Uma igreja em Córrego do Feijão, que fica na área rural de Brumadinho – onde estava a barragem da Vale que se rompeu na sexta-feira matando dezenas de pessoas –, foi transformada em um centro de inteligência para subsidiar o trabalho de resgate das vítimas. 

Em meio aos bancos e imagens religiosas, a Força Aérea Brasileira, os bombeiros e a polícia militar instalaram equipamentos e afixaram planos de ação.

O centro de comando na Igreja Nossa Senhora das Dores fica margeado por um campo de futebol, onde chegam os helicópteros da operação, e do lado do cemitério da cidade. É na mesma área que ficam os peritos do Instituto Médico Legal que estão recebendo dezenas de corpos retirados pelas equipes.

Dentro da igreja foram improvisadas três espécie de escritórios. A FAB fez uma mini torre de controle, de onde controla o espaço aéreo. Apesar de ter proibido a circulação de qualquer aeronave ou drone que não estejam entre os 14 helicópteros que participam da operação, os bombeiros reclamaram de equipamentos que estão atrapalhando os trabalhos com sobrevoos.

Com mapas virtuais e marcações em GPS, os bombeiros atuam na estação de controle que também fica na igreja. “Aqui temos o controle das equipes, dos terrenos e corpos encontrados e fazemos um mapeamento das condições”, informou o tenente coronel Eduardo Angelo. 

O terceiro ‘escritório’ faz o controle das viaturas e equipes. Durante todo o dia é lá também que os militares e voluntários civis tem os momentos de descanso. Também é na área do QG que os cães farejadores tem atendimento e assistência veterinária.

Foi montado um espaço em que voluntários, alguns deles até com parentes desaparecidos, ajudam ofecrendo comida e bebida para quem está trabalhando.