NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


DEFESA AÉREA & NAVAL


26 de junho – Dia da Aviação de Busca e Salvamento


Luiz Padilha | Publicada em 26/06/2021 10:37

ORDEM DO DIA DO COMANDANTE DE PREPARO

Brasília, 24 de junho de 2021

O JARGÃO “CONHECER PARA RECONHECER” LEVAMOS A REFLETIR SOBRE A ASSERTIVA DE SE RECONHECER PARA CONHECER, COMO OBJETIVO DE SE OBTER A VANTAGEM NO CONFLITO.

DESDE SEMPRE, O CONHECIMENTO ACERCA DO INIMIGO É FUNDAMENTAL PARA O DESEMPENHO EM COMBATE NO CAMPO DE BATALHA. NÃO APENAS SUN TZU RETRATA ISSO EM SEU LIVRO “A ARTE DA GUERRA”, COM A ICÔNICA ASSERTIVA DE QUE “CONHECEIS SEU INIMIGO E A SI MESMO, E NÃO TEMERÁS O RESULTADO DE CEM BATALHAS”; MAS TAMBÉM TUCÍDIDES, EM SEU CLÁSSICO “HISTÓRIA DA GUERRA DO PELOPONESO” FAZ VÁRIAS MENÇÕES ÀS “ATIVIDADES DE RECONHECIMENTO” LEVADAS A TERMO POR ATENIENSES E ESPARTANOS.

JÁ O RECONHECIMENTO AÉREO SURGE COM A POSSIBILIDADE DE FAZÊ-LO DESDE BALÕES, SENDO OS PRIMEIROS REGISTROS ORIUNDOS DAS GUERRAS REVOLUCIONÁRIAS DA FRANÇA, EM FINS DO SÉCULO XVIII. NESSE CONTEXTO, JÁ EM MEADOS DO SÉCULO XIX, DURANTE A GUERRA DO PARAGUAI, O MARQUÊS DE CAXIAS DECIDE EMPREGAR BALÕES NO RECONHECIMENTO DO CAMPO DE BATALHA.

SENDO ASSIM, EM 24 DE JUNHO DE 1867, FINALMENTE ASCENDE UM BALÃO DO IMPÉRIO DO BRASIL PARA FAZER O RECONHECIMENTO EM TUIUTI, DATA QUE HOJE CELEBRAMOS COMO O DIA DA AVIAÇÃO DE RECONHECIMENTO. DAÍ EM DIANTE, EM SUBSTITUIÇÃO AOS MANGRULHOS, O RECONHECIMENTO – AGORA AÉREO – ELEVOU A “COLINA DO COMANDANTE” A ALTITUDES NUNCA ANTES ALCANÇADAS, CONTRIBUINDO INEQUIVOCAMENTE PARA O SUCESSO DO BRASIL NO RESTANTE DA GUERRA.

DE LÁ PARA CÁ, MUITA COISA MUDOU. EM 1906, COM O ADVENTO DO “VOO DO MAIS PESADO QUE O AR”, O RECONHECIMENTO AÉREO VIRIA A CONHECER UM DESENVOLVIMENTO SEM PRECEDENTES, ACOMPANHANDO A EVOLUÇÃO TECNOLÓGICA NÃO SOMENTE DOS VETORES AÉREOS, MAS TAMBÉM DOS SENSORES QUE NÃO MAIS SE LIMITARIAM AOS OLHOS HUMANOS.

EMBORA AINDA NÃO DISPUSESSE DE UM GRUPO OU ESQUADRÃO EXCLUSIVAMENTE DEDICADO AO VOO DE RECONHECIMENTO – APESAR DE JÁ HAVER PREVISÃO NA DOUTRINA – DURANTE A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, NA ITÁLIA, A PRIMEIRA ESQUADRILHA DE LIGAÇÃO E OBSERVAÇÃO CUMPRIU INÚMERAS MISSÕES DE RECONHECIMENTO VISUAL JUNTO ÀS LINHAS ALEMÃS, ENQUANTO AJUSTAVA OS FOGOS DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA.

