NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


JORNAL O GLOBO


Reduzir violência é desafio para candidatos ao Planalto

Além de vontade política e capacidade de gestão, espera-se dos postulantes ao Palácio do Planalto o compromisso de um protagonismo no combate à criminalidade

Publicado em 29/04 - 00h00

Os quatro pré-candidatos à Presidência mais bem colocados na última pesquisa Datafolha — Jair Bolsonaro (PSL), Marina Silva (Rede), Ciro Gomes (PDT) e Geraldo Alckmin (PSDB) — apresentaram, em reportagem publicada na última segunda-feira, no GLOBO, propostas para o enfrentamento da violência. Divergências à parte, eles concordam que o combate à criminalidade passa pela integração entre as diversas forças de segurança e por um maior controle das fronteiras, com o uso de inteligência e tecnologia. De fato, parece haver um consenso sobre as alternativas para se resolver esse grave problema, que hoje rivaliza com temas tradicionais, como corrupção, educação e saúde, nas preocupações dos brasileiros. No discurso, tudo parece tangível. Mas, na prática, o desafio é gigantesco.

O problema não é novo, mas, sem um enfrentamento coordenado entre estados e União, governo após governo, só fez piorar. Não faltam diagnósticos que atestam a gravidade da situação. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, em 2016 foram contabilizadas 61.283 mortes violentas intencionais, maior número já registrado no país. Significa que, a cada hora, sete pessoas são assassinadas. Uma série de reportagens do GLOBO, publicada em dezembro de 2017, deu a dimensão do estrago. Em uma década e meia (de 2000 a 2015), 786.870 pessoas foram vítimas de homicídio, marca que supera as baixas em conflitos na Síria (331.765, entre março de 2011 e julho de 2017) e no Iraque (268 mil, de 2003 a 2017).

A percepção de que a situação está fora de controle levou a um inédito encontro entre 23 governadores e quatro ministros de Estado em Rio Branco, no Acre, em outubro de 2017. Entre as propostas apresentadas, estão a implantação de um Plano Nacional de Segurança Pública; a criação de uma força-tarefa para atuar contra a vulnerabilidade das fronteiras e combater o tráfico de drogas e armas; a integração das inteligências dos governos estaduais e federal; o fortalecimento da cooperação internacional em toda a faixa de fronteira; e a liberação de recursos do Fundo Penitenciário para fortalecimento dos sistemas prisionais.

Ou seja, existem diagnósticos e propostas mais ou menos consensuais para enfrentar o problema. A questão é passar do discurso à ação. O atual governo, por exemplo, criou o Ministério da Segurança Pública, passo importante para um esforço coordenado entre União e estados. Mas faltam orçamento e um Plano de Segurança. Mesmo no Rio, sob intervenção federal, a integração entre forças de segurança deixa a desejar, o que se reflete na demora para baixar os índices de violência.

Portanto, além de vontade política e capacidade de gestão, espera-se dos postulantes ao Palácio do Planalto o compromisso de um protagonismo no combate à violência. Somente com uma ação integrada entre o governo federal e os estados e um Plano de Segurança consistente e duradouro será possível vencer essa guerra. A prevalecer o atual improviso, a população continuará derrotada.

 

Voo para a morte

Investigações revelam que tripulantes e passageiros souberam do perigo 40 minutos antes da queda

Publicado em 29/04/2018

A Aeronáutica Civil da Colômbia divulgou ontem as conclusões da investigação sobre o acidente do voo da Chapecoense, que deixou 71 mortos e seis feridos em novembro de 2016. As autoridades colombianas constataram que o avião ficou em estado de emergência por 40 minutos antes de cair, sem combustível, nas montanhas dos arredores de Medellín.

ImagemOs investigadores atribuíram a pane seca à gestão de risco ineficiente da empresa aérea LaMia. A apuração mostrou que o combustível do avião não era suficiente para cumprir o trajeto entre Santa Cruz e Medellín sem fazer uma escala. No contrato do transporte, que não foi obedecido, estava prevista uma parada em São Paulo — o avião partiu da Bolívia, onde era sediada a companha. A LaMia decidiu realizar o voo direto e não respeitou a quantidade mínima de combustível exigida pelas normas internacionais.

