NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


DEFESA AÉREA & NAVAL


Aviação de Reconhecimento: Há 75 anos monitorando o território nacional


Guilherme Wiltgen | Publicada em 24/06/2022 10:38

Em meio às guerras Napoleônicas e Franco-Prussiana, balões eram utilizados no reconhecimento aéreo. Mais tarde, essa atividade era efetuada por aviões de caça e de bombardeios, que eram adaptados e equipados para esse fim. Com a segunda Guerra Mundial e, durante a Guerra Fria, os Estados Unidos desenvolveram vários modelos de aviões que executavam, especificamente, a função de reconhecimento, eram o U-2 e o SR-71 para lidar com a ameaça nuclear da União Soviética.

Com o advento da tecnologia, as aviações de reconhecimento tornaram-se ainda mais modernas e, com isso, aeronaves remotamente pilotadas, inteligência de sinais, monitoramento de áreas de interesse e reconhecimento tático foram desenvolvidos com o objetivo de tornar os meios aéreos mais rápidos, ágeis e eficientes, auxiliando o país na obtenção de dados de inteligência.

Reconhecimento na FAB

Na Força Aérea Brasileira, as missões de reconhecimento nasceram em 24 de junho de 1947 e em novembro de 1952 realizou sua primeira missão com a ativação do Primeiro Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (1º/10º GAV), quando as metralhadoras de defesa das aeronaves de ataque A-20 foram substituídas por câmeras fotográficas.

Nesse contexto, em 1965, as Esquadrilhas de Reconhecimento e Ataque (ERA) foram criadas e empenhadas em uma enorme gama de atividades, cumprindo um vasto programa de instrução, além de executar missões operacionais reais, como repressão ao contrabando, patrulhamento de fronteiras, reconhecimento foto e visual, bombardeamento de plantações de drogas ilícitas e outras inúmeras ações de menor vulto.

A captação de sinais do espectro eletromagnético, com o uso de equipamentos de alta tecnologia, é outra vertente do reconhecimento. As plataformas utilizadas possuem sensores digitais eletro-óptico e infravermelho (IR) com capacidade de análise diurna e noturna, além de radares de abertura sintética, que permitem realizar o reconhecimento mesmo havendo cobertura de nuvens entre a aeronave e o alvo.

Evolução tecnológica

Com isso, houve uma adequação à tendência da guerra moderna no sentido de se utilizar Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP), que também são empregadas na vigilância do espaço aéreo brasileiro. Em um cenário de evolução operacional na Força Aérea, surgiu o IVR, uma aplicação integrada da Inteligência, Vigilância e Reconhecimento, tanto em período de paz quanto em situações de conflito.

Nos dias atuais, a análise e coleta de dados de inteligência e o monitoramento de áreas de interesse são algumas das atividades realizadas pelos esquadrões da Aviação de Reconhecimento da FAB: o Primeiro Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (1º/10º GAV) – Esquadrão Poker; o Segundo Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação ( 2º/6º GAV) – Esquadrão Guardião; o Primeiro Esquadrão do Décimo Segundo Grupo de Aviação (1º/12º GAV) – Esquadrão Hórus; e o Primeiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (1º/7º – GAV) – Esquadrão Orungan.

As aeronaves E-99 são empregadas, em missões de Controle e Alarme em voo; os R-99 e RA-1, bem como as Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP) RQ-450, RQ-900 e RQ-1150 realizam diversas missões de Reconhecimento Aéreo. No entanto, ressalta-se que as ARP também se destacam nas atividades de vigilância, principalmente em Operações conjuntas.

O Esquadrão Poker realiza missões específicas de reconhecimento desde o ano de 1952 e, atualmente, está equipado com o RA-1. Além de reconhecimento tático, realiza ações de reconhecimento visual, fotográfico, meteorológico e estratégico.

