NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Combate ao crime

Mais que de medidas bombásticas, segurança pública precisa de integração e eficiência das polícias

Editorial | Publicado em 24/04 - 2h00

Ao lado do desemprego, a segurança pública figura entre os problemas mais importantes do país, atrás apenas da corrupção e da saúde nas opiniões colhidas em pesquisa nacional do Datafolha realizada entre os dias 11 e 13 de abril.

Há décadas o país enfrenta dificuldades na área de segurança pública. Contam-se deficiências crônicas como baixa elucidação de homicídios, superlotação carcerária e descoordenação entre as polícias, os estados, os órgãos públicos.

Em particular num ano eleitoral, o tema se presta a explorações nem sempre criteriosas que não raro transmitem a falsa ideia de que a redução dos índices de criminalidade depende de medidas drásticas, como o aumento de penas ou maior acesso a armas.

Caderno especial publicado por esta Folha no sábado (21) trouxe a opinião de especialistas, farto material estatístico e evidências empíricas que demonstram o irrealismo de soluções bombásticas e propostas voluntaristas para o setor.

A própria intervenção federal no Rio vem demonstrando que é preciso mais do que tropas e equipamentos para combater o crime.

O que se observa, na realidade, é uma miríade de fragilidades que precisam e podem ser sanadas para que o Brasil deixe para trás a sinistra posição de país com o maior número de homicídios do mundo —foram 61.283 mortes em 2016.

No âmbito das polícias é urgente que se avance na capacitação, no uso de recursos investigativos modernos, na adoção de protocolos unificados, na reunião e compartilhamento de informações. É chocante a estimativa de que apenas 15% dos assassinatos são esclarecidos. São 90% no Reino Unido, 65% nos EUA e 45% na Argentina.

Tamanho estímulo à impunidade contrasta com uma escalada do aprisionamento que nos últimos anos levou o Brasil a abrigar a terceira maior população carcerária do mundo, atrás de EUA e China.

Parte considerável das prisões resulta de casos de flagrante, e salta aos olhos a parcela de encarcerados por delitos menores (em especial o pequeno tráfico de drogas) e em regime provisório (40%).

Há anos este jornal manifesta opinião favorável à aplicação de sanções alternativas, de modo a reservar o cárcere para autores de crimes violentos, que representam ameaça à sociedade.

Tal correção de rumos, fique claro, não corresponde a complacência. Especialistas são praticamente unânimes em considerar que a certeza da punição, mais do que o rigor ou o tamanho da pena, é o principal fator de dissuasão.

Deve-se caminhar, ainda, no sentido da integração, com a criação de bases de dados e canais instantâneos de comunicação entre as polícias e outras instituições. Não menos importante, há que investir em redução da evasão escolar e políticas voltadas para a juventude.

Tudo isso depende, claro, da superação da crise orçamentária, em especial na esfera estadual.

 

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Nova geração de jatos comerciais da Embraer começa a voar

Aeronave E190-E2 da Embraer começa a voar na Noruega e, com uma série de recursos inéditos, mostra por que a Boeing tem tanto interesse em fechar parceria com a empresa

Mariana Barbosa | Publicado em 24/04 - 06h

São Paulo — O acordo iminente entre Boeing e Embraer para juntos criarem uma nova empresa — a partir da divisão de jatos comerciais da fabricante brasileira — põe fim a uma nascente competição entre as duas empresas. A Embraer sempre evitou um confronto direto com o duopólio da Boeing e Airbus ao se concentrar em jatos regionais de menos de 130 lugares. Mas essa história começa a mudar agora, com a nova família de jatos comerciais da Embraer, chamada de E2, que nasce para brigar por um naco do bilionário mercado de narrowbodies, os aviões de apenas um corredor usados normalmente em voos domésticos e dominado pelos A320 da Airbus e os 737 da Boeing.

O primeiro dos três aviões da nova geração, o E190-E2 (até 114 assentos), entra em operação hoje na Noruega, sem atrasos e com resultados operacionais melhores do que o prometido. A partir do ano que vem, começam as entregas do maior integrante da família, o E195-E2, com capacidade para de 120 a 146 lugares.

