NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL AEROFLAP


Gripen F-39: A nova era da aviação de caça brasileira


Da Redação | Publicada em 21/09/2020 17:10

Com a chegada do primeiro dos 36 caças Gripens E/F, ou F-39 (como vai ser chamado na FAB) ao Brasil, resolvemos mostrar mais sobre o futuro caça brasileiro que vai alavancar a nossa força aérea a um novo patamar.

Tudo começou em 2013 quando o Gripen E/F venceu a concorrência do Programa FX2 contra o caça francês Dassault Rafale e o norte-americano F/A-18 E/F Super Hornet.

Um dos pontos altos e decisivos da escolha do caça da SAAB foi o fator transferência de tecnologia, ou seja, o Brasil iria aprender sobre o caça, ter acesso as tecnologias e ajudar na produção.

Do lado sueco temos a SAAB, uma empresa renomada no setor de defesa que projetou entre outras aeronaves o Gripen C/D, um caça de bom desempenho em suas funções e com porte mercado internacional.

No lado brasileiro temos a Embraer que já tem uma experiência com aeronaves militares, como por exemplo o A-1 AMX. Temos ainda demais empresas brasileiras envolvidas no projeto.

A assinatura do contrato cooperação industrial aconteceu em outubro de 2014 e isso possibilitou que uma nova roupagem fosse criada.

Em 2015, cerca de 50 profissionais brasileiros foram enviados a Suécia para aprenderem sobre o novo Gripen NG. Tal grupo inclui engenheiros, técnicos e demais profissionais.

Gripen Fabricado no Brasil

No ano seguinte foi a vez de trazer ao Brasil receber um centro de desenvolvimento do GDDN (Gripen Design and Development Network), que foi instalado em Gavião Peixoto, estado de São Paulo.

Além disso, também foi inaugurada no estado de São Paulo a Saab Aeronáutica Montagens (SAM). A empresa sediada em São Bernardo do Campo tem como objetivo a construção do cone de cauda, freios aerodinâmicos, caixão das asas, entre outras peças.

Entretanto, a participação do Brasil ainda conta com uma parcela dos caças Gripens F-39 sendo construídos no Brasil e não apenas na Suécia.

A participação de empresas brasileiras no projeto também ganha destaque pelas tecnologias criadas por elas, como por exemplo a AEL Sistemas, que criou uma tela WAD única que vai ocupar o cockpit dos caças brasileiros e suecos, isso porque a força aérea sueca gostou do projeto, o que resultou em uma transferência inversa de tecnologia.

Sistemas de um caça inteligente

Um dos pontos altos do Gripen é sua tecnologia embarcada o que possibilita a aeronave atuar em diversas missões, seja ar-ar, ar-terra ou ar-mar

Radar:

O caça conta com um radar AESA Raven ES-05, que possibilita o piloto de caça registrar e monitorar simultaneamente vários alvos com ângulos laterais de até 100º.

Ainda no aspecto radar, nossos futuro caça será equipado com o Skyward-G IRST, um sensor que detecta assinaturas de calor de vários meios, sejam aeronaves, embarcações navais e veículos terrestres. Outro ponto alto do IRST é sua capacidade significativa de ‘contra-furtividade, ou seja, a identificação do Gripen por outros meios é mais difícil.

Armas

O pacote de armas do Gripen E/F inclui armamentos eficazes para o cenário de combate, a começar pelo canhão Mauser BK27 de 27 mm (disponível apenas no Gripen E, ou seja o caça monoposto).

Contudo, a gama de armas ainda inclui 10 “weapons hardpoints” (local de instalação das armas), neste locais uma grande variedade de bombas, foguetes e mísseis incluindo o BVRAAM Meteor, um armamento usado para combate BVR (além do alcance visual).

Motorização

O Gripen E/F será equipado com um General Electric F414G que é capaz de gerar até 20% a mais de empuxo do que os motores RM12 equipados no Gripens C/D atuais.

