NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL DEFESANET


Naval Diretoria de Aeronáutica da Marinha assina Certificado de Conformidade da primeira Aeronave modernizada


Publicada em 26/11/2018 11:50

Em 14 de novembro, foi realizada pela Diretoria de Aeronáutica da Marinha a assinatura do Certificado de Conformidade da aeronave N-4001, concluindo uma etapa do Teste de Aceitação de Fábrica da primeira aeronave Lynx modernizada.

Essa aeronave será recebida no Brasil em janeiro de 2019, o que possibilitará, após sua aceitação final no País, a qualificação/transição dos pilotos do modelo Lynx Mk21A para o modelo Mk21B.

A Marinha do Brasil contará com esse moderno meio aeronaval para participação na missão de paz United Nations Interim Force in Lebanon (UNIFIL), além da possibilidade de seu emprego em operações Night Vision Goggles (NVG) a bordo do Porta-Helicópteros Multipropósito "Atlântico" e do Navio Doca Multipropósito "Bahia" e como aeronave orgânica da futura Corveta Classe Tamandaré.

 

Brasil e Europa aperfeiçoam o Gerenciamento de Tráfego Aéreo entre os continentes

Troca de informações é um dos resultados do acordo de cooperação assinado entre a Força Aérea Brasileira (FAB) e a EUROCONTROL

Tenente João Elias E Capitão Landenberger | Publicada em 26/11/2018 08:35

Desde a noite de quarta-feira (21), mensagens a respeito dos voos que decolam do Brasil ou que passam pelo espaço aéreo brasileiro são enviadas do Centro de Gerenciamento da Navegação Aérea (CGNA) ao Centro de Operações de Gerência de Rede (NMOC) da Organização Europeia para a Segurança da Navegação Aérea (EUROCONTROL), sediada em Bruxelas, na Bélgica.

Essa troca de informações é um dos resultados de um acordo de cooperação assinado entre a Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), e a EUROCONTROL.

O modelo concebido estabelece que quando da ocorrência da decolagem de uma aeronave de um aeroporto internacional brasileiro ou no cruzamento, pela primeira vez, do nosso espaço aéreo, com destino à Europa, é disparado um aviso FSA (do inglês, First System Activation) ao NMOC-EUROCONTROL.

Isso é viabilizado por um sistema de Gerenciamento de Tráfego Aéreo (ATM) intitulado Plataforma de Compartilhamento de Informações Correntes do Espaço Aéreo (PCICEA).

São enviadas diversas informações sobre o voo em todo o seu percurso até a saída do espaço aéreo sob responsabilidade brasileira, ou seja, após cruzar o último setor da Região de Informação de Voo (FIR) do Centro de Controle de Área (ACC) Atlântico, do Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III), sediado em Recife (PE).

Por outro lado, o Centro de Operações da EUROCONTROL também realiza a ação de intercâmbio de dados para as aeronaves oriundas da Europa, ou as que cruzarem os céus do continente, com destino ao Brasil ou aos demais países em que sobrevoem o espaço aéreo brasileiro.

A conclusão desse trabalho conjunto ocorreu após processo conduzido em fases, englobando o envio de dados em teste, com o fito de checagem da qualidade da informação e de protocolos, até a troca de dados reais e dinâmicos via B2B (do inglês Business to Business), ou seja, por meio de mensagens estruturadas.

Utilizou-se como base o SWIM (do inglês, System Wide Information Management). Preconizado pela Organização da Aviação Civil Internacional (OACI), o SWIM faz referência ao aumento da consciência situacional por meio da troca de informações em tempo real, com garantia da qualidade, integridade e segurança dos dados. É um conceito mundial, que traz mudança de paradigma na prestação do serviço aeronáutico e na segurança da informação.

"Agora com os dados validados e ativados nas operações do Sistema Avançado de Gerenciamento Tático de Fluxo da EUROCONTROL, haverá benefícios substanciais à previsibilidade dos voos, já que todos os participantes envolvidos no Gerenciamento de Tráfego Aéreo terão informações mais precisas sobre eles. A EUROCONTROL costuma utilizar um termo para descrever essa troca de informações atualizadas: Conectividade Global", ressaltou o Oficial de Ligação Brasileiro na EUROCONTROL, Major Aviador Deoclides Fernandes Barbosa Vieira.

