NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL AEROIN


Aviador ilustre e marcante na história da FAB, falece o Major-Brigadeiro Silas Rodrigues


Murilo Basseto | Publicada em 28/06/2022 14:00

A Força Aérea Brasileira (FAB) manifestou, nesta terça-feira, 28 de junho, condolências e profundos sentimentos de solidariedade e apoio aos familiares do Major-Brigadeiro do Ar Silas Rodrigues.

A FAB lamentou hoje informar o falecimento do Major-Brigadeiro Silas, aos 97 anos, ocorrido na noite do domingo, 26 de junho, em sua residência em Brasília (DF).

Personalidade ilustre e marcante na história da FAB, o Major-Brigadeiro Silas ingressou na Força Aérea em abril de 1943. Foi declarado Aspirante a Oficial Aviador em 18 de dezembro de 1945 e participou do Primeiro Estágio da Seleção para Pilotos de Caça (ESPC), liderado pelos veteranos do Primeiro Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA), na Base Aérea de Santa Cruz (BASC), em 1946, o qual deu origem à formação da Aviação de Caça Brasileira.

O Oficial-General ocupou importantes cargos e funções, dentre os quais:

– participou da ativação do Segundo Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação (2º/5º GAV) – Esquadrão Joker, como Oficial de Operações;

– comandou o Primeiro Esquadrão do Décimo Quarto Grupo de Aviação (1º/14º GAV) – Esquadrão Pampa;

– foi Comandante do Quinto Grupo de Aviação;

– Comandou a Base Aérea de Brasília e o Comando Aerotático; e

– foi Vice-Chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, dentre outros.

Reformado em 1989, após 46 anos de serviço, possuía mais de oito mil horas de voo, das quais mais de mil e cem horas de caça nos aviões P-47 e Gloster.

Honras Fúnebres

A cerimônia de honras fúnebres foi realizada no Hangar do Grupo de Transporte Espacial (GTE), localizado na Base Aérea de Brasília (BABR), durante a manhã desta terça-feira. 

Informações da Força Aérea Brasileira

PORTAL AEROFLAP


FAB tem vagas de nível superior para oficiais temporários


Agência Força Aérea | Publicada em 28/06/2022 15:47

A Força Aérea Brasileira (FAB) está com vagas abertas para oficiais temporários. A instituição iniciou ontem (27) os Avisos de Convocação, que visam selecionar profissionais de nível superior para prestação do serviço militar voluntário, de caráter temporário, para o ano de 2022.

O edital contempla vagas para diversas áreas de atuação: Técnico, Magistério, Segurança e Defesa, Medicina, Farmácia, Odontologia e Medicina Veterinária.

A seleção envolve avaliação curricular, inspeção de saúde, avaliação psicológica, teste de condicionamento físico, entre outras etapas. Os requisitos específicos e as condições para a participação no processo seletivo constam no Aviso de Convocação.

Os selecionados serão voluntários à prestação do serviço militar, em caráter temporário, para Quadros de Oficiais da Reserva de 2ª Classe Convocados para Profissionais de Nível Superior, na área Grupamento Técnico (QOCon Tec 1-2022/2023), Magistério (QOCon Tec MAG 1-2022/2023), Segurança e Defesa (QOCon Tec SED 1-2022), bem como no Grupamento de Médicos, Farmacêuticos, Dentistas e Veterinários (QOCon MFDV 1-2022/2023).

As inscrições eletrônicas seguem até o dia 08/07 e podem ser acessadas através deste link.

Requisitos Obrigatórios e Recomendações

Os voluntários devem ficar atentos aos documentos obrigatórios e aos parâmetros de qualificação, de forma a realizar a correta comprovação das exigências na validação documental e na avaliação curricular, confirmando a pontuação na seleção. Cabe alertar, ainda, sobre a necessidade de apresentação de exames médicos, que constam no Aviso de Convocação.

Os organizadores do processo seletivo recomendam aos candidatos que se antecipem para a realização dos exames, avaliações, atestados e laudos médicos a serem apresentados na Concentração Inicial, conforme previsto no Aviso de Convocação.

