NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Após final de semana violento, Exército reforça patrulhamento no Rio

Medida é em `áreas de grande circulação´, segundo o comando militar

Publicada em 26/03 - 16h06

O Exército realiza nesta segunda-feira (26) uma operação em três zonas (sul, norte e central) do Rio.

Na nota, o CML (Comando Militar do Leste) informa que os militares iniciam “um reforço no patrulhamento especializado em áreas de grande circulação de pessoas e veículos na cidade”.

Além de militares das Forças Armadas, integrantes da Força Nacional e de policiais militares participam desta “intensificação de patrulhamento”. O CML não divulgou o efetivo nas ruas.

A ofensiva do Exército ocorre depois de um final de semana violento em comunidades do Rio e da região metropolitana.

Pelo menos 12 jovens foram mortos em dois eventos diferentes —​um confronto com policiais militares ocorrido no sábado (24) na Rocinha, favela da zona sul; e uma chacina no domingo (25) em Maricá.

A Folha presenciou na tarde desta segunda um comboio da Polícia do Exército em deslocamento pelo Aterro do Flamengo, na zona sul.

Mais cedo, milicianos e traficantes entraram em confronto pela manhã na praça Seca, zona oeste do Rio.
O tiroteio fechou o trânsito do BRT (sistema de corredor de ônibus) na região. Um grupo de traficantes fugiu de carro pela rua Cândido Benício, a principal via do bairro. Com fuzis, eles fecharam o trânsito.

Tiroteios foram registrados nesta manhã também na Rocinha. Uma professora postou um vídeo com os alunos sentados na parte interna de uma escola tentando se abrigar dos tiros.

Um homem foi morto na localidade chamada 199. Segundo o porta-voz da PM, o homem portava um fuzil e entrara em confronto com policiais.

Desde fevereiro, a segurança pública do Rio é comandada pelo general Braga Netto.

As estatísticas de crimes de fevereiro e março ainda não foram divulgadas pelo ISP (Instituto de Segurança Pública).

 

Após 40 dias, intervenção de Temer segue sem rumo contra a violência no Rio

Mortes violentas se repetem sem uma estratégia clara de general do Exército

Sérgio Rangel , Lucas Vettorazzo E Luiza Franco | Publicada em 27/03 - 02h00

Policiais militares continuam sendo mortos em confrontos com criminosos e moradores de áreas carentes permanecem sofrendo com os altos índices de violência.

Só no último final de semana foram ao menos oito mortos na Rocinha e cinco jovens assassinados em Maricá, na região metropolitana do Rio.

Para agravar a situação, uma vereadora foi morta a pouco mais de um quilômetro do quartel general da intervenção federal, num crime aparentemente premeditado, com repercussão internacional, e sem solução até agora.

Quarenta dias depois da nomeação do general do Exército Walter Braga Netto como interventor na segurança pública no estado, a situação do Rio permanece distante da promessa do presidente Michel Temer (MDB) de restabelecimento da ordem.

“O governo dará respostas duras, firmes e adotará todas as providências necessárias para enfrentar e derrotar o crime organizado e as quadrilhas”, afirmou Temer em 16 de fevereiro, na assinatura do decreto de intervenção. Por enquanto, a medida inédita, decidida às pressas, está sem verba nem plano definido para enfrentar a criminalidade.

Segundo pesquisa Datafolha feita na semana passada, a intervenção tem apoio de 76% dos moradores da cidade do Rio. A maioria, porém, avalia que a ação do Exército até agora não fez diferença no combate à violência (71%).

O interventor atua como chefe das forças de segurança —na prática, é responsável tanto pela Segurança Pública como pela Administração Penitenciária, com PM, Civil, bombeiros e agentes carcerários sob seu comando.

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VISIBILIDADE

Nesta segunda (26), a guerra violenta entre traficantes e milicianos na zona oeste levou à interrupção do BRT Transcarioca e teve cenas filmadas de manhã por um helicóptero da TV Globo —que mostrou criminosos com fuzis em troca de tiros.

À tarde, militares do Exército iniciaram operação nas zonas sul, norte e central para reforço do patrulhamento “em áreas de grande circulação de pessoas e veículos”.

Com potencial de atrair visibilidade, a ação deve ser reforçada a partir desta terça (27), com deslocamento de efetivo para pontos turísticos de Copacabana e Botafogo.

A medida, porém, é de baixo impacto contra crimes violentos, já que essas não são as áreas mais conflagradas.

O principal exemplo da atual falta de rumo da intervenção é a favela Vila Kennedy, na zona oeste do Rio, anunciada como uma espécie de laboratório da intervenção.

A experiência durou pouco, e as Forças Armadas anunciaram que irão deixar a favela antes de conseguir capturar chefes do tráfico local ou aprender quantidade representativa de armas e drogas.

No período de um mês na região, os militares protagonizaram uma corrida de gato e rato com bandidos, que colocavam de noite as barreiras retiradas de dia pelas tropas.

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A estratégia dos interventores para enfrentar os criminosos é nebulosa, mas uma das pistas é que descartam ocupar comunidades de forma permanente, como ocorreu na Maré em 2014 e 2015.

Outra promessa é reequipar as polícias do estado, mas tanto PMs como policiais civis seguem trabalhando com armamento obsoleto e sem combustível para viaturas.

A falta de estrutura ajuda a tornar os agentes vítimas da criminalidade. Já são 31 PMs mortos neste ano —média de um a cada três dias. Em igual período de 2017, foram 39 mortos —134 no ano todo.

Crime de maior repercussão desde que começou a intervenção, a morte da vereadora Marielle Franco (PSOL) e de seu motorista, Anderson Gomes, completará duas semanas nesta quarta (28) sem resultados concretos da investigação —até aqui, nada se sabe sobre os criminosos e a motivação do crime.

MODELO

Segundo a socióloga Maria Isabel Couto, pesquisadora de segurança pública do instituto Iser, a atuação das forças repete modelo de décadas atrás, sem sucesso.

O ineditismo da medida atual, diz, é acompanhado de antigas práticas, como cerco a favelas, revistas a moradores e foco no tráfico de drogas no varejo e em regiões pobres.