“A aeronave não tinha o combustível requerido para voar a um aeroporto alternativo, de contingência, de reserva, nem o combustível mínimo de aterrissagem”, diz a nota da Aeronáutica Civil. O déficit do voo era de 2,303 quilos de combustível em comparação com a quantidade mínima exigida.

Mesmo com luzes vermelhas e sinais sonoros na cabine, a tripulação nada fez diante da emergência. Os motores pararam de funcionar e o avião caiu nas montanhas, perto do aeroporto no qual deveria pousar para a final da Copa Sul-Americana. A Chapecoense, que em 2009 disputava a quarta divisão do futebol brasileiro, estava indo para sua primeira decisão internacional, contra o Atlético Nacional, da Colômbia.

APOSTA NO IMPROVÁVEL

Os investigadores ressaltaram que o controle do tráfego aéreo não tinha conhecimento da “situação gravíssima” do voo. Os investigadores constataram “ausência de chamados oportunos” da tripulação sobre a emergência diante da iminência da pane seca, o que tardou a aproximação do avião ao aeroporto. Tudo leva a crer que a emergência fazia parte dos planos

“Nem a empresa, nem a tripulação, mesmo consciente da escassa quantidade de gasolina para terminar o voo até Rionegro, tomaram a decisão de aterrissar em um outro aeroporto em rota para reabastecer e completar, assim, a quantidade mínima de combustível para chegar com segurança ao destino final”, destacaram as autoridades.

A LaMia estava em situação precária e nem conseguia pagar sem atrasos os salários de seus funcionários, além de mostrar problemas em seu sistema de gestão de segurança operacional. A investigação durou um ano e cinco meses e envolveu instituições de cinco países.

Segundo o órgão, as conclusões partiram de análises das caixas-pretas do avião. O objetivo da investigação não era apontar culpados nem pedir punição. A ideia era apurar as circunstâncias do acidente, em caráter preventivo, para evitar novas tragédias.

TRIPULAÇÃO NÃO ANUNCIOU

A Aeronáutica Civil da Colômbia encontrou “apoio probatório e técnico” suficiente para corroborar essa versão.

No entanto, “a tripulação não anunciou essa emergência ao controle de tráfego aéreo para pedir prioridade”, acrescentou o relatório. A investigação libera os controladores de tráfego aéreo de Rionegro de qualquer responsabilidade.

As primeiras investigações revelaram que o avião estava com pouco combustível e com excesso de peso. O piloto, que também faleceu na queda, foi responsabilizado e dez funcionários da companhia aérea e do Estado estão presos na Bolívia.

“Diante dos fatores que contribuíram para esse trágico acidente, destacam-se as deficiências latentes da empresa LaMia relacionadas a violações das políticas de combustível, falta de supervisão e controle operacional”, enfatizou a autoridade da aviação colombiana em um comunicado.

 

PORTAL G1


Esquadrilha da Fumaça se apresenta em Uberaba


Publicado em 28/04/2018

Avião cai após decolagem em MT, pega fogo e duas pessoas morrem

Uma das vítimas ficou presa no avião e morreu carbonizada, e a outra foi projetada para fora. Acidente ocorreu em Primavera do Leste.

Por Lidiane Moraes, G1 Mt | Publicado em 28/04 - 17h38

Uma aeronave de pequeno porte caiu, neste sábado (28), em Primavera do Leste, a 239 km de Cuiabá. Duas pessoas que estavam no avião morreram.

De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, uma das vítimas ficou presa no avião e, com a queda, morreu carbonizada. A outra foi projetada para fora da aeronave.

Os mortos ainda não foram identificados. Bombeiros e peritos da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) estão no local para fazer a identificação dos corpos.

Os bombeiros também informaram que o avião caiu assim que decolou do aeroporto de Primavera.

A causa do acidente ainda deve ser investigada.

 

Helicóptero destelha três imóveis ao tentar pousar em Miracema, no RJ


Por G1, Norte Fluminense E Região | Publicado em 28/04 - 12h04

Um helicóptero destelhou três imóveis na manhã deste sábado (28) ao tentar pousar em uma escola municipal da cidade de Miracema, no Noroeste Fluminense. Segundo a Defesa Civil do município, o incidente aconteceu por volta das 9h no bairro Santa Tereza e ninguém ficou ferio.