Com esse novo jato (seu preço de tabela é de US$ 60 milhões), a Embraer entra na disputa por contratos concorrendo com Boeing, Airbus e Bombardier. Neste momento, JetBlue e United Airlines estão avaliando modelos das quatro fabricantes para fazer uma encomenda.

A JetBlue busca substituir 60 jatos E190s da primeira geração e já indicou que deseja uma frota maior e mais eficiente. Estão na disputa os E195 E2 e o CS300 da Bombardier (130-160 assentos), bem como os menores jatos das famílias de narrowbody de Boeing e Airbus: o 737 MAX 7 e o A319neo. A United também já indicou que está olhando o E2, o CSeries, além de 737 MAX 7 e o A319 neo.

O mercado de jatos regionais menores está começando a ficar mais apertado com a chegada recente da chinesa Comac e da russa Sukhoi, além do investimento da Airbus Bombardier, que tirou a canadense do sufoco. Há ainda a japonesa Mitsubishi, cujo programa para um jato de 70-90 assentos vem sofrendo atrasos e não deve chegar ao mercado antes de 2020.

A Embraer ainda comanda o segmento regional com folga: de cada 10 jatos de até 130 lugares voando no mundo, seis são da Embraer e três da Bombardier.

O E2 acumula 280 pedidos firmes e 287 opções de compra, ou algo como US$ 15 bilhões. Para acelerar as vendas, a Embraer quer convencer as grandes companhias aéreas sobre as vantagens de se ter o “tamanho certo” de aeronave para cada operação, um conceito conhecido na indústria como rightsizing.

Para a Embraer, como a demanda por determinadas rotas (como a ponte aérea, por exemplo) varia ao longo do dia, o rightsizing é o futuro. O argumento é de que é melhor ter uma frota mais versátil, com um segundo modelo de avião para rotas e horários de menor densidade, do que manter um único modelo e voar com assentos vazios em determinados horários. “Não se pode abusar do ativo e vender assentos por centavos só para garantir a taxa de ocupação”, disse ao Estado de Minas John Slattery, CEO da Embraer Aviação Comercial.

Para vender o conceito de rightsizing, Slattery precisa convencer as companhias de que a economia no custo de viagem supera as vantagens de se ter uma frota homogênea. Hoje, muitas companhias ainda estão focadas em reduzir o custo por unidade (mantendo uma frota homogênea), em vez de repensar sua estratégia de frota.

Pelas projeções de demanda da Embraer, nos próximos 20 anos, as companhias aéreas devem investir US$ 300 bilhões na compra de novos jatos regionais de 70 a 130 assentos. A empresa prevê uma demanda de 6,4 mil novos jatos — 2.280 unidades de 70 a 90 lugares e 4.120 unidades de 90 a 130 lugares. Se as previsões se confirmarem, serão 6,7 mil jatos regionais voando em 2036.Atualmente são 2,7 mil aviões.

A divisão de jatos regionais representa 58% do faturamento da Embraer — o que rendeu R$ 10,7 bilhões em 2017. O sucesso operacional do novo programa e a conhecida excelência do time de engenheiros estão entre os motivos que atraíram a Boeing a fazer uma oferta pela brasileira.

O maior
O E195-E2 entra em serviço no primeiro semestre do ano que vem (tendo a Azul como primeiro cliente) e será o maior avião já produzido no Brasil. O jato pode ser configurado com até 146 assentos (22 a mais do que a primeira versão do E195) e consome 24% menos combustível. Tem 41,5 metros de comprimento e 35,1m de envergadura (distância entre uma ponta e outra da asa). Segundo a Embraer, o E2 vai muito além de um upgrade de motores, como foi feito com a nova geração dos A320 e Boeing 737. Asas, trem de pouso e aviônicos foram totalmente reformulados, ao mesmo tempo em que foi preservada a “comunalidade” — com apenas dois dias e meio de treinamento, um piloto de E-jet está apto a voar no modelo.

