NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


REDE GLOBO


Como trabalham os Controladores de Voo?

Sábado foi comemorado o Dia do Controlador de Voo. Equipe de reportagem acompanha ação dos profissionais que fazem a segurança dos voos no país.

Letícia De Oliveira | Publicada em 22/10/2018 07:24

AGÊNCIA BRASIL


Força-tarefa não vai reprimir movimentos sociais, diz Jungmann

“Não há a menor possibilidade de repressão a movimentos sociais

Alex Rodrigues | Publicada em 22/10/2018 14:13

O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, disse hoje (22) não haver riscos de a Força-tarefa de Inteligência, criada para enfrentar o crime organizado, ser usada para monitorar e reprimir manifestações sociais.

“Não há a menor possibilidade de repressão a movimentos sociais. Isto é pura paranoia”, disse o ministro a jornalistas, durante um intervalo da segunda reunião ordinária do Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, que aprovou o Plano Nacional de Segurança Pública.

Publicado no último dia 15, o Decreto presidencial nº 9.527 cria uma força-tarefa de inteligência composta por representantes de onze órgãos federais, incluindo os centros de inteligência das três Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica).


Coordenado pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o grupo vai “analisar e compartilhar dados e produzir relatórios de inteligência com vistas a subsidiar a elaboração de políticas públicas e a ação governamental no enfrentamento a organizações criminosas que afrontam o Estado brasileiro e as suas instituições”.

Caberá ao GSI elaborar, posteriormente à criação do grupo, a chamada “norma-geral de ação” da força-tarefa, regulando o “desenvolvimento de ações e de rotinas de trabalho, em consonância com a Política Nacional de Inteligência, com a Estratégia Nacional de Inteligência e com a legislação em vigor”.

Ameaça a manifestações

Publicada no Diário Oficial da União sem destaque, a iniciativa começou a ser discutida nos dias subsequentes, sendo criticada por setores que veem no “teor genérico” do texto uma ameaça de punição a manifestações políticas individuais ou coletivas, movimentos sociais, sindicais, religiosos ou de classe.

Para Jungmann, no entanto, o texto do decreto presidencial é claro. “Trata-se da criação de um grupo intersetorial para investigar e combater as facções criminosas, que já são mais de 70 […]. Nossa grande preocupação é combater o crime organizado, sobretudo as facções de base prisional, que são, hoje, a maior ameaça ao Brasil”, disse o ministro, acrescentando que o Ministério da Segurança Pública participa do grupo e está “aberto a discutir qualquer ajuste que possa vir a ser feito”.

AGÊNCIA CÂMARA


Primeiro voo de Santos Dumont completa hoje 112 anos

A Música do Dia é um samba que não existiria se não existisse o avião

Rádio Câmara | Publicada em 23/10/2018

Alberto Santos Dumont divide com os irmãos Whright os méritos de terem inventado o avião. Ele projetou, construiu e voou os primeiros dirigíveis a gasolina. Santos Dumont também foi o primeiro a decolar num avião impulsionado por um motor a gasolina, nas primeiras exibições públicas de um veículo levantando voo por seus próprios meios.

A Música do Dia é "Samba do Avião", de Tom Jobim.

Produção e apresentação - Luiz Cláudio Canuto
Direção de Núcleo - Mônica Montenegro

RÁDIOAGÊNCIA NACIONAL


Governo anuncia plano para reduzir o número de assassinatos nos próximos dois anos


Danyele Soares | Publicada em 22/10/2018 16:16

O Plano Nacional de Segurança Pública, aprovado nesta segunda-feira(22), impõe metas de redução de homicídios em todo o país. As diretrizes valem por uma década e nos primeiros dois anos o compromisso é de reduzir a taxa de assassinatos em 3,5%.
 
O plano faz parte da Política Nacional de Segurança Pública, que é composta por autoridades, instituições e órgãos como policias federal e estaduais, Poder Judiciário, Ministério Público, Forças Armadas e guardas municipais.

 
De acordo com o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, a proposta prevê o trabalho conjunto de todos os entes da federação. Para viabilizar o plano, o governo espera aprovar a medida provisória que transfere recursos das loterias federais para a segurança pública.
 
O plano também prevê iniciativas como formar profissionais de segurança para lidar adequadamente com crimes de violência doméstica e sexual, fortalecer redes de atendimento e acolhimento de mulheres vítimas de violência e fomentar programas de educação para prevenir a violência de gênero.