“Do ponto de vista estratégico, não é diferente do que vemos há 30 anos no Rio”, afirma. “Há um aumento da repressão e a militarização da vida cotidiana nas áreas pobres, apenas, e estão tentando resolver o problema dando o mesmo remédio que sempre deram”, completa.

Para Ignácio Cano, do Laboratório de Violência da Uerj, a intervenção não tem tempo nem condições políticas de melhorias significativas.

Ele diz ver os militares sem rumo e improvisando. O melhor que o interventor poderia fazer, diz, seria a polícia reavaliar a política de operações para tentar reduzir o número de confrontos e, consequentemente, de feridos e mortos, e aumentar o patrulhamento para inibir crimes de rua.

Cano afirma não acreditar que a solução seja tentar tomar as favelas mais conflagradas. “Se entrarem, vão ocorrer muitas mortes.”

Até agora não há estatísticas oficiais que possam medir os índices de criminalidade em meio à intervenção.

Venâncio Moura, diretor de segurança do Sindicarga (Sindicato de Transporte de Cargas do Rio), afirma que a sensação é de que os roubos de carga, importante foco da intervenção, não reduziram.

“O que vemos é que os ladrões de carga não se intimidaram com a intervenção”, disse Moura, que é coronel da reserva da PM. Ele vê as ações do Exército nas vias expressas com impacto pontual. “Os militares vão embora no fim da tarde e tudo volta outra vez.”

EM MESES

O Gabinete de Intervenção Federal afirmou, por meio de nota, que as ações seguem estratégia traçada pelo interventor e que os primeiros resultados serão sentidos nos próximos meses.

Ele disse que estão sendo implementadas ações “emergenciais e estruturantes” para reduzir “progressivamente” os índices de criminalidade e fortalecer as polícias e a moral dos policiais.

Os generais no comando da secretaria de Segurança Pública evitam dar declarações públicas. No assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), optaram por se manifestar por nota.

O interventor Braga Netto falou publicamente uma vez desde que assumiu —assim como Richard Nunes, general secretário de Segurança.

Em nota, o gabinete de intervenção listou feitos da gestão e afirmou que os diversos atores das forças de segurança do Rio trabalham de forma integrada.

Ele destaca entre as medidas a “mudança de comando dos órgãos de segurança pública dentro do critério da meritocracia”, a “interlocução com diferentes segmentos dos setores públicos, privados e da sociedade civil organizada” e a “recomposição das finanças” para saldar passivos, assegurar pagamentos e investir em melhorias.

O gabinete cita também a “criação de modelo de ações sociais para ser aplicado em comunidades”, a “recomposição de efetivos e ampliação da frota de viaturas para aumentar policiamento ostensivo” e a “mobilização e integração com forças de segurança federais e de outros estados”.

Na última terça-feira (20), fabricantes brasileiras de armas doaram 100 fuzis e 100 mil munições às forças de segurança do Rio.

Nos próximos dias, o Exército doará para a PM três veículos blindados usados na missão do Haiti.

Dois batalhões da PM foram vistoriados pelos interventores. Os militares destacam ainda apoio a uma ação social na Vila Kennedy para tirada de documentos e assistência odontológica que fez 13 mil atendimentos.

ENTENDA A INTERVENÇÃO FEDERAL NO RIO

O que é a intervenção federal?

Um poder excepcional que permite que a União interfira nos estados em alguns casos. A intervenção está prevista na Constituição de 1988 e, desde então, essa é a primeira vez em que é usada. Na prática, no Rio, o interventor Walter Souza Braga Netto assumiu o controle da Secretaria de Segurança Pública e das polícias, mas sem estar subordinado ao governo do estado.

Qual o é o objetivo da intervenção?

Reduzir os índices de criminalidade e recuperar a estrutura e eficiência das polícias Civil e Militar do estado.

A intervenção tem um plano de ação?

Oficialmente, ele não foi apresentado. Até o momento, a intervenção fez cercos em favelas com o apoio de militares da Forças Armadas e com a polícia. Também houve vistoria em presídio e bloqueios em estradas de acesso ao Rio.
A favela da Vila Kennedy, na zona oeste, foi alçada a laboratório, com patrulhas diárias dos militares. Após um mês de operações, porém, o governo anunciou que pretende deixar a comunidade até o início de abril.

A intervenção foi decidida às pressas pelo governo Temer?

Ao que tudo indica, sim. O interventor, depois de nomeado, levou uma semana para escolher sua equipe.

Desde quando as Forças Armadas estão no estado?

Em 28 de junho, as Forças Armadas receberam autorização presidencial para atuar na segurança pública do Rio. O arcabouço jurídico para isso foi um decreto de GLO (Garantia da Lei e da Ordem).

Os militares têm prazo para deixar o estado?
A intervenção irá durar até 31 de dezembro, segundo decreto do presidente Temer. Para continuar, terá de ser decretada pelo próximo presidente do país, a ser eleito neste ano.

Qual é a situação do Rio em comparação a outros estados do país?

Apesar da escalada de violência no Rio, que atingiu uma taxa de mortes violentas de 40 por 100 mil habitantes no ano passado, há estados com patamares ainda piores. No Atlas da Violência 2017, com dados até 2015, Rio tinha taxa de 30,6 homicídios para cada 100 mil habitantes, contra 58,1 de Sergipe, 52,3 de Alagoas e 46,7 do Ceará, por exemplo.

A polícia já tem pistas dos assassinos da vereadora Marielle?

A polícia ainda busca indícios do caso. Por enquanto, publicamente, sabe-se que Marielle foi seguida após participar de debate sobre racismo no dia do crime.

 

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Em dura crítica, relatores da ONU pedem que Brasil reconsidere estratégia de segurança

´Execução de Marielle é um sintoma assustador dos atuais níveis de violência no País´, afirma comunicado

Jamil Chade, Enviado Especial / Berlim | Publicada em 26/03 - 13h56

BERLIM - Numa iniciativa rara, dez relatores da Organização das Nações Unidas (ONU) se uniram para emitir um comunicado duro contra as autoridades brasileiras, pedindo que a intervenção federal no Rio de Janeiro seja repensada e exigindo respostas diante do assassinato de Marielle Franco, vereadora carioca do PSOL. Os peritos ainda enviaram uma carta ao governo brasileiro e deram 60 dias para que esclarecimentos sejam apresentados.