"Isso colaborará para que se evitem surpresas nos monitores da Gerência de Rede da EUROCONTROL, pois os voos com destino à Europa estarão sendo monitorados por meio do envio de mensagens. Assim, a EUROCONTROL poderá planejar sua demanda em tempo real, com informações atualizadas sobre os tráfegos. E isso é muito valioso para um balanceamento efetivo entre capacidade e demanda", complementou o oficial.

Os benefícios incluem redução do congestionamento de aeronaves no solo, bem como de esperas (holding patterns) no ar. Além disso, proporciona melhor conhecimento dos picos de tráfegos, no espaço aéreo e aeroportos, e propicia operações mais eficientes para os passageiros.

"O Brasil certamente receberá os proveitos desse intercâmbio, tendo acesso aos dados de navegação enviados pelo Centro de Operações da EUROCONTROL relacionados aos voos provenientes de sua área. A Plataforma de Compartilhamento de Informações Correntes do Espaço Aéreo, genuinamente brasileira, foi desenvolvida pela CISCEA [Comissão de Implantação de Sistemas do Controle do Espaço Aéreo] em parceria com a empresa nacional ATECH. Hoje, a plataforma está pronta para a utilização das informações que chegam da EUROCONTROL. Assim, nosso balanceamento entre demanda e capacidade também poderá ser aprimorado", ressaltou o Gerente de Projetos da CISCEA, Marcos Abreu.

Nessa quarta-feira (21), ao receber a informação dos voos, a representante da EUROCONTROL enviou a seguinte mensagem (traduzida do inglês):

“Confirmo a recepção e processamento dos dados FSA do Brasil pelo sistema operacional ETFMS! Um AIM [Aeronautical Information Management] foi divulgado e informa a comunidade da aviação a respeito desta importante conquista. É tempo de alegria! Nossa colaboração se consolidou: a troca de informações NM-DECEA iniciou-se em 21 de novembro. O intercâmbio global de informações entre EUROCONTROL-NMOC e DECEA tornou-se realidade. Parabéns! Nós desafiamos a geografia: Europa e Brasil ficaram mais próximos, e isto é apenas o começo."

 

JORNAL DO SENADO


Plenário poderá aprovar novas Política e Estratégia Nacional de Defesa


Da Redação | Publicada em 26/11/2018 16:46

Está na pauta da sessão do Plenário desta terça-feira (27), o projeto de decreto legislativo (PDS 137/2018) que estabelece novas diretrizes para a Política Nacional de Defesa (PND) e para a Estratégia Nacional de Defesa (END), e que também atualiza o Livro Branco da Defesa Nacional (LBDN).

Quando da aprovação pela Comissão Mista das Atividades de Inteligência (CCAI), o relator, senador Fernando Collor (PTC-AL), ressaltou que a PND "é o documento de mais alto nível do país em questões de Defesa". Fixa 28 posicionamentos para o país na área, entre eles o apoio ao multilateralismo nas relações internacionais, a defesa do uso sustentável dos recursos ambientais, o respeito à soberania de cada país e o estímulo ao envolvimento de toda a sociedade brasileira em assuntos de Defesa.

Collor ainda reiterou que esta nova versão da PND estabelece oito Objetivos Nacionais Fundamentais, entre eles garantir a soberania e o patrimônio nacional; assegurar a capacidade de Defesa, visando o cumprimento das missões constitucionais das Forças Armadas; salvaguardar os bens, recursos e interesses nacionais; contribuir no incremento da projeção internacional do Brasil e sua inserção em processos decisórios; e promover a autonomia produtiva e tecnológica na área de Defesa.

Estratégia Nacional de Defesa

No documento aprovado pela CCAI, Collor também menciona que os objetivos da PND condicionam a Estratégia Nacional de Defesa (END), "na progressão das ações diplomáticas até o emprego das Forças Armadas", como explica no relatório.

