NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


TV GLOBO - JORNAL NACIONAL


Acionistas da Embraer aprovam acordo com a Boeing

Americana vai ter 80% e a brasileira 20% da nova empresa de jatos comerciais.

Publicada em 26/02/2019

PORTAL UOL


Acionistas aprovam acordo Embraer-Boeing, no penúltimo passo do processo


Vinícius Casagrande | Publicada em 26/02/2019 15:20

A assembleia de acionistas da Embraer aprovou hoje, com 96,8% dos votos válidos, o acordo firmado com a norte-americana Boeing. As ações da empresa brasileira operavam em alta na Bolsa de Valores.

A área de aviação comercial da Embraer será transformada em uma nova empresa, controlada pela Boeing e avaliada em US$ 5,26 bilhões. Uma segunda empresa, controlada pela Embraer, será dedicada à produção e venda do cargueiro militar KC-390.

A assembleia havia sido suspensa pela Justiça Federal de São Paulo na semana passada, mas a decisão foi revogada ontem. Houve participação de acionistas que detêm 67% das ações da Embraer em circulação.

Este é o penúltimo passo para a finalização do acordo entre as fabricantes. Para que o negócio seja oficializado, falta ainda a aprovação das autoridades reguladoras do Brasil e dos Estados Unidos. As empresas afirmam que a conclusão do processo deve acontecer até o final deste ano. Até lá, ambas continuam operando de forma independente.

As duas empresas começaram as negociações no final de 2017 e aprovaram os termos do acordo em dezembro de 2018. A transação foi aprovada pelo presidente Jair Bolsonaro em janeiro. Embora a Embraer tenha sido privatizada em 1994, o governo é dono de uma "golden share", uma ação especial que dá direito a veto em decisões importantes, como a venda do controle da empresa.

Embraer pode vender sua parte depois

Segundo o acordo, a Boeing terá 80% da nova empresa de aviação comercial e a Embraer ficará com os 20% restantes. A operação foi avaliada em um valor total de US$ 5,26 bilhões, e a Boeing deve pagar à Embraer US$ 4,2 bilhões. Porém, a Embraer pode, a qualquer momento, vender essa fatia para a norte-americana e sair totalmente do negócio.

Na empresa dedicada à produção e venda do cargueiro militar KC-390, a Embraer terá 51% de participação e a Boeing, 49%.

A aviação executiva e as demais áreas de defesa e segurança continuam sob controle exclusivo da Embraer.

Executivo comemora; sindicato critica

Executivos das duas empresas comemoraram a aprovação do negócio. "Essa importante parceria posicionará as duas empresas para oferecer uma proposta de valor mais robusta a nossos clientes e investidores, além criar mais oportunidades para nossos empregados", disse Paulo Cesar de Souza e Silva, presidente e CEO da Embraer.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, no entanto, criticou negócio. "A venda da Embraer para a norte-americana Boeing, aprovada nesta terça-feira (26), em Assembleia Geral Extraordinária (AGE) dos acionistas, é um crime contra o país e coloca sob ameaça milhares de empregos, a indústria aeronáutica e a soberania do país no setor", afirmou o sindicato em nota.

De acordo com a entidade, a assembleia ocorreu em um ambiente irregular e, por isso, será questionada na Justiça pelos sindicatos dos metalúrgicos de São José dos Campos, Araraquara e Botucatu. "As entidades entrarão com recurso contra a decisão da presidente do Tribunal Regional Federal - 3ª. Região, Therezinha Cazerta, responsável por ter cassado a liminar que suspendia a AGE."

Mercado competitivo

As negociações da Boeing com a Embraer começaram após as concorrentes Airbus e Bombardier anunciarem um acordo semelhante, em outubro de 2017. A linha de jatos regionais CSeries da Bombardier, principal concorrente dos aviões comerciais da Embraer, foi incorporada à produção da Airbus e rebatizados como A220-100 e A220-300.