Há 99 anos era realizado o primeiro reabastecimento em voo


Gabriel Centeno | Publicada em 28/06/2022 18:00

Há quase 100 anos, quatro aviadores norte-americanos entraram para a história da aviação ao realizarem o primeiro reabastecimento em voo. O que começou como um experimento se tornou uma capacidade muito importante para diversas forças aéreas no mundo todo, incluindo a brasileira. 

O fato ocorreu em 27 de junho de 1923 em San Diego, Califórnia, e envolveu dois biplanos Airco DH.4B do Serviço Aéreo do Exército dos EUA — que mais tarde se tornou Corpo Aéreo, depois Força Aérea do Exército e finalmente, em 1947, a Força Aérea dos EUA (USAF) como uma instituição independente — tripulados pelos tenentes Virgil Hine, Frank Seifert, Lowell Smith e John Richter.

As duas aeronaves foram modificadas com base em estudos do engenheiro e aviador russo-estadunidense Alexander de Seversky. De maneira simplificada, o DH.4B de Hine e Seifert seria o avião-tanque, estendo uma mangueira de 15,24 metros até o DH.4B de Smith e Richter, que voava logo abaixo. 

Enquanto Hine e Smith pilotavam suas aeronaves, Seifert e Richter ficaram responsáveis pela transferência de combustível entre os aviões. Com as aeronaves conectadas, os pioneiros foram capazes de transferir 284 litros de gasolina de um avião para a outro, marcando o primeiro reabastecimento em voo na história. 

O voo todo teve uma duração de 6 horas e 38 minutos, só não indo além por conta de um problema no motor do DH.4 de Smith e Richter. Dois meses depois, os mesmos aviadores voaram por 37 horas e quinze minutos em mais uma demonstração onde foram realizadas 16 transferências de combustível. Na ocasião, dois DH.4B serviram como aviões-tanque para outro biplano do mesmo modelo. 

Desenvolvimento moderno

Apesar das demonstrações de grande sucesso, o reabastecimento em voo só passou a ser desenvolvido massivamente após a Segunda Guerra Mundial, onde ficou claro que os aviões precisavam de mais autonomia. 

Em 1948 a USAF formou seus primeiros esquadrões dedicados de reabastecimento em voo, equipados com os KB-50 Superfortress com o sistema Probe and Drogue (chamado de sonda e cesta no Brasil). Mais tarde, ela passou a empregar o método que mais usa até hoje, o de Flying Boom (Lança e Receptor). 

Com o passar dos anos, o reabastecimento em voo (REVO na sigla em português) passou a ser algo comum dentro da aviação militar. O que um dia foi uma demonstração na clássica e romântica aviação dos anos 1920 se tornou um verdadeiro multiplicador de forças militares. 

Com o REVO, uma força aérea pode manter um avião voando por dias. A maior limitação é, essencialmente, a fadiga dos seus tripulantes.

Hoje, os EUA, cujos pioneiros fizeram o primeiro REVO, possuem a maior frota de aviões-tanque no mundo, com cerca de 627 aeronaves KC-135, KC-46, KC-130 e KC-10. Cabe lembrar que os caças F/A-18 Super Hornet da Marinha também podem atuar como reabastecedores. 

O REVO no Brasil

Assim como em vários outros países, os pilotos brasileiros também estão aptos a fazer o reabastecimento em voo. Por aqui, a prática do REVO ocorre regularmente desde 1976, 

No final da década de 1960 a FAB dava os primeiros passos para uma extensa modernização. Os anos 1970 foram marcados pela aquisição de uma série de novos vetores, com destaque para seus primeiros caças supersônicos: o Dassault Mirage III e o Northrop F-5 Tiger II/Freedom Fighter. 

Ao mesmo tempo, o Comando da Aeronáutica desejava aumentar o raio de ação de seus aviões. Dessa forma, um par de KC-130H Hércules (FAB 2461 e 2462) foram adquiridos em 1974, chegando ao país em outubro do ano seguinte e sendo entregues ao 1º Grupo de Transporte de Tropa (1º GTT), com sede no Rio de Janeiro.