A END trata entre outros pontos da capacidade de dissuasão, desestimulando possíveis agressões; e da capacidade de coordenação e controle entre os diversos órgãos governamentais com fundamento no domínio e no tráfego de informações. Também determina os três setores estratégicos, que são o nuclear, o cibernético e o espacial.

Por fim, a END apresenta 81 ações estratégicas, entre elas o fortalecimento da capacidade de dissuasão; o incremento da presença do Estado em todas as regiões do país; a atuação em organismos internacionais; a atuação com base no multilateralismo; a promoção da cooperação internacional; a promoção da sustentabilidade da cadeia produtiva da base industrial de Defesa; e o fortalecimento da área de ciência e tecnologia de Defesa.

Livro Branco

Por fim, Collor destaca que o PDS 137/2018 atualiza o Livro Branco da Defesa Nacional, abordando entre outros temas o ambiente estratégico no século 21; a defesa e o instrumento militar; defesa e sociedade; a transformação e a economia da defesa.

— Em linhas gerais, o Livro Branco atualiza a sociedade com as mais diversas informações sobre regimes internacionais, sobre setores estratégicos (nuclear, cibernético e espacial), sobre sistemas de monitoramento, os programas sociais da Defesa e os equipamentos e gastos do Ministério. Penso que a PND, a END e o Livro Branco são de extrema importância para o país e devem ser lidos por todos. Como ponto a ser evoluído, creio que merecem destaque as ações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), cujos documentos apenas indicam que se darão de forma episódica e pontual em colaboração com os órgãos de segurança pública, sobretudo em ilícitos transnacionais em áreas de fronteira, mas sem dar maiores detalhes operacionais — afirmou Collor quando da aprovação na CCAI.

O PDS 137/2018 foi apresentado como conclusão do relatório aprovado pela CCAI após analisar a proposta da Presidência da República encaminhada por meio de mensagem ao Congresso Nacional (MCN 2/2017 - clique aqui para ler a íntegra da proposta original do governo). A Câmara dos Deputados já aprovou o projeto (PDC 847/2017 naquela Casa), encaminhando-o ao Senado em 9 de novembro passado.

OUTRAS MÍDIAS


TECNOLOGIA E DEFESA - Cruzex 2018 Media Flyght Action Camera


Por Roberto Caiafa | Publicada em 26/11/2018 11:48

O Media Flight foi um dos pontos marcados como objetivo pela Força Aérea Brasileira: alcançar a maior divulgação possível da #Cruzex2018.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

A contribuição de T&D, uma action camera presa a rampa de carga do C-105 Amazonas do Esquadrão Arara, mostrando o voo foto a partir da Ponte Newton Navarro (e toda a beleza do litoral da cidade, capital do Rio Grande do Norte), decolagens de “strikers” Embraer A-1 AMX, transportes C-130 Hércules, caças Lockheed Martin F-16C da ANG Texas, encerrando com o sobrevoo ALA 10 (Base Aérea de Natal), caças saem de formação, imagem dos fotógrafos e jornalistas, rampa do CASA C-105 Amazonas do Esquadrão Arara se fecha.

AEROFLAP - Confira como foi a primeira semana da Cruzex 2018


André Magalhães | Publicada em 26/11/2018 16:30

A Cruzex 2018 começou! Desde o dia 18 com a foto oficial que marcou o início do exercício as movimentações na ALA 10 e sobre o céu potiguar foram bem intensas.

O Exercício Cruzeiro do Sul e organizado pela a FAB é realizado desde 2002. A última da Cruzex foi a cinco anos, em 2013, também em Natal-RN. A Cruzex 2018 marca o retorno desde exercício que engloba 13 nações e mais de 100 aeronaves.

A Aeroflap deslocou uma equipe de jornalistas e fotógrafos para cobrir o exercício do dia 18 até o dia 23. Essa operação é a mais importante organizada pela FAB. Confiram a seguir como foram os dias de cobertura da Aeroflap na Cruzex 2018.