Após a aquisição da Airbus, os jatos regionais ganharam um impulso de vendas. A norte-americana JetBlue, por exemplo, decidiu trocar os aviões da Embraer pelo A220-330. A companhia aérea fez um pedido de 60 aviões do modelo.

A venda da divisão dos aviões comerciais da Embraer para a Boeing é justificada como uma forma para concorrer nessa nova realidade do mercado. O presidente da Azul, John Rodgerson, afirmou que a empresa pode se beneficiar do acordo com a redução do preço dos aviões da Embraer. A Azul tem uma encomenda para 51 jatos E195-E2.

Foram os militares que disseram ao governo o que aceitam na Previdência


Antonio Temóteo | Publicada em 27/02/2019 04:00

As mudanças para militares que forem incluídas na reforma da Previdência estão sendo sugeridas diretamente pelos próprios militares à equipe econômica do governo Bolsonaro. O general de divisão Eduardo Garrido, assessor especial do ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, é o responsável por fazer essa ligação, segundo o UOL apurou. "Não fizemos nenhuma sugestão sobre o tema. Quem definiu as mudanças em alíquota e tempo de contribuição foram os próprios militares. E recebemos essas informações do general Garrido nas últimas semanas", disse um técnico da equipe econômica que preferiu anonimato.

Cabe a Garrido repassar à equipe econômica todos as solicitações dos militares no debate sobre as mudanças nas regras da inatividade. Ele também é responsável por apresentações para os comandantes das Forças Armadas. Procurado pela reportagem, Garrido não quis dar entrevista. O Ministério da Economia não respondeu.

Primeira reunião foi em 10 de janeiro

Um dia após três militares da cúpula do governo realizarem uma ofensiva contra a reforma da Previdência, o porta-voz das Forças Armadas nas discussões sobre o tema se reunia pela primeira vez com o secretário especial de Previdência e Trabalho, Rogério Marinho.  Pontualmente às 10h de 10 de janeiro, o general Garrido era recebido por Marinho no oitavo andar, do bloco F, da Esplanada dos Ministérios.

Em 12 de fevereiro, Garrido fez uma apresentação sobre o Sistema de Proteção Social dos Militares para o alto comando da Aeronáutica. Mesmo entre os integrantes das Forças Armadas, há divergências sobre o assunto. 

Mostrou conhecimento em Previdência

Pela proposta que será enviada ao Congresso, a alíquota de contribuição dos militares será única e passará de 7,5% para 10,5%. O tempo mínimo de contribuição dos integrantes das Forças Armadas passará de 30 anos para 35 anos. 

Sempre impecável, com sapatos bem engraxados e muito educado, Garrido surpreendeu técnicos da equipe econômica com o conhecimento sobre questões previdenciárias. Faz questão de apontar em todas as reuniões que os militares não têm um regime de Previdência, mas um Sistema de Proteção Social.

Tem experiência em temas econômicos

Ao todo, Garrido já participou de 11 reuniões com integrantes da equipe econômica. Além de encontros com Marinho, também acompanhou o ministro da Defesa em uma reunião com o ministro da Economia, Paulo Guedes, em 30 de janeiro.

Já esteve com o secretário especial de Fazenda, Waldery Rodrigues, com o secretário de Previdência, Leonardo Rolim, e com o secretário especial adjunto de Fazenda, Esteves Colnago. A familiaridade com os números o habilitou a ser o interlocutor dos militares com a equipe de Paulo Guedes. Ao longo da carreira, Garrido acumula passagens por postos ligados a assuntos econômicos. Somente na Secretaria de Economia e Finanças do Exército, ocupou os cargos de assessor especial e de diretor de gestão especial.

Sociedade desconhece carreira militar

Em publicação no blog do Exército em 17 de janeiro, Garrido afirmou que os brasileiros desconhecem as peculiaridades da carreira militar. Com o título "Regime constitucional dos militares", o texto mostra como pensa o porta-voz das Forças Armadas nas discussões sobre a reforma da Previdência. "Ao se comparar o Sistema de Proteção Social dos Militares das Forças Armadas com os regimes previdenciários previstos na Constituição Federal, nota-se que os pontos de contato são mínimos. O que se observa por parte da sociedade em geral é o desconhecimento das peculiaridades da carreira militar", escreveu.

