NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


AGÊNCIA BRASIL


Darlan Romani é ouro no arremesso de peso nos JMM

Campeão pan-americano conquista quarta medalha dourada do Brasil

Publicada em 22/10/2019 01:49

O atleta de arremesso de peso Darlan Romani conquistou, na madrugada desta terça (22), a quarta medalha de ouro do Brasil na sétima edição dos Jogos Mundiais Militares, que acontecem em Wuhan, na China.

Para ficar com a medalha o sargento da Força Aérea Brasileira fez um arremesso de 22m36cm na sua segunda tentativa.

O segundo colocado foi Konrad Bukowiecki, da Polônia com um arremesso de 21m84cm, e o terceiro foi Bob Bertemes, de Luxemburgo com 20m66cm.

Campeão em Lima

Esta não é a primeira vez que Romani conquista um ouro em uma edição dos Jogos Mundiais Militares. Em 2015, na edição realizada em Mungyeong, na Coreia do Sul, o brasileiro também conseguiu o melhor arremesso da prova.

Darlan Romani é o atual campeão pan-americano do arremesso de peso, título que conquistou este ano em Lima, no Peru.

TV Brasil

A TV Brasil vai exibir o programa diário Jogos Mundiais Militares 2019 com os principais resultados da competição. Com 30 minutos de duração, a produção vai ao ar de segunda a sexta, às 19h45, e aos sábados e domingos, às 20h30. O público pode interagir pelas redes sociais por meio da hashtag #JogosMilitaresNaEBC.

Brasil conquista sete medalhas no terceiro dia dos JMM, na China

O nadador olímpico João Gomes Júnior foi ouro nos 50m peito

Publicada em 21/10/2019 13:19

O Time Militar Brasil subiu ao pódio sete vezes nesta segunda-feira (21), nos Jogos Mundiais Militares (JMM), em Wuhan, na China.  Na natação, três atletas da seleção principal conquistaram medalhas: João Luiz Gomes Júnior faturou o ouro na prova nos 50m peito; Fernando Scheffer foi prata na prova dos 200m livre; e Viviane Jungblut ficou com o bronze na prova feminina dos 1500m livre. 

No hipismo, o cavaleiro tenente-coronel Cláudio Goggia conquistou a prata no individual modalidade saltos. O primeiro lugar ficou com o italiano Massimiliano Biachi, e o bronze com o chinês Lixin Mao.

A seleção militar conquistou ainda três bronzes para o Brasil: na ginástica artística, o atleta olímpico da ginástica Caio Souza ficou em terceiro lugar no individual geral ao somar 82.331 pontos; as duas primeiras posições – ouro e prata respectivamente -  ficaram com os chineses Ruoteng Xiao (86.265) e Shudi Deng (84.432). E na modalidade Livesaving (salvamento aquático) mais dois bronzes: um conquistado pela sargento Fernanda Andrade nos 100m resgate em dois estilos (nesta prova, são 50m livre, e nos 50m restantes o atleta resgata o manequim e o carrega até a borda da piscina); e o outro bronze ficou com a equipe brasileira, formada por Thamy Ventorin, Thais Xavier, Priscila de Souza e Fernanda Andrade: elas venceram a prova de revezamento de manequim 4 x 25m.

Com os triunfos de hoje (21), o Brasil ocupa a quarta posição no quadro geral,  com 22 medalhas (3 ouros, 8 pratas e 11 bronzes).  A China lidera o ranking com 70 medalhas (41 ouros, 16 pratas, e 13 bronzes),  seguida pela Rússia, com 51 (18 ouros, 17 pratas e 16 bronzes) e pela Alemanha, terceira colocada, com 13 medalhas (4 ouros, 3 pratas e 6 bronzes) .

Vôlei Feminino na final

A equipe militar brasileira venceu hoje (21) a semifinal contra a Coréia do Norte e assegurou presença na grande final contra a anfitriã China, amanhã,  às 8h30 (horário de Brasília). As brasileiras começaram atrás contra as norte coreanas: perderam o primeiro set por 25/19, mas empataram o jogo na parcial seguinte ao ganharem por 25/14. Depois seguiram dominando a partida, fechando na frente o terceiro set (25/23) e o quarto set (25/16), selando a vitória por 3 sets a 1.  