Protegendo a Região Norte

Já o Esquadrão Guardião, ponta de lança do Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM), é responsável por vigiar e proteger a Amazônia Legal, bem como pelo planejamento e execução de ações de Controle e Alarme em Voo, além de Reconhecimento Aéreo. Nesse contexto, destacam-se as atuações do R-99 em diversas Ações de Força Aérea, a exemplo do Exercício Conjunto TÁPIO e das Operações FORMOSA, SAMAÚNA, BRASIL e ÁGATA.

Por sua vez, o Esquadrão Hórus emprega Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP) no âmbito da Força Aérea Brasileira (FAB), uma tecnologia nova e que ainda apresenta amplo campo para desenvolvimento. A aquisição dessas ARP trouxe novas perspectivas e capacidades para a Aviação de Reconhecimento. Desde então, o Esquadrão vem sendo empregado em diversas missões, destacando-se a Operação Verde Brasil (2020/2021), na qual o 1º/12° GAV atingiu a marca de 656 horas e 50 minutos de voo nas Aeronaves Remotamente Pilotadas, sendo estas o RQ-450 e o RQ-900, operando a partir de Cachimbo (PA). Desde a implementação da tarefa de IVR na FAB, a Aviação de Reconhecimento tem recebido especial atenção, no sentido de atualizar as suas doutrinas, visando adaptar-se às novas missões e expectativas do Comando da Aeronáutica. Nesse sentido, o Primeiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (1º/7º – GAV) – Esquadrão Orungan, iniciou, recentemente, em Santa Cruz (RJ), as operações com o RQ-1150 Heron I.

PORTAL AEROIN


Alunos da USP e Instituto Federal de São Paulo visitam a base da Esquadrilha da Fumaça


Murilo Basseto | Publicada em 24/06/2022

Um total de 45 estudantes do Campus São Carlos da Universidade de São Paulo (USP) e do Instituto Federal de São Paulo (IFSP), alunos de cursos voltados à manutenção e engenharia de aviões, puderam passar o dia recebendo instruções e vivenciando, na prática, toda a parte prática da manutenção dos A-29 Super Tucano da Esquadrilha da Fumaça.

Receber visitas de escolas e variadas instituições é comum no Esquadrão de Demonstração Aérea – EDA, na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga, por conta da história do Esquadrão, das conhecidas aeronaves da Fumaça e do hangar com diversos atrativos para o público que não vivencia o dia a dia de um esquadrão de demonstração aérea militar.

Neste grupo, estavam estudantes dos principais cursos sobre engenharia e manutenção aeronáutica, acompanhados pelo ex-integrante da Esquadrilha da Fumaça, Suboficial da Reserva José Nilson Gasparini que, por 20 anos, foi mecânico e inspetor de manutenção dos aviões do EDA (à época, os Tucanos T-27), e segue passando seu conhecimento para novas gerações de mecânicos agora como professor dos cursos técnicos do IFSP.

“O Instituto Federal de São Paulo é a primeira instituição que possui cursos de mecânico aeronáutico civil, homologados pela ANAC e formados dentro do âmbito federal, ou seja, totalmente gratuito. São cursos profissionalizantes de dois anos como: curso técnico de Mecânico em Manutenção Aeronáutica em Célula; Mecânico em Manutenção Aeronáutica em Grupo Motopropulsor (GMP) e o curso integrado ao ensino médio, em que o aluno se forma Mecânico em Manutenção Aeronáutica em Aviônicos”, comenta Gasparini.

O Suboficial da Reserva tem a formação de Especialista em Mecânica Aeronáutica pela Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), da Força Aérea Brasileira, tecnólogo em Tecnologia da Informação e pós-graduação em Engenharia Aeronáutica, pela Escola de Engenharia de São Carlos – USP.

De acordo com o estudante do curso de engenharia aeronáutica da USP/São Carlos, Caio Domingues Barreto da Silva, “é sempre muito interessante ver a manutenção de uma aeronave militar, por ser muito diferente da civil, porém, há várias coisas similares. É curioso ver como são mantidas as aeronaves em um ciclo de operação constante, tanto do motor em si, como outras práticas também”, avalia.

