NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


NOTIMP 328/2016 - 23/11/2016

Publicado: 23/11/2016 - 08:54h
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JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Saab e Embraer inauguram centro para fabricar parte dos caças da FAB


Marcelo Toledo E Joana Cunha |

A sueca Saab e a Embraer inauguraram nesta terça-feira (22) o Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen em Gavião Peixoto (306 quilômetros de São Paulo).

As instalações vão abrigar parte da produção dos 36 caças suecos Gripen NG (New Generation), comprados pela FAB (Força Aérea Brasileira) por US$ 5,4 bilhões, com previsão de entrega a partir de 2019. Desses, 23 terão montagem final no Brasil.

O local será o hub de desenvolvimento tecnológico do avião para Saab e Embraer, além de empresas parceiras como AEL, Atech e FAB.

A produção envolverá também a transferência de tecnologia da fabricante sueca para a brasileira, incluindo o treinamento de 350 profissionais do país até 2024 -cem brasileiros já fizeram treinamento teórico na Suécia.

O acordo de transferência inclui treinamento teórico, programa de pesquisa e tecnologia, treinamento prático e desenvolvimento e produção. No total, serão 60 projetos, com duração de 24 meses.

Ulf Nilsson, vice-presidente sênior da companhia sueca, disse que, apesar da crise econômica no Brasil, não acredita que o programa poderá ser interrompido. "Esse é um programa de longo prazo e que demorou quase 20 anos para o contrato ser assinado", afirmou.

Já o presidente e CEO da Embraer Defesa e Segurança, Jackson Schneider, disse que há uma perspectiva de crescimento importante da área de defesa da Embraer com os novos projetos.

Na unidade de Gavião será feita a versão brasileira do Gripen. Serviços como a integração de sistemas elétricos estão entre os que serão desenvolvidos na unidade. "Temos um laboratório de ensaio, onde todos os testes de voo serão feitos", afirmou.

ESCOLHA

Questionado sobre as investigações do Ministério Público Federal de Brasília sobre o envolvimento em irregularidades na escolha da Saab e o caso da Embraer envolvida com o pagamento de propinas, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, que participou da inauguração, afirmou desconhecer. "Havia um processo investigativo no Ministério Publico, que foi arquivado", disse.

O presidente mundial da Saab, Hakan Buskhe, disse se sentir "confortável" com o trabalho que foi feito.

 

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Militares ficarão fora de proposta de Reforma na Previdência

Segundo o ministro da Defesa, Raul Jungmann, as mudanças para os militares serão definidas em outro momento e podem ser feitas por um projeto de lei

Gustavo Porto |

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta terça-feira, 22, que houve uma decisão do presidente Michel Temer (PMDB) em dividir a reforma da previdência dos servidores civis dos militares. Segundo o ministro, para os civis será enviada uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), prometida pelo próprio Temer para este ano, e para os militares as alterações podem ser feitas por um projeto de lei.

"Houve a decisão do presidente de separar a reforma dos civis, que é uma PEC, e dos militares que pode ser feito por um projeto de lei. No presente momento o governo está totalmente voltado para a PEC do servidor civil. Depois de encerrada essa etapa, vamos nos debruçar sobre o sistema dos militares, que não é nem uma Previdência, mas um sistema de proteção social", afirmou o ministro após a inauguração do Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (Gripen Design Development Network - GDDN), no Complexo Industrial da Embraer, em Gavião Peixoto (SP).

Apesar das propostas diferentes, Jungmann garantiu que "as Forças Armadas apoiam reforma da Previdência e se dispõem a dar a contribuição no futuro", mas salientou que as possíveis medidas para reformar o sistema de aposentadoria e pensões de militares precisam levar em conta as especificidades da carreira. "(O militar) não tem hora extra, não tem sindicalização, se dedica a só um trabalho e trabalha, ao longo dos 30 anos, em média, 45 anos", disse. "Levando em consideração isso mais adiante vamos dar, sim, uma contribuição que possa ser dada a esse projeto de Reforma da Previdência", concluiu.

 

Um voo mais alto

Mostra no Itaú Cultural revela traços de um homem que não foi só o pai da aviação

Julio Maria |

Cada palmo acima do chão era um conquista da humanidade naqueles primeiros anos de século 20. Santos-Dumont, primeiro, colocou sua Ave de Rapina entre 2 e 3 metros de altura, por uma distância de 60 metros, surpreendendo as testemunhas do Campo de Bagatelle, em Paris, naquele 23 de outubro de 1906. Poucos dias depois, estaria a impressionantes 6 metros acima da multidão que o aplaudia por seus 220 metros de distância. O homem começava a levantar voo.

Até chegar aos 11 mil metros das aeronaves de hoje, em altitude de cruzeiro, boa parte da humanidade, a que não acredita na versão do pioneirismo dos irmãos Wright, cristalizaria a figura de Alberto Santos-Dumont (1873-1932) como a do inventor do avião. Uma condecoração tão justa quanto limitadora. Dumont, um dos personagens
mais ricos na história de seu país, foi maior do que o próprio projeto que fez sair do solo. Desde os primeiros anos de 1900, esse mineiro da cidade de Palmira, atual Santos Dumont, investia em ciência, tinha olhos de designer e garras de empreendedor. O avião foi só a mágica que seu visionarismo materializou.

Uma exposição que começa neste sábado, 26, no Itaú Cultural, dá um grande passo para apresentar esse cientista e inventor de forma mais abrangente.

Santos-Dumont na Coleção Brasiliana Itaú lembra dos 110 anos do primeiro voo do 14 Bis para partir em viagem ao centro do aviador. “Queremos desempoeirar Santos-Dumont. A ideia não era fazer só uma exposição com documentos e fotos”, diz Luciana Garbin, curadora da mostra e jornalista do Estado. Serão mais de 400 peças da Coleção Brasiliana expostas pela primeira vez em ambientes com referências temporais.

O público passa primeiro por um check-in, respondendo a duas perguntas sobre a imagem que ele tem de Santos-Dumont. Ao final, depois de passar por todas as salas, ele responde a outras duas perguntas parecidas no check-out. A imersão começa nos anos de infância, na fazenda de Cabangu, no interior de Minas. A inspiração do sexto filho do engenheiro Henrique Dumont por aventuras fantásticas começa no livro Viagens Extraordinárias, de Julio Verne. Seu exemplar de cabeceira está na mostra. Muitas publicações levam o carimbo do leitor “Alberto Dumont”. O tempo passa e a mostra apresenta a ala O Rei de Paris. É para lá que o garoto de 18 anos segue para fazer história, depois de conseguir a emancipação do pai. “O título de herói, infelizmente, distanciou Santos-Dumont dos brasileiros. Ele estava à frente do tempo, ganhou o mundo com a ciência na era em que o Brasil era um país apenas agrícola”, diz Luciana.

Apesar de ter produzido fatos para sentir-se no centro do mundo, Dumont conseguia ver o outro com sensibilidade e diletantismo. Ao vencer o prêmio Deutsch em 1901, contornando a Torre Eiffel com o dirigível n.º 6, dividiu a quantia em dinheiro que recebeu pela conquista em duas partes: metade para seus mecânicos, metade para os pobres. Quando eclodiu a 1.ª Grande Guerra, ofereceu sua casa e seu automóvel
às forças armadas francesas. A volta de Dumont ao Brasil ganha outra seção, assim como as homenagens a ele depois da morte.

SANTOS-DUMONT
COLEÇÃO BRASILIANA ITAÚ
Itaú Cultural. Av. Paulista, 149,
tel. 2168-1776/1777. Abertura
sáb. (26), às 11h. Entrada gratuita

A outra face: o inventor de objetos sem nenhuma relevância

Um lançador de boias e o "conversor marciano"   foram peças que não mudaram em nada a humanidade

Além de máquinas voadoras, Alberto Santos-Dumont criou objetos que a humanidade consideraria bem menos importantes. Alguns deles estarão expostos
no Itaú Cultural a partir deste sábado, dia 26.

Um lançador de boias para salvar vidas no mar é um deles. Alguns depoimentos diziam que o instrumento, uma espécie de catapulta que lançava a boia em direção ao afogado em potencial, teria conseguido evitar dois afogamentos.

O conversor marciano é outra das peças que levaria seu criador à falência se ele não tivesse se preocupado com objetos mais relevantes. Trata-se de um equipamento de propulsão acoplado nas costas do esquiador que deseja se movimentar na neve.

As pequenas invenções de Santos-Dumont são detalhes curiosos perto das réplicas de seus objetos voadores. A maior delas é a reprodução da Demoiselle,considerado por muitos o melhor projeto concebido pelo inventor. "As pessoas falam muito do 14 Bis, mas a Demoiselle se tornou sua invenção mais estável", conta Marcos Cuzziol, estudioso do assunto e diretor de inovação do Itaú Cultural.

