NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL UOL


Latam diz que avião que apresentou falha não chegou a decolar


Agência Brasil | Publicada em 24/12/2018 16:29 | Atualizado em 24/12/2018 19:29

A Latam soltou uma nota no início da noite desta segunda-feira (24) em que muda a informação divulgada anteriormente pela própria empresa de que o voo que deveria sair do Aeroporto Internacional de Guarulhos para Paris no início da madrugada de hoje e apresentou problemas teria decolado. Inicialmente, a companhia havia informado que o avião teve de retornar ao terminal após a decolagem devido a problemas técnicos.

A companhia informou, agora, que a aeronave não chegou a sair da pista porque um dos sensores localizados na asa do Airbus A350 indicou uma falha. Segundo a empresa, o avião passou por uma "manutenção corretiva".

A Latam afirmou, por meio de nota, que está prestando a "assistência necessária aos passageiros". Segundo o comunicado, o voo foi remarcado para as 18h45 desta segunda-feira. A empresa disse ainda que considera "a segurança é um valor imprescindível" e que "todas as suas decisões visam garantir uma operação segura".

Belo Horizonte

Um outro problema envolvendo um voo da Latam está sendo investigado pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa). Na madrugada da última quinta-feira (20), um avião que havia decolado do Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos, pouco depois da meia-noite, teve que fazer um pouso de emergência no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte-Confins.

O Boeing 777 que levava 339 passageiros em um voo para Londres, capital inglesa, sofreu uma pane. Durante a aterrizagem, os pneus da aeronave acabaram sendo danificados. Segundo a BH Airport, concessionária que administra o terminal, a pista foi interditada às 1h43 e liberada totalmente para pousos e decolagens somente às 22h48. A concessionária informou que o reparo da aeronave, que teve vários pneus danificados, foi concluído às 21h58.

A Latam informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que todos os passageiros do voo foram transportados para o Aeroporto de Guarulhos, onde embarcaram em outro avião da empresa para Londres.

Na sexta-feira (21), uma equipe de investigadores esteve no local para uma ação inicial da ocorrência envolvendo a aeronave que, além dos passageiros, estava também com 16 tripulantes a bordo.

PORTAL G1


Venezuelanos no Brasil: no DF, 4 em cada 10 imigrantes conseguiram casa e trabalho

Em seis meses, 183 refugiados da Venezuela desembarcaram em Brasília. Conheça algumas dessas histórias.

Marília Marques, G1 Df | Publicada em 24/12/2018 10:51

Em seis meses, desde o início do processo de interiorização de venezuelanos pelo Brasil, o Distrito Federal recebeu 183 imigrantes. Desse total, 73 já conseguiram casa e trabalho. Na média, portanto, 4 em cada 10 refugiados que chegaram à capital do país passaram a ter uma renda mensal de, no mínimo, R$ 980.

Os dados foram levantados pelo G1 após consulta às organizações que acolheram as famílias em Brasília. O balanço do dia 14 de dezembro não detalha em quais áreas os imigrantes foram empregados, mas cita que eles permancem no DF e região do Entorno.

O primeiro grupo chegou ao Distrito Federal em julho deste ano. Na época, 50 refugiados saíram de Boa Vista, em Roraima, e aterrissaram em Brasília no voo da Força Aérea Brasileira (FAB). Inicialmente, eles foram acolhidos na casa-abrigo Aldeias Infantis, onde passaram três meses.

Em agosto, mais um avião da FAB chegou com um novo grupo de venezuelanos e, o mais recente, aterrissou em Brasília com 55 pessoas. A proposta do governo federal é "dispersar" os imigrantes que entraram no país pela fronteira com a Venezuela.

Nesta sexta (14), o G1 questinou à Casa Civil – reponsável pelo processo de interiorização – sobre a atual situação dos refugiados no país. A pasta informou que os imigrantes deixam de ser acompanhados pelo governo quando conseguem emprego e deixam o local de acolhimento.

A vida no Brasil

Javier*, 33 anos

Um dos imigrantes que faz parte da estatística de trabalho em Brasília é o pedreiro de 33 anos que teve a vida contada pelo G1 logo após a chegada ao DF. No ano passado, Javier* (nome fictício) deixou a cidade de El Tigre, na Venezuela, para tentar a vida em Boa Vista (RR). Ele preferiu manter a identidade em sigilo.

Na fronteira, o venezuelano chegou a morar por quatro meses nas ruas de Pacaraima, até conseguir um trabalho informal e, só então, trazer a mulher e os dois filhos para perto.

Com a carteira assinada pela primeira vez no Brasil, o pedreiro voltou a trabalhar e está com os filhos matriculados na escola. Na família dele, a mulher e sogra, que também vivem em Brasília, não conseguiram emprego.

Yuli Teran, 48 anos

Já a a assistente jurídica Yuli Teran, de 48 anos, está há dois anos no Brasil e ainda não teve a mesma sorte de conseguir um emprego. Com curso superior e empregada há 20 anos na Venezuela, ela precisou deixar o país para cruzar a fronteira em busca de "uma vida melhor".

A primeira parada foi em Pacaraima, em Roraima. Tempos depois, Yuli seguiu para a capital do estado, Boa Vista, onde trabalhou como faxineira. Sem carteira assinada, a imigrante recebia apenas R$ 20 por dia de trabalho.

"Eu apenas sobrevivia. Só tinha dinheiro para o aluguel, comida e a luz, mas não podia viver assim."

A oportunidade de vir para o DF veio com o projeto Cáritas – organização humanitária que atua no processo de interiorização de venezuelanos – surgiu em novembro. Desde então, em Brasília, a assistente jurídica está hospedada em uma casa em São Sebastião, dividida com mais 10 pessoas.

"Decidi vir para ajudar minha família na Venezuela", conta. "Prometo a minha filha, a cada dia, que vou conseguir um bom trabalho".

"Peço a esse país que nos deem uma ajuda humanitária e, sobretudo, nos deem um bom trabalho, merecemos essa ajuda."

Alexander Pina, 19 anos

O estudante Alexander Pina, de 19 anos, chegou ao Brasil há três meses. Na Venezuela, o jovem era estudante de desenho industrial, mas precisou trocar o sonho da universidade pelo trabalho com garçom e operador de caixa.

Ele conta que a crise o forçou a deixar a família – mãe, irmãos e avós – e viajar para o Brasil. Foram quase 7 dias de ônibus até cruzar a fronteira.

Em Boa Vista, Alexander morou por dois meses no abrigo para refugiados. Ele decidiu vir para Brasília em busca de trabalho. "Em Boa Vista é muito comum a exploração de venezuelanos", conta.

"Lá tem muita gente querendo se aproveitar da situação, e também muita gente morando na rua, idosos e crianças."

No DF, ele vive desde novembro, longe dos pais, em uma casa-abrigo em São Sebastião e sonha em retomar os estudos. "Quero conseguir um trabalho para pagar meus estudos e ajudar minha familia".

"Peço paciência [aos brasileiros]. Muitos de nós nao sabemos falar direitinho a língua, mas estamos tentando aprender", diz. "Pedimos a confiança, somos boas pessoas".

Crise humanitária

Um balanço recente divulgado pela Organização das Nações Unidas (ONU) mostra que o número de refugiados e migrantes que deixaram a Venezuela chega a 3 milhões em todo o mundo.

Do total, 2,4 milhões moram na América Latina e no Caribe, segundo o escritório do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM). A maioria, segundo as fontes, viajaram para a Colômbia e o Peru.

A Venezuela atravessa uma crise política e econômica aguda, com a hiperinflação que, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI), alcançará 1.350.000% este ano.