De acordo com o órgão, o helicóptero pertence à Marinha do Brasil e tentou pousar na Escola Municipal Prudente de Moraes, mas precisou suspender a operação por conta do vento gerado pelas hélices.

A Defesa Civil informou que um dos imóveis atingidos é uma residência e os outros dois funcionam como uma barbearia e uma loja de roupas e bijouterias. O órgão afirma que as estruturas dos imóveis não foram atingidas.

Ainda de acordo com informações da Defesa Civil, a equipe da Marinha estava na cidade para participar de um desfile cívico que está programado por conta das festividades da Exposição Agropecuária.

A Prefeitura de Miracema publicou nas redes sociais que o prefeito, Clovinho Tostes (PP), está no local e determinou a recuperação dos imóveis afetados.

Em nota, a Marinha informou que lamenta o ocorrido e que logo após o incidente, equipes da Marinha e da Prefeitura estiveram no local, conversaram com os moradores e toda manutenção já está sendo providenciada.

Ainda de acordo com a nota, o evento seguiu normalmente após o incidente e o helicóptero SH-16 permaneceu em exposição no Estadio Municipal, aberto a visitação do público.

Segundo a Marinha, o SH-16 é uma aeronave que tem a capacidade de realizar tarefas de detecção, localização, acompanhamento, identificação e ataque a alvos de superfície e submarinos, além de ações de busca e salvamento.

 

PORTAL R7


Venezuelanos tentam vida nova em SP após fugir do colapso em seu país

As histórias de dois refugiados e suas famílias, em São Paulo há quase um mês, são um retrato da degradação social e econômica da Venezuela

Fábio Fleury | Publicado em 28/04 - 05h00

As histórias são semelhantes. Ambos viviam em regiões que eram consideradas ricas na Venezuela, um em área petrolífera, o outro em região turística. A crise trouxe desemprego, medo pelo futuro e fome. Eles venderam o que tinham e vieram para o Brasil. Agora, eles tentam reconstruir suas vidas em São Paulo, após fugir do colapso venezuelano.

Robert Díaz, 37, e Juan Velazquez, 34, estavam no grupo de refugiados venezuelanos que chegaram à maior cidade do Brasil em um voo da FAB, no dia 5 de abril.

Díaz trouxe a companheira, Saray Belandria e a filha Isabela, que hoje tem 4 meses. Velazquez conseguiu trazer o filho, Jhunior, de 10. A esposa ficou para trás, porque o filho mais novo, de 2 anos, não tinha documento com foto, necessário para entrar no Brasil.

Agora, os dois vivem na Casa do Migrante, instituição mantida pela Missão Paz, na região central de São Paulo, junto com 50 outros refugiados da Venezuela e dezenas vindos de outros países. Díaz tenta um emprego para poder sustentar a família na nova cidade. Velazquez sonha com o dia que vai conseguir trazer a mulher e o filho.

´Meu país não era assim´

Nascido em Maturín, capital do estado de Monagas, no norte da Venezuela, região rica em petróleo, Robert Díaz nunca conseguiu fazer uma faculdade. Para ajudar a família, começou a trabalhar cedo e, durante muito tempo, trabalhou em um abrigo que atendia adolescentes com problemas familiares. Não era uma vida fácil, mas ele gostava.

"Eu os ajudava a estudar, praticava esportes com eles. Tinha muito carinho. Depois, o abrigo que era do Estado, passou a ser administrado pelo município. Me mandaram trabalhar com crianças autistas. Aquilo era muito difícil, não estava preparado e saí. Mudamos para uma cidade pequena e foi lá que sentimos a crise bater forte", conta.

Caripito, que fica a cerca de 50 quilômetros ao norte de Maturín, começou a ter sérios problemas de desabastecimento em 2016. Segundo Díaz, praticamente nenhum alimento chegava à cidade. "Era muito difícil de achar até farinha para fazer pão", relembra. Por conta disso, resolveram voltar à capital no ano passado e, de lá, fugir para o Brasil.