MAS FOI SOMENTE EM 1947 QUE A AVIAÇÃO DE RECONHECIMENTO FORMALMENTE É IMPLANTADA, COM A CRIAÇÃO DO PRIMEIRO ESQUADRÃO DO DÉCIMO GRUPO DE AVIAÇÃO, ESQUADRÃO POKER, VOANDO AERONAVES A-20, CUJAS METRALHADORAS FORAM SUBSTITUÍDAS POR CÂMERAS, SENDO REDESIGNADAS R-20. HOJE, O ESQUADRÃO POKER, BASEADO EM SANTA MARIA, OPERA AS MODERNAS AERONAVES RA-1M COM SENSORES RECCELITE.

EM 1951 O RECONHECIMENTO AÉREO GANHA MAIS UM MEMBRO, COM A CRIAÇÃO EM RECIFE DO PRIMEIRO ESQUADRÃO DO SEXTO GRUPO DE AVIAÇÃO, ESQUADRÃO CARCARÁ. ATUALMENTE BASEADO NA CIDADE DE ANÁPOLIS, A UNIDADE VOA AS AERONAVES R-35AM, OPERANDO SENSORES DR-3000.

DURANTE MUITO TEMPO POKERS E CARCARÁS GARANTIRAM O RECONHECIMENTO NA FORÇA AÉREA, ATÉ QUE, EM 1999, FOI CRIADO O SEGUNDO ESQUADRÃO DO SEXTO GRUPO DE AVIAÇÃO, OU ESQUADRÃO GUARDIÃO. OPERANDO A PARTIR DE ANÁPOLIS, OS GUARDIÕES EMPREGAM A MODERNA AERONAVE R-99, COM SENSORES SAR, COM/NCOM E OIS.

FINALMENTE, EM 2011, É ATIVADO O PRIMEIRO ESQUADRÃO DO DÉCIMO SEGUNDO GRUPO DE AVIAÇÃO, ESQUADRÃO HÓRUS, INAUGURANDO UM NOVO CAPÍTULO NO RECONHECIMENTO AÉREO DA FAB: O DO VOO REMOTAMENTE PILOTADO. TAMBÉM SITUADO EM SANTA MARIA, O ESQUADRÃO OPERA AS AERONAVES RQ-450 E RQ-900 – ESTE COM CAPACIDADE SATELITAL – OPERANDO OS SENSORES D-COMPASS. COM UM LEQUE VARIADO DE VETORES, SENSORES E CAPACIDADES, A AVIAÇÃO DE RECONHECIMENTO TEM DESEMPENHADO PAPEL FUNDAMENTAL NO PREPARO E EMPREGO DA FAB, PARTICIPANDO DE TODOS OS EXERCÍCIOS E OPERAÇÕES NAS QUAIS A FORÇA TOMA PARTE; ASSIM COMO NA LIDERANÇA DO DESENVOLVIMENTO DAS ATIVIDADES QUE PERMEIAM O CONCEITO OPERACIONAL IVR: INTELIGÊNCIA, VIGILÂNCIA E RECONHECIMENTO.

NESSE SENTIDO, A AVIAÇÃO DE RECONHECIMENTO TRANSCENDE OS 1º/10º GAV, 1º/6º GAV, 2º/6º GAV E 1º/12º GAV, POSTO QUE AÇÕES DE RECONHECIMENTO AEROESPACIAL TAMBÉM PODEM SER CUMPRIDAS POR COMPANHEIROS DE OUTRAS AVIAÇÕES, SEJAM OLIMPUS, FÊNIX, NETUNOS, PELICANOS OU ZEUS.

E O FUTURO É PROMISSOR. EM PARTE, JÁ CHEGOU COM A IMPLEMENTAÇÃO DO VOO SATCOM NA AERONAVE RQ-900. MAS AINDA GUARDA GRANDES EXPECTATIVAS, SEJA PELA CHEGADA DAS AERONAVES GRIPEN, SEJA PELA ENTRADA EM ÓRBITA DOS SATÉLITES DE SENSORIAMENTO ÓPTICO CARPONIS E SENSORIAMENTO RADAR LESSONIA, DO PROGRAMA ESTRATÉGICO DE SISTEMAS ESPACIAIS (PESE), OS QUAIS INAUGURARÃO UMA NOVA ERA DO RECONHECIMENTO AEROESPACIAL NA FAB.