Enquanto isso, a FAB comprava e instalava as sondas de REVO nos caças F-5E do 1º Grupo de Aviação de Caça (1º GAvCA), também do RJ, bem como ministrava a instrução dos pilotos dos respectivos esquadrões. 

Assim, em 04 de maio de 1976 (53 anos depois do primeiro reabastecimento nos EUA), dois caças F-5E (FAB 4828 e 4854) e um KC-130H (2461) se reuniram a 94 km de Uberaba (MG) para realizarem o primeiro reabastecimento em voo no Brasil. Naquele dia foram realizadas duas transferências de combustível entre o Barão 01 (código de chamada do KC-130) e Jambock Vermelho (código dos F-5).

Dessa forma, operações de REVO passaram a se tornar uma rotina no Brasil. Com a compra de quatro Boeing KC-137 (jatos 707 ex-Varig) em 1986, a FAB ampliava sua capacidade de reabastecimento.

A Aeronáutica tentou instalar sondas de REVO no Mirage III e no AT-26 Xavante mas o projeto não seguiu em frente. Com a chegada do AMX A-1, o Brasil passou a ter um segundo vetor com capacidade para ser reabastecido. Em 2006, vieram os Mirage 2000B/C, também com capacidade de REVO, mas aposentados em 2013 junto dos KC-137

Em 2018 a Força Aérea Brasileira entrou para o seleto grupo de país que fazem REVO entre aviões e helicópteros. Em dezembro daquele ano, um H-36 Caracal fez contatos secos e transferências de combustível com um KC-130. 

Em setembro deste ano a FAB deve receber seu sexto KC-390 Millennium e logo iniciará suas próprias campanhas de REVO com este modelo. E em julho chega ao país o primeiro Airbus A330-200, que futuramente se tornará o primeiro A330 MRTT da América Latina, além do maior e mas capaz avião-tanque do continente. 

PORTAL DEFESANET


Comandante da Aeronáutica recebe CEO da Safran Brasil

Encontro aconteceu nesta segunda-feira (27) em Brasília (DF)

Agência Força Aérea, Por Tenente Marayane Ribeiro | Publicada em 28/06/2022 10:10

Uma parceria que já dura duas décadas foi reforçada nesta segunda-feira (27), com a visita do CEO da empresa Safran Helicopter Engines Brasil, François Haas, ao Comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior. O encontro aconteceu na sede do Comando da Aeronáutica, em Brasília (DF), e contou também com a presença do Diretor Comercial da Safran, Rodolfo Perez, e do Coordenador de Suporte ao Cliente, Juliano Cabral.

O início da parceria ocorreu há cerca de 20 anos, quando os primeiros H-34 Super Puma chegaram ao País. Como um reflexo dos contratos de compensação "offset", a empresa Turbomeca, que pertence ao grupo Safran e é dedicada à manutenção de motores, instalou-se no Rio de Janeiro para fazer as inspeções das turbinas dos novos helicópteros.

Atualmente, uma das principais parcerias entre a FAB e a Safran é o Projeto H-XBR, que buscou, há mais de dez anos, atender às demandas das Forças Armadas, numa contratação conjunta pioneira de, inicialmente, 50 aeronaves. Tal acordo objetivou realizar a transferência de tecnologia de helicópteros militares e contribuiu para o desenvolvimento da Indústria Nacional de Defesa, especificamente aquela voltada para a área aeronáutica de asas rotativas.

“Hoje, o Senhor François Haas veio nos apresentar o plano de investimentos da empresa para os próximos 20 anos, que poderá incluir serviços relativos ao projeto THX, que serão os novos helicópteros de treinamento a serem adquiridos.  Essa colaboração é um dos melhores exemplos de como, com a mão de obra brasileira, estamos fazendo revisões, manutenções e reparos de motores do mundo inteiro. É muito bom ver os projetos de empresas que buscam alavancar a indústria nacional de defesa dando certo”, pontuou o Comandante da Força Aérea.

Por sua vez, o CEO da Safran contou que a visita, além de apresentar os novos planos, buscou fazer uma atualização sobre o Contrato para Prestação de Serviços de Suporte Logístico (CLS) das turbinas dos helicópteros que integram o Projeto H-XBR.