PORTAL DEFESANET


SERFA 2018 - 8º Simpósio de Sensoriamento Remoto de Aplicações em Defesa

8º Simpósio de Sensoriamento Remoto de Aplicações em Defesa (SERFA 2018) entre 5 e 8 de novembro

Publicada em 22/10/2018 16:50

A Subdivisão de Sensoriamento Remoto do IEAv promoverá o 8º Simpósio de Sensoriamento Remoto de Aplicações em Defesa (SERFA 2018), entre 5 e 8 de novembro próximos. O simpósio será realizado nas dependências do IEAv, tendo o apoio do Grêmio Amarante Administração de Serviços.  O IEAv pertence ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) e fica em São José dos Campos-SP.

Esta 8ª edição do SERFA contará com a participação especial da Comissão Coordenadora de Implantação de Sistemas Espaciais (CCISE) e com o Centro de Operações Espaciais (COPE) e a Divisão de Inteligência (DIVINT), ambos do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), refletindo a abrangência e a importância das tecnologias de Sensoriamento Remoto no âmbito da Defesa Nacional.

O tema central do SERFA 2018 será “Caminhos para consolidar o segmento espacial no âmbito da Defesa”, sendo nossa intenção discutir tópicos do Programa Estratégico de Sistemas Espaciais (PESE) relacionados a novas tecnologias espaciais (ex.: aplicações de micro, nano e pico satélites), e como isto pode contribuir para o desenvolvimento da indústria nacional.

Será uma oportunidade de aproximação da academia, órgãos do governo e empresas que atuam na área de defesa. Este tema está alinhado à Estratégia Nacional de Defesa (END) e às diretrizes e concepções estratégicas do Comando da Aeronáutica (COMAer).

Além do tema central, serão também abordados os seguintes temas:
 

-Sensoriamento Remoto em operações multidomínios (terra, mar, ar, espaço e cyber)
- Caracterização espectral de alvos e de sensores
- Fusão de dados a partir de imagens de sensoriamento remoto
- Aplicações operacionais com imagens SAR, Hiperespectrais e LIDAR
- Processamento de imagens em tempo real com alto desempenho

O SERFA 2018 permanecerá com o formato de sucesso de sua edição anterior, ou seja, a estrutura será composta de painéis, apresentações de estudos de caso com abordagem científica, workshops, fóruns para discussões e networking.

Como novidade para a atual edição, a comissão organizadora promoverá uma competição de Fusão de Dados, objetivando a aproximação do instituto de pesquisa com o meio acadêmico.

Além dos órgãos já citados, o evento desse ano contará ainda com a presença de representante do Comando da Aeronáutica, do Comando de Operações Aeroespaciais, bem como de diversas empresas do ramo aeroespacial.

Especializada em sistemas embarcados, Atech está presente nos principais programas estratégicos de Defesa do Brasil

Empresa brasileira apresentará seus principais projetos durante a Euronaval 2018

Publicada em 22/10/2018 09:45

 A Atech, empresa do Grupo Embraer, especializada no desenvolvimento e integração de soluções para emprego militar, é conhecida como a “Casa de Sistemas” da Base Industrial de Defesa no Brasil.

A expertise acumulada ao longo de sua trajetória a credenciou a participar dos principais Programas Estratégicos do país, desenvolvendo e integrando sistemas em plataformas fixas e móveis, em parcerias com as Forças Armadas, empresas nacionais e estrangeiras.

Entre os Programas Estratégicos de Defesa que contam com a participação da Atech, destaque para o Programa H-XBR (Super Cougar). Para o helicóptero de emprego naval H225M a ser entregue para a Marinha do Brasil, a Atech está envolvida no desenvolvimento do N-TDMS (Sistema Tático para Gerenciamento de Dados para Emprego Naval), em parceria com a Airbus Defesa.

O N-TDMS permite que o comandante da aeronave defina e avalie, a partir do cockpit, situações tático-operacionais em coordenação com um operador posicionado no console tático instalado na cabine do helicóptero, autorizando, por exemplo, o lançamento do míssil AM39 nas melhores condições de disparo.