 

JORNAL VALOR ECONÔMICO


Acionistas da Embraer aprovam incorporação das empresas Bradar e Neiva


Por Ivan Ryngelblum E João José Oliveira | Valor | Publicado em 23/04 - 11h

SÃO PAULO - Os acionistas da Embraer aprovaram, no dia 12 de abril, a incorporação das empresas Bradar e da Neiva. A ata do encontro foi divulgada nesta segunda-feira (23) no site da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

A Bradar é uma empresa pertencente ao grupo Embraer Defesa e Segurança, criada no desde 15 de março de 2011. Na data, a Embraer Defesa e Segurança assinou contrato de compra de 64,7% e, posteriormente, 90% do capital social da divisão de radares da OrbiSat da Amazônia S/A, implicando na cisão da OrbiSat em duas empresas: a Bradar Indústria S/A, com foco em radares de defesa e sensoriamento remoto; e a outra atuando no segmento de equipamentos eletrônicos, com sede em Manaus, que continuou sob controle dos antigos proprietários.

A Neiva é uma fabricante de aeronaves leves comprada pela Embraer em 1980. Fundada em 1954, para produzir planadores, a companhia passou em 1975 a produzir aviões leves para a Embraer. Em 2006, tornou-se unidade da Embraer. De 2007 a 2009, passou por uma ampliação e hoje a Embraer Unidade Botucatu emprega 1,9 mil empregados.

As aprovações ocorreram em um momento em que a companhia negocia com a americana Boeing uma forma de combinar negócios das duas empresas. Para analistas, essa incorporação da Bradar e da Neiva pela Embraer é um movimento relacionado ao contexto de reestruturação com vistas à combinação com a Boeing.

 

JORNAL DO BRASIL


Lições das guerras do passado


Umberto Andrade | Publicado em 23/04 - 13h40

A intervenção federal na segurança do Rio desperta discussões e desconfianças próprias de uma sociedade que amadurece com as liberdades e a democracia. De um lado, os “pragmáticos” clamam por regras operacionais claras e segurança jurídica em suas ações, enquanto os “especialistas” espantam-se. O poeta Ferreira Gullar já advertia: “uma parte de mim pesa, pondera; outra parte delira. Uma parte almoça e janta; outra parte se espanta”. 

A arte da guerra recomenda conhecer a natureza do combate, planejar, agir e neutralizar o inimigo. O mais importante e decisivo ato do estadista e do general é, em primeiro lugar, compreender a natureza da guerra em que vai se empenhar e jamais combater a guerra do passado. Daí o espanto da sociedade aflita à espera dos resultados das ações das forças de intervenção.

Mas as guerras do passado deixam lições, e a mais recente para as Forças Armadas brasileiras é a Minustah, missão de manutenção da paz no Haiti. Um amplo estudo sobre o país caribenho, conduzido pelo mestrando Gabriel Merheb Petrus, no Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília, em 2012, lembra que em países colapsados não é raro o conflito dos interesses do Estado falido com os de atores externos que participam do processo de reconstrução.

No caso do Haiti, havia compromissos de liberalização política e de promoção de reformas nos sistemas econômicos e financeiros. O processo de reconstrução de uma nação é complexo e deve ser acompanhado pela criação de instituições políticas e econômicas capazes de transformar a sociedade e promover a recuperação do monopólio do uso legítimo da força pelo Estado. Uma ação que não apenas prevê, mas exige o aperfeiçoamento da governança na promoção de serviços públicos mais eficientes.

Outros autores lembram que, mesmo em períodos menos críticos, o Haiti foi um país cujas “veias abertas” e a má gestão de sua cleptocracia levaram os recursos naturais ao esgotamento e a uma persistente vulnerabilidade. Já antes do terremoto de 2010, 70% dos haitianos encontravam-se desempregados e cerca de 80% da população viviam abaixo da linha da extrema pobreza. Às elites do país caribenho, formadas basicamente por famílias tradicionais, apoiadores do ex-presidente Jean-Bertrand Aristide e antigos chefes militares, somava-se o poder marginal e informal dos traficantes. Um sistema sempre disposto a se vender e que não cultivava qualquer projeto de nação.