A equipe masculina também foi bem: triunfou sobre o Catar por 3 sets a 0 (parciais 25/12, 25/20 e 25/20). Amanhã, o time masculino enfrenta a China, dona da casa, pela terceira rodada do Grupo A. 

Duplas de vôlei estreiam bem nos JMM

A experiência contou a favor das duas duplas de vôlei feminino, que fizeram seu primeiro jogo hoje (21),  Bem afinadas, Talita Antunes e Taiana Lima passaram fácil pelas adversárias do Sri Lanka Alawaththage e Alanda Bogah: vitória por 2 sets a 0 (parciais de 21/6 e 21/9). 

As parceiras Duda Lisboa e Ágatlha Rippel, que vão representar o Brasil nos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020, também não tiveram dificuldades para derrotar a derrotar a dupla de Rwanda Munezero e Ana Musabyim, por 2 sets a 0 (parciais 21/8 e 21/5).

Tiro com arco

O arqueiro olímpico Bernardo Oliveira perdeu a chance de ir à final da modalidade, ao ser derrotado hoje (21) pelo italiano Marco Galliazzo, pelo placar de 6 a 2.  O brasileiro vai decidir a medalha de bronze com o chinês Kaiyao Qi, na virada de quarta para quinta-feira (24), à meia-noite (horário de Brasília). 

Basquete Feminino invicto

A seleção militar feminina de Basquete chegou hoje (21) à terceira vitória consecutiva, ao derrotar a França, por 68 a 57. As próximas adversárias serão as candenses, na próxima quarta-feira (23), às 2h (horário de Brasília). 

Tiro com arco

O arqueiro olímpico Bernardo Oliveira perdeu a chance de ir à final da modalidade ao ser derrotado hoje (21) pelo italiano Marco Galliazzo pelo placar de 6 a 2.  O brasileiro vai decidir a medalha de bronze com o chinês Kaiyao Qi, na virada de quarta para quinta-feira (24), à meia-noite (horário de Brasília).

Semana Nacional de Ciência e Tecnologia começa nesta segunda-feira


Jonas Valente | Publicada em 21/10/2019 07:04

Começa nesta segunda-feira (21) a 16ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), que promoverá eventos em todo o Brasil com o objetivo de dar visibilidade às descobertas e inovações produzidas por instituições nacionais de pesquisa. A ideia é popularizar esse tipo de conhecimento, muitas vezes restrito a acadêmicos, para os cidadãos, especialmente os mais jovens.

A SNCT é uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), em parceria com secretarias da área nos estados e municípios, além de universidades, escolas e instituições de ensino e pesquisa.

Neste ano, a SNCT terá como tema “Bioeconomia: diversidade e riqueza para o desenvolvimento sustentável”. A cada ano, um assunto é escolhido como forma de orientar as atividades e voltar a atenção para problemas relacionados. De acordo com o MCTIC, o tema foi escolhido pela importância do fomento a projetos voltados a estimular o desenvolvimento sustentável em diversos campos, como biotecnologia industrial, saúde e agronomia, entre outros.

Até domingo (27), mais de 5,2 mil atividades devem ser promovidas por 172 instituições ligadas aos governos federal, estaduais e municipais, escolas, centros de pesquisa e entidades da sociedade civil. Ao todo, os eventos preparados para a semana serão realizados em 278 municípios, em 23 estados e no Distrito Federal.

Para conhecer a programação, busque mais informações na página do evento, no site do MCTIC .

Em Brasília, será montada a “Avenida da Ciência” na região central da cidade. Em mais de 21 mil metros quadrados, 180 expositores vão apresentar a ciência de diversas formas, como aeronaves, veículos, máquinas e laboratórios. Também serão oferecidas aulas e oficinas sobre diversos temas, como construção de foguetes e robótica.

Mês nacional

O ministério decidiu expandir as atividades da semana, e o governo federal denominou outubro como o Mês Nacional da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, celebração que será realizada daqui para a frente pelo Executivo. A definição será realizada por meio de decreto a ser publicado pela Presidência da República “em breve”, segundo o ministério.

De acordo com a pasta, em comunicado oficial em seu site, o mês nacional terá como propósito “mobilizar a população, em especial crianças e jovens, em torno de temas e atividades da área, valorizando a criatividade, a atitude científica a inovação e a comunicação”.