O Exercício acontecerá até o dia 30 de novembro e conta com a participação de 12 nações, sendo sete participando com aeronaves e pessoal e cinco como observadores.

Dia 19/11

Coletiva de imprensa com a presença do Diretor do Exercício Brigadeiro Mederiros e representantes dos países com aeronaves e militares que participam da Cruzex

No segundo dia de operações foi dedicado a voos de familiarização e o primeiro atendimento a imprensa, que poderá cobrir todos os dias das operações.

A partir das 9h30 foi realizada uma cobertura de imprensa com a presença do Diretor do exercício, o Brigadeiro do Ar Luiz Guilherme Silveira de Medeiros e com os representantes dos países participantes. A coletiva contou com um vídeo de apresentação do evento, algumas falas do diretor Brigadeiro Medeiros e também de alguns representantes militares das nações envolvidas. Após foi aberta a possibilidade de perguntas por parte dos jornalistas e fotógrafos que ali estavam cobrindo o evento.

Na coletiva o então diretor do exercício informou o motivo para que houvesse esse Lapso de cinco anos. Segundo o , Brigadeiro Luiz Guilherme, durante esses cinco anos houve, copa do mundo, olimpíadas e a FAB passou por uma reestruturação geral. Com  isso tudo acontecendo se tornava difícil focar em um exercício complexo como a Cruzex. 

Por fim foi nomeados os 40 nomes escolhidos pela FAB para fazer o Media day/fly. Onde a imprensa escolhida voa/voou em um C-105 Amazonas e pode fazer fotos dos caças de cada país tendo como o fundo o litoral de Natal.

Porém após todo o briefing e o treinamento para a operação e já em voo foi preciso retornar para a ALA 10, pois o Media Flight havia sido cancelado devido a uma pane em uma das aeronaves que seriam fotografadas. Os profissionais da imprensa retornaram para a sala de imprensa e foi informado pelo Cecomsaer que o voo do Media Flight aconteceria no dia seguinte (20/11).

Apesar do cancelamento do voo durante todo o dia aconteceram os voos de familiarização dos pilotos. Esses voos aconteceram na segunda e na terça feira dia 20/11.

Dia 20/11

A programação do dia 20 foi intensa de decolagens, passagens, pouso e claro, cliques também. O atendimento a imprensa começou às 9h30 onde foi informando que os jornalistas, fotógrafos, spotters e cinegrafistas seguiriam para o pátio para fazer as fotos da movimentação das aeronaves que logo cedo já é intensa.

Às 10h30 a imprensa teve acesso ao pátio próximo a torre de controle (TWR) da ALA 10 onde se pode subir na mesma para ter um ângulo diferenciado de fotos, foi separado grupos para que todos tivessem tal oportunidade, enquanto um grupo estava na torre, outro permanecia em solo podendo fotografar normalmente. Permaneceu no local por toda a manhã e após o término os profissionais de mídia foram encaminhados para uma sala para assim poder passar as informações referentes a parte da tarde.

Media Flight (20/11)

Media Flight Cruzex 2018. Com sete caças representando as nações. Da esquerda pra direita, F-16C dos EUA, A-37 Dragonfly do Uruguai,Mirage 2000P do Peru, A-1M da FAB liderando a esquadrilha, AF-1A (A-4KU Skyhawk) da Marinha do Brasil, F-5EM da FAB e um F-16A MLU do Chile

O voo que acontece com a imprensa na Cruzex é um dos grandes destaques do exercício, pois é uma rara oportunidade de fazer um voo onde se pode fotografar outra aeronave de frente. A lista dos 40 nomeados para o voo seguiu a mesma do dia (19).

O horário para o inicio do breafing foi às 12h30, onde foram repassados todos os passos que seriam feitos no voo e também os procedimentos de segurança. Feito isso chegou a hora de colocar o “rabo de macaco” (Equipamento de segurança usado para que prenda a pessoa a aeronave em voos com a porta traseira aberta). Após todos estarem prontos seguiu-se para a aérea operacional onde todos foram embarcados e aí sim poderia se dar a partida nos motores e enfim a decolagem.