O projeto dos consoles táticos utilizados pelo operador (Tactical Coordinating Officer) também foi conduzido pela Atech. Este e outros projetos presentes no portfólio da Atech poderão ser conhecidos durante a Euronaval 2018, que acontece de 23 a 26 de outubro, em Paris (França).

A Atech também está presente no projeto de aquisição dos caças Gripen NG (FX-2), em um acordo com a Saab para o desenvolvimento dos simuladores, sistemas de treinamento e de apoio terrestre (missão em solo) da aeronave, em extenso programa de Transferência de Tecnologia (ToT), que começou há dois anos.

O programa consolida a presença da Atech como parceira da Força Aérea Brasileira (FAB) no segmento de sistemas embarcados e de missão. “Já concluímos a fase de absorção de tecnologia para os simuladores dos sistemas da aeronave e já temos profissionais nossos atuando novamente no Brasil.

Para atender aos requisitos do programa brasileiro, os sistemas que serão desenvolvidos para as versões da FAB serão validados por meio dos simuladores, antes de serem implantados, em sua versão final, a bordo das aeronaves.

Para as próximas fases, será concluída a absorção de tecnologia do sistema de suporte e planejamento de missão”, destaca Giacomo Staniscia, Diretor de Negócios da Atech.

Além do Gripen NG, a Atech está envolvida em outros dois projetos de sistemas para aeronaves com a FAB: as aeronaves de vigilância aérea E99 e de vigilância marítima, P-3BR.

Em ambos os casos, a Atech terá participação na modernização do sistema tático embarcado e do sistema em solo para o planejamento de missão, briefing, debriefing e análise de missões. “Com esses projetos, a Atech se consolida como parceria estratégica da FAB, capaz de desenvolver e integrar sistemas táticos para aeronaves, com pleno domínio da tecnologia envolvida e capacidade para oferecer o posterior suporte corretivo e evolutivo de tais sistemas”, conclui Staniscia.

OUTRAS MÍDIAS


PORTAL PODER AÉREO - Vídeo: Chegada do KC-390 a Brasília para o Dia do Aviador


Publicada em 22/10/2018 16:42

 

 

Assista no vídeo acima da chegada do Embraer KC-390 a Brasília-DF, para entrega oficial à FAB, amanhã – Dia do Aviador e da Força Aérea Brasileira.

A data marca os 112 anos do primeiro voo do 14 Bis, realizado em 1906 por Alberto Santos Dumont no Campo de Campo de Bagatelle, em Paris.

Na capital federal, as celebrações serão realizadas na Ala 1 (Base Aérea de Brasília), às 10h30, com as presenças do presidente da República, do ministro da Defesa e do comandante da Aeronáutica. Haverá sobrevoo de aeronaves da FAB e do KC-390 durante a cerimônia.

Durante o evento será realizada a imposição da Ordem do Mérito Aeronáutico (OMA). Neste ano, a mais importante condecoração da FAB será destinada a 505 agraciados, sendo 63 no exterior. No Distrito Federal (DF), serão agraciadas 232 pessoas.

PORTAL MERCADO MILITAR (COLÔMBIA) - Ejercicio aéreo CRUZEX 2018 se llevará a cabo en Brasil con 14 países


Natalia Carolina Rubio Coello | Publicada em 22/10/2018:00

La Fuerza Aérea Brasileña realizará entre los días 18 y 30 de noviembre, en Natal, la 8ª edición del Ejercicio Crucero del Sur. Esta edición reúne cerca de cien aeronaves de 14 países. Brasil, Canadá, Chile, Francia, Perú, Uruguay y Estados Unidos participarán con militares y aviones. Bolivia, India, Suecia, Reino Unido y Venezuela participan como observadores.

Portugal traerá fuerzas especiales y militares, junto con Alemania y Francia, dará conferencias en el seminario sobre el uso de la fuerza aérea en las misiones de las Naciones Unidas.

El ejercicio organizado por la Fuerza Aérea Brasileña permite que los tripulantes entrenen el combate aéreo en operaciones combinadas, es decir, diferentes naciones actuando en escenarios de conflicto de manera integrada y cooperativa, promoviendo el intercambio de experiencias entre los integrantes de las fuerzas aéreas participantes. La CRUZEX es el mayor ejercicio de combate aéreo multinacional y conjunto – pues también reúne Ejército y Marina – realizado por la Fuerza Aérea Brasileña (Te puede interesar:Socios de la OTAN se entrenarán con ejercicio Trident Juncture 18)

Una de las novedades de esta edición de CRUZEX es la adición del entrenamiento en escenarios de guerra no convencional. Se trata de situaciones encontradas en misiones donde actúa la Organización de las Naciones Unidas (ONU).

