NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL AEROIN


Liberado o documentário sobre a formação dos Pilotos de Caça do Brasil; veja como assistir


Murilo Basseto | Publicada em 30/01/2022

A cidade de Natal, no Rio Grande do Norte, é a sede de uma das principais unidades de formação de pilotos de caça do mundo.

Nela, todos os anos, um seleto grupo de Aspirantes recém-formados pela Academia da Força Aérea (AFA), essa em Pirassununga (SP), passa por um treinamento complexo que os preparam para guarnecer os esquadrões de caça situados em vários pontos do território brasileiro.

Em “Joker – Escola de Pilotos de Caça”, um documentário de 60 minutos de duração, o espectador mergulha no universo da exigente e intensa rotina do 2º/5º Grupo de Aviação (GAV) “Esquadrão Joker”, da Força Aérea Brasileira (FAB), acompanhando desde as aulas, briefings e simuladores até o voo a bordo dos aviões de caça Embraer A-29 Super Tucano.

O documentário, uma realização da Hunter Press com patrocínio da Collins Aerospace, Dakila, Embraer, Goodyear, MBDA e Saab, e apoio da Força Aérea Brasileira, Brazil Box, Chile Coins e Esquadrões de Combate, estreou abertamente na internet neste sábado, 29 de janeiro.

Você pode assisti-lo por completo no player a seguir:

O Joker

O 2º/5º GAV “Esquadrão Joker” é o primeiro passo na carreira dos aviadores militares que vão cumprir as missões de Defesa Aérea, Ataque e Reconhecimento Tático nos esquadrões de caça da Força Aérea Brasileira (FAB).

A origem do Joker remonta ao ano de 1953, quando foi criado para fazer a formação dos pilotos de caça da FAB com os lendários caças Republic P-47D Thunderbolt, utilizados pelo Brasil na 2ª Guerra Mundial.

"Ao longo das décadas, a unidade passou por algumas transformações no tipo de missão desempenhada e nos modelos de aeronaves utilizadas. Mas a formação de pilotos de caça é, sem dúvidas, a atividade que mais predominou ao longo de quase 70 anos de história."

Desde 2004 o Esquadrão opera com o Embraer A-29 Super Tucano, um caça moderno e cujas características e tecnologia proporcionam o treinamento ideal para os pilotos que irão guarnecer a atual frota de caças da FAB e, em breve, o caça supersônico de última geração Saab F-39E/F Gripen.

O Super Tucano

O Embraer A-29 Super Tucano foi desenvolvido no início dos anos 2000 para ser uma plataforma de combate cumprindo as missões de apoio aéreo aproximado, policiamento do espaço aéreo, ataque e escolta. Além disso, conta com recursos que permitem a ampla formação e treinamento de pilotos de caça.

Com capacidade para transportar até 1.550 kg de carga bélica em cinco pontos sob as asas e na fuselagem, o Super Tucano também dispõe de duas metralhadoras de calibre .50 polegadas.

O cockpit é digital, com telas multifuncionais e coloridas compatíveis com a operação de óculos de visão noturna; head-up display; datalink; comunicação criptografada entre outras qualidades.

A Força Aérea Brasileira emprega em torno de uma centena de aviões Super Tucano, em quatro esquadrões de caça, incluindo o 2º/5º GAV “Esquadrão Joker”. Além do Brasil, a aeronave é operadora por outros 15 países, incluindo os EUA, a maior potência militar do mundo.

OUTRAS MÍDIAS


DEFESA EM FOCO - COPAC realiza cerimônia de transmissão do cargo de Presidente


Força Aérea Brasileira | Publicada em 30/01/2022 14:31

A Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (COPAC), da Força Aérea Brasileira (FAB), está sob nova gestão. Em cerimônia militar realizada nesta quarta-feira (26/01), em Brasília (DF), o Brigadeiro do Ar Alan Elvis de Lima transmitiu o cargo de Presidente da Organização Militar ao Brigadeiro do Ar Antonio Luiz Godoy Soares Mioni Rodrigues.

A solenidade, que contou com a presença do Ministro da Defesa substituto e Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, teve o ato de passagem presidido pelo Diretor-Geral do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial, Tenente-Brigadeiro do Ar Hudson Costa Potiguara. Participaram, também, do evento o Ex-Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, e demais Oficiais-Generais das Forças Armadas, dentre outras autoridades.

Na oportunidade, o Tenente-Brigadeiro Potiguara ressaltou a importância da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate para o País. “Nesses 40 anos de atuação, foram diversos os projetos gerenciados pela COPAC, da mais alta relevância, em estreita coordenação com outros setores do Comando da Aeronáutica, responsáveis pelas gestões logística, operacional, técnica, industrial, orçamentária e financeira das atividades de sua responsabilidade”, pontuou.