O C-105 taxiou até a pista 16L da ALA 10 e decolou após isso a aeronave ficou em órbita até que os sete caças (cada um representando as sete nações que participam com aeronaves da Cruzex).

Dada a ordem finalmente abriu a porta traseira e os fotógrafos foram em grupos de 3 a 4 pessoas até a porta traseira do Amazonas e começou a fazer os cliques e vídeos. Cada grupo tinha um tempo de 3 minutos para fazer as devidas imagens. Primeiramente o voo foi sobre o litoral e pontos turísticos famosos da capital potiguar, depois uma nova oportunidade foi dada para os fotógrafos de fazerem novas imagens e vídeos mas desta fez passando sobre a ALA 10 .

A formação foi composta por um A-1M, um F-5M e um A-4, todos brasileiros; dois F-16 – um chileno e um norte-americano; um A-37 uruguaio e um Mirage 2000 peruano.

Ao término a aeronave seguiu para pouso e os envolvidos no Media Flight seguiram para a sala de imprensa para tirarem o equipamento de segurança.

Dia 21/11

O terceiro dia foi destinado de fato aos voos operacionais na Cruzex, entre segunda e terça-feira foram feitos voos de familiarização. Desde às 8h30 de quarta-feira (21) diversos voos ocorreram na parte da manhã e os fotógrafos  e toda a mídia que foi credenciada para cobrir exercício foram deslocados para o “Spotter Point”, área especial onde se pode tirar foto das movimentações de decolagem e pouso das aeronaves.

Na parte da tarde uma leva ainda maior de decolagens ocorreu e novamente a mídia foi deslocada para o ponto de fotografia que nesse dia foi próximo a cabeceira da 16L.

Dia 22/11

O último dia de cobertura da Aeroflap no exercício Cruzex contou com muito barulho de caças, e outras aeronaves. O último dia seguiu conforme os outros, um pacote de decolagens por parte da manhã e outra de tarde. Em ambas as situações a imprensa credenciada teve acesso a um ponto para registrar imagens e vídeos das operações das aeronaves.

Aviação de transporte na Cruzex 2018

A aviação de transporte está em peso (literalmente) no exercício Cruzex. A FAB mandou para a ALA 10 2 C-130M e 1 KC-130, além de 3 C-105 Amazonas, sendo um do SAR. 

Passando para o cenário internacional, o Canadá mandou 2 C-130J, já a França 1 C-232.

Os EUA mandaram um KC-135 que serviu para missões de Revo para os caças F-16C. O Chile mandou também um KC-135 que veio fazendo Revos nos F-16A MLU da Força Aérea Chilena.

Participação da Marinha com o Esquadrão VF-1 Falcões do Mar

Pela primeira vez no exercício Cruzex a Marinha do Brasil está participando das operações em Natal com as aeronaves do Esquadrão de Interceptação e Ataque AF-1, conhecidos como ” Falcões do Mar”, o esquadrão VF-1 fica sediado na Base Aeronavel de São Pedro da Aldeia, Rio de Janeiro e conta com aeronaves A-4 Skyhawk (AF-1A e AF-1B-Designação na MB e (A-4KU na designação internacional do caça). As aeronaves da Marinha estão passando por um processo de modernização pela Embraer e algumas unidades já modernizadas já foram entregues ao esquadrão. Na Cruzex a Marinha levou duas aeronaves, sendo uma biposta e outra monoposta, ambas modernizadas. 

A equipe da Aeroflap entrevistou o Comandante do Esquadrão VF-1, o Capitão de Fragata Brito Coelho, segue abaixo a entrevista com o Capitão:

Quais estão sendo as expectativas devido a primeira participação do Esquadrão AF-1 na Cruzex?

Capitão de Fragata- Brito Coelho: “A expectativa é bastante grande. A ideia dos nossos meios aeronavais foi muito bem recebida pela Força Aérea e fomos abraçados para estar aqui participando destes exercícios, é uma oportunidade impar para a gente estar aqui aprimorando nosso conhecimento e trabalhando na conjunção das três forças. O reporte que tenho dos pilotos está sendo bem enriquecedoras”.