A réplica da bela Demoiselle, de 5,5 metros de envergadura por 6 metros de comprimento, é uma das emoções na experiência proposta pela mostra. “Antes dela, os protótipos apareciam todos com a cauda na frente, por causa de um acidente com o planador de um inventor que usava a cauda atrás. A Demoiselle deu mais estabilidade para as aeronaves”, diz Cuzziol.

Santos-Dumont, em mais um traço de desapego material, tornou disponível para o mundo os desenhos de sua obra-prima, sem exigir nenhum pagamento de royalties para quem quisesse se aventurar na criação de réplicas. Uma revista norte-americana publicou as plantas e muitos protótipos começaram a surgir inspirados em seus estudos.

Outro dos documentos importantes selecionados da Coleção Brasiliana é um desenho feito por Santos-Dumont um mês e cinco dias antes de sua morte.

O aviador se enforcou em 1932, aos 59 anos de idade. Uma versão diz que ele cometeu suicídio depois de avistar aviões em combate nos céus do Guarujá em plena Revolução Constitucionalista. No atestado de óbito, no entanto, assinado pelo legista Roberto Catunda, consta como causa da morte um ataque cardíaco. O desenho abre uma interpretação interessante, que vai contra a tese de que Dumont, deprimido, estaria distante dos estudos de mecânica e de suas invenções.

O que permanecem nebulosos são os motivos que teriam levado o aviador a se enforcar. A visão dos aviões de combate o levando ao desespero pode ser uma cena de final de filme comovente, mas nunca foi comprovada. Santos-Dumont já tinha sua glória quando eles surgiram no horizonte.

 

PORTAL UOL


O que se sabe até agora sobre a queda do helicóptero da PM no Rio


Hanrrikson De Andrade |

Peritos supervisionados pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão vinculado à Aeronáutica, tentam identificar os fatores que resultaram na queda de um helicóptero da Polícia Militar do Rio, no sábado (19), durante ação contra o tráfico de drogas na Cidade de Deus --região onde há uma disputa entre facções criminosas rivais--, na zona oeste da capital fluminense.

O acidente provocou a morte dos quatro tripulantes, todos policiais militares. Veja abaixo o que a investigação da Seripa-3 (Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), órgão designado para apurar o caso, já revelou sobre o acidente:

1. Helicóptero não foi atingido por tiros

Laudos preliminares indicam que nem a aeronave nem as vítimas foram atingidas por disparos de arma de fogo. A informação foi confirmada pelo secretário de Estado de Segurança Pública, Roberto Sá, no domingo (20).

"A Aeronáutica não encontrou, até o momento, perfurações no helicóptero. Temos que aguardar a perícia deles, que vai levar tempo, mas será conclusiva", disse Sá, que participou do velório coletivo dos PMs.

Para o Cenipa, porém, nenhuma possibilidade é descartada até o momento. O Centro informou nesta terça (22) que a perícia está "levando em conta diversos fatores contribuintes, sejam materiais (sistemas da aeronave e projeto, por exemplo), humanos (aspectos médicos e psicológicos) ou operacionais". Isso quer dizer que, para o órgão da Aeronáutica, não há uma "causa" para o acidente, e sim um conjunto de "fatores contribuintes".

"Causa se refere a um fator que se sobressai, que seja preponderante, e a investigação do Cenipa não elege um fator como o principal. Ao contrário, trabalha com uma série de fatores contribuintes que possuem o mesmo grau de influência para a culminância do acidente."

O Cenipa informou ainda que não fará qualquer comentário ou análise antes da divulgação de um relatório formal sobre o acidente, e que não há prazo para que isso ocorra.

A Divisão de Homicídios da Polícia Civil está acompanhando o caso, mas sua assessoria de comunicação informou que apenas o delegado responsável, Fábio Cardoso, poderia comentar. O policial, porém, está em um evento do Exército e não pôde ser contatado. Já a Polícia Militar alega que o trabalho de investigação cabe à Aeronáutica.

2. Aeronave não era blindada

O helicóptero do tipo Esquilo, matrícula PRIDR e modelo AS350B3, sobrevoava a favela para captar imagens no decorrer da operação. A bordo estavam o piloto, o capitão Willian de Freitas Schorcht, 37, o major Rogério Melo Costa, 36, o subtenente Camilo Barbosa Carvalho, 39, e o terceiro-sargento Rogério Félix Rainha, 39.

O veículo, fabricado pela empresa Helibras, não possuía blindagem. Coordenador de comunicação da PM, o major Ivan Blaz afirmou que o modelo Esquilo é uma aeronave leve, destinada à observação e transporte de tropa. "Ela trabalha em uma grande altitude com equipamento ótico de monitoramento", disse.

3. Vistoria estava em dia

A vistoria anual do helicóptero estava em dia, segundo o RAB (Registro Aeronáutico Brasileiro), da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil). O IAM (Inspeção Anual de Manutenção), documento obrigatório exigido pela Anac, tinha validade até o dia 4 de dezembro desse ano.

Em nota, a Helibrás informou ter colocado à disposição da Aeronáutica um especialista para "apoiar nas questões técnicas", mas que "não irá se pronunciar sobre o acontecimento até a conclusão da investigação".

4. Pilotos eram experientes

Schorcht e Costa eram pilotos considerados experientes. Ambos fizeram o curso de formação em 2012 e estavam lotados no GAM (Grupamento Aeromóvel), da PM. Em nota, a Polícia Militar informou que Costa tinha 17 anos de serviços prestados à polícia e Schorcht, 15.

"Eles tinham muitas horas de voo e capacidade para realizar aquele tipo de missão. Estavam acostumados a sobrevoar comunidades", disse um colega de turma na Escola de Aviação da corporação.

As outras duas vítimas do acidente eram tripulantes da aeronave. Barbosa e Félix tinham atribuição de alertar os pilotos de algum perigo, como a presença de pessoas estranhas, de uma ave ou rede de alta tensão. Ambos trabalhavam armados, para a eventualidade de precisar fazer algum disparo.

Perguntado sobre a possibilidade de ter ocorrido algum tipo de falha humana, já que os policiais estavam sob forte pressão, o major Ivan Blaz afirmou, no domingo, que os PMs tinham experiência neste tipo de voo. "Estamos falando de policiais que trabalhavam há vários anos em operações aéreas. Falar isso neste momento seria até um desrespeito com esses agentes."

Conflito na Cidade de Deus

Desde a última sexta-feira (18) foram registrados intensos confrontos entre policiais e criminosos da favela Cidade de Deus. No domingo, após mais uma madrugada de tiroteio, sete corpos foram localizados em uma mata na comunidade. A Polícia Civil investiga o caso. Segundo moradores, os corpos seriam de traficantes.

Após a queda da aeronave, a PM iniciou uma operação por tempo indeterminado na região, que é cercada por mata fechada e área de mangue, o que dificulta o trabalho dos militares. De acordo com a Secretaria de Estado de Segurança Pública, os confrontos começaram depois que traficantes da Cidade de Deus tentaram invadir a área do Gardênia Azul, área controlada por milícias.

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, colocou a Força Nacional de Segurança à disposição do Rio. O secretário de Segurança, no entanto, agradeceu a oferta, mas informou que, por enquanto, a mobilização dos agentes federais não é necessária.

A Anistia Internacional divulgou nota no domingo condenando a política de segurança pública implementada no Estado do Rio de Janeiro. Segundo o comunicado, o governo tem falhado em proteger a vida tanto dos moradores quanto dos agentes de segurança pública.

 

REVISTA ISTO É


Ministro da Defesa pede a deputados a manutenção de recursos do setor


O ministro da Defesa, Raul Jungmann, fez um apelo hoje (22) pela manhã aos parlamentares da Comissão de Relações Exteriores e de Defesa Nacional da Câmara dos Deputados para que o Legislativo garanta o volume de recursos necessários para a continuidade de projetos considerados “a espinha dorsal” da pasta.

O pedido foi feito durante uma audiência pública na comissão, para a qual o ministro foi convidado para apresentar a agenda e as perspectivas de atuação do seu ministério. Segundo ele, não se pode negar investimentos estratégicos em defesa e segurança a um país que tem como objetivo ter “uma projeção global e de liderança”.

De acordo com Jungmann, o valor total dos investimentos prioritários chega a R$ 122 bilhões, dos quais ainda faltariam R$ 95 bilhões. No rol das ações estratégicas estão estaleiros e base naval para a frota submarina nacional, a construção de quatro submarinos convencionais e o programa de modernização de blindados usados para transporte das tropas e para ataque e defesa.