Aviones participantes

Los países participantes desplazará aviones de caza, como los F-16 norteamericanos y chilenos; cargueros y reabastecedores, como los CC-130J canadienses.

Los Estados Unidos participan con aproximadamente 130 militares, un reabastecedor KC-135 y seis cazas F-16. La Fuerza Aérea Chilena participa con un esfuerzo muy similar: son cinco cazas F-16 y un reabastecedor KC-135. La delegación, entre pilotos y equipos de mantenimiento, tendrá alrededor de 90 militares. Esa es la cuarta vez que Chile participa en CRUZEX.

Perú traerá cuatro cazas A-37 y cuatro cazas Mirage 2000, con una comitiva en torno a cien militares. Francia participa con un carguero C-235; Canadá con dos cargueros CC-130J; y Uruguay con cuatro cazas A-37.

La Fuerza Aérea Brasileña desplazará al Ala 10 en torno a 70 aeronaves de múltiples aviaciones, además de los cazas AF-1 de la Marina de Brasil, que participarán por primera vez del ejercicio.

Os 50 anos de histórias e efeitos do Bandeirante na Embraer


Pedro Viana | Publicada em 23/10/2018 01:29

Bandeirante é um nome relacionado aos desbravadores, pessoas que adentraram o interior do Brasil ainda na época colonial, geralmente aventureiros que buscavam por preciosidades em novas terras.

Mas na aviação quando ouvimos a palavra “bandeirante” lembramos do início da maior indústria aeronáutica do Brasil, a Embraer, fundada em motivação da comercialização dessa aeronave com todo o planeta.


O projeto do Bandeirante teve início em 1965, através de uma iniciativa do Ozires Silva em relação ao desenvolvimento da indústria nacional durante o Governo Militar. Até então poucos falavam no nome “Bandeirante”, o projeto era identificado como IPD-6504.

A encomenda desse projeto foi do Ministério da Aeronáutica (existente no governo militar), a intenção era fabricar um turboélice de dois motores para 8 passageiros, e com capacidade de operar em qualquer tipo de pista, visto que a maioria dos aeroportos do Brasil na década de 60, ainda mais os regionais, não tinha pavimentação asfáltica.


Durante três anos cerca de 150 engenheiros e profissionais do CTA (Centro Técnico de Aeronáutica) ficaram a cargo de realizar os primeiros desenhos do Bandeirante, além da fabricação de componentes do primeiro protótipo. A Embraer gosta de ressaltar que boa parte da equipe era derivada de projetos brasileiros, como o avançado (para a época) Convertiplano e o helicóptero Beija-Flor, ou seja, eram pessoas com experiência em projetos de aeronaves.

O primeiro ano, 1965, foi essencial para determinar as características iniciais do avião. Os engenheiros do CTA poderiam ter optado por uma solução aproximada ao Cessna Caravan, mas quiseram um avião de asa baixa, dois motores turboélice e um interior de fácil acesso para 8 pessoas.

O projeto foi liderado durante esses três anos por Ozires Silva, que era chefe do Departamento de Aeronaves (PAR), a maior parte da engenharia foi liderada por engenheiro francês Max Holstee, que era subordinado ao Ozires. Aqui ressaltamos também a participação de Guido Pessotti no projeto.

O motor, fabricado pela Pratt & Whitney, foi importado e estudado pelos engenheiros para a maior integração com a aeronave, aliás, um motor não pode ter ressonância de vibração com a asa.

O requisito de ser turboélice era compatível com o desejo que a aeronave fosse moderna e relativamente espaçosa por dentro para até 8 passageiros. Lembre-se que estou falando de uma aeronave dos anos 60.

Um semana antes do primeiro voo a situação da aeronave era (para os leigos) de quase desesperança com a data prevista pelo CTA. A foto acima descreve bem, a aeronave estava passando por uma série revisão dos componentes para garantir que tudo estaria em ordem durante o voo.