Militar não tem hora extra e FGTS

Ele também fez questão de dizer que os militares não têm direito a horas-extras, Fundo de Garantia e Tempo de Serviço (FGTS), adicional de periculosidade, adicional noturno, direito de sindicalização e de greve, entre outros. "As estimativas das Forças Armadas projetam que a União economiza, anualmente, da ordem de R$ 21 bilhões por deixar de pagar tais direitos e benefícios aos militares, valor suficiente para arcar com as despesas referentes à folha de pagamento dos militares inativos das três Forças", declarou na publicação. Ele também afirmou que as contribuições dos militares não se limitam ao teto do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social). "É reconhecido, também, que a contribuição dos militares objetiva o custeio da pensão militar. Essa contribuição pode chegar a 9% da remuneração bruta do militar -não estando limitada ao teto do INSS- e, mesmo quando na reserva ou reformado, continua a contribuir", disse.

PORTAL G1


Ninguém quer confusão lá, diz comandante do Exército sobre crise na Venezuela

Edson Leal Pujol afirmou que concorda com a decisão do Grupo de Lima de não haver intervenção militar na Venezuela. Fronteira da Venezuela com o Brasil está fechada há 5 dias.

Fernanda Calgaro | Publicada em 26/02/2019 11:09

O comandante do Exército brasileiro, Edson Leal Pujol, disse nesta terça-feira (26) concordar com a decisão do Grupo de Lima de não haver intervenção militar na Venezuela porque “ninguém quer confusão lá, muito menos envolvendo dois países”.

O Grupo de Lima, integrado por representantes de 14 países da região, rejeitou na segunda-feira (25) uma ação militar na Venezuela, apesar da pressão dos Estados Unidos. A ronteira da Venezuela com o Brasil está fechada há 5 dias.

O Grupo de Lima foi criado, em 2017, por iniciativa do governo peruano com o objetivo de pressionar o regime Nicolás Maduro a restabelecer a democracia na Venezuela. Além de Brasil e Peru, mais 11 países integram o grupo: Argentina, Canadá, Colômbia, Costa Rica, Chile, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Panamá e Paraguai.

Questionado se considerava que essa decisão havia sido a mais prudente, Pujol respondeu: “É óbvio que todos nós queremos a paz, é óbvio. Ninguém quer confusão lá, muito menos envolvendo dois países”.

Pujol deu a declaração ao deixar o Senado, após fazer uma visita de cortesia ao presidente Davi Alcolumbre (DEM-AP).

Nesta segunda-feira (25), na reunião do Grupo de Lima, na Colômbia, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, afirmou o governo brasileiro acredita em uma solução "sem qualquer medida extrema" para, segundo ele, "devolver a Venezuela ao convívio democrático das Américas".


Operação acolhida

O general disse ainda que não tem previsão de retirada das tropas brasileiras da região.

"As tropas vão ficar lá porque tem duas missões. Estamos numa operação de acolhida e essa operação vai continuar enquanto houver um fluxo de refugiados, por isso a nossa permanência lá. E tem uma operação de garantia da lei e da ordem pedida pelo governo do estado", explicou.

Ao comentar o clima na fronteira entre Brasil e Venezuela, disse que, "felizmente, os ânimos se acalmaram".

No último sábado (23), dois caminhões brasileiros, com ajuda humanitária para os venezuelanos, não conseguiram passar pela alfândega venezuelana. A situação ficou muito tensa, e no fim do dia, houve confronto na fronteira.

Exército brasileiro coloca cones e faixas na fronteira para evitar aglomeração de venezuelanos

Com bandeira branca, uma ambulância atravessou para o Brasil nesta terça (26). Movimentação segue tranquila no 5º dia de fronteira fechada.