Entre os projetos prioritários também está o do submarino de propulsão nuclear que deve ser entregue em 2027, totalizando um investimento de R$ 8,9 bilhões, dos quais já foram gastos até agora R$ 1,8 bilhão. “É uma necessidade da Defesa. Não é um capricho”, afirmou.

Ao elencar as principais ameaças da área o ministro citou a dependência tecnológica no campo militar e a vulnerabilidade dos sistemas de informação. Ele também destacou o crime organizado transnacional e a deterioração da segurança pública em alguns estados. Pouco antes, Jungmann alertou sobre a situação atual do Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron).

Segundo ele, existem hoje 24 postos de fronteira operados pelo Exército, além de outros coordenados pela Marinha e Aeronáutica, e disse que muitos problemas encontrados em capitais brasileiras ocorrem em função da falta de um maior controle nessas áreas.

“Na fronteira com Bolívia e Paraguai temos grande frequência de crimes fronteiriços [como o contrabando de drogas e armas.] Só em outubro último, por exemplo, no Rio de Janeiro, foram apreendidos mais de 40 fuzis. Se o crime é transfronteiriço, não adianta ter controle apenas do território nacional”, afirmou Jungmann.

 

JORNAL VALOR ECONÔMICO


Aposentadoria militar ainda não começou a ser discutida, diz Jungmann


João José Oliveira |

GAVIÃO PEIXOTO (SP) - O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse nesta terça-feira a jornalistas em Gavião Peixoto, interior de São Paulo, após cerimônia de inauguração do centro de desenvolvimento do caça Gripen, que o novo modelo de aposentadoria dos militares ainda não entrou em pauta.

“Estamos fazendo agora a dos servidores civis. Posteriormente faremos a dos militares. Mas queria destacar que os militares apoiam o programa de ajuste fiscal e estão prontos para dar a contribuição”.

Jungmann afirmou também que o ministério terá que trabalhar com menos recursos, sem detalhar quais áreas poderão sofrer cortes. “Estamos em uma nova realidade e teremos que fazer opções, determinar prioridades e redistribuir recursos”, disse o ministro.

 

Saab e Embraer iniciam operação de centro de desenvolvimento em SP


João José Oliveira |

GAVIÃO PEIXOTO (SP) - A Saab, empresa sueca de defesa e segurança, e a brasileira Embraer Defesa & Segurança inauguram nesta terça-feira o Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (Gripen Design Development Network - GDDN), em Gavião Peixoto (SP).

O GDDN será o hub de desenvolvimento tecnológico do Gripen NG no Brasil para a Saab e a Embraer junto às empresas e instituições brasileiras parceiras: AEL Sistemas, Atech, Akaer e Força Aérea Brasileira, por meio de seu departamento de pesquisa DCTA.

O GDDN contempla o ambiente e os simuladores necessários para o desenvolvimento dos caças. Além disso, o GDDN está conectado à Saab na Suécia e aos parceiros industriais no Brasil, assegurando transferência de tecnologia e desenvolvimento eficientes.

“Temos um compromisso de longo prazo com o Brasil. O lançamento do GDDN é um marco importante no programa brasileiro do Gripen, pois será a base para a transferência de tecnologia e o desenvolvimento dos caças no país”, disse Håkan Buskhe, CEO e presidente da Saab.

“Embraer e Saab têm ambas um histórico longo e comprovado no desenvolvimento e aplicação de tecnologias inovadoras na indústria aeronáutica. Essa cooperação é fundamental para garantir o melhor apoio às operações da Força Aérea Brasileira pelos próximos anos”, disse Jackson Schneider, presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança.

O edifício do GDDN está localizado nas dependências da Embraer, em Gavião Peixoto (SP), onde também ficará baseado o Centro de Teste de Voos do Gripen e onde será realizada a montagem final da aeronave.

Entre 2019 e 2024, 36 caças Gripen NG serão entregues à Força Aérea Brasileira. Para cumprir o cronograma, a Saab tem uma forte parceria colaborativa com empresas brasileiras, tais como Embraer, AEL Sistemas, Akaer, Atech, Mectron, Inbra e Atmos.

Entre outubro de 2015 e 2024, mais de 350 profissionais, entre engenheiros, operadores, técnicos e pilotos das empresas parceiras da Saab e da Força Aérea Brasileira, irão à Suécia para participar de cursos e treinamentos.

Habilidades e conhecimentos serão adquiridos pela indústria brasileira, possibilitando um extenso trabalho de desenvolvimento e produção do Gripen, incluindo a montagem final no Brasil. Até hoje, cerca de 100 profissionais brasileiros estiveram na Suécia e começaram a retornar ao Brasil no início deste mês.

O programa de transferência de tecnologia é dividido em 60 projetos-chave, com duração de até 24 meses.

A Embraer desempenhará um papel de liderança na execução do programa e realizará uma grande parte do trabalho de produção e entrega das versões monoposto e biposto do Gripen NG. A empresa será responsável por uma quantidade considerável do trabalho em desenvolvimento de sistemas, integração, testes de voo, montagem final e entregas de aeronaves. Além disso, Embraer e Saab serão responsáveis pelo desenvolvimento completo da versão biposto do Gripen NG.

O programa de transferência de tecnologia para o Brasil cobre quatro áreas que visam fornecer à indústria aeroespacial brasileira a tecnologia e o conhecimento necessários para manter e desenvolver o Gripen no Brasil: treinamento teórico, programas de Pesquisa e Tecnologia, treinamento on-the-job na Suécia, desenvolvimento e produção.

 

Saab já negocia ampliação da venda de caças Gripen ao Brasil


Por João José Oliveira | De São Paulo

A Saab mantém conversas com o governo brasileiro para ampliar a venda de caças Gripen, disse o presidente mundial da empresa sueca de defesa e segurança, Hakan Buskhe. "Sabemos o estágio em que se encontra a frota [militar] do Brasil e estamos discutindo possibilidade de ir adiante em nosso contrato. Acreditamos que frotas de um único modelo permitem ganhos de eficiência. Mas primeiro temos de entregar [os primeiros modelos] e provar que nosso modelo é o melhor", disse Buskhe ao Valor, em entrevista exclusiva em São Paulo, antes de participar da inauguração, em Gavião Peixoto (SP), do centro de desenvolvimento e pesquisa, onde engenheiros da Saab e da Embraer vão trabalhar no projeto Gripen.

O governo brasileiro tem uma encomenda de 36 jatos Gripen, no valor de US$ 4,7 bilhões. A primeira aeronave será entregue em 2019. São 22 aviões de um lugar e oito unidades com dois lugares.

Parte desses caça será construída no Brasil, em um acordo por meio do qual 75% da tecnologia será transferida para a Embraer, parceira líder do programa no Brasil, e mais outras seis fornecedoras. "O Brasil não está comprando caças militares, mas tecnologia", disse o presidente da Saab, que ganhou uma concorrência do governo brasileiro que durou mais de uma década.

O executivo disse estar ciente da demanda reprimida no Brasil por mais aviões militares. O país tem 53 jatos AMX A-1, de fabricação brasileira pela Embraer, linha que está desativada, e mais 49 americanos F-5. A Saab avalia então um mercado potencial para vender mais 102 caças, mas considera factíveis negociar encomendas para dois novos lotes de 36 unidades.

"Não é algo para decidir nos próximos meses, mas está em discussão", disse Buskhe.

Perguntado se temia ter o cronograma de investimentos no programa Gripen afetado pela atual crise econômica brasileira e conjuntura fiscal deficitária do governo do presidente Michel Temer, o executivo respondeu com um alto e curto "não!".

"O cronograma está dentro do programado. Todo o financiamento é feito por bancos suecos", disse, sobre o pagamento que tem carência até 2024. O presidente da Saab admite que o Brasil vive "um momento difícil", mas aponta que ciclos são "parte da economia e da democracia".

Buskhe afirma que a empresa está no Brasil por muitas décadas por vir. "O Brasil é nossa plataforma na América Latina de onde vamos conquistar novos negócios e contratos", afirmou.

Projeções feitas pela Saab estimam que a América Latina vai necessitar de cerca de 200 jatos nos próximos dez anos, sendo que metade dessas encomendas deverão vir do Brasil, incluindo nessa conta os 36 Gripen já negociados - a maior encomenda individual da Saab atualmente.

Além do potencial mercado de caças, em que disputa encomendas com fabricantes como Boeing Defense, o presidente da Saab diz que a empresa tem outros potenciais clientes no Brasil no segmento de aeroportos.

A empresa assinou este ano com a concessionária do aeroporto do Galeão, no Rio, o fornecimento do sistema de gestão de tráfego terrestre, para controle de aeronaves e veículos em solo. "Estamos negociando com outras concessionárias, mas não temos nada assinado", disse o presidente da Saab.