JORNAL CORREIO DO POVO


Tecnologia gaúcha ganha espaço na Suécia


Felipe Samuel | Publicada em 21/10/2019 08:03

Maior negócio da história da empresa sueca Saab, a aquisição de 36 aeronaves F-39 Gripen pelo governo brasileiro, confirmada em 2014, encerrou uma novela que se arrastava havia quase duas décadas. Além do pagamento de 4,05 bilhões de dólares à Saab para produção e desenvolvimento das aeronaves para a Força Aérea Brasileira (FAB), o contrato prevê, entre outras coisas, um programa de transferência de tecnologia. E, como resultado do acordo, uma empresa instalada na zona norte de Porto Alegre, especializada em projeto, desenvolvimento, fabricação, manutenção e suporte logístico de sistemas eletrônicos militares e espaciais, vai equipar as aeronaves com displays panorâmicos desenvolvidos no Rio Grande do Sul.

Com mão de obra gaúcha, a AEL Sistemas vai garantir, inicialmente, a instalação de pelo menos cem telas largas (WAD - Wide Area Display, em inglês), na proporção de 19 x 8 polegadas de alta resolução, em aeronaves destinadas ao Brasil e à Suécia. A novidade da tecnologia desenvolvida no Estado é a concentração dos dados apresentados em uma única tela, em vez das três utilizadas em modelos anteriores. A WAD permite exibir uma imagem contínua em toda a sua extensão e é capaz de receber entradas de teclas multifuncionais, touch screen ou interfaces externas. É a principal fonte das informações de voo e missão na cabine de piloto, aumentando a consciência situacional tática do piloto. Durante uma tarde, a reportagem do Correio do Povo acompanhou o processo de produção dos equipamentos que vão integrar o F-39.

Display desenvolvido em Porto Alegre

Gerente de Desenvolvimento de Negócios da AEL Sistemas, João Alexandro Braga Maciel Vilela explica que a linha de produção envolve pelo menos dez etapas principais, além de processos de subprodução. Comprada em 2001 pela israelense Elbit System, a empresa, cujo faturamento anual é de 70 milhões de dólares (cerca de R$ 290 milhões), conta atualmente com 280 funcionários e atua nos segmentos aeroespacial, defesa e segurança. Vilela recorda que o interesse pelo produto da AEL Sistemas nasceu da necessidade da Saab em encontrar no país uma empresa capaz de produzir o display para o Gripen. “Este produto foi muito bem aceito, tanto que ganhou a concorrência para a FAB. A gente competiu com outras empresas para fornecer a solução de aviônicos, inclusive com empresas de fora”, frisa.

"Foi desenvolvido por gaúchos com a integração com a fabricante Saab".

Após ganhar a concorrência, cujo ponto decisivo foi a transferência de tecnologia para o Brasil, o próximo passo foi desenvolver o equipamento. E o resultado surpreendeu a Força Aérea da Suécia, que modificou a configuração das próprias aeronaves e colocou a mesma aviônica (eletrônica de uma aeronave) do Brasil. “Foi uma transferência de tecnologia ao contrário. Ao invés de a gente absorver, terminamos exportando tecnologia. Então foi uma vitória desse progresso. Questionado se é exagero dizer que o display é totalmente produzido por gaúchos, ele é taxativo: “Mais do que isso, ele foi desenvolvido por gaúchos com a integração com a fabricante Saab, com a matriz da Elbit System, porque é essa integração que dá processo de transferência de tecnologia”, avalia. 

Imagem panorâmica

De acordo com Vilela, a utilização de um único display (na horizontal e com visão panorâmica) foi um dos fatores que chamou a atenção dos suecos. Assim, o piloto pode usar toda a tela para colocar a imagem e consegue aumentá-la diminuí-la a partir de uma tela mais larga (widescreen), uma vez que a aeronave tem vários sensores espalhados na cabine. “Você pode ter, nesse novo display, um grande mapa, e não um mapa pequeno. Pode sobrepujar imagens sem perder qualidade, organizar melhor isso e usufruir melhor da sua área de interface. É como se tivesse trocado três TVs por uma widescreen. Diria que a área dos três displays somadas é quase a mesma coisa do wide, só que o wide organiza melhor isso”, compara Vilela, que é coronel aviador da reserva da FAB.