As lições do Haiti permanecem vivas e úteis para o Rio, cujos dirigentes reconheceram sua incapacidade em controlar a onda de insegurança. Já há algum tempo o estado está falido e a política relegada a grupos sem nenhuma relevância para a história da cidade como centro econômico e cultural do país.

Da vizinha Colômbia vem outra lição das guerras do passado. O conflito local começou em 1964 e se desenvolveu como uma guerra assimétrica entre governo, grupos paramilitares, traficantes e guerrilheiros de esquerda. Em 2000, a ajuda americana para o programa antidrogas, de mais de 1 bilhão de dólares, aumentou a capacidade de ação do exército, que passou a pressionar fortemente a guerrilha. A presença ostensiva das forças armadas nas ruas era encarada pela população como necessária para o restabelecimento da ordem e reconquista de territórios dominados pela guerrilha, paramilitares e tráfico de drogas. Em novembro de 2016, firmou-se um acordo de paz entre o governo e as Farc, que previa o desarmamento, rompimento de ligações com o tráfico e anistia aos guerrilheiros. O fim negociado do conflito levou exatos 50 anos.

No Rio há agora um temor e um espanto no ar. O sentimento de impunidade leva os grupos armados a agir sem limites. No jargão militar espantar-se não é ação tática, mas o espanto induz à ação e resulta na mobilização de toda a sociedade contra a ousadia dos criminosos. O chanceler prussiano Otto von Bismarck afirmava que os tolos dizem que aprendem com os seus próprios erros, mas que ele preferia aprender com os erros dos outros. As lições da guerra no Haiti e na Colômbia aí estão e os brasileiros devem ficar atentos a esses exemplos à esperança de que seus erros aqui não se repitam.

 

PORTAL DEFESANET


Rio - Metas de longo prazo desafiam intervenção


Rodrigo Carro | Publicado em 23/04 - 09h

Pouco mais de dois meses depois de decretada, a intervenção federal na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro ainda enfrenta o desafio de se equilibrar entre demandas imediatas, como a redução da criminalidade, e objetivos de médio e longo prazo, que incluem a reestruturação das polícias civil e militar. As investidas contra o crime organizado são até agora a face mais visível do processo. Desde 16 de fevereiro, os militares participaram de 12 operações realizadas em oito comunidades carentes, num presídio e em vias de grande circulação.

Na operação de maior repercussão até agora, a Polícia Civil deteve de uma só vez 159 suspeitos de integrar a maior milícia do Rio de Janeiro, em 7 de abril, na Zona Oeste. Na última quinta-feira, outros 13 mandados de prisão foram cumpridos numa ação de combate a milícias na Baixada Fluminense e na Zona Oeste.

Apesar de a colaboração entre os militares e os órgãos de segurança pública já acontecer na prática, só agora o planejamento estratégico que norteia a intervenção está prestes a ser concluído. E os resultados mais relevantes não serão sentidos de imediato, argumenta o porta voz do Gabinete de Intervenção Federal (GIF), coronel Roberto Itamar.

"[As] ações estruturantes vão ter resultados a médio, longo prazo porque são ações gerenciais. Então essa é uma dificuldade que nós temos. É uma característica que temos de deixar bem clara, porque muitas vezes as pessoas esperam da intervenção resultados mais imediatos", diz o militar, que fala em resgatar "índices aceitáveis" no Rio.

A julgar pelos resultados das pesquisas de opinião, os militares travam uma corrida contra o tempo. No início de outubro de 2017, quando os militares já estavam nas ruas do Rio por força de um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) assinado pelo presidente Michel Temer, 83% dos moradores da cidade entrevistados pelo Datafolha aprovavam a convocação do Exército para combater a violência nas ruas da capital. Em nova pesquisa de opinião realizada pelo instituto em março, mais de um mês após o início da intervenção, esse percentual havia caído para 76%.

Números referentes ao mês de março divulgados na semana passada pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) mostram que a reversão do quadro atual ainda não começou. Em relação a março de 2017, houve aumento no número de homicídios dolosos, assaltos a pedestres e roubo de veículos, cargas e celulares. Ligado ao governo fluminense, o ISP esclareceu que a greve da Polícia Civil no Rio de Janeiro, entre janeiro e abril do ano passado, resultou na subnotificação de alguns tipos de delitos no período.