Novamente, a conjuntura adversa se torna um elemento de incerteza, uma vez que as concessionárias privadas dos aeroportos, a do Galeão entre elas, enfrentam dificuldade para cumprir o pagamento das parcelas das outorgas da concessão pública.

"Não tivemos problemas até agora", disse o presidente da Saab sobre o acordo com o Galeão. "O Brasil ainda vai precisar de muito investimento em infraestrutura nos próximos anos, independentemente da conjuntura de crise atual", afirmou Buskhe.

Já no mundo, a demanda por armamentos, produtos e serviços de Defesa & Segurança vai aumentar nos próximos anos porque as tensões geopolíticas estão crescendo em vez de diminuir. Isso vai sustentar um incremento de pelos menos 5% nas vendas orgânicas da Saab.

"Eu queria um mundo em que os líderes tivessem mais diálogos. Eu preferiria isso a vender mais. Mas infelizmente não é essa a tendência que vemos hoje", disse Buskhe. O executivo cita como exemplos que sustentam mais compras militares por governos as tensões na Síria, na Ucrânia, no mar da China e na Ásia, além das preocupações levantadas pelo terrorismo no Oriente Médio e África.

O executivo pondera que as tensões na América do Sul são menores se comparadas às existentes em outras partes do mundo. Mas ele admitiu que eventos como a votação contrária da população colombiana ao acordo de paz entre o governo da Colômbia e as Farc servem para sugerir que há pontos de estresse na região, também caracterizada por grandes áreas de fronteiras secas em áreas remotas e de difícil vigilância.

 

Nova fábrica será definida no início do próximo ano


Por João José Oliveira | De Gavião Peixoto (SP)

A Saab vai anunciar, no começo de 2017, o local em que vai construir a unidade onde serão montados alguns dos 36 jatos Gripen encomendados pelo governo brasileiro, em um negócio de US$ 4,7 bilhões.

"Estamos estudando os locais e vamos anunciar no começo de 2017", disse o presidente da empresa sueca, Hakan Buskhe, que participou ontem da inauguração do centro de desenvolvimento onde vão trabalhar os engenheiros da Saab e das parceiras brasileiras do projeto, lideradas pela Embraer.

O presidente da Saab destacou que atualmente mais da metade de um projeto de uma aeronave é feita em computadores e laboratórios. "Estamos então inaugurando hoje [ontem] o cérebro desse projeto", disse o executivo.

Em Gavião Peixoto, no interior de São Paulo, onde fica a unidade industrial de Defesa & segurança da Embraer, vão trabalhar os engenheiros brasileiros que foram treinados pela Saab na Suécia.

O acordo assinado pelo governo brasileiro com os suecos é mais amplo que a simples encomenda de caças. Ele inclui a transferência de tecnologia, cerca de 75% do programa, além de sistema completo de armas, peças de reposição, treinamento e manutenção.

Além disso, uma parte dos 36 jatos Gripen será montada no Brasil, na nova fábrica, provavelmente no ABC paulista, embora o presidente da Saab não confirme a escolha.

Na inauguração da unidade de desenvolvimento da Saab no Brasil, ontem, participou além de executivos do grupo Saab e da Embraer, o ministro da Defesa, Raul Jungmann.

 

PORTAL G1


Militares ficarão fora de projeto da reforma da Previdência, diz ministro

Raul Jungmann disse que mudança nas regras viria em outro momento. “Não é justo tratar igualmente quem é desigual”, disse o ministro da Defesa.

Bernardo Caram |

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse nesta terça-feira (22) que os militares brasileiros ficarão de fora do projeto de reforma da Previdência Social, com regras mais duras, que o governo vai apresentar ao Congresso em dezembro.

Segundo o ministro, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) proporá mudanças apenas aos civis. A alteração de regras para as aposentadorias de militares viria em um segundo momento, sem prazo definido, através de um projeto de lei separado, informou Jungmann.

“Nós da Defesa apoiamos a reforma da Previdência. Sendo chamados, daremos a nossa contribuição, mas, no momento, estamos aguardando a finalização do primeiro processo”, disse.

O projeto de reforma da Previdência que o governo vai enviar ao Congresso prevê aposentadoria somente aos 65 anos. Atualmente, o sistema em vigor para os militares permite ir para a reserva após 30 anos de serviço, fazendo com que muitos se aposentem até mesmo antes dos 50 anos.

Constituição

Em audiência pública na Câmara dos Deputados, o ministro disse que a Constituição define que os militares são diferentes, o que poderia inclusive gerar insegurança jurídica, caso eles fossem incluídos na PEC. “Não é justo tratar igualmente quem é desigual”, disse Jungmann.

Durante a reunião na Câmara, o comandante-geral do Exército, general Eduardo Villas Bôas, se posicionou contra a inclusão dos militares na reforma. Para ele, a natureza da função dos militares exige um tratamento diferenciado.

“Se os militares são jogados no regime comum, passamos a ter as outras prerrogativas de limite de horas de trabalho, hora extra, periculosidade? Inviabiliza as três forças”, afirmou o general.

Rio de Janeiro

O ministro da Defesa também afirmou durante a comissão que o governo federal tem condições de atender o Rio de Janeiro, caso seja solicitado o apoio das Forças Armadas. Ele ponderou que acredita não ser necessária a intervenção neste momento.

“A impressão que eu tenho é que o Rio de Janeiro está tendo condições de manter a ordem pública. [...] Não acho que é o caso de intervenção federal”, disse.

Ele ressaltou que as Forças Armadas devem ser acionadas somente em casos extremos. “As forças armadas não são treinadas, preparadas e equipadas para o combate policial”, afirmou o ministro.

Segundo Jungmann, 1,5 milhão de pessoas hoje vivem em regime de exceção no Rio de Janeiro, sem ter direito a garantias constitucionais. Na comissão, o ministro disse ainda que observa uma nacionalização das grandes quadrilhas do Sudeste.

“Comando Vermelho, Terceiro Comando e sobretudo o PCC estão no país inteiro. Hoje, temos quadrilhas começando a disputar posições de controle no Paraguai e na Bolívia, é o caso do PCC”, afirmou.

 

Ministro da Defesa inaugura centro que vai produzir caças Gripen NG

Evento aconteceu nesta terça-feira (22), na Embraer de Gavião Peixoto. Local fará montagem e teste final de voo de 36 aeronaves de 2019 a 2024.

ImagemO ministro da Defesa, Raul Jungmann, e o comandante da Força Aérea Brasileira (FAB), brigadeiro Nivaldo Rossato, estiveram em Gavião Peixoto (SP) nesta terça-feira (22) para inaugurar o Centro de Projetos para o desenvolvimento de caças do tipo Gripen NG no Brasil. No ano passado, Brasil e a Suécia chegaram a um acordo para a compra de 36 aviões da empresa sueca Saab.

O ministro e o comandante chegaram à Embraer por volta das 16h. Eles e outras autoridades lançaram oficialmente o centro que, de 2019 a 2024, deve fazer a montagem e o teste final de voo das 36 aeronaves.

“É o atestado do acerto dessa parceria, da escolha desse avião e do que ainda vai vir, dos produtos que virão dessa parceria e sobretudo a transferência do desenvolvimento de tecnologia, que é fundamental para o Brasil, para nossa defesa e evidentemente para os interesses nacionais”, afirmou Jungmann.

Durante a visita foi apresentado o protótipo do caça. No projeto estão envolvidas 350 pessoas, como engenheiros, técnicos e pilotos. Pelo menos 100 delas foram pra Suécia fazer cursos de aperfeiçoamento e treinamentos.

“O desenvolvimento desse avião gera diretamente empregos de altíssima performance e capacidade de formação pelo menos de 2 mil a 3 mil empregos”, disse o ministro.

Caças
O Brasil e a Suécia chegaram a um acordo para a assinatura do contrato financeiro que garantirá a compra de 36 aviões de caça Gripen NG da empresa sueca Saab, segundo informou o Ministério da Defesa.

Em 2013, depois de 15 anos de negociações, o governo brasileiro anunciou a compra dos caças, que farão parte da frota da Força Aérea Brasileira (FAB). A primeira aeronave deverá ser entregue em 2019 e, a última, em 2024. (conheça a aeronave no vídeo abaixo). A venda dos aviões militares Gripen de nova geração foi acordada com a Saab por US$ 5,4 bilhões.

O contrato do chamado projeto Gripen NG envolve, além dos caças, o treinamento de pilotos e mecânicos brasileiros na Suécia, apoio logístico e a transferência de tecnologia para indústrias brasileiras, segundo o Ministério da Defesa.

As 36 aeronaves serão usadas para defesa aérea, policiamento do espaço aéreo e ataque e reconhecimento. A primeira unidade aérea a receber o novo modelo deverá ser o 1° Grupo de Defesa Aérea, com sede em Anápolis (GO), segundo informou a Força Aérea Brasileira (FAB) na época em que a compra foi anunciada.