Para o Tenente-Coronel Fábio José de Souza Rocha Tavares, oficial especialista em aviões, chefe do setor de manutenção das aeronaves do EDA, a visita é uma ótima oportunidade para os estudantes, assim como um intercâmbio de informações entre os setores civil e militar.

“Essa interação já acontece há algum tempo aqui na Fumaça, sempre há o que aprender, e, na condição de alunos, já vendo uma manutenção de aeronaves que atendem uma alta performance, com certeza eles irão levar isso como experiência para suas carreiras. Além de ser uma troca de conhecimento por sermos militares e eles estudarem aeronaves civis”, afirmou Tavares. Segundo Luiz Roberto Alves Junior, do curso técnico de manutenção em célula, do IFSP/São Carlos, “aqui a gente verifica de perto toda a teoria que temos em sala, as engrenagens, o que faremos ao todo no nosso curso, aprendemos sobre horas de voo e todos os encaixes que uma aeronave tem. Além de sermos privilegiados em poder ter instruções de quem está realmente com a mão na massa, em um esquadrão referência mundial”, comemora.

Aviadores da Força Aérea se formam nos EUA pelo Colégio Interamericano de Defesa


Murilo Basseto | Publicada em 25/06/2022

Em cerimônia de encerramento do Curso de Mestrado em Ciências de Defesa e Segurança Interamericanas, do Colégio Interamericano de Defesa (CID), nos Estados Unidos da América (EUA), realizada nesta sexta-feira, dia 24 de junho, os Coronéis Aviadores James Souza Short e Luciano Fontana Lima, da Força Aérea Brasileira (FAB) estavam entre os formandos.

Eles fizeram parte da Classe 61, cujas aulas tiveram início em julho de 2021, reunindo 58 estudantes civis e militares de 14 países do continente americano.

Localizado no Fort Lesley J. McNair, Base do Exército Americano em Washington-DC (EUA), o CID é uma instituição acadêmica internacional ligada à Junta Interamericana de Defesa. O Colégio celebra este ano seu sexagésimo aniversário.

O Brasil está presente desde a primeira turma (Classe 1) quando então era ministrado o Curso de Defesa Continental. Como exemplos de parceria do Brasil com o Colégio, estão os acordos de cooperação com a Escola Superior de Guerra (ESG), do Ministério da Defesa, e com a Academia Nacional de Polícia (ANP), da Polícia Federal, celebrados, respectivamente, em março de 2021 e em junho de 2022, possibilitando o desenvolvimento de temas de interesse comum nas áreas de pesquisa.

Para o Coronel Short, a graduação representa o corolário de um ano dedicado aos estudos em Defesa e Segurança, focados principalmente no hemisfério ocidental.

“Foi gratificante e proveitoso interagir com os colegas de turma, profissionais que são destaques dos países vizinhos e, assim, compartilhar experiências e desenvolver trabalhos acadêmicos com uma visão mais ampla da região”, disse o Oficial. 

Já o Coronel Fontana destacou que o mestrado proporcionado pelo CID ampliou seus horizontes acerca das relações internacionais e do sistema interamericano.

“De maneira diversificada, por meio de aulas, palestras, workshops, conferências, viagens de estudo, e visitas a destacadas instituições internacionais de Defesa e Segurança, tive o privilégio de ampliar conhecimento, de entender a complexidade das questões hemisféricas e, ainda, estabelecer novos contatos profissionais”, afirmou Fontana.

O Vice-Diretor do CID, Brigadeiro Leonardo cita a importância estratégica do CID para o continente americano: “O ambiente acadêmico é marcado por uma rica diversidade, onde se tem a visão e a voz dos países de nosso hemisfério ocidental, representados por civis e militares de diversas instituições”. E destaca a recente acreditação conquistada junto à Middle States Comission on Higher Education (MSCHE). “É uma das mais prestigiadas nos Estados Unidos, o que representa um selo de qualidade para o Colégio, fortalecendo o planejamento já iniciado para o futuro programa de Doutorado em Ciências de Defesa e Segurança Interamericanas”, pontuou o Oficial-General.