Levantamento feito pelo laboratório de dados Fogo Cruzado comparando os dois meses anteriores à intervenção com os dois posteriores mostra um aumento tanto no número de tiroteios como no de mortes por arma de fogo. Entre 16 de fevereiro e 15 de abril, foram registrados 1.502 tiroteios ou disparos na Região Metropolitana do Rio, total 15,6% superior ao do período de 16 de dezembro a 15 de fevereiro. As informações são resultado do cruzamento de dados enviados por meio de um aplicativo com outros coletados em redes sociais, sites de órgãos de segurança pública e em veículos tradicionais de imprensa.

Contrária à iniciativa, a socióloga Maria Isabel, pesquisadora na área de segurança pública do Instituto de Estudos da Religião (Iser), ressalta que a presença mais ostensiva de policiais e militares nas ruas tende a aumentar a "letalidade" da intervenção. "Não temos uma explosão e sim um acúmulo de violência no Rio de Janeiro", afirma ela. "Temos vários problemas se somando ao longo de muitos anos e eles vão se acumulando". O plano traçado pelos militares para tentar recuperar o terreno perdido ao longo dos anos prevê a volta de investimentos em tecnologia e serviços de inteligência policial, assim como o reaparelhamento das forças de segurança, com a compra de viaturas e armamentos.

A implementação das medidas esbarra nas evidentes limitações orçamentárias do governo fluminense. O Estado fechou 2017 com R$ 12 bilhões em restos a pagar. A intervenção foi custeada até agora com recursos liberados pelo Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas. Aproximadamente R$ 15 milhões foram repassados ao comando conjunto das operações, segundo informou o Ministério da Defesa.

O R$ 1,2 bilhão prometido pelo governo federal para custear as ações e a compra de equipamentos "já estão disponíveis", de acordo com o porta-voz do Gabinete da Intervenção Federal. Com isso, mais de dois meses depois de iniciada a intervenção, o Estado poderá adquirir cerca de 300 novas viaturas. Cem fuzis, cem mil cápsulas de munição e mais R$ 2,4 milhões em armamento não letal foram doados por companhias privadas.

Parte das ações gerenciais defendidas pelo GIF para aumentar o número de policiais nas ruas não gera, em tese, custos para Estado. Fazem parte desse grupo de medidas o retorno de policiais cedidos a outros órgãos e a realocação do efetivo de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) consideradas ineficientes. Outras iniciativas, no entanto, dependem de uma melhoria no caixa do governo fluminense que ainda não aconteceu.

A volta do pagamento de gratificações e horas-extras - suspenso devido à crise fiscal do Estado - significaria mais mil policiais militares e 200 civis disponíveis fora do horário padrão de trabalho, pelos cálculos do coronel Itamar. O porta-voz cita, ainda, a possibilidade de convocação de pelo menos mil aprovados em concursos anteriores da PM que não foram chamados. O problema, nesse caso, é que o Estado do Rio terminou 2017 com despesas de pessoal equivalentes a 67,01% da sua Receita Corrente Líquida, acima portanto do teto de 60% imposto pela Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Encarada inicialmente como uma decisão capaz de gerar dividendos (sociais e eleitorais) no curto prazo, a intervenção falhou em alavancar minimamente a popularidade do presidente Michel Temer, afirma Ricardo Ribeiro, analista político da MCM Consultores. Na época, o governo federal amargava o fracasso da Reforma da Previdência. "Foi vista como uma jogada política inteligente de Temer", analisa Ribeiro. "Criou-se a expectativa de que poderia haver mudança na tendência de queda na popularidade dele. Não deu certo", acrescenta.

Presença frequente nas reuniões de parlamentares com o interventor federal general Walter Souza Braga Netto, o deputado federal Alessandro Molon (PSB-RJ) considera que a intervenção ainda não entregou os resultados esperados. "Somente se avançar no expurgo dos maus quadros, na reestruturação completa das polícias, a intervenção vai produzir efeitos duradouros", sustenta o deputado.