Diogo Menezes E Jackson Félix | Publicada em 26/02/2019 15:15

O fechamento da fronteira chega ao 5º dia nesta terça-feira (26) e o Exército brasileiro cercou a chamada "linha seca" que divide o país da Venezuela, em Pacaraima, Norte de Roraima. Cones e faixas estão sendo colocados para evitar aglomerações e o risco de novos conflitos entre imigrantes e militares de Nicolás Maduro.

No fim de semana, dois confrontos foram registrados em protesto ao fechamento da fronteira. O primeiro deles, após a chegada de dois caminhões com ajuda humanitária que deveria ter sido entregue no país vizinho. Os caminhões recuaram, dando início às confusões.

Sem poder atravessar, um grupo de venezuelanos que está no lado brasileiro atacou com paus, pedras militares da Guarda Nacional Bolivariana (GNB). Bombas de gás lacrimogêneo foram usados pela GNB para reprimir os manifestantes, que incendiaram veículos e uma base do Exército da Venezuela com coquetéis molotov.

No domingo (24), a segurança foi reforçada no lado brasileiro para evitar novos conflitos. A ação faz parte de uma decisão do Ministério da Defesa. A Força Nacional e a Polícia Rodoviária Federal passaram a controlar a permanência dos venezuelanos no marco das bandeiras que divide os dois países.

Sem poder ficar no marco, um grupo de venezuelanos chegou a fazer um princípio de manifestação sobre uma montanha próxima, mas foram dispersados pela Força Nacional que tenta evitar novas confusões. O local permanece tranquilo desde então.

Atendimento médico em Roraima

Próximo das 13h uma ambulância carregando uma bandeira branca cruzou a fronteira com ao menos um paciente vindo da Venezuela. Desde domingo (24), nenhuma ambulância havia atravessado para o lado brasileiro.

Em números oficiais divulgados pela Secretaria de Saúde, o Hospital Délio de Oliveira Tupinambá, em Pacaraima, e o Hospital Geral de Roraima, em Boa Vista já atenderam 26 pacientes, a maioria deles feridos com munição de grosso calibre. Quatro deles receberam alta e dois seguem em estado grave.

A situação aumentou o problema na saúde que afeta o estado e fez com que o governador Antonio Denarium (PSL) decretasse estado de calamidade pública na Saúde. De acordo com o governador, o secretário de Saúde do estado, Ailton Rodrigues Wanderley deve pedir ajuda de outros estados do país por doação de medicamentos e insumos.

Prefeito venezuelano em Boa Vista

De acordo com Emilio González, prefeito da municipalidade de Gran Sabana, que engloba a cidade de Santa Elena de Uairén, ele fugiu para o Brasil através de rotas clandestinas em busca de ajuda internacional.

Ele, que é opositor de Maduro, se diz perseguido pelo regime chavista. González esteve em Boa Vista e em pronunciamento na Assembleia Legislativa de Roraima nesta terça (26) reafirmou que 25 pessoas morreram em conflitos. A ONG Foro Penal, no entanto, confirma 4 vítimas.

Ainda há desencontro de informações quanto ao número de mortos e feridos nos conflitos. Eles ainda não foram citados por fontes oficiais, tanto do presidente Nicolás Maduro, quanto de grupos ligados ao autoproclamado presidente interino Juan Guaidó.

Brasileiros retidos pedem ajuda

Mais de 70 brasileiros estão retidos na cidade de Santa Elena de Uairén sem ter como sair. Eles aguardam negociação entre o Itamaraty e o governo da Venezuela para retornar ao país.

Um grupo de 32 caminhoneiros também aguarda por ajuda para voltar a Roraima. Cerca de 20 deles estão em uma rodovia próxima a linha de fronteira. Um empresário, dono de um dos caminhões, conseguiu levar comida para um grupo na segunda (25), enquanto não há pronunciamento sobre ajuda. O Itamaraty não se pronunciou sobre a situação.

Até agora, os únicos brasileiros que conseguiram retornar foram os 31 turistas que estavam no Monte Roraima, pelo lado Venezuelano. Eles tiveram apoio do Itamaraty para serem liberados pela Guarda Nacional Bolivariana e atravessaram em caminhonetes para o Brasil.