Os motores do Bandeirante funcionaram pela primeira vez no dia 17 de outubro, incrivelmente seis dias antes do primeiro voo. Vários testes de solo foram realizados exaustivamente pelos projetistas e pilotos, para garantir a confiabilidade dos sistemas, um trem de pouso foi danificado durante um taxiamento, mas consertado antes do dia previsto.



E no dia 22 de outubro, com vários funcionários envolvidos no projeto acompanhando em solo o avião, e também com uma equipe de engenheiros em contato com os pilotos para ficar de prontidão caso qualquer problema fosse registrado.

Quem estava presente disse que a cerimônia foi emocionante, com mais de 15 mil pessoas aplaudindo e comemorando.

O primeiro voo foi realizado pelo Major-aviador José Mariotto Ferreira e o Engenheiro Michel Cury, ambos realizaram cursos na França para saber como conduzir uma aeronave experimental. Antes de entrar na aeronave e ligar os motores, os dois pilotos fizeram uma última inspeção externa, arrumaram o paraquedas e entraram no avião, para levar à frente um sonho de uma nação inteira, ser capaz de competir com fabricantes europeias e dos Estados Unidos.

Pelo rádio Mariotto e Cury descreveram o comportamento perfeito de suave do novo avião, voava como um avião já certificado, sem demais problemas.

Produto de série

Durantes os anos posteriores o projeto do Bandeirante foi ganhando corpo e diversas alterações, mas entre as várias etapas que o projeto passou a mais importante foi a criação da Embraer, em 1969, para a comercialização da aeronave no mercado de aviação civil, além de atender a uma encomenda da Força Aérea para 80 aviões.

Ozires Silva, que conduziu o projeto do Bandeirante, foi nomeado como presidente da Embraer no ato da sua inauguração. Até os dias atuais a Embraer fica localizada ao lado do CTA, em São José dos Campos, apesar que a expansão da empresa forçou a abrir outros locais de produção no Brasil e no exterior.

Na Embraer o IPD-6504 virou o Bandeirante EMB-110, o nome foi sugerido pelo Brigadeiro Paulo Victor da Silva, pelo mesmo motivo citado no primeiro parágrafo deste artigo.

Em quase cinco anos de desenvolvimento, o projeto do Bandeirante ganhou diversas alterações. A fuselagem foi aumentada para levar até 12 passageiros, a parte frontal da aeronave foi atualizada para melhorar a aerodinâmica, as janelas deixaram o formato redondo para algo mais retangular, motores mais potentes, até as naceles foram atualizadas, para melhorar o desempenho aerodinâmico da asa.

Então o primeiro avião de série decolou pela primeira vez no dia 9 de agosto de 1972, no fim do mesmo ano a aeronave com comprovada, certificada e entregue para a Força Aérea Brasileira, a primeira cliente do avião pela Embraer.

A primeira exportação da aeronave foi em 1977, quando a Air Littoral recebeu o primeiro avião. Essa entrega abriu espaço para o Bandeirante ser certificado por agências de segurança da Europa e dos EUA.

Versões e atualidade

Com várias versões, e uso até pela TransBrasil em rotas regionais, a aeronave teve um considerável sucesso comercial para o primeiro avião da Embraer, permitindo que a empresa avançasse em outros projetos e parcerias.

Boa parte das versões era devido aos aviões de uso militar e executivo. Geralmente os militares pediam mais alterações, como o “banderulha”. Algumas versões comportam até 21 passageiros.

Ainda na década de 70 o avanço da indústria aeronáutica brasileira permitiu criar o avião agrícola Ipanema, o EMB 400 Urupema, o importante EMB 326 Xavante, e o EMB-121 Xingu.

Todos esses projetos deram força para a empresa seguir em frente e criar o EMB-120 Brasília na década de 80.

No total, foram fabricadas até 1995 cerca de 498 aeronaves, 253 aeronaves para o Brasil e 245 aeronaves vendidas para o exterior.

Vale ressaltar que os dois primeiros clientes do Bandeirante foram a TransBrasil e VASP, isso mesmo, empresas brasileiras, a TAM utilizou a aeronave em rotas regionais, para complementar o serviço dos Fokkers. Um bandeirante da TAM está no Museu de São Carlos, atualmente fechado para visitas.

Atualmente a Força Aérea Brasileira ainda voa com as aeronaves do modelo Bandeirante, no transporte de pessoas e cargas, com uma frota pro volta de 40 aviões.