Os resultados iniciais da intervenção também estão sendo questionadas em outra frente, a jurídica. A Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, que representa 40 dos 159 detidos na operação da Polícia Civil de 7 de abril, alega não haver - na decisão que converteu a prisão em flagrante dos acusados em preventiva - razões detalhadas para o encarceramento de cada um deles, uma exigência do Código de Processo Penal. Até o momento, apenas um dos presos foi libertado pela Justiça.

"Muitas pessoas imaginam que a intervenção federal são militares nas ruas, tanques nas esquinas, é uma ocupação da cidade por tropas militares. Não é isso", diz o coronel Itamar.

Com data estipulada para terminar, 31 de dezembro de 2018, dificilmente alcançará todos os seus objetivos até o fim do ano, reconhece o coronel Itamar: "Não todos. No médio prazo a gente imagina que se consiga alguns resultados ainda durante o tempo de vigência da intervenção. Mas nem todas as ações estruturantes vão ser sentidas durante o período de intervenção", repete.

 

O conjunto de normas e a segurança jurídica no mercado de drones


Helvio Santos Santana | Publicado em 23/04 - 8h35

A regulamentação do uso comercial de aeronaves não tripuladas de uso civil, ou drones como são popularmente conhecidas, garantiu segurança jurídica aos fabricantes e usuários desses equipamentos, fato que, combinado com as inovações tecnológicas implantadas pelos fabricantes, contribuiu para o crescimento das vendas desses aparelhos no Brasil. Tal fenômeno vem causando impactos sociais e, consequentemente, jurídicos que desafiam a sociedade numa nova disrupção tecnológica.

Desde o início de 2017, foram publicados a Portaria 282/DGCEA, pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo, além do Regulamento –RBAC 94, da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil) e, tendo em vista que os drones possuem transmissores de radiofrequência em seus controles remotos e, em alguns casos, no próprio veículo aéreo, precisam ser homologados pela ANATEL(Agência Nacional de Telecomunicações). Esse conjunto de normas regulamenta a utilização comercial de aeronaves não tripuladas de uso civil, os drones, cujo uso até então se limitava e se comparava ao aeromodelismo.

O novel conjunto de normas garantiu segurança jurídica para usuários e fabricantes desses equipamentos, contribuindo sobremaneira com o aquecimento das vendas. Novidades tecnológicas implantadas pelos fabricantes, como câmeras super potentes, sensores de direção e designs mais modernos atraíram e conquistaram o público doméstico. Contudo, a mania quase compulsiva das autoridades brasileiras pela regulamentação, o que só traz retrocesso e aumenta as dúvidas, faz com que muitas pessoas e empresas permaneçam reticentes quanto ao uso recreativo ou profissional desses equipamentos.

Vamos esclarecer uma coisa: quem adquire um drone para uso recreativo não está sujeito às normas da Aeronáutica, é o que diz o item 4.2.6, da Portaria DECEA mencionada acima. Todavia, é importante dizer que a ANAC equiparou toda aeronave não tripulada com finalidade de recreação ao aeromodelo, cuja regulamentação existe desde 1999, conforme Portaria DAC 207. Essa portaria é extremamente sucinta e sua leitura é recomendável para todos os que possuem ou pensam em adquirir um drone.

Situações pontuais envolvendo proprietários de aeronaves durante o uso recreativo têm se destacado na mídia, aumentando as pesquisas e consultas sobre as responsabilidades dessas pessoas e, infelizmente, abrindo espaço para discussão sobre a necessidade de regulamentar o uso recreativo de aeromodelos. Primeiramente, o aeromodelismo já é regulamentado, como dito acima, não havendo qualquer necessidade de reforma ou implementação no texto que é bastante sucinto, como deve ser. Em segundo lugar, o Estado brasileiro precisa diminuir o controle sobre a sociedade. Na verdade, o Brasil precisa de mais desregulamentação, deixando espaço para correções exemplares somente quando necessário. Leis não faltam para isso.