DESTA FORMA, SEJA A PARTIR DE ANÁPOLIS, SEJA A PARTIR DE SANTA MARIA: POKERS, CARCARÁS, GUARDIÕES E HÓRUS TÊM SIDO OS OLHOS VIGILANTES NÃO APENAS DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA, MAS DO MINISTÉRIO DA DEFESA E DO BRASIL NO CAMPO DE BATALHA.

PARABÉNS, PILOTOS, OPERADORES DE EQUIPAMENTOS ESPECIAIS, ANALISTAS DE IMAGENS E TÉCNICOS EM INFORMAÇÕES DE RECONHECIMENTO!

PARABÉNS A TODOS OS INTEGRANTES DA AVIAÇÃO DE RECONHECIMENTO DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA!

DA PÁTRIA, OS OLHOS! POKER!
OS OLHOS DO AR! CARCARÁ!
GUARDIÕES, AOS CÉUS! SELVA, BRASIL!
FALCÕES! À ESPREITA… HÓRUS!

Tenente-Brigadeiro do Ar Sergio Roberto de ALMEIDA
Comandante de Preparo

PORTAL AEROIN


Reativado o Comando Aéreo Sudeste, em São Paulo, pela Força Aérea Brasileira


Murilo Basseto | Publicada em 26/06/2021

Criado em 27 de março de 1942, o Quarto Comando Aéreo Regional (IV COMAR), atualmente denominado Comando Aéreo Sudeste, sediado em São Paulo (SP), teve suas atividades reativadas.

A cerimônia militar, realizada na sexta-feira (25), foi presidida pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, e contou com a presença de Oficiais-Generais da Aeronáutica, dentre outras autoridades.

A ação faz parte da Diretriz do Aprimoramento da Reestruturação do Comando da Aeronáutica (COMAER), que tem como objetivo separar as atividades administrativas das operacionais, elevar o nível de prontidão operacional e a capacidade de dissuasão, além de restabelecer a representatividade regional da Força Aérea na região Sudeste e no estado do Mato Grosso do Sul.

O IV COMAR terá jurisdição e missão de representar o Comando da Aeronáutica nos estados de São Paulo e do Mato Grosso do Sul. São subordinados diretamente ao Comando Aéreo Sudeste o Grupamento de Apoio de São Paulo; a Prefeitura de Aeronáutica de São Paulo; a Prefeitura de Aeronáutica de Pirassununga; a Prefeitura de Aeronaútica de Guaratingueta; e a Base Aérea de Santos.

A Unidade está subordinada à Secretaria de Economia, Finanças e Administração da Aeronáutica (SEFA). Para o Secretário, Tenente-Brigadeiro do Ar José Augusto Crepaldi Affonso, o IV COMAR também tem como missão assegurar a qualidade das atividades administrativas das organizações subordinadas, de modo a fornecer o completo suporte para o cumprimento da missão da Força Aérea na região.

“A reativação do Comando Aéreo Sudeste traz em seu cerne a missão de resgatar consigo a referência e representatividade necessárias da Força Aérea abrangendo os estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul”, disse Crepaldi.

Para o Comandante do IV COMAR, Major-Brigadeiro do Ar Paulo Roberto de Barros Chã, as expectativas são grandes com a nova responsabilidade. “Eu assumo este Comando com orgulho e satisfação. É uma responsabilidade muito grande representar o Comando da Aeronáutica nos estados de São Paulo e do Mato Grosso do Sul, fazer a supervisão e dar apoio administrativo às Unidades destes estados, bem como oferecer o suporte à atividade finalística. É uma unidade com muita tradição e eu espero corresponder à altura”, finaliza.

Aprimoramento da Reestruturação

Com o projeto do Aprimoramento da Reestruturação, a FAB já reativou o Comando Aéreo Leste (III COMAR), localizado no Rio de Janeiro (RJ); o Comando Aéreo Nordeste (II COMAR), em Recife (PE); o Comando Aéreo Planalto (VI COMAR), em Brasília (DF); o Comando Aéreo Amazônico (VII COMAR), em Manaus (AM), o Comando Aéreo Norte (I COMAR), em Belém (PA); e o Comando Aéreo Sul (V COMAR), em Canoas (RS).