Nesta segunda-feira, 26, um comunicado dos relatores indicou que é "profundamente alarmante o assassinato de Marielle Franco, mulher negra e proeminente defensora de direitos humanos, que criticou o uso da força militar no Rio de Janeiro". "Marielle era uma crítica feroz do decreto de 16 de fevereiro de 2018 que autoriza a intervenção federal em questões de segurança pública no Estado do Rio de Janeiro", alertou o comunicado.

"O assassinato de Marielle é alarmante, já que ele tem o objetivo de intimidar todos aqueles que lutam por direitos humanos e pelo Estado de direito no Brasil", disseram os relatores. "Nós pedimos às autoridades brasileiras que usem este momento trágico para revisar suas escolhas em promoção de segurança pública e, em particular, para intensificar substancialmente a proteção de defensores de direitos humanos no país", pedem.

Os relatores lembram que a vereadora integraria a comissão que vai acompanhar a intervenção das Forças Armadas no Rio de Janeiro. "Segundo informações recebidas pelos relatores, poucos dias antes de sua morte, Marielle denunciou o uso da força da Polícia Militar na favela de Acari, na região norte da cidade do Rio", apontou.

O comunicado também aponta que, no último final de semana, "oito pessoas supostamente morreram durante uma operação policial em uma favela no Rio de Janeiro". "Segurança pública não deve jamais ser feita às custas de direitos humanos", afirmaram os especialistas. "Respostas repressivas que miram e marginalizam pessoas pobres e negras são inaceitáveis e contra-produtivas."

"Nós pedimos às autoridades que ponham fim à violência, reafirmem publicamente o papel fundamental e legítimo das mulheres defensoras de direitos humanos e condenem a violência e a discriminação que são promovidas contra elas", complementaram.

Os relatores ainda pediram a "realização de uma investigação rápida e imparcial dos assassinatos, ressaltando que a execução de Marielle é um sintoma assustador dos atuais níveis de violência no País".

"Marielle foi uma extraordinária defensora de direitos humanos. Ela defendeu os direitos dos negros, das populações LGBTI, das mulheres e dos jovens das favelas mais pobres do Rio. Marielle será lembrada como um símbolo de resistência para comunidades marginalizadas historicamente no Brasil", os relatores concluíram.

O governo brasileiro, temendo uma pressão internacional, orientou seus embaixadores pelo mundo a tomar a iniciativa de explicar aos diferentes governos e instituições que a morte da vereadora estava sendo alvo de investigações e que o Palácio do Planalto condenava de forma veemente o crime.

 

JORNAL O GLOBO


Casa de Santos Dumont enfrenta turbulência para se manter aberta

Demora no repasse de verbas, convênio vencido e salários atrasados prejudicam manutenção do museu na Serra da Mantiqueira, em Minas Gerais

élcio Braga | Publicada em 26/03 - 09h20

SANTOS DUMONT (MG) - O Museu Casa Natal de Santos Dumont, que chegou a ficar quase uma semana fechado em janeiro, voltou a receber repasses da Prefeitura de Santos Dumont (MG). O museu, porém, ainda depende da assinatura de novo contrato para garantir o pleno funcionamento até dezembro. A Fundação Casa de Cabangu, responsável pela administração, recebeu dia 17 duas parcelas totalizando R$ 19.600 e pagou os salários dos três funcionários referentes a outubro, novembro e dezembro, além do décimo-terceiro.

O acervo do museu conta com fotos, ilustrações, documentos e publicações sobre a vida de Alberto Santos Dumont, um dos pioneiros da aviação. Foi nessa casa que o inventor nasceu e viveu até os dois anos. À época, o seu pai, Henrique Dumont, era o engenheiro responsável pela construção de uma ponte na linha férrea que corta a propriedade.

- Agora só está faltando a última parcela do contrato que venceu em dezembro (R$ 9.800). Mas estamos em débito com os funcionários em janeiro e fevereiro. Usaremos a última parcela e nossos recursos para regularizar a folha de pagamento - explicou a curadora do museu, Mônica Castelo Branco, sem recursos para manter a limpeza da área e o corte da grama.

O museu fica a 16,8 quilômetros do Centro de Santos Dumont - pequeno município de 47 mil habitantes - e a 62 quilômetros de Juiz de Fora. É mantido em funcionamento graças a um convênio entre a fundação, a prefeitura e a Aeronáutica, representada pela Escola de Cadetes do Ar (Epcar), em Barbacena (MG). A fundação administra o espaço e paga os salários a três empregados (uma guia e dois funcionários de manutenção). A Aeronáutica é responsável pela segurança da fazenda. O governo municipal faz o repasse da verba para o pagamento dos funcionários.

A prefeitura informou que os problemas nos repasses ocorreram devido aos atrasos no recebimento do ICMS. Além da Fundação Cabangu, outros conveniados também ficaram sem os repasses. No caso da Casa de Santos Dumont, ainda resta uma última parcela de R$ 9.600 do convênio do ano passado.

O governo municipal informou, porém, que sobre a assinatura do convênio com a Fundação Cabangu para este ano será necessário a apresentação de contas referente ao convênio anterior.

- Se não assinarmos um novo convênio, os funcionários deixarão de vir e o museu terá de fechar novamente por falta de condições - constata a curadora Monica Castelo Branco.

Para apresentar a prestação de contas, porém, a fundação depende da própria prefeitura. É que a instituição precisa receber a última parcela para entregar a prestação completa.

- A fundação está com tudo pronto. Quando a prefeitura pagar a última parcela do convênio de 2017, no dia seguinte a gente apresenta a prestação de contas. Estamos com muitas esperanças que em abril tudo esteja resolvido - observou Mônica.

 

PORTAL UOL


Forças Armadas fazem a maior operação em favela desde o início da intervenção no Rio


Luis Kawaguti | Publicada em 27/03 - 06h22

As Forças Armadas realizam nesta terça-feira (27) uma operação de grandes proporções em favelas do Complexo do Lins de Vasconcelos, na zona norte do Rio de Janeiro. Esta é a maior ação armada realizada desde o início da intervenção no Rio em número de militares envolvidos – ao todo são 3.400.