Colégio Interamericano de Defesa

O Colégio Interamericano de Defesa tem como missão preparar militares, policiais nacionais e funcionários civis dos governos dos estados-membros da OEA para assumir altos cargos estratégicos em seus governos, mediante o Programa de Pós-Graduação e o Programa Acadêmico Avançado em Defesa, Segurança e Disciplinas afins voltadas para o Hemisfério.

Com a formatura ocorrida hoje, o CID atinge a marca de 3.105 formandos de 28 países.

Azul ganha luz verde e vai mandar o primeiro A330 da FAB para pintura na Irlanda


Carlos Ferreira | Publicada em 25/06/2022

A Azul Linhas Aéreas obteve a luz verde para enviar o primeiro Airbus A330-200 da Força Aérea Brasileira (FAB) para ser pintado em Shannon (Irlanda). A aeronave está atualmente em Amã (Jordânia), onde passou por Check C nas oficinas da Joramco, e deve voar para a Europa nos próximos dias. A pintura é um dos requisitos que a empresa aérea precisa cumprir após ter vencido a licitação de número 220004/CABW/2022 para entregar dois A330 para a FAB

Após a pintura, a aeronave de matrícula atual PR-AIS (msn 1492) deverá ser entregue para a FAB no Rio de Janeiro, em data ainda a ser confirmada. Sabe-se no entanto que isso deve acontecer ainda em julho. Espera-se que essa aeronave seja registrada como FAB-2901.

Manutenção na Jordânia, mas pintura não

Com a retomada da aviação em todo o mundo, depois que a disseminação do coronavírus diminuiu e as fronteiras foram abertas, milhares de aeronaves estão retornando aos céus, sendo que muitas delas demandam uma preparação especial e manutenções para que voem novamente com segurança. Isso tem enchido os centros de manutenção ao redor do mundo e dificultado a vida de quem precisa de um trabalho “a toque de caixa”, como é o caso da Azul.

Por conta desse cenário, a Azul não conseguiu slots em oficinas próximas (na América Latina, do Norte ou Europa) e, portanto, teve que enviar o avião para passar por manutenção nas oficinas da Joramco, em Amã, na Jordânia, o único local com disponibilidade imediata para tal serviço. A “pressa” se justifica porque o primeiro avião deve ser entregue em até 90 dias contados da assinatura do contrato.

O mesmo ocorre com a pintura. Segundo fontes informaram ao AEROIN, a Joramco não tem slot disponível em sua oficina para pintar o A330 da FAB a tempo, fazendo com que a Azul tenha que buscar uma alternativa. Dentre as possibilidades estavam enviar o avião para Abu Dhabi (Etihad), Bogotá (Avianca) ou Irlanda (IAC), sendo que esta última foi a escolhida.

Por conta disso, é esperado que o avião seja enviado a outro local assim que o Check C estiver concluído, para depois retornar ao Brasil e ser entregue à Força Aérea Brasileira em julho.

Mais da licitação

A empresa Azul S.A. foi declarada vencedora por atender a todos os requisitos do certame, apresentando uma oferta no valor global de aproximadamente US$ 80 milhões, o equivalente a R$ 375 milhões de reais, na cotação atual. O processo foi encerrado no último dia 7 de abril.

A aquisição tem como objetivo suprir as carências operacionais da FAB em ações estratégicas, como Reabastecimento em Voo (REVO), Transporte Aéreo Logístico (de cargas e passageiros) e Ajuda Humanitária. Em situações de calamidade pública, como desastres naturais, pandemias ou emergências médicas, o avião pode, também, realizar missões de Evacuação Aeromédica (EVAM) de grande número de pacientes.