"Vendemos tudo o que nós tínhamos, a troco de nada, para poder sair de lá. Vendi meu celular e até um pedaço da casa da minha mãe. Mas era preciso. Minha filha não teria acesso a vacina nenhuma lá, só dava para encontrar no mercado negro. Juntamos tudo e fomos para Boa Vista, em Roraima", relata.
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Com pouco mais de R$ 120, enviados pela irmã de Robert, que mora no Uruguai, eles viajaram quase um dia de ônibus até a fronteira com o Brasil. Na capital de Roraima, chegaram a dormir alguns dias em uma barraca, na rua, até que uma família os ajudou. Conseguiram lugar em um abrigo e, quando surgiu a oportunidade de vir para São Paulo, ele aproveitou. Nesta semana, ele conseguiu obter a carteira de trabalho, e espera conseguir seu sustento em breve.

"Quero trabalhar, faço qualquer coisa. Vejo meu futuro aqui. Preciso mandar dinheiro para ajudar minha mãe e dar uma vida melhor para a minha família. Meu país não era assim, era bom viver na Venezuela, nunca se passou fome lá antes. Mas tudo foi piorando, é um atraso que vai levar anos para ser consertado", avalia Díaz.

´Agora estamos magros´

Os olhos de Juan José Velazquez se enchem d’água quando ele resume sua situação. Ele conseguiu chegar a São Paulo com o filho Jhunior, de 10 anos. A esposa ficou na Venezuela porque o filho menor, de dois anos, não tinha documento com foto, apenas a certidão de nascimento. Hoje, além de reconstruir sua vida, a luta é para, primeiro, ajudar a sustentar os dois e, eventualmente, trazê-los para cá.

"Antes da crise, estava tudo bem. Nós estávamos gordos de fartura, agora estamos magros de fome. É horrível ficar nessa situação. Meu filho está lá, desnutrido, passando necessidade junto com minha esposa. Quero a oportunidade de trazer os dois o mais rápido possível, essa é minha meta, eu faço o que aparecer", diz ele.

Velazquez é natural da Isla Margarita, que até poucos anos atrás era um dos principais pólos turísticos da Venezuela. Formado em design gráfico, perdeu emprego na área no início da crise. Passou cinco anos trabalhando como operador em uma central de táxi mas, para sustentar a família, ainda acumulava bicos em outros tipos de trabalho e aulas de música.

Ele toca percussão e trombone de vara, mas precisou vender todos os instrumentos para conseguir viajar para Roraima. A verba que recebeu da rescisão com a empresa de táxi, depois de cinco anos de trabalho, cerca de 600 mil bolívares, não chegava a cinco reais após a conversão. A empresa ainda pagou sua passagem de balsa para chegar até o continente.

“Na outra semana, consegui fazer um bico e ganhei 20 reais. Mandei tudo para eles. Aqui, pelo menos, tenho comida e onde ficar. Tenho sorte de ter conseguido sair, de ter os contatos que me ajudaram, mas meu sonho era que eles estivessem comigo”, lamenta.

Para conseguir melhorar sua situação, Velazquez conta que vai fazer um curso de português para estrangeiros, que começa em maio.

 

Queda de avião no Mato Grosso deixa duas pessoas mortas


Publicado em 28/04 - 21h44

A queda da aeronave, seguida de uma explosão, aconteceu logo depois de decolar do aeroporto em Primavera do Leste, a 230 km de cuiabá. O piloto e mais um passageiro morreram na hora. O CENIPA investiga o que teria provocado o acidente.

Matéria completa: https://noticias.r7.com/jornal-da-record/videos/queda-de-aviao-no-mato-grosso-deixa-duas-pessoas-mortas-28042018

 

OUTRAS MÍDIAS


SÓ NOTÍCIAS (MT) - Avião cai em Mato Grosso e duas pessoas morrem


Publicado em 28/04 - 17h16

A aeronave de pequeno porte, prefixo PU-JYZ, caiu, esta tarde, em Primavera do Leste (235 quilômetros de Cuiabá). O Corpo de Bombeiros acaba de confirmar, ao Só Notícias, que duas pessoas morreram carbonizadas. Com o impacto no solo, o avião pegou fogo e ficou completamente destruído.

As identidades das vítimas ainda serão confirmadas. Os corpos serão encaminhados ao IML em Primavera após a Politec fazer os procedimentos técnicos. A informação inicial é que estavam o piloto e outro homem a bordo.

As causas do acidente são desconhecidas. O avião caiu em terreno próximo a algumas empresas, dentre elas um posto de combustível. Parte de um muro e cerca de arame foram derrubados. As chamas foram apagadas pelos bombeiros.