Como estão sendo os voos com a FAB e com as aeronaves de outras nações, estão sendo enriquecedoras?

Capitão de Fragata- Brito Coelho:  “Sim, com certeza. A concepção do exercício em si é uma conjunção não só aqui no Brasil mas também com todas as forças aéreas que tem participado. Existe uma troca de informação muito grande em uma determinada missão, aprendemos com eles e eles aprendem com a gente. A grande palavra é aprender.”

Quais as principais mudanças dos A-4 Skyhawk após a modernização?

Capitão de Fragata- Brito Coelho: “O grande up grande que nossos A-4 tiveram foram à parte de aviônicos, como modernos sensores, rádios e com esse exercício aprimora mais ainda as operações. Apesar de sermos uma força aeronaval apreendemos bastante e podemos colocar em prática isso dentro da força naval”.

Vocês fizeram algum treinamento em Anápolis antes de vir para cá?

Capitão de Fragata- Brito Coelho: “Exatamente, quando nos aceitamos o desafio de estar participando aqui voando na Cruzex a gente começou um treino bem intenso tanto teórico como terrestre, contamos com ajuda da FAB nessa parte de instrução teórica e na sequência participamos do exercício BVR lá em Anápolis (ALA2) que é basicamente o mesmo tipo de emprego que é visto aqui na Cruzex e a partir daí estamos aqui realizando esse exercício inédito, mas aceitamos o desafio e vamos cumprir a missão”.

Mediante ao que já foi feito na Cruzex 2018, existe uma intensão da Marinha em voltar a participar da Cruzex?

 Capitão de Fragata- Brito Coelho: “Com certeza, a grande intensão é essa, é cada vez mais as três forças estarem integradas e isso demostra de maneira geral para o mundo que o Brasil tem três forças armadas bastante integradas”. “Então a expectativa é nas outras edições participarmos com mais aeronaves e meios e que esse exercício seja cada vez maior”.

Capitão, Muito Obrigado pela entrevista.

“Eu que agradeço a oportunidade”.

 

 

GAÚCHAZH - Empresa de Porto Alegre vai fornecer para clientes mundiais do fabricante sueco de caças


Marta Sfredo | Publicada em 26/11/2018 16:11 | Atualizado em 26/11/2018 16:39

A AEL Sistemas, com sede em Porto Alegre, ampliou seu acordo com a Saab. A empresa, controlada pela israelense Elbit, forneceria monitores desenvolvidos e produzidos na capital gaúcha para o programa Gripen no Brasil. Agora, tornou-se fornecedora da cadeia global da companhia sueca. Passa a exportar displays de última geração para equipar os caças E/F não só no Brasil, mas também na Suécia.

A partir de 2020, os 60 caças Gripen E encomendados pela Suécia para a Saab passarão a incluir os equipamentos desenvolvidos pela AEL, permitindo equalizar os programas brasileiro e sueco. A iniciativa é parte do contrato de transferência de tecnologia firmado à época.
A empresa produz três tipos de monitores – Wide Area Display (WAD), que fica no painel das aeronaves, Head-Up Display (HUD), que fica na frente do piloto, em posição avançada, e Helmet Mounted Display (HMD), no capacete. O programa inicial era atender às necessidades da Força Aérea Brasileira (FAB). A aprovação dos equipamentos permitiu o contrato de exportação e a transformação da AEL Sistemas em uma das principais fornecedoras globais da Saab.

Uma das inovações propostas pela AEL foi unificar em um só monitor informações antes dispersas em três telas e outros mostradores no painel. A tela tem alta definição e é sensível ao toque com luz infravermelha, para que o piloto não precise tirar as luvas de proteção ao interagir com o equipamento. 

 A padronização dos programas Gripen E/F brasileiro e sueco contida na inovação oferecida pela AEL é considerada "transferência de tecnologia inversa", ou seja, do Brasil para o mundo. Mostra um novo exemplo de transbordamento (spillover effect) na parceria industrial. Na avaliação da empresa, supera as expectativas da FAB quanto ao aumento da capacidade da indústria nacional, um dos grandes objetivos do programa Gripen brasileiro. 