"Nossa empresa atua no Brasil há mais de 40 anos e se prepara para, nos próximos dois anos, fazer uma aplicação financeira visando ampliar a fábrica, melhorar a eficiência e ser neutra em termos de emissão de carbono. Além disso, fizemos uma atualização ao Tenente-Brigadeiro Baptista Junior sobre nosso projeto H-XBR e discutimos possibilidade futuras. Estaremos a postos para apoiar as Forças Armadas do Brasil no que pudermos", finalizou.

DEFESA EM FOCO


DCTA recebe visita do Estado-Maior da Aeronáutica


Agência Força Aérea | Publicada em 28/06/2022 16:00

O Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), localizado em São José dos Campos (SP), recebeu, nos dias 14 e 15 de junho de 2022, a visita do Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno, além de Oficiais-Generais e Oficiais para acompanhamento de projetos ligados às áreas de ciência e tecnologia.

Na ocasião, a comitiva foi recebida pelo Diretor-Geral do DCTA, Tenente-Brigadeiro do Ar, Maurício Augusto Silveira de Medeiros e, logo pela manhã, as atividades planejadas tiveram início com uma visita ao Memorial Aeroespacial Brasileiro (MAB) e posterior apresentação do Diretor-Geral para tratativas sobre o Programa Espacial e o Planejamento Orçamentário anual.

Conforme o Diretor-Geral do DCTA, o objetivo da visita foi de garantir o alinhamento estratégico entre o EMAER e o DCTA, a fim de identificar se a governança exercida pelo EMAER, principalmente nos projetos a cargo do DCTA, está de acordo com as expectativas e cronogramas estabelecidos. “Tudo isso irá garantir a perfeita gestão desses projetos”, pontuou.

Após o almoço, as autoridades presentes seguiram para o Instituto de Aeronáutica e Espaço (IAE), onde assistiram a uma apresentação referente aos projetos desenvolvidos na Unidade, como o Veículo Lançador de Microssatélites (VLM-1) e o projeto IFFM4BR. Na oportunidade, a comitiva também conheceu a Divisão de Integração e Ensaios e o Laboratório de Ensaios em Propulsão (LEPR), que exerce papel fundamental no contexto do desenvolvimento de motores-foguete a propelente líquido e híbrido, uma vez que ele possibilita a comparação de resultados teóricos comobservações empíricas.

No dia 15 de junho, quarta-feira, a programação teve continuidade no Instituto de Estudos Avançados (IEAv), onde a comitiva visitou o Laboratório de Separação Isotópica a Laser (LASIL) e o Laboratório de Sensores a Fibra Óptica (LSFO), além da Divisão de Aerotermodinâmica e Hipersônica.

Posteriormente, no Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), as autoridades foram recebidas pelo Diretor do Instituto para uma apresentação acerca da certificação, produção e andamento dos contratos de Offset dos dois principais vetores estratégicos do Comando da Aeronáutica, que são o F-39 Gripen e o KC-390 Millenium. Além disso, tratou-se do Sistema de Metrologia Aeroespacial (SISMETRA) e sua importância para a manutenção da confiabilidade e rastreabilidade metrológica no Comando da Aeronáutica (COMAER).

Seguindo para a parte final das atividades planejadas, a comitiva se deslocou ao Instituto de Pesquisas e Ensaios em Voo (IPEV) para conhecerem o simulador, ferramenta utilizada no Curso de Ensaios em Voo, bem como na preparação dos equipamentos para campanhas de ensaios.

O Chefe do Estado-Maior da Aeronáutica falou sobre a importância da visita a um dos maiores pólos industriais do país. “Nós somos a Organização de Direção-Geral da Força Aérea Brasileira e eu digo sempre que esse G, de ‘Geral’, também é de ‘Governança’. Nossa atividade aqui, além de rever os institutos do DCTA, teve como foco identificarmos os produtos e projetos que são de real interesse da FAB, pois estamos trabalhando, dentro do Estado-Maior, para apoiar essas iniciativas”, concluiu.

Fotos: DCTA