A montagem e o desenvolvimento tecnológico do produto ocorrem em uma área de 7,5 mil metros quadrados, no prédio 4 da empresa. Em salas fechadas, com rigoroso sistema de segurança, equipes de engenheiros de diversas áreas (mecânica, sistema, software, hardware) trabalham na montagem e desenvolvimento do WAD. Para produzir fotos e acessar o local onde ocorre a linha de produção das placas e de itens eletrônicos que compõem o equipamento, é preciso autorização da direção da empresa. O mesmo cuidado para evitar que algum segredo tecnológico possa ser divulgado é percebido durante o trabalho dos funcionários. Conforme Vilela, são várias etapas da linha de produção automatizada até chegar ao produto final: programação, montagem das placas, limpeza, inspeção de raio-x, teste de continuidade, aplicação de verniz, teste de montagem, teste de checagem de vibração, de temperatura e calibração.

Montagem em superfície

O processo envolve a fabricação de placas de alta capacidade e tecnologia a partir de um equipamento chamado de Tecnologia de Montagem em Superfície (Surface Mountain Tecnology, em inglês). São itens eletrônicos dispostos dos dois lados, com uma linha sofisticada. Em função do Gripen, a empresa comprou essas unidades de maior sofisticação tecnológica para poder atender às demandas da aeronave. Isso contribuiu para a melhoria da capacidade do programa e na produção das peças. “O próprio computador seleciona os componentes, passa solda, vai para o forno de fusão, depois, para área de limpeza, tira todas as graxas e as partículas”, explica. Em seguida, o produto volta para ser analisado com máquina de raio-x e com máquina de comparação de imagens. Se aprovada, é dada como placa boa e vai para outra sala para verificação de integridade elétrica e testes de continuidade.

"A gente ganhou porque a tecnologia ficou conosco".

Depois de montadas e aprovadas nos testes funcionais, as placas ainda enfrentam dois tipos de simulações de resistência. Um com temperatura e outro com vibração. Os dois testes têm objetivo de estressar o item para, se tiver problema, acontecer nessa fase. A peça enfrenta temperaturas de -50 graus e 80 graus na câmara de temperatura e, depois, segue diversos padrões de vibrações para verificar se as soldas vão aguentar, se alguma partícula quebra. Vilela diz que a ideia é simular situações de voo que a aeronave pode encontrar. “O piloto dá partida, taxia, decola e, em alguns minutos, pode estar a -50 graus. A variação de temperatura é muito grande, por isso a indústria usa métodos de fabricação que asseguram que esse item vai suportar essa variação.”

Ele observa que existem poucos displays desenvolvidos para aeronaves. E isso reforça a importância do produto gaúcho. “Esse desenvolvimento que traz capacidade para o país, essa é a grande questão. Na realidade, a gente conseguiu conciliar um produto inovador, que é reconhecidamente sofisticado e de valor para outra força aérea, ao mesmo tempo que traz tecnologia para o país, agregando valor, aumentando nossas exportações”, frisa. Ele destaca a transferência de tecnologia como ponto principal. “A gente ganhou porque a tecnologia ficou conosco. E a gente tem condições de fabricar e modificar, fazer outros equipamentos similares, criando do zero porque a gente tem essa capacidade.”

Processamento e fusão de dados

Além da tecnologia touch screen e de permitir movimentar e ampliar as imagens como se fosse um celular, Vilela afirma que a capacidade de processamento garante performance, desempenho e vida longa ao fabricante. “Ele tem 34 processadores, o que oferece uma capacidade de processamento muito grande para ser explorada por muitos anos”, acrescenta, destacando que atualmente a instalação de softwares para aeronave demanda processamento eficiente. Outro ponto considerado importante é a fusão de dados, que permite colocar informações aglutinadas, sem perder qualidade e visualizar dados com maior facilidade. “Tudo isso está trazendo para as duas forças aéreas um novo equipamento que abre muitas possibilidades de uso.”

Sobre o produto desenvolvido por gaúchos que vai equipar as 28 unidades Gripen E (monoposto) e as 8 Gripen F (biposto), o militar da reserva afirma que as soluções encontradas pela empresa são resultado de quase cinco anos de trabalho. “Esse desenvolvimento envolve muita engenharia mecânica, de sistema, de software, hardware. E o projeto vai se modificando ao longo do tempo, nem todos os problemas se sabem. Tem uma equipe capaz de gerenciar e tratar esses problemas em todo esse período”, observa. Em torno de 40% dos funcionários são da área de desenvolvimento, com engenheiros e desenvolvedores de software, 40% da área produtiva (montadores, engenheiros de produção, gestores) e o restante é da área de qualidade, gestão administrativa, segurança patrimonial e financeiro.