O objetivo da operação é tentar prender criminosos procurados e localizar armamentos e drogas escondidos. O Complexo do Lins é dominado pela facção criminosa Comando Vermelho. Não houve confronto até às 6h.

Além dos militares, 350 policiais civis e 150 policias militares participam da ação. Segundo o Comando Conjunto, a Polícia Militar está fazendo o cerco à favela enquanto policiais civis entram na área para cumprir mandados com apoio de combatentes das Forças Armadas.

A ação acontece um dia após o Comando Conjunto da intervenção anunciar que as Forças Armadas também passarão a reforçar o patrulhamento ostensivo nas ruas do Rio de Janeiro. Tanto o reforço como a operação no Complexo do Lins ocorrem em paralelo a um esforço feito nos bastidores para reorganizar os órgãos policiais do Estado.

A intervenção federal foi decretada no dia 16 de fevereiro. Desde então, as Forças Armadas participaram de operações em ao menos nove favelas. A maior mobilização de tropas até então havia ocorrido no dia 23 de fevereiro, quando os militares entraram nas favelas Vila Kennedy, Coreia e Vila Aliança, na zona oeste do Rio.

Até então, o único confronto entre militares e criminosos havia ocorrido no Jardim Catarina, em São Gonçalo, região metropolitana do Rio. As primeiras unidades que chegaram ao local foram recebidas a tiros por traficantes do Comando Vermelho. Mas a resistência acabou quando reforços chegaram e fizeram o efetivo das Forças Armadas na operação chegar a 1.000 homens.
 

Coronel assassinado

Em outubro do ano passado, o coronel da Polícia Militar Luiz Gustavo Teixeira, 48, que comandava o 3º Batalhão da PM do Méier foi assassinado a tiros por criminosos dentro de um carro de polícia descaracterizado próximo ao Complexo do Lins. O crime desencadeou uma série de operações das forças de segurança na região.

No final do mês passado, já durante a intervenção federal, o complexo voltou a ser palco de operações da Polícia Militar, mas sem o apoio das Forças Armadas. A região tem uma Unidade de Polícia Pacificadora desde 2013.
 

Planejamento

A escolha dos locais de ações das forças de segurança é feita a partir de informações de inteligência, segundo fontes ligadas à intervenção. A ideia seria tentar impedir o fortalecimento de determinados grupos criminosos ou estabilizar áreas propícias a se tornarem palco de disputas entre grupos criminosos.

Com as operações em favelas e o início do patrulhamento de rua feitos pelas Forças Armadas, os interventores federais esperam aumentar a sensação de segurança na cidade.

Segundo o Datafollha, 76% dos moradores do Rio são favoráveis à intervenção federal na segurança pública. A pesquisa, publicada no domingo (25), revela ainda que metade dos entrevistados (52%) acredita que o panorama vai melhorar ao fim desse processo. No levantamento, 17% disseram ser contra a intervenção e 5% não se manifestaram. O instituto ouviu 1.012 pessoas entre quarta (20) e sexta-feira (22) da semana passada. A margem de erro é de três pontos percentuais.

Militares ouvidos pelo UOL afirmaram ter consciência de que as ações ostensivas não vão ter sucesso a longo prazo se, nos bastidores, a intervenção não consiga melhorar a capacidade de operação das polícias – aprimorando processos de gestão e combatendo a corrupção. Eles disseram, porém, que as ações nas ruas e nas favelas são importantes porque ajudam a ganhar o apoio da população e a dissuadir criminosos a cometer alguns tipos de crimes.

 

JORNAL ZERO HORA


Assassinato de Marielle deve gerar investigação exemplar, diz secretário nacional de Segurança Pública

Gaúcho de Rio Grande, general Carlos Alberto dos Santos Cruz é o segundo na linha de comando do novo ministério chefiado por Raul Jungmann

Humberto Trezzi | Publicada em 26/03/2018 - 11h08

O general da reserva Carlos Alberto dos Santos Cruz é um dos mais renomados militares brasileiros. Em nome das Nações Unidas, chefiou a força multinacional de paz no Haiti (em 2007) e comandou a maior Missão de Paz já feita pela ONU, no Congo – onde chefiou 22 mil homens de 20 países, entre 2013 e 2015. Foi por essas credenciais que, ao aposentar a farda, esse gaúcho de Rio Grande aceitou o convite de ser o secretário nacional de Segurança Pública. Com a criação do Ministério da Segurança Pública, mês passado, Cruz se tornou o número 2 do ministro Raul Jungmann. Cabe a ele fazer o meio campo com todas as polícias brasileiras (a federal, as civis e as militares) e também com o explosivo sistema penitenciário.

Mal havia assumido a nova função quando estourou a comoção provocada pelo assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL) no Rio. Nesta entrevista a GaúchaZH, Santos Cruz fala sobre a morte da parlamentar, de como propiciar segurança pública num país assolado pelo crime e da cada vez maior presença de generais no governo Michel Temer.

Quais suas considerações sobre o assassinato da vereadora Marielle Franco, no Rio?

Tenho dito que deve gerar uma investigação arrasadora, exemplar. O Rio vive um quadro criminoso inadmissível. Não é só esse homicídio, infelizmente virou rotina. Matam policial, juiz, políticos, cidadãos mais e menos famosos...Agora, é preciso evitar o tipo de especulação puramente emocional que tem acontecido, tanto por parte dos adversários políticos da vereadora quanto por parte de seus admiradores.

As redes sociais espalharam vários boatos sobre Marielle, principalmente de que seria ligada a uma facção criminosa e a um famoso bandido carioca. Algo disso procede?

Não há indício nesse sentido, pelo que fui informado. Há muita exploração política nesses boatos. E se ela conhecesse algum criminoso? Em nada mudaria o fato de que foi assassinada e o crime tem de ser esclarecido. O investigador não pode ser parcial, nem agir conforme quem ela era. Não pode atuar com paixão. Nem ser emocional.

Qual a diferença de trabalho durante o tempo no Haiti e agora no Ministério da Segurança Pública? O senhor continua o que estava fazendo no Ministério da Justiça e da Segurança Pública?