Militares deixam Maduro

Passa de 270 o número de militares que desertaram do governo de Nicolás Maduro através do Brasil e Colômbia. Sete deles estão em Pacaraima e pedem apoio dos colegas de farda para que também abandonem Maduro.

As deserções aumentam a medida que se alastra o decreto pelo fechamento da fronteira e aumenta a popularidade do líder da oposição, Juan Guaidó, que se declarou presidente interno da Venezuela. A atitude gerou revolta entre o alto comando militar venezuelano, que apoia Maduro.

PORTAL R7


Alerj vota lei que prevê brigadistas em alojamentos esportivos

Em discussão única, Assembleia do Rio discute projeto que vale para instalações de atletas profissionais e de base de todas as modalidades

Lucas Ferreira | Publicada em 26/02/2019 09:51

 A Alerj (Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro) vota nesta terça-feira (26), em discussão única, um projeto de lei que obriga todos os alojamentos esportivos a contarem com brigada de incêndio permanente.

Audiência com famílias de vítimas e Flamengo termina sem acordo por indenização

A determinação da Assembleia do Rio vale para instalações permanentes ou provisórias de atletas profissionais e de base. De acordo com o projeto do deputado Carlos Macedo (PRB), a brigada deve ser composta por voluntários.

Estes funcionários, segundo o texto, devem conhecer o plano de emergência contra incêndios das instalações e auxiliar na avaliação de risco das saídas de emergência dos locais.

Macedo criticou os clubes do Rio de Janeiro, que em sua visão não tem o devido cuidado com a segurança de seus atletas. “É possível verificar que mesmo os grandes clubes de futebol não observam os dispostos nas legislações estadual e federal, em que deveriam garantir a segurança de todos que ali frequentam”, disse o deputado.

Válido para todos os alojamentos de todos os esportes no Estado do Rio, o projeto visa evitar tragédias como a que aconteceu no Centro de Treinamento (CT) do Flamengo, o Ninho do Urubu, no começo de fevereiro. Dez atletas morreram e outros três ficaram feridos no incêndio que atingiu os dormitórios dos atletas da base.

Três dias após o caso do Ninho do Urubu, um novo incêndio deixou três pessoas feridas no alojamento do Bangu, no Campo dos Afonsos, na zona oeste do Rio. Dois jogadores da base e um soldado foram hospitalizados após o incidente. O clube usa as instalações da CDA (Comissão de Desportos da Aeronáutica).

Decreto que obriga homens a servir ao Exército no carnaval é fake

Planalto diz que documento com medida de urgência devido à crise na Venezuela, que circula nas redes sociais, não é oficial

Juliana Moraes | Publicada em 26/02/2019 14:08

Um documento falso com a imagem de um decreto presidencial que obriga todos os homens brasileiros com idade entre 18 e 60 anos a servirem ao Exército durante o carnaval circula por meio das redes sociais.

Ao R7, o Planalto disse que “não se trata de informação oficial” e que, portanto, “trata-se de fake News”.

De acordo com o documento falso, a medida de urgência – que teria sido assinada nesta segunda-feira (25) – seria em decorrência do conflito com a Venezuela. Os brasileiros teriam que se apresentar às 18h do próximo sábado (1º) para o treinamento militar sigiloso.

Vale lembrar que o prazo para o alistamento no serviço militar no ano de 2019 começou em 2 de janeiro para os jovens brasileiros que nasceram em 2001. Apenas pessoas do sexo masculino, sejam elas cis ou transgêneros fazem o alistamento. Em tempos de paz, mulheres não atuam no serviço militar.

De acordo com o misnistértio da Defesa, o "alistamento termina no último dia útil do mês de junho e é necessário possuir um número de CPF para validar as informações."

Em situações específicas, rapazes podem ser dispensados do alistamento. "Quem for o único responsável pelo sustento da família deve procurar a Junta Militar do município para deixar de participar do alistamento. Já os portadores de necessidades especiais podem pedir a isenção do serviço militar. Nesses casos, é preciso apresentar um laudo médico que comprove o diagnóstico."