– Toda a tecnologia empregada é da AEL – frisou Sérgio Horta, presidente da empresa, na época de uma das entregas de protótipos.

 Conforme a empresa, as sessões de treinamento com pilotos suecos e brasileiros em simuladores equipados com o display panorâmico de alta resolução (WAD), os pilotos concluíram que a apresentação de dados em tela única representa solução melhor que a anterior. É a principal fonte das informações de voo e missão na cabine de piloto, aumentando a consciência situacional tática do piloto.

 

PODER AÉREO - KC-390 realiza ensaios na Ala 1, em Brasília (DF)

Cada ensaio é cronometrado e gravado para análise e posterior certificação da aeronave

Publicada em 26/11/2018

Militares da Força Aérea Brasileira (FAB) participaram, na Ala 1, em Brasília (DF), de uma série de ensaios realizados na aeronave KC-390. A infraestrutura da organização militar também foi utilizada para os testes. “Nós estamos participando com a disponibilização de hangar, pista, pallets, rebocador, além do apoio aos integrantes da Embraer”, relatou o Tenente Rafael Macedo Trindade, do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). Ele é um dos militares da FAB que acompanham os ensaios realizados pela fabricante. As análises dos ensaios também são acompanhadas por equipes do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) da FAB.

De 29 de outubro a 3 de novembro, a equipe da fabricante Embraer verificou as capacidades do avião no que diz respeito, principalmente, a evacuações de emergência. Cada ensaio é cronometrado e gravado para análise e posterior certificação da aeronave nesse quesito.

No total, 600 soldados do Exército Brasileiro de unidades sediadas em Brasília participaram dos ensaios. Nenhum dos militares pôde repetir um teste, já que o objetivo é comprovar que o avião oferece a segurança necessária, por exemplo, em casos em que a tropa tenha que realizar evacuação de emergência ou em transporte com ações de infiltração e exfiltração – quando os militares precisam embarcar ou desembarcar rapidamente sem que a aeronave seja desligada.

“Nós também seremos ‘clientes’ da aeronave, já que nossas tropas serão transportadas e realizarão missões junto à FAB. Então é muito importante participarmos desses testes que garantem que o avião seja certificado”, ressaltou o Capitão do Exército Brasileiro Fabio Ribeiro Fonseca.

Durante os ensaios também foram simuladas situações de pouso na água – quando a evacuação foi realizada por meio de uma estrutura metálica montada na parte externa do avião – e em período noturno, sem nenhuma luminosidade. Para isso, o KC-390 ficou dentro do hangar totalmente fechado e com luzes apagadas. Nem mesmo a iluminação de equipamentos de fotografia e filmagem poderiam ser utilizadas e, por isso, a Embraer usou câmeras com capacidade para gravar no escuro. Soldados da Força Aérea realizaram um treinamento diurno antes do ensaio à noite, para que a capacidade das estruturas fossem checadas e a segurança dos demais militares fosse garantida.

Em outubro, a Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) concedeu o certificado de Tipo da aeronave KC-390, o que permite que o avião possa ser comercializado e operado em todo o território brasileiro. A certificação é emitida quando o projeto de aeronave demonstra ter cumprido todos os requisitos operacionais e de segurança e de proteção ambiental obrigatórios para a operação. Isso evidência que o nível de segurança da aeronave é compatível com padrões internacionais, e permite que o modelo certificado seja comercializado no Brasil e inserido no Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB).

Sobre a aeronave

O Embraer KC-390 foi desenvolvido para atender os requisitos operacionais da FAB. A aeronave estabelece um novo padrão para o transporte militar médio, por se tratar de um modelo inédito para o transporte de carga militar.

O cargueiro é o único da categoria que conta com o sistema de comando de voo eletrônico fly-by-wire que, além de dar maior eficiência para pilotagem, também proporciona uma integração com as demais missões. Um exemplo é o lançamento de carga. O uso dos controles eletrônicos vai mensurar o comportamento do avião durante o voo, que responde a essa dinâmica e repassa as informações ao piloto.