No Haiti, no início de 2007, a decisão foi confrontar as gangues, as chamadas "street gangs", para eliminar a ousadia que tinham. Na região central da cidade, a decisão foi pelo confronto direto. Já na periferia, onde estava o batalhão do Sri Lanka, foi um ritmo intenso de operações de cerco, busca e apreensão, utilizando as tropas do batalhão e da polícia. Tivemos sucesso nas duas áreas. Aqui, atualmente, no Ministério da Segurança Pública e anteriormente, no Ministério da Justiça e Segurança Pública, as atividades são mais de coordenação e de gerenciamento de projetos de apoio às atividades de segurança pública. A tônica não está concentrada nas atividades de execução de atividades diretas contra os criminosos. Como disse, a maior parte é de gerenciamento de projetos de apoio e de coordenação. Fazemos exatamente o mesmo trabalho que vínhamos fazendo no Ministério da Justiça. Pessoalmente mudou um pouco, pois estou acumulando as responsabilidades pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) e também como Secretário Executivo do novo Ministério da Segurança Pública.

Quais os próximos passos em nível de Ministério?

Além das atividades que continuam absolutamente normais para todo o Ministério (Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Departamento Penitenciário e Secretaria Nacional de Segurança Pública), existe um grande trabalho administrativo, burocrático, que é exatamente a estruturação do novo Ministério. Assim, existe, no momento, um acúmulo das atividades operacionais de rotina com o trabalho de organização do novo Ministério.

Há possibilidade de uma intervenção em outro Estado, nos moldes do que houve no Rio de Janeiro?

Decretar uma intervenção é uma decisão política que sai do escopo de trabalho da Secretaria Nacional de Segurança Pública e até do Ministério. Segurança pública no Brasil, infelizmente, chegou a uma situação problemática em vários Estados, como se pode acompanhar pelas informações disponíveis, com altos índices de violência em diversos locais, com dificuldades visíveis para algumas unidades da federação adotarem as medidas necessárias. No entanto, como disse, é uma decisão absolutamente reservada ao governo federal, na pessoa do presidente da República. Portanto, tecnicamente, sempre existe a possibilidade, do ponto de vista da legislação. Pessoalmente, não vejo nenhum movimento nessa direção.

O Ministério da Justiça continua com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen)? Como vê essa divisão? Há algum prejuízo nessa situação?

O Depen saiu do Ministério da Justiça e passou para o da Segurança Pública, que ficou constituído também com Senasp, PF, PRF. Eu não vejo nenhum prejuízo na divisão, da maneira como ela foi feita. A Segurança Pública assumiu uma dimensão muito grande no Brasil e foi isso que motivou a formação de um órgão específico, a fim de que o assunto seja tratado por um ministério próprio. O Ministério da Justiça tem suas atribuições bem definidas e específicas, sendo um dos mais antigos na história do Brasil. E o Ministério da Segurança Pública veio para responder a uma necessidade que se tornou fundamental para o Brasil atualmente.

Há um aumento da influência de generais em postos na Administração Pública. O que é esse movimento? O presidente fez um apelo? As Forças Armadas ofereceram isso?

A participação de elementos das Forças Armadas na administração pública é um processo absolutamente natural. Não existe nenhum movimento calculado, pensado exclusivamente para isso. Claro que as Forças Armadas jamais se insinuaram para isso, nem foi feito qualquer "apelo" presidencial. É uma decisão normal da autoridade, no caso o Presidente. Não existe nenhum problema de as Forças Armadas participarem da administração pública do país com pessoas de seus quadros. Talvez aqueles que se preocupem com isso o façam por conta de posicionamento ideológico, análise política irracional, desatualizada, ultrapassada. O que a população quer é dedicação, capacidade para a função, honestidade e resultados. Tem que ser visto por esse lado. O restante são posicionamentos que carecem de sentido prático ou que contém outros interesses. É muito importante estar em sintonia com a avaliação social.

Qual a prioridade da segurança pública no país?

Bem, com tantos problemas, é muito difícil sintetizar qual é a prioridade da segurança pública. Existem muitos problemas que precisam ser atacados ao mesmo tempo – integração de inteligência e de dados, recomposição de efetivos, capacitação de pessoal, equipamentos básicos, tecnologia, legislação, funcionamento do Judiciário e do Ministério Público, execução penal, sistema penitenciário, performance dos governos, em todos os níveis (federal, estadual e municipal) na área social, na educação, na saúde, na eliminação da corrupção etc. Para sintetizar em um único objetivo: o foco tem que ser na população. Mesmo sendo a segurança pública obrigação de todos os cidadãos, é importante destacar a obrigação que tem os governantes, as instituições e os funcionários públicos de administrar com transparência e honestidade, sempre com o foco na obrigação de prestar serviço para a população. Nesse grande e complexo problema da segurança pública, o cidadão é a prioridade. Daí vem todo o restante.

 

PORTAL G1


Queda de aeronave deixa dois feridos na zona rural de Bragança Paulista

Piloto sobrevoava região do bairro Bocaina quando aeronave se prendeu em em um cabo da rede elétrica e caiu. Após a queda, aeronave pegou fogo. Vítimas foram socorridas em estado grave.

Publicada em 26/03/2018 - 08h51

A queda de uma aeronave de pequeno porte na zona rural de Bragança Paulista (SP) deixou duas pessoas gravemente feridas neste domingo (25). O piloto e uma adolescente, que estavam no avião, foram levados ao pronto-socorro da cidade.

Segundo a Polícia Civil, os dois sobrevoavam a região do bairro Bocaina quando a aeronave enroscou em um cabo ligado a um sistema de alta tensão e caiu. Após a queda, o piloto, ainda consciente, conseguiu tirar a adolescente e acionar o Corpo de Bombeiros antes de desmaiar.

Minutos após o acidente, a aeronave pegou fogo e a adolescente de 17 anos teve 80% do corpo queimado. O Corpo de Bombeiros esteve no local, conteve as chamas e socorreu as vítimas para o Pronto-Socorro do Hospital Universitário de Bragança Paulista.

A adolescente teve fraturas e queimaduras pelo corpo e o estado de saúde é grave. Ela foi transferida no início desta tarde para o Hospital Irmãos Penteados, que possui um setor especializado para tratamento de queimados.

