidade. Desta forma, chegarão ao hospital apenas pacientes graves que realmente necessitam de cuidados”, explica Paz. O GHC é composto por quatro hospitais públicos.

Até o momento, a Operação Covid-19 envolve a participação de mais de 5,5 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Cerca de 660 viaturas, 53 embarcações, três aeronaves estão sendo empregadas pelos 10 Comandos Cojuntos e pelo Comando Aeroespacial permanente.