A segunda aeronave, a ser entregue até outubro, será o MSN 1508, que no passado operou como PR-OCK na Avianca Brasil e foi agora adquirida pela Azul no mercado internacional para ser ofertada para a licitação.

Ambos os equipamentos, que já estão com suas matrículas definidas (FAB 2901 e FAB 2902), receberão o designativo KC-30 e serão operadas pelo Segundo Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (2º/2º GT) – Esquadrão Corsário, sediado na Base Aérea do Galeão (BAGL), no Rio de Janeiro (RJ).

 

 

Conheça quais são os Esquadrões de Reconhecimento da Força Aérea Brasileira


Carlos Ferreira | Publicada em 24/06/2022

O dia 24 de junho marca o Dia da Aviação de Reconhecimento para a Força Aérea Brasileira. Nesta data, a FAB divulgou um vídeo em homenagem aos seus esquadrões.

Na Força Aérea Brasileira, as missões de reconhecimento nasceram em 24 de junho de 1947 e em novembro de 1952 realizou sua primeira missão com a ativação do Primeiro Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (1º/10º GAV), quando as metralhadoras de defesa das aeronaves de ataque A-20 foram substituídas por câmeras fotográficas.

Nesse contexto, em 1965, as Esquadrilhas de Reconhecimento e Ataque (ERA) foram criadas e empenhadas em uma enorme gama de atividades, cumprindo um vasto programa de instrução, além de executar missões operacionais reais, como repressão ao contrabando, patrulhamento de fronteiras, reconhecimento foto e visual, bombardeamento de plantações de drogas ilícitas e outras inúmeras ações de menor vulto.

A captação de sinais do espectro eletromagnético, com o uso de equipamentos de alta tecnologia, é outra vertente do reconhecimento. As plataformas utilizadas possuem sensores digitais eletro-óptico e infravermelho (IR) com capacidade de análise diurna e noturna, além de radares de abertura sintética, que permitem realizar o reconhecimento mesmo havendo cobertura de nuvens entre a aeronave e o alvo.

Evolução

O reconhecimento, porém, remonta de muito antes. Em meio às guerras Napoleônicas e Franco-Prussiana, balões eram utilizados no reconhecimento aéreo. Mais tarde, essa atividade era efetuada por aviões de caça e de bombardeios, que eram adaptados e equipados para esse fim.

Com a segunda Guerra Mundial e, durante a Guerra Fria, os Estados Unidos desenvolveram vários modelos de aviões que executavam, especificamente, a função de reconhecimento, eram o U-2 e o SR-71 para lidar com a ameaça nuclear da União Soviética.

Com o advento da tecnologia, as aviações de reconhecimento tornaram-se ainda mais modernas e, com isso, aeronaves remotamente pilotadas, inteligência de sinais, monitoramento de áreas de interesse e reconhecimento tático foram desenvolvidos com o objetivo de tornar os meios aéreos mais rápidos, ágeis e eficientes, auxiliando o país na obtenção de dados de inteligência.

Com isso, houve uma adequação à tendência da guerra moderna no sentido de se utilizar Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP), que também são empregadas na vigilância do espaço aéreo brasileiro. Em um cenário de evolução operacional na Força Aérea, surgiu o IVR, uma aplicação integrada da Inteligência, Vigilância e Reconhecimento, tanto em período de paz quanto em situações de conflito.

Na FAB de hoje

Nos dias atuais, a análise e coleta de dados de inteligência e o monitoramento de áreas de interesse são algumas das atividades realizadas pelos esquadrões da Aviação de Reconhecimento da FAB:

– o Primeiro Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (1º/10º GAV) – Esquadrão Poker;

– o Segundo Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação ( 2º/6º GAV) – Esquadrão Guardião;

– o Primeiro Esquadrão do Décimo Segundo Grupo de Aviação (1º/12º GAV) – Esquadrão Hórus;

– o Primeiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (1º/7º – GAV) – Esquadrão Orungan.