 

 

 

 

 

 

 

  

AGÊNCIA CÂMARA


Comandante do Exército reconhece que militares terão que contribuir para reforma da Previdência


O comandante do Exército, Eduardo Villas Bôas, disse aos deputados da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional que os militares sabem que terão que contribuir na futura reforma da Previdência. Mas destacou que é preciso trabalhar com as especificidades das Forças Armadas. O comandante participa neste momento de audiência pública do colegiado.

Segundo Villas Bôas, os militares atuam como tripulação de navios por vários meses, distribuem água no interior do Nordeste e lidam com outras situações que não respeitam as jornadas de trabalho dos servidores civis. Ele citou ainda a atuação dos militares nos Jogos Olímpicos do Rio onde um soldado ganhava R$ 30 por dia e um membro da Força Nacional, R$ 550.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou que a reforma previdenciária no âmbito das Forças Armadas só deve ser discutida após a dos servidores civis e do INSS.

Previsibilidade de Recursos

Em relação ao Orçamento, Villas Bôas explicou que, mais importante que o montante dos recursos é a previsibilidade. Segundo ele, com os cortes orçamentários, o Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras (Sisfron) só deverá ficar pronto em 2035, quando a tecnologia usada já estará obsoleta. No caso do submarino nuclear, o ministro Raul Jungmann, disse que a previsão de término já passou de 2023 para 2027.

A deputada Jô Moraes (PCdoB-MG) questionou o ministro sobre o que ela considera uma incompatibilidade entre a PEC 55 (Teto de Gastos) com a necessidade de investimentos no setor. Ela também cobrou uma posição do ministro sobre o projeto (PL 4059/12) que trata da liberação da compra de terras no Brasil por estrangeiros. Jungmann disse que pessoalmente é contrário, mas afirmou que este assunto não está na esfera da sua pasta.

 

Ministro da Defesa pede que recursos para a pasta sejam assegurados no Orçamento


O ministro da Defesa, Raul Jungmann, pediu aos deputados da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional que atuem para que os 12 principais projetos da pasta tenham recursos assegurados no Orçamento. São submarinos, caças, blindados e outros projetos que têm custo total estimado de R$ 122 bilhões. Já foram gastos até agora, ao longo dos últimos anos, apenas R$ 27 bilhões.

O projeto mais caro é a modernização tecnológica do blindado guarani com custo de R$ 20,8 bilhões. Foram gastos apenas R$ 400 milhões até hoje. O Orçamento anual total do ministério é de R$ 90,8 bilhões.

Jungmann explicou que o País tem hoje uma sensação de que não será atingido por nenhum perigo externo. No entanto, afirmou, isso pode mudar, principalmente na área do Atlântico onde estão as reservas petrolíferas. “A manutenção da nossa soberania depende de nossa capacidade de Defesa”, disse.

Entre as ameaças presentes, ele citou: dependência tecnológica, escassez de recursos naturais, terrorismo, segurança pública em alguns estados, hostilidades contra cidadãos no exterior, insuficiente capacidade operacional das Forças Armadas, sistemas de informação críticos, catástrofes naturais e pandemias, instabilidades políticas na América do Sul e a militarização do Atlântico Sul.

Em relação à América do Sul, Jungmann disse que os casos de Aids e malária na fronteira amazônica estão aumentando por causa da crise na Venezuela.

Documentos

Jungmann disse que já foram enviadas ao Congresso as atualizações dos três documentos que orientam a Defesa: a Política Nacional de Defesa (o que fazer), o Livro Branco de Defesa Nacional (programas), Estratégia Nacional de Defesa (como fazer).

Segundo ele, os principais conceitos do setor são defesa, desenvolvimento, diplomacia e democracia. A estratégia é baseada na dissuasão de eventuais ameaças e na cooperação. Jungmann ainda afirmou que a linha de atuação da Defesa brasileira é o smart power, que seria uma combinação do hard power (força bruta) com o soft power (inteligência). Como setores estratégicos da Defesa, o ministro citou o espacial, o cibernético e o nuclear.

Jungmann anunciou que na semana que vem ele vai até à França receber um satélite brasileiro que será destinado para uso militar (30%) e para banda larga. O satélite será lançado em março de 2017 na Guiana Francesa.

 

JORNAL DIÁRIO DE CANOAS


FAB oferece curso gratuito de auxiliar em saúde bucal

Com aulas teóricas e estágio prático, o curso iniciará em março de 2017 e terá duração de seis meses.

O Hospital de Aeronáutica de Canoas está com inscrições abertas para um curso profissionalizante gratuito de Auxiliar em Saúde Bucal (ASB). O jovem se capacitará para poder auxiliar em diversas atividades de um consultório odontológico. Com aulas teóricas e estágio prático, o curso iniciará em março de 2017 e terá duração de seis meses.

São apenas 12 vagas, mas a previsão é que nos próximos anos mais turmas sejam formadas. Para se candidatar, é necessário ser brasileiro, civil, ter 18 anos ou mais, ter concluído o ensino médio e apresentar a documentação solicitada.

As inscrições serão presenciais até 2 de dezembro, no Hospital de Aeronáutica Canoas, na Avenida Guilherme Schell, 3.950, próximo à estação Fátima do Trensurb, dentro do 5º Comar, das 7 às 17 horas. Informações completas no edital (clique aqui).

Saiba mais

As inscrições são gratuitas e os candidatos (ambos sexos) devem ter mais de 18 anos e ter concluído o ensino médio.

Para se inscrever é preciso levar carteira de identidade, formulário de inscrição preenchido, cópia do comprovante de ensino médio completo, curriculum vitae, com cópia dos documentos e certificados dos cursos realizados, três fotografias (3x4)

A seleção será composta por análise de currículo e entrevista. O resultado será divulgado no dia 20 de dezembro. Mais informações pelo site www.haco.aer.mil.br

 

PORTAL BRASIL


Centro de projetos dos caças Gripen é inaugurado em São Paulo

Novo prédio fica no complexo industrial da Embraer, interior de São Paulo, e abrigará os equipamentos de testes para o desenvolvimento do Gripen

A Força Aérea Brasileira (FAB) e as empresas Saab e Embraer inauguram, nesta terça-feira (22), o Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (GDDN, do inglês Gripen Design Development Network), em Gavião Peixoto (SP).

O GDDN é o ponto de partida no processo de transferência de tecnologia entre Brasil e Suécia do projeto Gripen NG. O centro é o primeiro dos 60 projetos de offset (compensações de natureza industrial, tecnológica ou comercial), avaliados em US$ 9 bilhões.

“É o principal projeto em termos de compensação comercial. É por meio desta base [o GDDN] que vamos garantir o desenvolvimento conjunto do Gripen NG com os suecos”, analisa o Coronel Júlio César Cardoso Tavares, gerente do projeto F-X2 da Comissão Coordenadora do Programa Aeronave de Combate (Copac).

O novo prédio fica no complexo industrial da Embraer, no interior de São Paulo, onde também é produzido o cargueiro KC-390. Com quase 4mil m² de área construída, o espaço abrigará os equipamentos de testes para o desenvolvimento do Gripen, entre eles o simulador de voo que verifica a funcionalidade dos sistemas. “Todos os testes realizados na Suécia também serão reproduzidos aqui”, explica o Coronel Tavares. “Parte dos ensaios de voos para certificação da aeronave serão feitos no Brasil”.

O Brasil vai investir US$ 5 bilhões na aquisição das novas aeronaves de alto desempenho. De acordo com a Copac, o projeto pode ser considerado um mecanismo facilitador para que o País avance nesta área tecnológica. “Esse projeto vai permitir que o Brasil tenha autonomia para construir aviões de caça no futuro. É uma facilitação no esforço do País para desenvolver caças de alta performance”, afirma Coronel Tavares.

Quando estiver em pleno funcionamento, o GDDN deve abrigar cerca de 300 engenheiros e técnicos dedicados à nova aeronave de caça do Brasil, cujas 36 unidades devem ser entregues em cinco anos a partir de 2019. Do total, 23 serão produzidos pela Embraer, sendo 15 totalmente fabricados no Brasil.

Histórico

O processo de transferência de tecnologia teve início há um ano, com a ida de mais de 100 engenheiros brasileiros para a Suécia. Até 2024, 350 profissionais participarão de cursos e treinamentos on-the-job no centro de pesquisa nórdico. Neste mês, 20 profissionais do primeiro grupo enviado retornaram. Eles trabalharão no novo centro, onde também atuarão 12 engenheiros da Saab.