Em seu discurso de despedida, o Brigadeiro Elvis pontuou sobre as renovações nas Organizações Militares. “Hoje, os ventos da mudança novamente se fazem presentes: o efetivo tem um novo líder, e eu sigo para o IV COMAR, em São Paulo. Sem mudança, não nos desenvolvemos; sem mudança, não há aprendizado; sem mudança, não há progresso”, salientou.

Já o Brigadeiro Soares comentou sobre o novo cargo. “É um desafio enorme, mas a equipe é muito motivada. Nós estamos prontos para dar continuidade ao que os nossos antecessores fizeram ao longo dos quase 41 anos de história da COPAC”, frisou o Oficial-General.

O novo Presidente

O Brigadeiro Soares é natural da cidade de Piquete (SP) e ingressou na Força Aérea Brasileira em 04 de fevereiro de 1985, tendo sido declarado Aspirante a Oficial em 06 de dezembro de 1991 e promovido ao atual posto em 31 de março de 2020. Realizou todos os cursos de carreira e ainda: Curso de Tática Aérea; Curso de Piloto de Defesa Aérea; Curso de Piloto de Reconhecimento; Curso de Piloto de Aeronave de Controle e Alarme em Voo; Curso de Chefe Controlador; Curso de Chefe Controlador Aeroembarcado; Curso de Comando e Emprego; Gerenciamento de Órgão de Controle de Operações Aéreas Militares; e Estágio para Comandantes, Chefes e Diretores. Possui mais de 3.800 horas de voo e 14 condecorações nacionais, além de quatro condecorações internacionais.

COPAC

A Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate foi criada em 24 de fevereiro de 1981, tendo sua sede fixada em Brasília. Diretamente subordinada ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), a COPAC tem a finalidade de gerenciar os projetos de desenvolvimento, aquisição e modernização de materiais e sistemas aeronáuticos para o Comando da Aeronáutica (COMAER), articulando as ações necessárias para alcançar eficácia e eficiência no ciclo de vida desses materiais e sistemas.

PORTAL CONTEXTO - Conheça o veículo hipersônico da FAB

Força Aérea Brasileira garante que o projeto em desenvolvimento conseguirá voar a cerca de 12 mil quilômetros por hora

José Aurélio Soares | Publicada em 30/01/2022

Em 14 de dezembro, o Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, sediou o lançamento do primeiro veículo da FAB com motor hipersônico aspirado (scramjet na sigla em inglês) construído no Brasil: o Demonstrador 14-X S.

Segundo o governo brasileiro informou à CNN Brasil, o veículo atingiu a “fronteira” entre a Terra e o espaço, percorrendo um total de 200 quilômetros (km) de distância, e caiu numa área segura no Oceano Atlântico.

Veículos supersônicos alcançam qualquer velocidade acima da unidade de medida Mach 1 (cerca de 1,2 mil km/h) até Mach 5 (aproximadamente 6,2 mil km/h). Além dessas faixas, entra-se na chamada “zona hipersônica”.

É esse território que está sendo explorado por pesquisadores brasileiros do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial da Força Aérea Brasileira (FAB). O teste no Maranhão foi uma etapa de um projeto ambicioso.

Caso seja bem-sucedido, o Brasil ocupará um lugar privilegiado no mercado de motores para veículos hipersônicos, podendo tanto ampliar seus equipamentos domésticos, como vender seus produtos para a indústria estrangeira.

Testes da FAB

Batizada de Propulsão Hipersônica 14-X, em homenagem ao 14-Bis do aviador Santos Dumont, o propulsor scramjet do Demonstrador 14-X S alcançou uma velocidade próxima a Mach 6 (seis vezes a velocidade do som) logo no primeiro teste, realizado em 2008. A velocidade de Mach 6, contudo, é apenas uma fração do potencial dos motores scramjet.

Conforme a FAB, depois de aprimoramentos realizados ao fim dos primeiros testes, o sistema em desenvolvimento no Brasil conseguirá voar a Mach 10 (cerca de 12 mil km/h). Como comparação, o avião comercial supersônico Concorde — desenvolvido por franceses e ingleses na década de 1970 — voava a cerca de Mach 2.04 (aproximadamente 2 mil km/h).

O projeto prevê pelo menos mais três ensaios de voo nos próximos anos de modo a demonstrar o funcionamento e rendimento do motor scramjet. Na última etapa, chamada 14-XWP, a FAB espera ter um veículo hipersônico autônomo totalmente funcional, com capacidades de controle e manobra.

Motor relativamente simples

Diferentemente de motores a jato, o scramjet não possui partes móveis, como compressores e turbinas que comprimem o ar nas câmaras de combustão. Esse tipo de propulsor também dispensa sistemas de ignição.

Em vez disso, a queima da mistura de combustível e ar ocorre pelo calor na câmara de combustão, que esquenta por força do atrito gerado pela passagem do ar em alta velocidade.