O piloto tem 38 anos e teve fraturas. Ele passou por uma cirurgia neste domingo (25) e teve alta no fim da manhã desta segunda (26).

Consta no boletim de ocorrência que as vítimas eram namorados, no entanto, à tarde, a família do homem negou essa informação. A relação entre eles não foi informada.

Investigação

Os investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), informaram na manhã desta segunda (26) que estão se deslocando para fazer a ação Inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PU-RBJ.

Essa ação é o começo do processo de investigação etem o objetivo de coletar dados por meio de fotografia das cenas, retirada das partes da aeronave para análise, reunir documentos e ouvir relatos de pessoas que possam ter observado a sequência de eventos.

 

`Foi um estrondo, uma explosão´, diz testemunha de queda de avião em Bragança Paulista

Agricultor Fernando Miranda foi primeira pessoa a chegar no local do acidente. Ele acionou o resgate.

Publicada em 26/03 - 14h08

Primeira pessoa a chegar no local da queda de uma aeronave de pequeno porte em Bragança Paulista (SP), que deixou dois gravemente feridos, o agricultor Fernando Miranda afirmou que se assustou com os destroços do avião em chamas.

" Foi um estrondo, uma explosão. Foi terrível porque vi o avião queimando", disse o agricultor.

O acidente foi neste domingo (25) na zona rural da cidade. O piloto de 38 anos e a adolescente de 17 anos, que estavam no avião, foram levados ao pronto-socorro. Após a queda, o piloto conseguiu tirar a adolescente e buscar ajuda.

O agricultor, que mora próximo ao local, ajudou a socorrer a jovem. Quando ele chegou ao local, encontrou apenas ela em um matagal.

"Cheguei no local e  não vi ninguém. Quando bati uma foto, a moça gritou no meio do mato. E aí eu gritei, respondi e ela levantou no meio do mato. Eu liguei para a polícia, resgate, todo mundo, mas a preocupação minha era ela. A situação que ela estava no meio do mato", afirmou.

Segundo a Polícia Civil, eles sobrevoavam a região do bairro Bocaina quando a aeronave enroscou em um cabo ligado a um sistema de alta tensão e caiu. No BO consta que o piloto e a jovem eram namorados. A família do piloto negou, mas não informou a relação entre eles.

"Eu estou rezando para que ela saia dessa porque ela lutou bastante para isso. Ela foi mais guerreira do que eu. Se tem algum heroísmo aí, é dela. A situação em que ela estava, eu peço a Deus para que ela se recupere", disse Miranda.

O Corpo de Bombeiros esteve no local, conteve as chamas e socorreu as vítimas para o Pronto-Socorro do Hospital Universitário de Bragança Paulista. A adolescente teve fraturas e cerca de 80% do corpo queimado. O estado de saúde dela é grave. Ela foi transferida para uma unidade de Campinas nesta segunda.

O piloto teve fraturas e teve que passar por uma cirurgia neste domingo (25). Ele teve alta no final da manhã desta segunda.

A aeronave e o local vão passar por perícia para apurar as causas e circunstâncias da queda.

Investigação

Os investigadores do Quarto Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), órgão regional do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), informaram na manhã desta segunda (26) que estão se deslocando para fazer a ação Inicial da ocorrência envolvendo a aeronave de matrícula PU-RBJ.

Essa ação é o começo do processo de investigação etem o objetivo de coletar dados por meio de fotografia das cenas, retirada das partes da aeronave para análise, reunir documentos e ouvir relatos de pessoas que possam ter observado a sequência de eventos.

Anac

A aeronave envolvida no acidente não tem nenhuma autorização específica para voo em solo brasileiro, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). "Houve apenas uma reserva de matrícula para posterior cadastro junto à ANAC", diz trecho de nota da agência.

 

Dos EUA, mecânico da FAB envia mensagem a menino que criou laranjocóptero no Acre: ´não desista´

Daniel realizou o sonho de voar de avião pela primeira vez e ganhou um curso de mecânico de aeronaves: ´estamos muito agradecidos´, diz pai.

A invenção do pequeno Daniel de Holanda, de 10 anos, voou de Mâncio Lima, no interior do Acre, e chegou até o mecânico de helicópteros, que integra a equipe da Força Aérea Brasileira nos Estados Unidos, o subofocial Adalberto Bruzzio.

Bruzzio é instrutor do curso de helicóptero na Academia Interamericana das Forças Aéreas (IAAFA), em San Antonio, no Texas, e enviou uma mensagem de incentivo ao garoto.

“Daniel, seu laranjocóptero chegou até aqui no EUA. Estou aqui ensinando militares de vários países tudo aquilo que eu aprendi ao longo da minha carreira. Não desista dos seus sonhos. Por aqui, estamos torcendo muito por você”, disse o suboficial.

O menino fez sucesso ao criar um helicóptero usando uma laranja, uma pilha de controle remoto, fios, um motor velho de DVD e uma hélice de plástico. Daniel tem o sonho de se tonar mecânico de aeronaves.

O pai dele, Claudemir Lima, disse que o filho está muito feliz com as demonstrações de carinho e que fará o possível para realizar o sonho do filho.

“Meu filho está muito feliz e vendo que o sonho dele está cada vez mais perto de se tornar realidade. A gente que é de município, do interior, nunca poderia imaginar que isso tudo pudesse acontecer. Somos de família humilde e pagar um curso pra ele conseguir realizar o sonho dele é distante do que podemos dar. Estamos muito agradecidos. O Daniel disse que vai estudar ainda mais agora", afirmou.

No dia 22 de março, Daniel realizou o sonho de voar de avião pela primeira vez. Na mesma semana, ganhou do dono de um aeroclube de Goiás um curso de mecânico de aeronaves. Esse curso poderá ser feito quando Daniel concluir o ensino médio.

 

Ministro interino da Defesa visita abrigos para venezuelanos em Roraima

Ministro interino da Defesa, general de Exército Joaquim Silva e Luna, esteve no estado nesta segunda-feira (26).