O IV COMAR nasceu em 27 de março de 1942, como “4ª Zona Aérea”. Instalou-se provisoriamente no Campo de Marte, tendo sob sua jurisdição os estados de São Paulo e Mato Grosso. Hoje volta às origens, com a sua sede no mesmo bairro Santana.

“Eu sabia que vocês viriam” – Dia da Aviação de Busca e Salvamento


Murilo Basseto | Publicada em 27/06/2021

“Eu sabia que vocês viriam!”. Esta é a frase que ecoa há 54 anos na Força Aérea Brasileira (FAB) quando o assunto é Aviação de Busca e Salvamento.

O episódio remete ao dia 26 de junho de 1967, quando cinco militares foram resgatados após o desaparecimento da aeronave C-47 de registro FAB 2068, na selva Amazônica. A operação foi considerada como um legado na Aviação de Busca e Salvamento da aviação brasileira.

A atuação dos militares consiste no emprego de Meios de Força Aérea e se inicia com o acionamento do Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico (SISSAR), que tem o propósito de localizar e socorrer ocupantes de aeronaves e embarcações em situações de perigo. Esse sistema tem um órgão central, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), que normatiza, coordena e controla as ações de Busca e Salvamento.

Dentre as missões já cumpridas neste ano, ocorreram resgates de tripulantes a bordo de embarcações em alto-mar. A tripulação percorre longa distância até chegar ao ponto de localização, realiza a infiltração, a exfiltração da vítima e retorna ao solo para atendimento médico.

Os resgates deste tipo são feitos com helicópteros – como o H-36 e o H-60L – devido à capacidade de realizarem voos pairados. Estão à disposição para as missões de busca aeronaves de asa fixa SC-105, P-3AM, P-95 e C-130.

Atualmente, dez Esquadrões compõem a aviação e estão localizados em todas as regiões do Brasil, sendo elas: 2º/10º GAV – Esquadrão Pelicano e o EAS – Esquadrão PARA-SAR, localizados em Campo Grande (MS); 1º/8º GAV – Esquadrão Falcão, em Parnamirim (RN); 3º/8º GAV – Esquadrão Puma, 1º/7º GAV – Esquadrão Orungan e 1º/1º GT – Esquadrão Gordo, no Rio de Janeiro (RJ); 5º/8º GAV – Esquadrão Pantera, em Santa Maria (RS); 2º/7º GAV – Esquadrão Phoenix, em Canoas (RS); 7º/8º GAV – Esquadrão Harpia, em Manaus (AM); e 3º/7º GAV – Esquadrão Netuno, em Belém (PA).

Preparação contínua

Com foco na preparação contínua dos militares, o Comando de Preparo (COMPREP) coordena os Exercícios Técnicos (EXTEC), que visam adestrar os Esquadrões na execução de técnicas necessárias ao cumprimento da Ação de Força Aérea de Busca e Salvamento em cenário terrestre e marítimo. Durante o mês de maio, foi realizado na Ala 12, no Rio de Janeiro (RJ), o EXTEC SAR (do inglês, Search and Rescue).

O Comandante da Guarnição de Aeronáutica de Santa Cruz (GUARNAE-SC), Coronel Aviador Marcelo da Costa Antunes, comentou acerca do EXTEC:

“Os treinamentos seguem os moldes de um acionamento real de busca, pois contam com o apoio da estrutura operacional do Centro de Coordenação de Salvamento Aéreo (SALVAERO), do DECEA e do Navio-Patrulha Oceânico Amazonas (P-120) da Marinha do Brasil. Por se tratar de missão de treinamento em ambiente controlado, durante todos os voos são medidos os índices de eficiência das tripulações e, caso seja necessário, é possível implementar melhorias para aumentar o desempenho para um possível emprego em missões reais”, destaca o Oficial.

Informações da Força Aérea Brasileira

PORTAL AEROFLAP


FAB celebra Dia da Aviação de Busca e Salvamento


Gabriel Centeno | Publicada em 26/06/2021

“Eu sabia que vocês viriam!”, disse o Tenente Velly, um dos cinco sobreviventes dos 26 passageiros do C-47 FAB 2468 que caiu na Amazônia em 15 de junho de 1967. No dia 26 de junho, tripulantes de um SA-16 Albatroz do Esquadrão Pelicano avistou os destroços do 2068. Até hoje, a busca pelo 2068 em 1967 foi a maior operação de busca e salvamento realizada pela FAB. Hoje, 26 de junho, a instituição comemora o Dia da Aviação de Busca e Salvamento. 