As autoridades começam a investigar para onde a aeronave seguiria- possivelmente seria o município de Querência na região do Araguaia. Também é apurada a informação se o avião teria decolado de Sorriso.

Em nota encaminhada ao Só Notícias a assessoria da FAB informa que “investigadores do Sexto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA VI), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), estão se deslocando para realizar a Ação Inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PU-JYZ, ocorrido neste sábado, em Primavera do Leste. A Ação Inicial é o começo do processo de investigação e possui o objetivo de coletar dados: fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, reunir documentos e ouvir relatos de pessoas que possam ter observado a sequência de eventos. A investigação realizada pelo CENIPA tem o objetivo de prevenir que novos acidentes com as mesmas características ocorram.”

 

MIDIA NEWS (MT) - Por "dignidade", casal venezuelano usa cartaz para pedir emprego

"Não queremos doações, queremos oportunidade para nos sustentar", diz esposa

Daffiny Delgado | Publicado em 28/04 - 08h25

Foi depois de passar fome e ver o filho de pouco mais de um ano chorar por não ter leite que o casal de venezuelanos Junior Enandes, de 21, anos, e Estefani Gregória Velasquez, de 17, resolveu deixar seu País de origem em busca de oportunidades e condições de vida.

Eles estão na Capital há pouco mais de três semanas e ainda não conseguiram a tão sonhada dignidade. Desde a quinta-feira (27), marido e mulher decidiram pedir emprego em um dos pontos mais movimentados da cidade - a Avenida do CPA. Ali eles passaram a empunhar cartazes feitos de pedaços de papelão nos quais apelam por uma oportunidade. "Preciso um trabalho pintar capinar fazenda (sic)", diz um dos cartazes.

O casal, que espera o segundo filho, não quer doações, mas sim a dignidade de poder adquirir o próprio sustento.

“Nós estamos aqui há pouco mais de três semanas. Estávamos passando fome na Venezuela. Meu filho não tinha nem leite para se alimentar. Nós não queremos nada de graça, mas sim a oportunidade para viver e nos sustentar com o fruto do nosso trabalho”, afirmou Estefani.

A crise na Venezuela fez crescer o número de refugiados em busca de oportunidades no Brasil. A família chegou a Mato Grosso no dia 6 de abril junto com mais de 70 venezuelanos, no Boeing 767 do Esquadrão Corsário (2º/2º GT), da Força Aérea Brasileira (FAB), que veio de Roraima.

Eles estão Pastoral do Migrante, onde recebem apoio com a alimentação, vestuário, atendimento médico e social até que possam se estruturar. Junior, que era ajudante de pedreiro na Venezuela, busca por qualquer oportunidade na área braçal.

“Ele era ajudante de pedreiro. Sabe pintar, capinar, trabalha na roça ou de caseiro em chácara. Buscamos qualquer oportunidade. Só precisamos de uma oportunidade”, pediu Estefani. O marido não quis dar entrevista, nem mostrar o rosto.

As pessoas que puderem ajudar poderão encontrar a família na Avenida do CPA, durante todos os dias, ou procurá-la na Pastoral, na Avenida Gonçalo Antunes de Barros, casa 2785, no Bairro Carumbé. Eles não tem telefone para contato.

“Estaremos aqui na rua todos os dias até que encontremos um emprego para meu marido”, afirmou.

Família na Venezuela

Conforme explicou Estefani, parte do dinheiro obtido será enviado para a família na Venezuela.

“Tenho muitos irmãos, meus pais, meus sogros, cunhados que precisam de ajuda. A situação lá é muito complicada. Do dinheiro que ganharmos aqui, parte será enviada para nossas famílias”, disse.

Ainda conforme a jovem, assim que estiverem em uma situação boa, ele pretendem voltar para casa.

Dois dias na rua

A jovem venezuelana contou que há três dias eles passaram a ficar na rua, na tentativa de acelerar a independência financeira da família. Estefani contou ainda que desde que estão ali várias pessoas passaram e deixaram dinheiro, comida e até água, mas que essa não é a intenção deles.