Além da Portaria DAC 207, da ANAC, o Código Civil de 2002 é suficiente para conduzir as relações decorrentes do aeromodelismo. Importante destacar que é de responsabilidade do usuário manusear o equipamento de acordo com as normas vigentes, de maneira que eventuais acidentes ou incidentes são de sua responsabilidade civil e/ou criminal, dependendo do caso. Os cuidados vão desde a leitura e entendimento do manual do usuário que acompanha o equipamento até a consulta das normas que regulamentam o aeromodelismo.

Diferentemente do uso comercial das Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA), que transportam cargas e exige que o usuário obedeça um conjunto de normas produzido especificamente para sua pilotagem. Em linhas gerais, a Resolução 419/2017, da ANAC, classifica os RPAs em três categorias, de acordo com o peso. Os pilotos devem ser maiores de 18 anos, possuir um Certificado Médico Aeronáutico (CMA), além de licença e habilitação emitida ou validada pela ANAC, nos dois últimos casos se o RPA estiver especificado como classe 1 ou 2.

Também é proibido o transporte de pessoas, animais, artigos perigosos referidos no RBAC 175 ou carga proibida por autoridade competente. O transporte de artigos perigosos está liberado para atividades de agricultura, horticultura, florestais, entre outras atividades específicas. Vale destacar que RPA é uma espécie do gênero VANT (veículo aéreo não tripulado), no qual se classificam outros equipamentos, inclusive as “aeronaves autônomas”, que são Drones que dispensam o controle manual. No Brasil, apenas são permitidos os VANTs da espécie RPA.

As normas pavimentaram o crescimento do mercado de drones no Brasil, trazendo inovação tecnológica que já beneficia diversos setores, como o agronegócio, entretenimento e, inclusive, o setor público. Caberá à sociedade aproveitar os benefícios desse equipamento, utilizando-o de maneira consciente e responsável, tendo sempre em mente que é do usuário a responsabilidade por eventuais danos causados a terceiros. Esse senso de responsabilidade pode definir o futuro dessas aeronaves que tanto nos tem ajudado.

 

PORTAL JANES (Inglaterra)


Portugal downgrades plans to upgrade C-130s


Victor Barreira | 23/04

Portugal has canceled plans to modernise five C-130H transports through the US Foreign Military Sales programme, worth up to EUR29 million (USD36 million).

Instead, the aircraft will receive upgrades worth up to EUR19 million with the support of the Single European Sky Air Traffic Management Research (SESAR) project. Also EUR2.8 million will be allocated for maintenance of the C-130 fleet until the full operating capability (FOC) of the six KC-390s is achieved.

 

JORNAL HOJE EM DIA (MG)


Pedro Leopoldo recebe Hospital de Campanha da FAB


Carolina Fernandes | Publicado em 23/04 - 13h18

Os moradores de Pedro Leopoldo, na região metropolitana de Belo Horizonte, receberão reforço nos atendimentos ligados à área da saúde a partir desta segunda-feira (23) até a próxima sexta, quando a cidade recebe Hospital de Campanha (HCAMP) da Força Aérea Brasileira (FAB).

A campanha itinerante, realizada em parceria com a prefeitura da cidade, conta com 15 especialidades, sendo ginecologia, oftalmologia, urologia, radiologia, otorrinolaringologia, clínica médica, alergologia, cardiologia, nefrologia, cirurgia geral, cirurgia vascular, infectologia, ortopedia, geriatria e endocrinologia. Além disso, haverá atendimentos odontológicos, incluindo procedimentos de extração dentária e avaliações preventivas.

São esperados cerca de dois mil pacientes, que receberão atendimento de 8h às 17h, no Centro Poliesportivo de Pedro Leopoldo (rua Anélio Caldas, 530, bairro Dona Júlia). Quem precisar continuar o tratamento será encaminhado para a rede municipal de saúde.

 

OUTRAS MÍDIAS


MUNDO LUSÍADA - Brasileira Embraer assina acordo com companhia de aviação bielorussa


Publicado em 23/04 - 09h37

A Embraer e a Belarusian Airlines (Belavia) assinaram um acordo de prestação de serviços e suporte à frota de aviões (E-Jets) da empresa bielorussa, anunciou a companhia aeronáutica brasileira.