Publicada em 26/03/2018 - 19h43

O ministro interino da Defesa, general de Exército Joaquim Silva e Luna, visitou dois abrigos para venezuelanos em Boa Vista e um Pacaraima, cidade na fronteira com a Venezuela, nesta segunda-feira (26).

Roraima lida desde 2015 com a chegada desenfreada de venezuelanos, cujo êxodo é motivado pela crise política, econômica e social do país. Só nos primeiros 45 dias de 2018, mais de 18 mil venezuelanos cruzaram a fronteira do estado.

Em Boa Vista ele esteve no abrigo Tancredo Neves e no do bairro Jardim Floresta, ambos na zona Oeste.

“Ao chegarem aqui, eles [imigrantes] competem no serviço público, na saúde, educação, segurança pública. Mas a sociedade está disposta a apoiar, ajudar e querem abraçar as pessoas. Isso fica claro que não há uma ideia de confronto”, analisou o ministro durante coletiva de imprensa.

Antes, o general esteve em Pacaraima, cidade ao Norte de Roraima que faz fronteira com a Venezuela e por onde entram os imigrantes que fogem da fome que assola o país de origem.

O ministro encerrou sua visita no palácio Senador Hélio Campos onde se reuniu com a governadora Suely Campos (PP) e autoridades da Segurança Pública.

Segurança Pública

Na avaliação do ministro, além de impactar a população de Roraima, a imigração venezuelana atinge também a segurança pública do estado.

“É o que mais nos preocupa no momento [segurança]. Por isso, aumentamos o efetivo na faixa de fronteira, [entre Brasil, Venezuela e Guiana] e ainda na BR-174”, disse.

Segundo o ministro, há uma trabalho de repressão ao tráfico de drogas e apreensão de produtos contrabandeados. O trabalho está relacionado a força-tarefa criada pelo governo federal para lidar com a migração desenfreada.

“A ação ainda tem a parte de a acolhimento e a de triagem, que envolve a saúde. Temos também o abrigo, tanto em Pacaraima, quanto em Boa Vista. Depois vem a interiorização desses imigrantes, que já é trabalhada e há pessoas cadastradas. O número ainda não é suficiente, mas estamos avançando nessa construção”, declara.

Conforme Luna, a interiorização dos imigrantes deixou de ser considerada medida de urgência em razão da necessidade de imunizar o venezuelanos contra algumas doenças.

“A questão da vacinação [para sarampo e outras doenças] retirou a urgência para interiorizar [os imigrantes] e o acolhimento está sendo feito no modo que essas pessoas fiquem menos vulneráveis”, sustenta.

Apoio aos imigrantes

Para o ministro, tirando os venezuelanos da rua, dando apoio, abrigo e alimentação diminuirá a pressão na questão da segurança pública.

“Essas pessoas terão o que comer e estarão abrigadas, além de terem escolas. A aflição dessa gente necessitada se reduz e, consequentemente, aos poucos, o sistema de segurança pública do Estado volta a se normalizar, que é o que mais aflige [o governo e a população] nesse momento”, pontua.

“Viemos somar esforços e ao trabalho já planejado e em execução feito pelo Comitê Gestor de Ajuda Humanitária. Nós temos duas necessidades a ser tutelada. A dos venezuelanos que busca ajuda no Brasil, em Roraima, e do outro lado a sociedade roraimense que está sendo vítimas desse aumento de pessoas [imigrantes]”, analisou o ministro.

Manifestações em municípios

Sobre as duas manifestações nos municípios de Mucajaí, no Sul de Roraima, onde brasileiros invadiram um abrigo improvisado e queimaram bens de venezuelanos, e em Pacaraima onde houve protesto pacífico contra o uso de um ginásio como abrigo, o ministro avaliou que os roraimenses “não chegaram ao limite”.

“Não diria que chegou ao limite. As pessoas têm urgência, principalmente quem tem fome. O que se quer é que os resultados sejam efetivos em menor prazo possível. Esses dois casos [nos municípios] é uma prova disso. As pessoas vão se tornando irritadas, perdendo sua capacidade de intolerância”, resume.

Sobre o anúncio do Governo Federal de liberar R$ 190 milhões para serem aplicados na ação para amenizar a crise migratória, o ministro afirmou que o valor já "está à disposição".

"O recurso quando chega precisa ser executado. Isso inclui definir prioridades e abrir um processo licitatório para aquisição de bens e execução de serviços. Há todo caminho a ser feito. Não adianta comprar um item na prateleira ou pagar um serviço", acentua.

Venezuelanos em Boa Vista

A prefeitura de Boa Vista estima que há 40 mil venezuelanos vivendo na capital. Desses, cerca de 1,5 mil estão em abrigos, outros se acomodam em praças e a maioria divide aluguéis em casas com dezenas de pessoas.

A chegada dos imigrantes têm impactados setores como Educação e Saúde e com isso a prefeitura da capital decretou, em fevereiro, situação de emergência social em todas as secretarias, em especial a de Gestão Social. Todas estão em "alerta máximo" por 180 dias a contar da publicação do decreto.

 

OUTRAS MÍDIAS


AEROFLAP - Aeronaves da FAB identificam avião com cocaína no Pará


Publicada em 26/03

A Força Aérea Brasileira (FAB) detectou, nesta segunda-feira (26/03), um avião carregado com cerca de 330 kg de cocaína que entrou em espaço aéreo brasileiro e foi acompanhado até uma pista clandestina, a sudeste do município de Jacareacanga, no Pará. A droga estava no avião monomotor PP-HAR que foi classificado como tráfego aéreo desconhecido por não ter apresentado plano de voo. A aeronave provavelmente veio da Bolívia.

ImagemA ação faz parte da Operação Ostium para coibir ilícitos transfronteiriços, na qual atuam em conjunto a Força Aérea Brasileira, a Polícia Federal e órgãos de segurança pública.

A aeronave foi monitorada e sua última posição conhecida pelos órgãos de defesa aérea foi próxima ao Rio Crepori, afluente do Tapajós.

Duas aeronaves de defesa aérea A-29 Super Tucano da FAB e um avião radar E-99 foram empregados para monitorar e efetuar a detecção do avião.

Após a confirmação da localização da aeronave em uma pista clandestina, a equipe da Polícia Federal foi transportada em uma aeronave da Secretaria de Segurança Pública do Mato Grosso para efetuar a abordagem em solo.