As aeronaves E-99 são empregadas, em missões de Controle e Alarme em voo; os R-99 e RA-1, bem como as Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP) RQ-450, RQ-900 e RQ-1150 realizam diversas missões de Reconhecimento Aéreo. No entanto, ressalta-se que as ARP também se destacam nas atividades de vigilância, principalmente em Operações conjuntas.

O Esquadrão Poker realiza missões específicas de reconhecimento desde o ano de 1952 e, atualmente, está equipado com o RA-1. Além de reconhecimento tático, realiza ações de reconhecimento visual, fotográfico, meteorológico e estratégico.

Protegendo a Região Norte

Já o Esquadrão Guardião, ponta de lança do Sistema de Vigilância da Amazônia (SIVAM), é responsável por vigiar e proteger a Amazônia Legal, bem como pelo planejamento e execução de ações de Controle e Alarme em Voo, além de Reconhecimento Aéreo. Nesse contexto, destacam-se as atuações do R-99 em diversas Ações de Força Aérea, a exemplo do Exercício Conjunto TÁPIO e das Operações FORMOSA, SAMAÚNA, BRASIL e ÁGATA.

Por sua vez, o Esquadrão Hórus emprega Aeronaves Remotamente Pilotadas (ARP) no âmbito da Força Aérea Brasileira (FAB), uma tecnologia nova e que ainda apresenta amplo campo para desenvolvimento. A aquisição dessas ARP trouxe novas perspectivas e capacidades para a Aviação de Reconhecimento. Desde então, o Esquadrão vem sendo empregado em diversas missões, destacando-se a Operação Verde Brasil (2020/2021), na qual o 1º/12° GAV atingiu a marca de 656 horas e 50 minutos de voo nas Aeronaves Remotamente Pilotadas, sendo estas o RQ-450 e o RQ-900, operando a partir de Cachimbo (PA).

Desde a implementação da tarefa de IVR na FAB, a Aviação de Reconhecimento tem recebido especial atenção, no sentido de atualizar as suas doutrinas, visando adaptar-se às novas missões e expectativas do Comando da Aeronáutica. Nesse sentido, o Primeiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (1º/7º – GAV) – Esquadrão Orungan, iniciou, recentemente, em Santa Cruz (RJ), as operações com o RQ-1150 Heron I.

PORTAL PODER AÉREO


Dia da Aviação de Reconhecimento da Força Aérea Brasileira


Da Redação | Publicada em 24/06/2022

Dia da Aviação de Reconhecimento é comemorado no dia 24 de junho

O levantamento minucioso de dados de inteligência e o monitoramento de áreas de interesse são algumas das atividades realizadas pela Aviação de Reconhecimento da Força Aérea Brasileira (FAB), que comemora sua data em 24 de junho.

A bordo de aeronaves com sensores e radares de tecnologia de ponta, os Esquadrões Poker (1º/10º GAV), Hórus (1º/12º GAV), Carcará (1º/6º GAV) e Guardião (2º/6º GAV), situados estrategicamente em Santa Maria (RS) e Anápolis (GO), são os olhos da FAB que, do alto, compartilham o desafio de detectar ameaças, assim como proteger e integrar o território nacional.

 

 

 

 

 

 

 

PORTAL CAVOK


Saab Colaboração Real 4 – Episódio 14: O Grupo Fox


Fernando Valduga | Publicada em 24/06/2022 12:00

Veja no novo episódio da 4ª temporada da websérie Colaboração Real da Saab, a importância do trabalho do Grupo Fox da Força Aérea Brasileira.

O Grupo Fox é o esquadrão de pilotos de caça da Força Aérea Brasileira, responsável pela coordenação da implantação operacional do Gripen Brasileiro em território nacional.

Pela experiência com aeronaves de alto desempenho, o grupo se dedica à gestão operacional e à coordenação de estudos e atividades para garantir o sucesso da integração do Gripen na FAB.

Esta é uma operação vital e permite que a FAB extraia todo o potencial e benefícios do caça em suas futuras missões.