Produção do display

Agora, a meta é “serializar” o produto, que envolve fase de transição onde novos integrantes projetam instalações para poder atender. “O que tu viste ali hoje (dia da reportagem) foi isso, eles dimensionaram a sala, já sabem quais são os gabaritos, vão preparar toda a infraestrutura para poder fazer a produção. A partir dali vão ter usuários de série, vamos fabricar todas as unidades para a FAB”, destaca. De acordo com Vilela, além de 44 unidades (entre reservas e de manutenção) para a FAB, a empresa vai produzir outras 60 para Força Aérea da Suécia. “São aproximadamente 100 unidades no lote inicial. A gente espera que isso possa aumentar com os novos Gripen pelo mundo, esse é o contexto do Gripen. O que a gente viu na nossa visita foi o processo produtivo”, explica.

No que diz respeito aos investimentos da empresa, embora não saiba precisar o montante aplicado, Vilela garante que foi “grande”. “O que a gente consegue mensurar é que são cinco anos de desenvolvimento. Nesse período, trabalharam de 50 a 60 profissionais. Não é barato manter esse pessoal trabalhando, embora não seja o tempo todo”, pondera. Ele salienta que desde 2015 são realizados investimentos em maquinários e pessoal. “O que a gente pode dizer com certeza é que, com a escolha da Força Aérea da Suécia, vai dar retorno positivo. E esse é nosso principal objetivo”, garante.

Entrega das aeronaves

Apesar da entrega oficial do modelo ter acontecido em setembro, na cidade de Linköping, na Suécia, a primeira aeronave só deve desembarcar no Brasil no começo de 2021. De acordo com Vilela, nos próximos dois anos, os equipamentos ainda serão submetidos a testes na Europa. “O primeiro voo do avião brasileiro ocorreu em agosto. Em setembro, foi a formalização da entrega da primeira aeronave. Então ela é entregue à FAB e ao mesmo tempo devolvida para poder continuar o desenvolvimento dela, porque ainda vai testar outros sistemas”, explica. Vilela afirma que pilotos brasileiros já trabalham com o novo display. “Os pilotos brasileiros vão dar continuidade ao desenvolvimento, fazer testes com armamento, vão aprender, treinar, fazer testes para implantação na força. É um trabalho gradual”, detalha. 

Unidade da Embraer já reúne brasileiros e suecos no programa

A implantação prevê ainda um período de transição. “Haverá formação dos primeiros pilotos para ganharem experiência e se transformarem em instrutores para formar novos pilotos”, conclui. Pelo menos 300 engenheiros e técnicos brasileiros devem participar do processo. Conforme Vilela, o contrato determina a cooperação industrial para desenvolvimento e produção das aeronaves Gripen dos modelos E (monoposto) e F (biposto). Uma unidade da Embraer, instalada em Gavião Peixoto, interior de São Paulo, já reúne brasileiros e suecos no programa de transferência de tecnologia.

Embraer e Inpe como clientes

AEL também fornecerá aos caças Gripen E suecos o Head-Up Display (HUD) – que é equipamento que oferece display com amplo campo de visão e fornece ao piloto as informações essenciais de voo e de missão diretamente na parte frontal superior do cockpit – e o Helmet Mounted Display (HMD) – que é um capacete que permite ao piloto ver os dados e as imagens dos alvos reais e virtuais, adicionando funcionalidades que aumentam as capacidades de julgamento e consciência situacional do piloto. Os produtos fazem parte do catálogo da empresa voltado a aviônicos (eletrônicos de aeronaves), computadores e displays. “Também fabrica computadores para tanques, optrônicos, que são eletrônicos com a parte ótica que a gente viu na nossa caminhada naquela sala de montagem onde tem sensores termais e apontadores laser”, esclarece, referindo-se à visita da reportagem.

Além de fornecer produtos, a empresa garante suporte técnico a um novo programa da FAB de rádios definidos por softwares. É um serviço de modificação e manutenção das aeronaves remotamente pilotadas que são fabricadas pela matriz da empresa. Entre os produtos desenvolvidos, estão kits de viagem de armamentos e produtos espaciais. “A gente dá suporte para a FAB em serviços de manutenção para aeronaves, com simuladores. Agora já tem capacidade de desenvolvimento de simuladores.”

