NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

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PORTAL G1


Nova vida: um ano após desembarcarem no DF, refugiados venezuelanos falam das conquistas

De 10,2 mil venezuelanos que vieram para o país, 423 desembarcaram em Brasília. Imigrantes foram transferidos pelo processo de interiorização do governo federal.

Marília Marques | Publicada em 24/07/2019 16:25

Aos 19 anos, o estudante Alexander Pina interrompeu os estudos e deixou a cidade onde nasceu, na Venezuela, para se mudar para o Brasil. A crise econômica que vive o país de origem, a inflação e o desemprego foram fatores decisivos para que ele se tornasse um refugiado.

De ônibus, ele atravessou a fronteira e, depois de três meses em Roraima, decidiu viver em Brasília (veja mais abaixo). Alexander é um dos 423 imigrantes que foram transferidos para o Distrito Federal pelo processo de interiorização do governo federal.

"Me sinto feliz, com tranquilidade e, a cada dia, estou construindo uma nova vida e meu futuro neste país que nos acolhe."

Nesta quarta-feira (24) completa-se um ano em que o Boeing 767 da Força Aérea Brasileira (FAB) aterrissou na capital trazendo 50 imigrantes. Era o primeiro grupo de venezuelanos que desembarcava no DF por meio do projeto.

Desde então, Brasília se tornou rota para os que aceitavam deixar as cidades de Pacaraima e de Boa Vista, em Roraima. Segundo um relatório da Agência da ONU para Refugiados (Acnur), o DF é o quinto destino mais procurado.

Nova vida

Quando o G1 conversou com Alexander Pina pela primeira vez, ele vivia em uma casa-abrigo da Cáritas Brasileira, em São Sebastião, no DF. Desempregado, era parte dos 60% de venezuelanos que buscavam trabalho.

Também estava longe da família – a mãe, irmãos e avós ficaram na Venezuela. Agora, orgulhoso, ele conta que "deu início a uma nova vida".

"Consegui emprego e aluguei uma casa para morar."

Alexander trabalha como operador de caixa em um shopping e recebe R$ 1.077 por mês. Comovido com a história do funcionário, o chefe ajudou a trazer a família do venezuelano para Brasília.

O jovem era estudante de designer gráfico no país de origem e diz que pretende voltar à faculdade. Em português fluente, ele afirma que a capital ganhou o coração dele.

"Aqui tenho conhecido pessoas de todo o Brasil e parte das culturas de algumas regiões. Brasília chama a atenção pela diversidade."

Perguntado se gostaria de continuar a viver no DF, ele brinca. "Até agora sim, mas não sabemos as voltas que dá o mundo".

Dificuldades e superação

A reportagem também acompanhou a chegada a Brasília da assistente jurídica Yuli Teran, de 48 anos. Com curso superior e empregada há 20 anos na Venezuela, ela diz que precisou deixar o país para cruzar a fronteira "em busca de uma vida melhor".

Em sua trajetória em solo brasileiro, Yuli acumulou trabalhos de faxineira – sem carteira assinada – e pagamentos de R$ 20 por dia. O primeiro emprego formal veio apenas em abril deste ano, no DF, como técnica em desenvolvimento social na Confederação Nacional de Municípios (CNM).

Desde então, a imigrante apaixonada pela cultura candanga alugou uma casa para morar e sonha em trazer a família para perto. Atualmente, a filha de 12 anos vive com o pai na Venezuela.

Ao lembrar do que passou até conseguir garantir a própria renda no Brasil, Yuli diz sentir tristeza. "Passei por muitas coisas ruins, nunca dava certo um trabalho com carteira assinada. Eu trabalhava para pagar aluguel, luz e água e comer um pouco", lembra.

"Tudo o que passei me encheu de fé e de força para seguir adiante. Agora estou me preparando para crescer e ser exemplo de que se pode, sim, alcançar sonhos na vida."

Interiorização e imigrantes no DF

Com o processo de interiorização, venezuelanos que viviam na fronteira entre os dois países, na região Norte do Brasil, passaram a ser dispersados para outros estados. De acordo com um relatório da Acnur, ao todo, 10,2 mil pessoas foram beneficiadas pelo projeto até junho passado.

Segundo o governo federal, todos os imigrantes que passam pelo processo recebem vacinas e documentos como CPF, RG e carteira de trabalho. A documentação também é garantida às crianças para que possam ser matriculadas na escola.