Fonte: FAB

 

PORTAL VEJA.COM


Brasil dá primeiro passo para, enfim, ter caças suecos

Saab, Embraer e governo inauguram em Gavião Peixoto (SP) o centro de desenvolvimento onde serão montadas as aeronaves Gripen, destinadas à Aeronáutica

Vinícius Pereira |

A Embraer e a sueca Saab inauguraram nesta terça-feira o que pode ser considerado o primeiro passo no plano de renovação dos caças brasileiros com os modelos suecos Gripen.

O Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (Gripen Design Development Network – GDDN), localizado em Gavião Peixoto (SP), será o centro de desenvolvimento tecnológico do Gripen no Brasil para a Saab, fabricante sueca do modelo, e a Embraer.

O local no interior paulista abrigará a produção do caça e os ensaios de voo das aeronaves. Ao todo, quinze das 36 aeronaves serão montadas no Brasil e entregues entre 2019 e 2024.

Segundo a Saab, a entrega do centro estava dentro do cronograma da empresa. “O GDDN é o maior projeto que já fizemos para transferência de tecnologia. Ele será onde a inteligência e a tecnologia da aeronave serão desenvolvidos juntos”, disse Hakan Buskhe, presidente da Saab.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, foi o representante do governo na inauguração. “Isso se tornará algo com certeza compartilhado entre Brasil e Suécia. Essa é uma enorme possibilidade e uma grande conquista”, afirmou Jungmann.

O centro de Gavião Peixoto também deverá funcionar como local de estudos e transferência da tecnologia nórdica para o país, onde cerca de 350 funcionários da Embraer e do Saab devem trabalhar.

De acordo com a Saab, 100 engenheiros brasileiros já estão na Suécia para um intercâmbio de tecnologia. Outros 250 devem ir até o final do projeto.

Projeto polêmico

Anunciado em dezembro de 2013, o contrato comercial com a Saab inclui a compra das aeronaves de combate, suporte logístico e aquisição de armamentos necessários à operação dos aparelhos. O contrato assinado prevê a transferência de tecnologia entre os dois países, o que possibilitará ao Brasil, segundo o Ministério da Defesa, deixar de ser comprador para se tornar fornecedor de aeronaves de combate de última geração.

Polêmicas, idas e vindas marcaram a escolha da fabricante. Os suecos concorreram com os americanos da Boeing e os franceses da Dassault, que chegaram a ser anunciados como vencedores pelo ex-presidente Lula, o que acabou não se confirmando.

As estruturas dos caças serão montadas em uma planta em São Bernardo do Campo, berço político do ex-presidente Lula. A compra dos caças tornou-se alvo de investigações do Ministério Público Federal.

Os aviões suecos foram escolhidos pela Aeronáutica e pelo governo Dilma. O negócio estimado na época foi de 5,4 bilhões de dólares por 36 unidades do caça.

Investigação

O ministro da Defesa, porém, afirmou desconhecer as investigações do MPF sobre o negócio envolvendo o governo brasileiro e a empresa sueca. “Eu não tenho a informação de que há uma investigação. Mas se há, que todos sejam investigados e, se provado, punidos”, declarou Jungmann.

 

PORTAL DEFESANET


KC-390 - Entrevista com Paulo Gastão Silva, Diretor do Programa

O diretor do Programa KC-390 detalha à DefesaNet os avanços e atual estágio alcançado no programa de testes. Informou que a 1ª aeronave para a FAB já tem as suas peças em produção.

Após a apresentação da aeronave cargueira multimissão KC-390 no Farnborough International Airshow, em julho, seguida por um Demo Tour em países parceiros e potenciais clientes, DefesaNet entrevista o Diretor do Programa pela EMBRAER Defesa & Segurança, Paulo Gastão da Silva.

O atual estágio do Programa KC-390 e os resultados da campanha de testes são comentados. Leia a íntegra da entrevista.

DefesaNet: Como foi o Demo Tour que incluiu participação no Farnborough International Airshow (julho 2016) ?

Paulo Gastão: Tivemos 100% de disponibilidade do avião. No total, foram 48h de voo completando mais de 30 mil quilômetros voados (apenas em voos de deslocamento), em 23 dias. Isso tudo sem nenhum problema. Em Farnborough, o KC-390 atraiu muita atenção. Muitas delegações oficiais, potenciais operadores no futuro, nos visitaram e conheceram o avião. O retorno que tivemos sempre foi muito positivo. Nas avaliações, a mesma coisa: o pessoal que voa o avião sai muito satisfeito. Já passamos de 650h (Novembro 2016), em voo acumuladas com os dois protótipos. Adquirimos uma grande confiança. Estamos com um dos protótipos fazendo os ensaios de “Flutter” (vibração) e, na sequência, teremos os ensaios de alta velocidade – aquelas atividades que vão além da velocidade máxima normal de operação.
Cobrimos integralmente o envelope de voo do avião, as configurações, as margens de estol, funcionamento de trem de pouso, corte e reacendimento de motor, da APU. Em junho, fizemos uma grande campanha de lançamentos, tanto de paraquedistas quanto de carga, em Campo Grande, MS. A campanha, junto com a Força Aérea e o Exército, foi muito boa e estamos recebendo deles um apoio espetacular. Com tudo isso, alcançamos excelentes resultados.

DefesaNet: As capacidades de cargas estimadas permanecem ou foram alteradas?

Paulo Gastão: A especificação está mantida. Os limites de cargas continuam os mesmos: 26 toneladas, carga máxima, concentrada e 24 distribuída. (Ver Tabela de Dados)

DefesaNet: A aeronave que está em testes estruturais também tem mostrado um bom resultado?

Paulo Gastão: Estamos começando agora e fizemos o primeiro pré-carregamento nos últimos dias. Isso quer dizer que estamos com tudo montado, o sistema de atuação para a aplicação de cargas, toda a instrumentação, os milhares de parâmetros, que temos para o ensaio estão sendo registrados. Começamos a fazer alguns carregamentos ainda de valor mais baixo para verificar o funcionamento disso tudo e fazer ajustes. São alguns ciclos de pré-carregamento e de testes neste início. Na sequência, estaremos rodando os ensaios completos da estrutura.

DefesaNet: Há 2 aeronaves voando, mais esse avião estrutural e tem mais 2 outros sendo produzido. É isso?

Paulo Gastão: São 2 protótipos de voos e 2 que são chamados de corpos de prova (ensaios estruturais): um para ensaios estáticos, que já está no hangar, e o segundo que é para o ensaio de fadiga. Este está sendo produzido e vai entrar no mesmo hangar quando o teste estático terminar. Ainda não é possível vê-lo em Gavião Peixoto, porque não está neste estágio de montagem, mas já começamos a produção do número de série 003, que é o primeiro avião de série da FAB.

DefesaNet: Há previsão de quando ele entra na linha de montagem?

Paulo Gastão: Dentro de aproximadamente um ano. Não tenho exatamente a data, mas ele sairá da linha de produção no início de 2018.

DefesaNet: As aeronaves foram testadas em todo o envelope e agora estão testando em velocidade. Como foi o desempenho durante o voo, o consumo, a performance, isso tudo está sendo confirmado nos testes?

Paulo Gastão: Até aqui, sim. Tudo o que fizemos tem confirmado os nossos modelos. Ainda há, naturalmente, muita coisa para fazer. Agora, estamos começando os voos usados para a certificação. Nós temos todos os processos de certificação de todos os sistemas para serem realizados.

DefesaNet: Já começou o processo de certificação ou estão preparando os voos para essa etapa?

Paulo Gastão: O processo de certificação começa lá atrás. Estamos falando dos ensaios em voo, mas há muitas etapas dos processos de certificação realizadas. As autoridades certificadoras - no nosso caso são duas: a ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), certificando o avião básico, e o IFI (Instituto de Fomento e Coordenação Industrial – FAB), a partir do trabalho da ANAC, complementando para tudo que é militar - sistemas e operações militares - e dando a certificação final. Esses dois processos de certificação estão em andamento há bastante tempo.

Começamos a fazer as demonstrações em voo e, daqui para frente, teremos uma concentração forte para a certificação. É uma mistura de voos de desenvolvimento e de certificação, pois o voo de desenvolvimento é válido para a certificação, porque olhamos a campanha como um todo. Faz-se uma aproximação progressiva para as coisas e vamos amadurecendo. Algumas etapas dependem da autoridade certificadora voar o avião. Outras não. Esse conjunto todo é que representa a campanha. No final, a campanha, que tem 2 mil horas de voos de ensaio, tem o desenvolvimento e a certificação de modo integrado.

DefesaNet: A EMBRAER fez uma decisão arrojada em conceber os sistemas de controle de voo, os painéis da cabine do KC-390 são de primeiríssima geração. Como tem sido a integração e performance do Fly by Wire na aeronave, com os demais sistemas, que inclui vários processos bastante sofisticados na aeronave?