“Nós viemos para cá na tentativa de acelerar a nossa independência. Precisamos de uma ajuda para que Junior consiga emprego. Várias pessoas passam e deixam dinheiro e até mesmo alimento, mas a nossa intenção aqui é de pedir emprego. Junior já conseguiu uma diária com uma pessoa que viu nossa placa, mas precisamos de algo mais duradouro”, completou.

O bebê de pouco mais de um ano passa o dia com eles na calçada. Estefani explica que a Pastoral está lotada e, como não conhecem ninguém na cidade, foram obrigados a levar a criança.

Muito tímido, Junior preferiu não dar entrevista, mas afirmou a reportagem que o sonho dele é não ter que ver seus filhos passar necessidade como passaram na Venezuela. 

 

COMPUTER WORD - Empresas terão linha de financiamento de R$ 1,5 bilhão no Plano Nacional de IoT

Thiago Camargo, secretário de políticas digitais do MCTIC, adianta novidade do governo federal para fomentar investimentos em internet das coisas

Guilherme Borini | Publicado em 28/04 - 10h23

O Plano Nacional de IoT, projeto do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC) que visa incentivar investimentos em tecnologias de internet das coisas (IoT), terá linha de financiamento em parceria com a Finep de R$ 100 milhões para startups e R$ 1,5 bilhão para grandes empresas. Segundo Thiago Camargo, secretário de políticas digitais do MCTIC, o anúncio será realizado durante o mês de maio e é mais um passo rumo ao fortalecimento de iniciativas de inovação no governo federal.

“O que governo pode fazer de melhor é não atrapalhar, com base em duas vertentes: criar e mudar o que não está funcionando bem. Na estratégia de transformação digital, temos eixos como infraestrutura, ambiente de confiança na rede e educação no treinamento de habilidades digitais. Queremos economia orientada a dados, com modelos de negócios surgindo todos os dias”, disse Camargo, durante participação na abertura do IT Forum 2018, encontro promovido pela IT Mídia que reúne os CIOs das 500 maiores empresas do Brasil.

Um estudo encomendado pelo MCTIC e BNDES, visando o Plano Nacional de IoT, sugeriu a adoção de 76 ações em áreas como fomento à inovação e inserção internacional, infraestrutura e conectividade, e regulação de segurança e privacidade de dados.

Além da iniciativa voltada à internet das coisas, ele destacou também o plano Internet para Todos, movimento que pretende levar conectividade a localidades que ainda não têm acesso à banda larga, por meio do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), lançado ao espaço em maio de 2017.

“Muitas pessoas me perguntam como educar o governo sobre importância da tecnologia. Você não educa o governo, educa a sociedade”, completou.

Movimento Brasil Digital

Ainda na linha de iniciativas em prol do desenvolvimento do Brasil por meio de tecnologias, o debate no IT Forum 2018 teve outro tema que tem ganhado destaque na pauta do setor de TI e do governo. Trata-se do Movimento Brasil Digital, antes Manifesto Digital, que agora ganha novo nome para aumentar ainda mais seu alcance.

A iniciativa é liderada pela IT Mídia, que, como empresa de comunicação e em busca de um engajamento maior do setor e da sociedade e em torno da tecnologia da informação, deu início a uma discussão que tem como principal objetivo construir um propósito para inclusão da Tecnologia da Informação e da inovação como pilares estratégicos para o crescimento o e desenvolvimento do Brasil.

Adelson Sousa, presidente da IT Mídia, lembrou que a ideia surgiu há 18 meses com discussões sobre a posição do Brasil no ranking de competitividade global do World Economic Forum (WEF). “Alguém precisava assumir essa iniciativa”, disse.

E o escolhido foi Silvio Genesini, que assumiu o posto de presidente do Movimento. Ele destaca que não basta fazer esse trabalho em um pedaço do Brasil, mas sim ampliar para todas as regiões do país.

“Quando começamos o manifesto, tínhamos o foco neste ano de eleições. Vamos começar a falar com os candidatos presidenciais, que hoje são muitos, para tentar convencê-los que não façam uma campanha apenas para as eleições, mas para uma geração. É disso que o Brasil precisa”, destacou.

Seja com o Movimento Brasil Digital ou com as novidades do Plano Nacional de IoT, o fato é que o Brasil precisa mais do que nunca dessas iniciativas e os passos já estão sendo dados. Outras ideias e ações serão debatidas ao longo dos próximos três dias durante o IT Forum 2018.