No DF, imigrantes são acolhidos pela Cáritas e pelas Aldeias SOS

Para mudar de estado, os imigrantes têm que demonstrar interesse em deixar Roraima. Ao chegar em outras regiões, eles permanecem nos abrigos por até três meses. Caso não consigam trabalho nesse período, o prazo de permanência pode ser revisto.

No Distrito Federal, os imigrantes são acolhidos por duas instituições: a Cáritas e as Aldeias SOS.

Interiorização de venezuelanos até junho de 2019

Em São Sebastião, a Cáritas Brasileira recebeu 177 imigrantes venezuelanos desde o ano passado. O último grupo, com 44 pessoas, foi acolhido em julho desse ano.

A Aldeias Infantis SOS do Plano Piloto é responsável por acolher os venezuelanos que vivem no centro da capital. Desde o início da interiorização, 169 pessoas foram acolhidas. Segundo a organização, são 45 famílias, 125 adultos e 44 crianças e adolescentes.

GDF

Procurado pelo G1 para comentar as ações com a vinda de imigrantes para o DF, o governo local afirma que "não possui órgão ligado às ações de grupos independentes que têm recebido imigrantes venezuelanos".

Apesar de ter Brasília como destino, a chegada e a permanência dos solicitantes de refúgio, portanto, não são acompanhadas pelo GDF.

Paciente do DF recebe transplante de coração vindo da Bahia

Avião da FAB e helicóptero do Corpo de Bombeiros transportaram órgão. Trajeto de quase 800 quilômetros durou duas horas e meia.

Por Brenda Ortiz E Vinícius Leal, G1 Df E Tv Globo | Publicada em 24/07/2019 19:12

Uma paciente de 46 anos, internada no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF), recebeu na tarde desta terça-feira (23) um novo coração doado em Vitória da Conquista, na Bahia. Um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e um helicóptero do Corpo de Bombeiros do DF auxiliaram no transporte do órgão.

O trajeto de quase 800 quilômetros foi feito em duas horas e meia. O tempo máximo que um coração pode ficar fora de peito, até ser transplantado, é de quatro horas.

O doador sofreu um acidente de trânsito e não resistiu aos ferimentos. A mulher que recebeu o órgão passa bem, segundo a Secretaria de Saúde.

De acordo com a Central Nacional de Transplantes, quando há doação e o estado não tem condições de fazer o transplante – por não ter receptor, ou não ter logística viável – é feito um estudo para saber qual localidade tem melhores condições de receber o órgão.

Segundo a diretora da Central Estadual de Transplantes do DF, Joseane Gomes Fernandes Vasconcellos, "a escolha do DF ocorreu porque a paciente estava classificada como grave e urgente. Além disso, era o local que teria condições de fazer o transporte do órgão com maior agilidade".

Com mais essa cirurgia, o Distrito Federal chega a 20 transplantes de coração em 2019. Em todo o ano de 2018 foram feitos 34 procedimentos desse tipo.

Transplante de coração

O transplante de coração é indicado quando as medidas clínicas e cirúrgicas para o tratamento de insuficiência cardíaca foram esgotadas e a expectativa de vida do paciente não ultrapassa dois anos. Para receber o órgão, o potencial receptor deve estar inscrito em uma lista de espera.

A ordem de inscrição, a compatibilidade e a gravidade de cada caso são levadas em consideração na hora de eleger quem vai receber o órgão. A lista é única, organizada por estado ou região e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes e por órgãos de controle federais.

Se existe um doador elegível (com morte encefálica confirmada), após a autorização da família para que ocorra a retirada dos órgãos, a Central de Transplantes emite a lista dos potenciais receptores e informa às equipes de transplante que os atende.

No DF, são realizados transplantes de coração, fígado, rins e córneas de doadores falecidos. Também são feitos transplantes de medula óssea, que seguem outro protocolo para a doação: pode ser realizado com células do próprio paciente, de doador aparentado ou de doador anônimo, cadastrado no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

Doação

No Brasil, a legislação determina, desde 2001, que a doação seja autorizada pela família do paciente. Por isso, é fundamental que a pessoa informe aos familiares sobre o seu interesse em ser um doador de órgãos.

“O familiar pode informar aos profissionais de saúde do local de internação do paciente sobre o interesse em doar os órgãos. A equipe da unidade aciona a Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante para entrevistar a família, orientar sobre todos os procedimentos e colher a assinatura de autorização”, explica Joseane Gomes.