Os esquadrões que compõe esse grupo da FAB – Pelicano, PARA-SAR, Pantera, Falcão, Harpia, Puma, Gordo, Orungan, Phoenix e Netuno – tem por missão a localização e salvamento de pessoas em terra ou mar, a qualquer hora, sob qualquer tempo. Para isso, a FAB emprega aeronaves H-36, H-60L, SC-105, C-130, P-3AM e P-95BM para buscar, apoiar e resgatar vítimas em necessidade. 

“Tudo começa com o Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico (SISSAR), que tem a missão de localizar e socorrer ocupantes de aeronaves e embarcações em situações de perigo. Esse sistema tem um órgão central, o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), que normatiza, coordena e controla as ações de Busca e Salvamento.

Sob a gerência do DECEA trabalham em estado de alerta, 24h por dia, durante todo o ano, mais cinco órgãos regionais, conhecidos como SALVAERO (Atlântico, Brasília, Curitiba, Manaus e Recife), que estão distribuídos estrategicamente em diferentes pontos do território nacional, subordinados aos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA), que executam atividades de controle do tráfego aéreo classe geral e militar, a vigilância do espaço aéreo e comando das ações de defesa aérea no Brasil.

Outros órgãos também trabalham em conjunto com o SALVAERO, como: Marinha do Brasil, Exército Brasileiro, Polícias Militar e Civil, Corpo de Bombeiros e outras organizações públicas, privadas e não governamentais.

O acionamento acontece quando um aparelho eletrônico chamado Baliza Eletrônica (ELT – Emergency Locator Trasmitter), que existe na maioria das aeronaves, dispara automaticamente pelo impacto da queda ou manualmente pelo piloto. A baliza eletrônica transmite um sinal detectável por satélites e por aeronaves que estão próximas.

Os satélites captam esses sinais e eles são transmitidos a estações terrestres (antenas localizadas em Brasília, Recife e Manaus). Logo após identificar a baliza, o Centro de Controle de Missão (CCM), em Brasília, envia esses dados ao SALVAERO da região para iniciar os procedimentos de busca.

Um alerta de uma baliza demora dois minutos entre o seu acionamento e a detecção por uma estação rastreadora. Caso a baliza tenha GPS, a sua localização será enviada junto com a mensagem de alerta transmitida pela baliza. Caso não tenha, terá sua posição calculada utilizando os dados de detecção fornecidos por um ou mais satélites.

No caso de desaparecimento de uma aeronave, quando não há comunicação entre o órgão de controle e o piloto, o CINDACTA informa ao SALVAERO e este inicia os procedimentos de busca. Caso o SALVAERO, após averiguar todas as informações necessárias, não consiga confirmar a situação de segurança da aeronave, ele irá acionar os Esquadrões de Busca e Salvamento da FAB.”

Além de ações em resgate em casos de acidente, as unidades de busca e salvamento também estão preparadas para atuar na Busca e Resgate em Combate (CSAR). Esse tipo de operação é uma das especialidades do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento, o famoso PARA-SAR, sediado na Ala 5, em Campo Grande (MS). Caso um piloto seja abatido durante uma guerra, a unidade está apta para conduzir as missões de recuperação do aviador derrubado. 

O PARA-SAR opera em conjunto com o Esquadrão Pelicano (2º/10º GAv), a unidade aérea da FAB especialmente dedicada à busca salvamento, que também como sede a capital sul-mato-grossense.

A unidade opera os helicópteros H-60L Black Hawk e as aeronaves SC-105 Amazonas e Amazonas-SAR, este último dotado de instrumentos e sensores para a localização de destroços e pessoas, como radar multimodo Elta EL/M-2022A(V)3 e a torre FLIR (Forward Looking Infra-Red) Star Safire. São três C-105 Amazonas-SAR em serviço na, sendo dois com capacidade Reabastecimento em Voo. 

A FAB também realiza o resgate de tripulantes de embarcações operando na costa brasileira, presta suporte em desastres naturais e missões de evacuação aeromédica.