História da empresa

A AEL Sistemas nasceu como Aeroeletrônica e era um dos três braços da Aeromot, na década de 80. Tinha como foco desenvolvimento de aeronaves, manutenção e eletrônica. Com as oscilações da economia brasileira, a empresa passou por dificuldades econômicas. Em 2001, foi comprada pelo grupo israelense Elbit System, por uma demanda da FAB de fabricar e manter equipamentos eletrônicos do caça F5 modernizado. “Na época a empresa comprou 60%. Cinco anos depois, viu o progresso, o aumento da empresa e o potencial e comprou restante. Ela ficou 100% grupo Elbit”, relembra. Principal fornecedor brasileiro de eletrônicos para o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a AEL Sistemas tem outros clientes importantes como Embraer, Forças Armadas, Polícia Militar do Rio de Janeiro, entre outros.

Com a compra e a transferência de tecnologia, a unidade passou a desenvolver sistemas, que são equipamentos que trabalham de forma integrada. “Com isso a gente modernizou a plataforma Bandeirante da FAB, colocando quatro displays e outros equipamentos.” Vilela relembra que isso aumentou a capacidade da empresa, que passou a desenvolver produtos para o avião AMX e da aeronave KC-390. “A gente desenvolveu o computador de missão dessa aeronave. Estamos desenvolvendo o software do HUD do KC. Foi um aprimoramento que culminou, em termos de aviônicos, com o Gripen”, conclui.

OUTRAS MÍDIAS


PARANÁ PORTAL - Como voa o Brasil


Pedro Ribeiro | Publicada em 21/10/2019 10:18

Jornalistas e convidados especiais terão a oportunidade de saber “Como voa o Brasil”, através de programa de visitas aos bastidores da aviação comercial brasileira. O evento, que será realizado em parceria com a Aeronáutica, acontece no dia 24 de outubro (quinta-feira), das 8h30 ao meio dia, em Curitiba (PR) e é promovido pela Associação Brasileira de Empresas Aéreas. O roteiro inclui visita ao Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II) e à torre de controle do Aeroporto Afonso Pena.

O projeto tem o intuito de contribuir para que profissionais da imprensa aprofundem conhecimentos sobre o setor e conheçam as especificidades e desafios do transporte aéreo. Tem o objetivo também de estreitar relações entre representantes do setor aéreo e fornecer informações para futuras pautas dos veículos. Por questões de segurança e dinâmica da visita, recomendamos que veículos de imprensa que tenham interesse em produção de matérias agendem individualmente com a Aeronáutica data futura para produção de pautas.

Durante a visita, os profissionais de imprensa conhecerão as instalações do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II), responsável pelo controle da circulação aérea geral de uma região que abrange os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Espirito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e parte de São Paulo. Conhecerá a Torre de Controle do Aeroporto Afonso Pena, onde verá toda a movimentação de aeronaves e o trabalho dos controladores de tráfego aéreo. · Entenderá as funções dos equipamentos usados no controle de tráfego aéreo.

Cronograma de atividades:

8h30: Apresentação no CINDACTA II. Não esqueça seu documento com foto! Endereço: Avenida Pref. Erasto Gaertner, 1.000 – Bairro Bacacheri

8h35: Coffee break

8h50: Apresentação de porta-voz da Aeronáutica

9h: Apresentação do consultor em comunicação da ABEAR, Adrian Alexandri

9h10: Visita às áreas operacionais do CINDACTA II, que inclui o Centro de Controle de Área (ACC), Controle de Aproximação (APP) e o Centro de Coordenação de Busca e Salvamento

10h10: Transfer para o Aeroporto Afonso Pena

11h: Chegada ao Aeroporto Afonso Pena. Visita à Torre de Controle do aeroporto

12h: Fim das atividades

RÁDIO PIRATININGA - Na cidade da aviação, público lota “Portões Abertos” do DCTA


Publicada em 21/10/2019 17:36

Na cidade que tem a aviação no DNA, o programa deste último fim de semana de muitas famílias de São José dos Campos foi conferir as atrações dos Portões Abertos DCTA 2019. O público lotou o espaço do evento que reuniu exposições de aeronaves civis e militares, vários estandes de empresas e instituições ligadas ao setor aeronáutico, espaço kids e praça de alimentação entre outras atrações.

O ponto alto da festa foi no céu com o show aéreo da Esquadrilha da Fumaça. O público vibrava, aplaudia e acionava os celulares a cada aproximação dos aviões e nas manobras mais arrojadas.