A solução de suporte a componentes da Embraer está a ser adaptada às necessidades específicas da Belavia, através de um acordo plurianual, oferecendo reposição sob medida e também cobertura de reparação para um número mais amplo de componentes, de acordo com um comunicado da Embraer.

Segundo a nota, “será disponibilizado ainda o acesso a uma extensa variedade de ferramentas especiais e equipamentos de apoio em solo para manutenções pesadas, permitindo à Belavia a movimentação ‘in-house’”.

O programa irá apoiar a frota já existente da Belavia, de dois jatos E175 e dois jatos E195 (da Embraer).

A companhia recebeu, na semana passada, uma nova aeronave E175 e ainda este ano receberá outras duas do modelo E195.

A Belavia é a maior companhia aérea da República Bielorrussa. Está baseada no Minsk International Airport e opera voos regulares para 49 aeroportos em 28 países da Europa e da Ásia. A Belavia foi criada em 5 de março de 1996.

A Embraer mantém duas fábricas em Portugal, no Parque de Indústria Aeronáutica de Évora, a 130 quilômetros a leste de Lisboa, sendo que a empresa também é acionista da OGMA (65%), em Alverca, nos arredores de Lisboa.

 

AEROFLAP - Esquadrilha da Fumaça se apresentou em várias cidades no Sul do Brasil


Publicado em 23/04

Cerca de 30 mil pessoas assistiram às manobras do Esquadrão de Demonstração Aérea (EDA), mais conhecido como Esquadrilha da Fumaça, realizadas, nesse sábado (21), sobre a Beira-Mar Continental de Florianópolis (SC). A demonstração ocorreu em homenagem ao Patrono das Polícias Militares e Civis do Brasil, Joaquim José da Silva Xavier, Tiradentes.

“É um prazer para a Força Aérea Brasileira e, em especial, para a Base Aérea de Florianópolis poder cooperar com esse evento. A FAB é uma organização federal que tem como princípio básico defender a soberania do espaço aéreo e integrar o território nacional”, relatou o Comandante da Base Aérea de Florianópolis (BAFL), Tenente-Coronel Aviador Luiz dos Santos Alves.

No céu, a Esquadrilha da Fumaça realizou mais de 40 manobras, atraindo os olhares do público durante o show de cerca de 45 minutos. “Só tinha visto a apresentação através de vídeos na internet; hoje é a primeira vez que assisto aos aviões de pertinho. Estou muito emocionada, pois admiro muito a Força Aérea Brasileira”, disse a moradora de Florianópolis, Mara Dresch.

A exibição da Esquadrilha da Fumaça fez parte das atrações do Floripa em Movimento, um projeto organizado pela prefeitura que proporciona à população um dia cheio de atividades, como shows, recreação infantil, competições esportivas e praça de alimentação com foodtrucks. O evento também teve como atrações especiais as apresentações da Banda de Música e do Pelotão de Cães de Guerra da BAFL.

Pelotas

Na quarta-feira (18), a Fumaça realizou demonstrações na cidade de Pelotas (RS), na praia do Laranjal, para um público de cerca de seis mil pessoas. No evento, foi celebrado o Dia do Exército (19 de abril) e o centenário do 9º Batalhão de Infantaria Motorizado na cidade.

“Quero agradecer a FAB por ter nos dado essa oportunidade de comemorar uma data tão importante com a presença da Fumaça em Pelotas. Nós estamos fazendo uma programação grande para comemorar a Semana do Exército, e a presença da Fumaça aqui demonstra o alto nível do evento e a qualidade da apresentação”, ressaltou o Comandante da 8ª Brigada de Infantaria Motorizada, General de Brigada Carlos Alberto Dahmer.

A prefeita de Pelotas, Paula Mascarenhas, comentou a satisfação de ter a apresentação da Fumaça na cidade. “É uma alegria ver a praia de Laranjal lotada de pessoas que vieram, especialmente, prestigiar as manobras, os pilotos e os aviões fabricados aqui no Brasil. Pelotas tem o maior orgulho de receber a equipe da FAB”, concluiu.