No primeiro semestre de 2019, foram realizados 338 transplantes de órgãos no Distrito Federal. Desses, 316 foram realizados na rede pública.

Informações sobre doação de órgãos e tecidos no DF:

Núcleo de Organização de Procura de Órgãos - DF

Instituto Hospital de Base

Fones: (61) 3315-1677 e (61) 9 9175-2718

JORNAL DE BRASÍLIA


Paciente do Distrito Federal recebe novo coração

Na luta contra o tempo, o órgão veio da Bahia e foi transplantado nessa terça-feira (23). O transporte para o ICDF contou com o apoio da FAB e do CBMDF

Da Redação | Publicada em 24/07/2019 13:30

Um dos órgãos com menor durabilidade fora do corpo, quatro horas é o tempo que o transporte de um coração pode ser feito do peito do doador para o peito do transplantado. Na corrida contra o tempo, a parceria entre os hospitais que realizarão o transplante é importante.

Uma paciente de 58 anos, internada no Instituto de Cardiologia do Distrito Federal (ICDF) recebeu, na tarde da última terça-feira (23), um coração doado em Vitória da Conquista, na Bahia. O transporte do órgão foi feito por meio de um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) e levado até o instituto pelo helicóptero do Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF). O percurso completo levou cerca de 2h30 para ser concluído.

A vinda do órgão para o DF foi mediada pela Central Nacional de Transplantes. “Quando há doação e o estado não tem condições de fazer o transplante, seja porque não tem receptor, seja por não ter logística viável, a central faz um ranking para verificar qual localidade teria melhores condições de receber”, explica Joseane Gomes Fernandes Vasconcello, diretora substituta da Central Estadual de Transplantes.

O órgão veio parar no Distrito Federal por causa da classificação do caso da mulher, que estava em estado grave e urgente. Além disso, o DF foi o local com condições de fazer o transporte do órgão com mais agilidade.

Indicação

O transplante de coração é indicado quando as medidas clínicas e cirúrgicas para o tratamento de insuficiência cardíaca foram esgotadas e a expectativa de vida do paciente não ultrapassar dois anos.

Para receber um órgão, o potencial receptor deve estar inscrito em uma lista de espera, respeitando-se a ordem de inscrição, a compatibilidade e a gravidade de cada caso. A lista é única, organizada por estado ou região, e monitorada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT) e por órgãos de controle federais.

Se existe um doador elegível (com morte encefálica confirmada), após a autorização da família para que ocorra a retirada dos órgãos, a Central de Transplantes emite a lista dos potenciais receptores e informa às equipes de transplante que os atende.

Samu

No DF, são realizados transplantes de coração, fígado, rins e córneas de doadores falecidos. Aqui, também são feitos transplantes de medula óssea, que seguem outro protocolo para a doação: pode ser realizado com células do próprio paciente, de doador aparentado ou de doador anônimo, cadastrado no Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (Redome).

Além da parceria com a Força Aérea Brasileira (FAB) e o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal (CBMDF), a Secretaria de Saúde conta com o apoio de um carro do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que agiliza os atendimentos relacionados a transplantes. Neste ano, já foram 340 ocorrências geradas para transporte terrestre.

“Esses transportes são para todo tipo de apoio logístico para a doação: avaliação do potencial doador pela equipe, levar ou buscar órgão no aeroporto ou em hospital, levar equipe para a retirada de órgãos ou para a retirada de globo ocular (córnea), transporte de material biológico necessário à triagem dos receptores ou para avaliação dos doadores”, elenca Joseane Gomes.

Doação

Desde 2001, a legislação brasileira determina que a doação de órgãos seja autorizada pela família do paciente. Então, é fundamental que a pessoa informe aos familiares sobre o seu interesse em ser um doador de órgãos.

“O familiar pode informar aos profissionais de saúde do local de internação do paciente sobre o interesse em doar os órgãos. A equipe da unidade aciona a Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante para entrevistar a família, orientar sobre todos os procedimentos e colher a assinatura de autorização”, explica.

Em 2018, foram registrados 53 doadores de órgãos e 251 apenas de córnea. Foram realizados 302 transplantes de córnea, 55 de rim de doador falecido, dez transplantes de rim de doador vivo, 86 de fígado e 34 transplantes de coração.

Com informações de Agência Brasília