(Fonte: Agência Força Aérea)

 

 

CENÁRIO MT - Aeronave é apreendida com carga de drogas avaliada em 5 milhões


Publicada em 26/03/2018 - 21h21

Operação conjunta entre FAB, CIOPAER, GEFRON e PF, no início da noite desta Segunda-feira ( 26.03) resulta na apreensão de mais 300 quilos de entorpecentes. A operação foi considerada de risco, devido as condições do tempo.

O trabalho em conjunto resultou no monitoramento da aeronave vindo da Bolívia e entrando em espaço aéreo nacional sem autorização. Após a localização da aeronave com prefixos PP-HAR foi solicitado o pouso por caças da FAB.

A aeronave foi escoltada até a cidade de Jacareacanga no Estado do Pará, onde equipes da Polícia Federal, GEFRON e CIOPAER realizaram a abordagem e localizaram mais de 300 quilos de entorpecentes. A carga de drogas avaliada em 5 milhões.

O local é de difícil acesso e a ocorrência ainda está em andamento.

Segundo informações ainda não oficiais, a aeronave do Ciopaer (Centro Integrado de Operações Aéreas) de Mato Grosso decolou do aeroporto Marechal Rondon e em seguida, pousou em Sinop, onde embarcaram dois federais para dar apoio a operação, que resultou na apreensão da carga de drogas. Ao chegar na pista de pouso em Itaituba estava a aeronave com a droga, o piloto e um passageiro responsável pela segurança da carga fugiram.

 

ARIQUEMES (RO) - Primeira captação de órgãos é realizada em Roraima

A dor de uma família roraimense pela perda de um ente querido será transformada em vida nova para até nove pessoas.

Governo De Roraima | Publicada em 27/03 - 05h09

A dor de uma família roraimense pela perda de um ente querido será transformada em vida nova para até nove pessoas. Pela primeira vez, foi realizada uma captação de órgãos em Roraima, o que irá beneficiar pessoas que aguardam na fila por um transplante. O procedimento foi realizado no HGR (Hospital Geral de Roraima), na madrugada deste sábado, 24.

Após cerca de 30 horas do diagnóstico de morte encefálica da paciente e mais de três horas de cirurgia, foram captados fígado, dois rins, duas córneas, e quatro válvulas cardíacas.

Uma equipe multiprofissional vinda de Brasília-DF chegou a Boa Vista a 1h40 deste sábado em um voo da Força Aérea Brasileira para realizar a retirada. O procedimento iniciou por volta das 2h20. Correndo contra o tempo, a equipe fez a captação e deixou a unidade por volta das 5h30 rumo ao Distrito Federal. Os receptores são indicados pela Central Nacional de Transplantes.

O secretário estadual de Saúde, Marcelo Batista, enfatizou que este é um momento histórico para Roraima. Segundo ele, foram vários anos de preparação até que a captação de órgãos fosse uma realidade. Agora, o próximo passo será realizar os transplantes aqui no Estado. “A governadora Suely Campos determinou que fosse dada total prioridade para garantir a doação de órgãos no Estado. Agradecemos o empenho de toda a equipe do HGR e principalmente ao gesto da família, que, neste momento de dor, colaborou com todo o processo para garantir vida nova a até nove pessoas”.

Mais de 100 pessoas participaram de todo o processo para a captação. Destes, dez estiveram envolvidos diretamente na cirurgia, considerada de grande complexidade, a qual contou com toda a estrutura já existente no HGR.

Segundo o diretor geral do HGR, Samir Xaud, o empenho da equipe do hospital foi fundamental para o procedimento, no entanto, a família teve um papel crucial, pois, além de autorizar a doação, contribuiu de todas as formas possíveis para a ação. “Agradecemos à família pela compreensão enquanto era providenciada toda a logística. Parabenizamos a equipe do HGR, que não mediu esforços para concretizar a captação”.

Entenda como funciona a doação de órgãos

Autorização – Após o diagnóstico de morte encefálica, a família é consultada e orientada sobre o processo de doação de órgãos. Depois de seis horas de atestada a falência cerebral, o potencial doador passa por vários testes clínicos para confirmar o diagnóstico. Em seguida, a família é questionada sobre o desejo de doar os órgãos.

Mensagens por escrito deixadas pelo doador não são válidas para autorizar a doação. Por isso, apenas os familiares podem dar o aval da cirurgia, após a assinatura de um termo. De acordo com o Ministério da Saúde, metade das famílias entrevistadas não permite a retirada dos órgãos para doação. Por isso, é importante conversar com a família ainda em vida para deixar claro esse desejo.

Captação – De um mesmo doador, é possível retirar os seguintes órgãos para transplante: coração, pulmões, fígado, pâncreas, intestino, rins, córnea, vasos, pele e ossos. Com isso, inúmeras pessoas podem ser beneficiadas com os órgãos de um mesmo doador.

Na Central Nacional de Transplante, os dados informatizados do doador são cruzados com os das pessoas que aguardam na fila pelo órgão para que o candidato ideal, conforme urgência e tempo de espera seja encontrado em qualquer parte do país.

Os profissionais envolvidos no processo trabalham em contagem regressiva para não ultrapassar o tempo limite para a retirada dos órgãos e também para a preservação dos mesmos durante o transporte.

Transporte – Quando a doação é entre pessoas de Estados diferentes, o Ministério da Saúde viabiliza o transporte aéreo dos tecidos e órgãos. A pasta tem um acordo voluntário de cooperação com companhias aéreas para assegurar o translado. As empresas transportam os órgãos gratuitamente em voos comerciais, ou isso pode ocorrer com emprego da Força Aérea Brasileira (FAB).

Recuperação – Após o transporte, a unidade recebedora precisa confirmar se o órgão foi transplantado com sucesso e se não, explicar os motivos. Depois de transplantado, o paciente tem um pós-operatório semelhante ao de outras cirurgias. A estimativa do Ministério da Saúde é de que a sobrevida dos pacientes depois de cinco anos da cirurgia é de 60% nos casos de transplante de fígado e pulmão; 70% para cirurgias de substituição do coração; e 80% para os transplantes de rim.