Confira o decreto falso:

“O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, XIX, da Constituição, e considerando a iminência de conflito armado com a República Bolivariana da Venezuela,

DECRETA:

Art. 1º A mobilização nacional, devendo se apresentar todos os homens brasileiros, de 18 (dezoito) a 60 (sessenta) anos de idade, independente do estado civil, às 18:00hs (dezoito horas) do dia 01 de março de 2019 (sexta-feira), para treinamento militar, de caráter sigiloso e com término no dia 06 de março de 2019 (quarta-feira de cinzas).

Art. 2º Salvo decisão do Comando, os convocados permanecerão em regime de incomunicabilidade durante todo o período de treinamento militar citado do artigo anterior.

Art. 3º Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação. Brasília, 25 de fevereiro de 2019; 198º da Independência e 131º da República.

JAIR MESSIAS BOLSONARO
Fernando Azevedo e Silva (Ministro da Defesa)
Ilques Barbosa Junior (Comandante da Marinha do Brasil)
Edson Leal Pujol (Comandante do Exército Brasileiro)
Antônio Carlos Moretti Bermudez (Comandante da Força Aérea Brasileira)”

Chuvas cancelam voos, derrubam árvores e fecham rodovia em SP

Corpo de Bombeiros recebeu 325 chamados para queda de árvores e 25 acionamentos para desabamento. Régis Bittencourt foi interditada

Publicada em 26/02/2019 09:12

As pancadas de chuva que tiveram início na madrugada desta terça-feira (26) provocaram o cancelamento de 12 voos no Aeroporto Internacional de Guarulhos, em São Paulo. No saguão do aeroporto, dezenas de passageiros esperavam para embarcar desde às 22h da segunda-feira (25).

 Foram registrados cancelamentos em sete partidas e cinco chegadas no início da manhã desta terça. Nesse momento, segundo a Infraero, há quatro registros de cancelamento e 16 atrasos. Os passageiros chegaram a protestar contra o atraso e o cancelamento dos voos.

A chuva intensa na cidade também provocou a queda de árvores em muitas regiões. O Corpo de Bombeiros recebeu 325 chamados para quedas de árvores entre 18h da segunda-feira (25) até às 6h desta terça-feira (26). A corporação recebeu 25 acionamentos para desabamentos e outros cinco chamados para enchentes, no mesmo período.

 As rodovias também registraram complicações em decorrência das chuvas. A Régis Bittencourt, que liga São Paulo a Curitiba, foi totalmente interditada, na manhã desta terça-feira, na altura do km 272,2, na cidade de Taboão da Serra, na Grande São Paulo. De acordo com a Arteris, o bloqueio era no sentido capital. A via, que chegou a ter 2,5 km de congestionamento, foi liberada cerca de 30 minutos depois do fechamento.

De acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências), toda a cidade está em estado de atenção para alagamentos. Desde às 06h05, as zonas norte, sul, leste, oeste, sudeste, centro e a marginal Tietê e Pinheiros estão em estado de atenção. Nas próximas horas, a previsão é de que as chuvas se espalhem para o restante da capital paulista.

OUTRAS MÍDIAS


TECMUNDO - Alcântara será “base espacial de aluguel”, diz Marcos Pontes na MWC 2019


Nilton Kleina | Publicada em 26/02/2019 20:38

O ministro da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações (MCTIC), Marcos Pontes, confirmou em entrevista coletiva durante a MWC 2019 que tem planos para tonar o espaçoporto de Alcântara/MA em uma espécie de “base espacial de aluguel”. A ideia seria convidar especialmente empresas privadas, e até governos, a lançarem foguetes utilizando a estrutura brasileira, que vem sendo pouco aproveitada desde a tragédia com o VLS-1 V03 em 2003.

“A ideia para Alcântara é que a nossa base se torne um centro comercial de lançamento de foguetes. Sendo um centro comercial, a gente tem a possibilidade de trazer negócios para a região”, disse o chefe do MCTIC em coletiva durante a MWC 2019, em Barcelona, Espanha.