Paulo Gastão: A integração está excelente. Esta é uma das maiores satisfações que estamos tendo, porque tomamos uma decisão arrojada: no KC-390, foi a primeira vez que fizemos toda a integração dos comandos de voo com o nosso time na EMBRAER. Escrevemos o software de comandos de voo e foi uma decisão acertada. Temos uma agilidade muito grande para fazer qualquer ajuste, na configuração do sistema para a campanha de ensaios, pois às vezes precisamos reconfigurar a aeronave de um voo para outro, e os resultados são excelentes. Todos que pilotam o avião saem encantados. Está tudo se comportando como prevíamos, como simulamos. Está muito bom de voar.

DefesaNet: Como o piloto sente a aeronave? Quais são as principais características de performance em voo para o piloto?

Paulo Gastão: A grande vantagem no KC-390 é permitir que a tripulação se concentre na missão. Ela não deve ter uma carga de trabalho excessiva ou uma necessidade de atenção extrema em voar a plataforma, em ficar controlando os seus limites. A tripulação precisa se concentrar na missão, que é a função básica do avião. Então, tudo que fazemos é para que a tripulação possa voar de modo a tirar do avião tudo o que ele pode dar.

O sistema faz automaticamente as proteções de envelope. São facilidades para que a tripulação tire da máquina tudo que ela é capaz de oferecer. Neste ponto de vista, ele é um avião fácil de voar como se fosse um avião comercial ou um jato executivo, de última geração. Havíamos terminado recentemente os Legacy 500 e 450, que também são aviões fáceis de voar. Do ponto de vista do voo, da plataforma básica, é uma coisa bem semelhante, tem mais ou menos a mesma filosofia de otimizar a operação do avião e facilitar a vida da tripulação.

Quando você vai para os aspectos de missão, para o emprego operacional do avião, aí você usa toda essa capacidade para cumprir da melhor maneira a missão. Pode-se adaptar a resposta do avião às necessidades de cada missão. Com esse aspecto da proteção do envelope, o piloto pode, sempre nos limites, tirar o máximo da aeronave sem a preocupação de exceder um limite de fator de carga, um limite de velocidade ou de “estolar” a aeronave. O sistema garante que isso não aconteça na operação normal da aeronave, de modo que o piloto consiga se concentrar na missão.

Sobre qualidade de voo, fizemos testes em ambientes bastante desafiadores como calor e perfil de voo de baixa altitude. Os pilotos testaram os limites do avião e o avião se comportou extremamente bem. Recentemente, houve o sobrevoo, na Esplanada dos Ministérios, em Brasília, na comemoração do dia da Independência. As próprias aeronaves da FAB que acompanharam o KC-390, os caças (F-5EM), se posicionaram na posição de pré-contato para o reabastecimento. Não aconteceu nenhum problema para voar ali, nenhuma interferência da aerodinâmica, nada. Foi excelente.

Para a frente, vamos continuar os ensaios, com foco crescente na certificação. Faremos daqui a pouco uma campanha fora do Brasil, de demonstração de vento cruzado. O ano que vem devemos levar o avião para os Estados Unidos, para as campanhas de gelo natural, em voo, e na câmara climática em Eglin (Flórida). São ensaios que sempre fazemos lá. Além disso, se der tudo certo, estaremos com o avião em Le Bourget, em junho de 2017. Naturalmente, devemos visitar mais alguns clientes potenciais, aproveitando que o avião está em campanha de ensaios.

DefesaNet: Vocês já fizeram testes em ambiente quente, gelo programado para o ano que vem. E pousos e decolagem em grandes altitudes?


Paulo Gastão: Está mais para a frente, costumamos fazer isso em cidades como La Paz, ou outras com características parecidas. Acho que esse ensaio ocorrerá só em 2018.

DefesaNet: A decisão de levar o KC-390 a Farnborough foi um desafio. Como tudo no projeto tem sido. Qual a sua impressão, como Diretor do Programa, de como o KC-390 foi percebido, tanto pela mídia, como concorrência?

Paulo Gastão: Não costumamos conversar com a concorrência, mas fazemos avaliações. A mídia respondeu muito bem, muitos jornalistas na coletiva de imprensa. Dos clientes, recebemos mais de 20 delegações. A concorrência é de peso, por isso fazemos avaliações e dá para perceber que a competição vai ficar mais dura. Quando você acompanha a reação da concorrência, a conclusão é que ela entendeu que é pra valer, que não vai ser fácil para ninguém. Isso nos faz lembrar que também não vai ser fácil para nós.

DefesaNet: Como está a organização industrial do KC-390? E como isto está sendo viabilizado? Já estão em produção as partes iniciais do primeiro avião de série, o KC-390 003. Como está esta relação com a Argentina, República Tcheca e Portugal?

Paulo Gastão: Está indo muito bem. Todos estão fazendo a sua parte corretamente, as coisas estão chegando, estão montando. Esse começo é difícil para todos. Para nós e para eles há muitos ajustes. A transição do avião protótipo para avião em série requer alguns ajustes, mas tudo está acontecendo dentro do processo normal.

DefesaNet: Estão sendo mantidos os prazos de entrega?

Paulo Gastão: Sim. Essa fase é sempre bastante agitada porque nós temos que sair do zero e colocar uma linha para rodar. Atrasamos um pouco devido a alguns problemas com o orçamento. O começo é mais sofrido, porque tem todos os ajustes de processo para serem feitos. Mas nada que não seja normal para esta fase, que nós não estivéssemos prevendo e nos preparando para absorver.

DefesaNet: Poderia se dizer que a EMBRAER continua procurando nichos de mercado civil para atuar?

Paulo Gastão: Não é que nós continuamos procurando, vamos colocar de outra forma. Sempre me perguntam: vai ter uma versão civil do KC-390? A possibilidade existe e foi contemplada nos nossos estudos desde o início. Hoje, no estágio que o programa está, estamos naturalmente explorando melhor essas oportunidades. Atualmente acredito com muito mais força que nós vamos ter uma versão civil do KC-390 e que esta versão vai atender a uma necessidade clara do mercado pelas próximas décadas. É fácil? Está pronto? Não. Tem muito trabalho para fazer e temos uma concorrência forte.

DefesaNet: E o acordo com a Boeing? Como está a questão comercial e de projeto?

Paulo Gastão: O acordo que temos em vigor com a Boeing contempla o seguinte aspecto: trabalhamos juntos na busca de oportunidades e a Boeing entra no suporte pós-vendas do KC-390. Além disso, temos mantido uma troca de informações técnicas que foi importante na fase de desenvolvimento, na validação de algumas de nossas soluções. Nós iniciamos e continuamos um trabalho integrado de análise de mercado e de identificação de oportunidades, mas o principal é no suporte pós-vendas do KC-390.

DefesaNet: Para finalizar, solicitamos uma mensagem do Diretor do Programa, que lidera desde o primeiro passo nas diversas opções, até chegar ao atual estágio do KC-390.

Paulo Gastão: Não poderia ser outra mensagem que não seja satisfação e otimismo. Satisfação por estar vendo bons resultados em tudo o que nós estamos fazendo nesses anos e otimismo de que nós temos um excelente avião em mãos e devemos conseguir uma boa inserção no mercado, nos próximos anos. Agora, é colher os frutos que plantamos e ver que tudo o que construímos está valendo a pena. 

 

REVISTA ISTO É DINHEIRO


Jungmann: Gripen tem garantido R$ 1,5 bilhão no Orçamento 2017


O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirmou nesta terça-feira, 22, que não há nenhuma possibilidade de paralisação do projeto de desenvolvimento do caça Gripen por conta das restrições orçamentárias do País e ainda da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que limita o Orçamento dos próximos anos ao dos anos anteriores corrigidos pela inflação. “Temos R$ 1,5 bilhão garantidos para que o projeto continue seguindo seu cronograma, que está indo muito bem. O projeto sob o ponto de vista de financiamento foi muito bem formulado, então não vejo maiores riscos, em que pesem nossas restrições fiscais”, disse. “Não faria sentido nem pensar interromper um projeto como esse”, completou o ministro após a inauguração do Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (Gripen Design Development Network – GDDN), no Complexo Industrial da Embraer, em Gavião Peixoto (SP).

O projeto de US$ 5,4 bilhões envolve o desenvolvimento e a produção de 36 caças da sueca Gripen em parceria com a Embraer, 23 dos quais montados no Brasil, a serem entregues entre 2019 e 2024. Jungmann admitiu que a PEC ainda em tramitação no Congresso, mas com previsão de ser aprovada em dezembro, “cria um teto rígido” para os orçamentos das pastas, mas garantiu: “Eu não perco horas de sono em relação a isso”.