No solo, os aficionados por aviação e curiosos puderam conferir de perto aeronaves como o caça F-5, o jato executivo Legacy 500 (Embraer), o T-25 e o T-27 (aviões de instrução militar), os helicópteros H-36 Caracal e o cargueiro da Embraer KC-390, o maior avião já produzido no Brasil.

Animado por ver de perto um helicóptero do Cavex, o mecânico Marcelo Fabiano Correa estava aproveitando o evento com a esposa e os dois filhos adolescentes. “É uma oportunidade única. Venho todo ano e é sempre muito interessante. Meus filhos adoram”, afirmou.

Já o estudante Mateus de Souza Aquino, de 14 anos, foi atraído pelo giroscópio humano, usado pelas agências espaciais para treinar pilotos. Ele também estava ansioso, aguardando o início da exibição da Esquadrilha da Fumaça.

Mais uma vez, a exibição da Esquadrilha da Fumaça foi um sucesso, encantando não só os presentes no local, mas também nos bairros próximos ao DCTA.

FOLHA DE BOA VISTA - Mais de cinco mil pessoas visitaram a Base Aérea


Publicada em 21/10/2019 16:14

Um dia de muito lazer foi proporcionado a mais de cinco mil pessoas que passaram pela Base Aérea de Boa Vista (ALA 7) nesse domingo, 20, durante o tradicional evento “Portões Abertos”.

O evento contou ainda com praça de alimentação, brinquedoteca com brinquedos infláveis, apresentação dos cães do canil da ALA 7, apresentação da Banda de música da ALA 7, exposição de aeronaves civis e militares, e exposição do Clube do Fusca e Motoclube de Roraima.

O comandante da Ala 7, coronel Newton de Abreu, explicou que a comemoração além do lazer traz um lado social.

Temos aqui diversos serviços de cidadania e saúde oferecidos por instituições parceiras, que dão a oportunidade para que os visitantes façam exames médicos e participem de outras atividades, além de conhecer um pouco da nossa rotina diária a serviço da proteção do espaço aéreo brasileiro.

O evento é em alusão ao Dia do Aviador. No dia 23 de outubro de 1906, o brasileiro Alberto Santos Dumont se tornou o primeiro ser humano a voar.

ACONTECE EM PETRÓPOLIS - Dia do Aviador é comemorado com exposição sobre Santos Dumont e gratuidade no museu


Publicada em 22/10/2019

Nesta quarta-feira (23), o Dia do Aviador será marcado em Petrópolis pela abertura de uma exposição especial no Palácio de Cristal sobre a vida e os voos do inventor Alberto Santos Dumont, que ficou conhecido como “Pai da Aviação”. O dia também vai contar com gratuidade na “A Encantada”, casa que ele construiu na cidade, hoje transformada em um dos principais museus do município.

Nessa data, 23 de outubro, 113 anos atrás, o brasileiro Santos Dumont se tornou o primeiro homem a voar, a bordo do 14-Bis, sua criação. O inventor fez um voo na França que ficaria registrado como o início de uma grande revolução nos meios de transporte na Terra: o avião. E é por isso que o dia foi escolhido para celebrar os profissionais que pilotam aviões. No mesmo dia também é comemorado o Dia da Força Aérea Brasileira.

O Museu Casa de Santos Dumont vai ter entrada gratuita durante todo o dia. “Além de atrair turistas, é uma oportunidade também para os petropolitanos aproveitarem e visitarem a Casa. Muitos moradores ainda não conhecem o museu”, acrescenta a diretora de turismo da secretaria, Amanda Alvarez. O atrativo funciona de 9h às 17h30 e conta ainda com uma exposição de longa duração sobre o Destacamento de Controle do Espaço Aéreo do Pico do Couto. A mostra faz com que o público conheça mais sobre a atuação e o trabalho da aeronáutica em Petrópolis, através do destacamento que fica no Pico do Couto, no Rocio – Fazenda Inglesa, a 1.780 metros acima do nível do mar.

Já no Palácio de Cristal, a mostra fica em cartaz até o dia 29 de outubro, com entrada gratuita. Com imagens e textos explicativos, a atração vai contar a história do Pai da Aviação. Depois do seu primeiro voo, a aviação só progrediu com a evolução de motores, modelos mais aerodinâmicos e formas de uso do avião.