O ministro também rebateu críticas de que uma mudança de regime como essa poderia ser um golpe na soberania nacional. “Às vezes, o pessoal chega com uma ideia completamente equivocada de que: ‘vocês vão alugar Alcântara, vamos perder soberania’. Nada disso!”, refutou Pontes.

Inspiração nos EUA

Segundo ele, um modelo muito parecido com o que os EUA aplicam no Kennedy Space Center seria desenvolvido para o Maranhão. Nesse caso, haveria locais dedicados aos lançamentos de aluguel ou uma espécie de portfólio de lançadores. Quando houvesse um contrato de lançamento, as autoridades gerenciariam e acompanhariam o negócio. Uma fez lançado o foguete privado ou de algum outro país, o processo se encerraria, não rendendo prejuízos ao Brasil.

“Se você olhar o Kennedy Space Center agora que ele se tornou uma base comercial, aquilo ressuscitou, eu diria, toda a sua região no entorno, aquela que quase morreu logo depois do fim dos Ônibus Espaciais americanos”, disse Pontes, indicando que busca o desenvolvimento social e econômico do norte maranhense com o projeto.

Segundo o ministro, ainda não há nenhum tipo de proposta comercial de lançamento para o local, mas ele crê que, ainda em 2019, teríamos uma “uma movimentação muito prática no sentido de colocar o centro em funcionamento”.

Pontes também comentou que o novo acelerador de partículas brasileiro, o Sirius – inaugurado por Michel Temer em 2018 -, continuará recebendo investimentos para finalizar sua estrutura e passar a operar em toda a sua capacidade e possibilidades.

Na íntegra

Ficou curioso para saber mais?Confira abaixo a resposta completa do ministro a respeito da base de Alcântara, fornecida após pergunta do TecMundo durante a coletiva de imprensa de Pontes na MWC 2019.

“Esse setor de espaço tem sofrido por muito tempo e não é só questão de orçamento, que na Agência Espacial Brasileira é bem baixo. Neste ano, a gente sofre o efeito do orçamento do governo passado. Mas assim, o ponto importante é o nosso centro de lançamento em Alcântara tem sobrevivido ao longo do tempo. Então eu já conversei com as autoridades locais e chegamos à conclusão de que o centro pode e deve ser uma joia para ajudar aquela região a se desenvolver, assim como aconteceu no Johnson Space Center, nos EUA. Isso para o desenvolvimento social e econômico de Alcântara.

Se você olhar o Kennedy Space Center, agora que ele se tornou uma base comercial, ele ressuscitou, eu diria, toda a sua região no entornou que quase morreu logo depois do fim dos Ônibus Espaciais. Agora, a região está muito bem desenvolvida, graças ao centro. Isso a gente consegue fazer também. A ideia para Alcântara é que aquilo lá se torne um centro comercial de lançamento de foguetes.

Sendo um centro comercial, a gente tem a possibilidade de trazer negócios para a região. Mas às vezes, o pessoal chega com uma ideia completamente equivocada de que: ‘’vocês vão alugar Alcântara, vamos perder soberania’. Nada disso! A gente pensa exatamente o mesmo modelo que do Kennedy Space Center, no qual você pode ter um portfólio de lançadores, e você pode lançar satélites de vários países em locais apropriados. No caso, as nossas autoridades fariam o gerenciamento e acompanhamento e, depois disso, está encerrado aquele negócio. Fornece empregos locais, empresas locais podem trabalhar dentro do centro. Para a região, será uma coisa extremamente positiva.

Por enquanto, a gente tem visto o centro em si, vendo as condições técnicas do centro, ver como a gente consegue montar esse sistema todo. Temos a questão de documentação e acordo de salvaguarda com os Estados Unidos, uma vez que a maior parte dos satélites têm componentes peças americanas e isso precisa ser visto antes e já está bem adiantado. Por isso eu diria que, neste ano, a gente já poderia ter uma movimentação muito prática no sentido de colocar em funcionamento”.