O ministro disse ainda já ter reunido o Conselho Militar da Defesa para tratar das restrições orçamentárias e que “já estamos trabalhando com essa nova realidade. Vamos nos readequar e, sobretudo, encontrar maneiras, com criatividade e ousadia, para manter os projetos”. “No caso do Gripen, antecipo que não vai ter problemas de descontinuidade.”

Jungmann admitiu, no entanto, que ainda faltam R$ 200 milhões no Orçamento de 2017 para o projeto KC-390, um cargueiro militar desenvolvido pela Embraer para a Força Aérea Brasileira (FAB) cuja primeira unidade deve ser entregue em 2018.

Saab

O vice-presidente sênior da Área de Negócios de Aeronáutica da Saab, Ulf Nilsson, e o presidente da Embraer Defesa & Segurança, Jackson Schneider, avaliaram nesta terça que as restrições orçamentárias do governo brasileiro não devem impactar no desenvolvimento do projeto do Gripen, caça que será fornecido à FAB, em um contrato de US$ 5,4 bilhões para 36 aeronaves militares. “Os projetos não devem ser prejudicados pelos cortes, já que a entrega será entre 2019 e 2024 e muita coisa vai mudar. E também temos uma solução financeira forte do banco sueco que vai sustentar todo o programa”, garantiu Nilsson. “A Embraer tem relação contratual com Saab e a Saab com o governo brasileiro”, emendou Schneider.

 

PORTAL AIRWAY


Bolívia tem interesse no Super Tucano

País procura nova aeronave para combater ações ilegais nas fronteiras

Thiago Vinholes |

Os ministros da defesa do Brasil e da Bolívia, Raul Jungmann e Reymi Luis Ferreira Justiniano, respectivamente, se encontraram na última quinta-feira (17) para discutir cooperações entre os dois países. A reunião foi realizada no Ministério da Defesa, em Brasília (DF).

Além do interesse em acordos comerciais com o Brasil, o ministro boliviano afirmou que o país tem interesse na compra de aviões Embraer A-29 Super Tucano, para o combate de ações ilícitas na fronteira. A quantidade de aeronaves necessárias não foi especificada – o preço de cada Super Tucano varia de US$ 10 milhões a US$ 15 milhões.

Em nota oficial do Ministério da Defesa, Jungmann afirmou que parcerias são “muito bem vindas” e que elas reforçam o compromisso do Brasil e da Bolívia no combate aos crimes que acontecem entre as fronteiras.

“A Bolívia é um país irmão com que temos uma excelente relação. A cooperação é importante para a segurança das fronteiras”, disse o ministro brasileiro.

Jungmann convidou Reymi para conhecer instalações da Embraer, em Gavião Peixoto (SP), onde são produzidos o Super Tucano, o cargueiro KC-390 e futuramente a versão nacional do caça Gripen NG.

Super Tucano pelo mundo

Além da Força Aérea Brasileira (FAB), maior cliente do Super Tucano, o modelo de combate da Embraer também está em serviço atualmente em outros 14 países. Grande parte dos operadores do avião brasileiro são forças aéreas da África, onde opera com Angola, Burkina Faso, Gana, Mali, Mauritânia e Senegal.

Na América do Sul, a aeronave é figura importante nas forças armadas do Chile e Colômbia, e também foi exportada para a América Central, compradas por Honduras e República Dominicana. Outros clientes do A-29 são Líbano e Indonésia.

O Afeganistão, um dos mais recentes operadores do avião brasileiro, vem utilizando a aeronave brasileira no combate contra posições insurgentes. Os Super Tucanos da aviação afegã foram montados nos Estados Unidos pela Sierra Nevada Corporation (SNC), fabricante parceira da Embraer.

 

OUTRAS MÍDIAS


UOL BRASIL ESCOLA


ITA divulga locais de prova do Exame de Escolaridade do Vestibular 2017

 Seleção será realizada entre 13 e 16 de novembro, a partir das 8h.

 Lorraine Vilela Campos

O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) liberou o endereço dos locais do Exame de Escolaridade do Vestibular 2017 nesta terça-feira, 22 de novembro. As provas serão aplicadas entre 13 e 16 de novembro, a partir das 8h. 

Confira seu local de prova

A expectativa é de que 12.484 inscritos participem do Exame de Escolaridade do ITA. Os egressos de escolas públicas representam 61%. Os concorrentes precisam chegar aos locais com antecedência mínima de uma hora.

É preciso levar documento de identificação original com foto, cartão de inscrição impresso e caneta esferográfica de tinta preta (fabricada em material transparente). Lápis, lapiseira, borracha macia e régua transparente serão permitidos, mas não são obrigatórios. A seleção sempre começará às 8h e terminará às 12h (horário de Brasília).

As provas serão aplicadas em Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Campo Grande, Cuiabá, Curitiba, Fortaleza, Goiânia, Juiz de Fora, Londrina, Manaus, Natal, Porto Alegre, Recife, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, São José dos Campos, São José do Rio Preto, Salvador, São Paulo, Teresina e Vitória.

Seleção

As provas do Exame de Escolaridade serão compostas por questões objetivas e dissertativas, o que muda a cada dia é a disciplina abordada. Apenas Português e Inglês não trazem perguntas discursivas.

O primeiro dia será composto pela prova de Física, enquanto o segundo terá perguntas de Português, Inglês e uma Redação. O terceiro será constituído do conteúdo de Matemática e o último abordará Química.

Resultado

Os candidatos aprovados no Exame de Escolaridade serão conhecidos em 30 de dezembro. Eles precisarão comparecer ao ITA em 15 de janeiro, às 10h, para a Inspeção de Saúde.

O ITA oferece 110 vagas para as modalidades de Engenharia Aeroespacial, Aeronáutica, Civil-Aeronáutica, de Computação, Eletrônica e Mecânica-Aeronáutica, sendo 25 para a carreira militar.

Das modalidades de Engenharia escolhidas na primeira opção, as mais disputadas são Aeronáutica (24%), Aeroespacial (21%) e Mecânica-Aeronáutica (19%).

Mais informações no Edital ou pelo telefone (12) 3947- 5813 ou e-mail [email protected].

 

CORREIO DO ESTADO (MS)


Aeronave da FAB colide com pássaro e faz pouso de emergência

Quatro aviões realizavam treinamento de rotina

Valquiria Oriqui e Mariane Chianezi

Aeronave da Força Aérea Brasileia (FAB) de Campo Grande, modelo Super Tucano A-29, colidiu com um pássaro na tarde de hoje, por volta das 16h, e teve que fazer pouso de emergência no Aeroporto Internacional da Capital.

Conforme informações repassadas pela assessoria de comunicação da Base Aérea, quatro aviões realizavam treinamento rotineiro quando um deles foi atingido pelo pássaro.

A aterrissagem foi feita com segurança, porém, o alerta de pista - procedimento obrigatório em casos como este - foi acionado. Equipe do Corpo de Bombeiros esteve no local por questão de segurança, mas não foi preciso atendimento ao piloto, que passa bem.

Os aviões eram ocupados por um piloto cada. Após o incidente, a aeronave foi taxiada até o pátio da Base Aérea e passará por inspeção. As demais aeronaves pousaram em seguida, já que costumam sempre voar em grupo.

Conforme informações da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), os voos 1490, da Gol; e 3592 e 6013, ambos da Latam, sofreram atraso. O primeiro já aterrissou e os outros dois, que deveriam chegar às 17h07, ainda estão em rota. Para partida, o voo 3611, da Latam, previsto para sair às 17h37, está atrasado.

 

PORTAL MIDIAMAX (MS)


Avião que fez pouso de emergência realizava treinamento quando atingiu pássaro

O pouso aconteceu em segurança

Geisy Garnes e Ana Paula Chuva

O avião Tucano A-29, que teve de fazer um pouso de emergência na tarde desta terça-feira (22), depois de atingir um pássaro, trealizava um treinamento da Base Aérea de Campo Grande. Segundo a assessoria de imprensa, a situação é normal e todos os procedimentos realizados na pista são para garantir a segurança dos envolvidos.

A aeronave, conhecida como ‘Super Tucano’, sobrevoava a região do aeroporto quando atingiu uma ave e foi forçada há fazer o pouco. Outros três aviões participavam do treinamento e também precisaram descer.

Até que aeronave com problemas fizesse o pouso com segurança, os outros pilotos continuaram a sobrevoar a região. Ainda conforme a assessoria, equipe da Base Aérea e da Infraero participaram da ação, assim como o Corpo de Bombeiros, para garantir a segurança no local.

No ‘Tucano’ estava apenas o piloto. O avião pousou em segurança e ainda segundo a assessoria, a situação é corriqueira e ninguém ficou ferido. No momento, as quatro aeronaves já pousaram e foram levadas para o Hangar da Base Aérea Militar de Campo Grande.