No entanto, o ponto alto do aspecto da motorização é a capacidade Supercruise, que torna possível um voo supersônico sem o uso de pós-combustor, que é um grande chamativo para armas infravermelhas.

 Guerra Eletrônica EW

No cenário de combate atual o meio eletrônico está em alta ter uma aeronave que possa combate-los usando a inteligência, contra medidas eletrônicas que confundam o sistema do inimigo é uma boa vantagem do novo vetor da FAB.

Gripen NG frente aos concorrentes

Com a futura entrada do Gripen E/F no cenário mundial, o caça inteligente, como também é conhecido, ganha destaque frente a alguns caças que fazem parte do roll da aviação militar atual.

Segue abaixo a ficha técnica de alguns caças do cenário atual:

F-16 Fighting Falcon

Especificações de aeronaves 

Comprimento:  49,3 pés / 15,027 m
Altura: 16,7 ft / 5,090 m 
Velocidade:   1.500 mph (Mach 2+) 
Wingspan:   0,31,0 pés / 9,449 m 
Peso vazio:  20.300 lb / 9.207 kg 
Classe de impulso do motor:   29.000 lb / 13.000 kg 
TOGW máximo:   48.000 lb / 21.772 kg 
Fator de carga do projeto:  9 g 
Vida útil:  12.000 horas

Dassault Rafale

Velocidade de cruzeiro: Mach 0,95 (1150 km/h)
Velocidade máxima: Mach 1.8 (2000 km/h)
Razão de subida: 18288 m/min.
Potencia: 1.06.
Carga de asa: 41,8 lb/ft²
Fator de carga: 9 Gs.
Taxa de giro instantânea: 31º/s
Taxa de rolamento: 270º/s.
Teto de Serviço: 15235 m
Raio de ação/ alcance: 1850km/ 3700 Km (com 3 tanques externos).

Eurofighter Typhoon

Velocidade máxima: Mach 2 (2469 km/h).
Razão de subida: 18900 m/min.
Potencia: 1.12.
Carga de asa: 64 lb/ pé².
Fator de carga: 9 Gs.
Taxa de giro instantânea: 31º/s.
Razão de rolamento: 240º/s.
Teto de Serviço: 20000 m.
Raio de ação/ alcance: 1390km/ 2780km

Nova era na Força Aérea Brasileira

As unidades operacionais do Gripen F-39 começam a chegar no 2º semestre de 2021. De acordo com o cronograma até 2026 a FAB já deve ter recebido suas 36 unidades do F-39, incluindo claro, as construídas aqui no Brasil.

O novo vetor de caça da FAB coloca fim a uma era da aviação de caça brasileira, sua chegada aposenta os caças F-5EM/FM que serão substituídos a medida que os F-39 forem chegando e sendo introduzidos na FAB

Outro caça que será aposentado será os A-1 AMX, esse tem previsão de ficar operacional até 2030, quando também terão seus lugares ocupados pelo Gripen que por ser um caça multi-função cumpre as tarefas do A-1 AMX.

Com a chegada do Gripen ao Brasil uma nova era baseada em tecnologia em guerra inteligente se abre dentro da Força Aérea Brasileira. Com o Gripen liderando a espinha dorsal de nossa aeronáutica teremos uma boa defesa a nossa soberania.

Futuros pilotos de caça da FAB participam de treinamento de tiro aéreo


Da Redação | Publicada em 21/09/2020 17:45

O Segundo Esquadrão do Quinto Grupo de Aviação (2°/5° GAV) – Esquadrão Joker iniciou, no dia 10 de setembro, a campanha de emprego ar-ar do Curso de Especialização Operacional na Aviação de Caça (CEO-CA) de 2020.

Durante três semanas, os futuros pilotos de caça da Força Aérea Brasileira (FAB) aprenderão as técnicas para emprego da aeronave A-29 Super Tucano contra alvos aéreos. Na oportunidade, a Unidade Aérea realizará a manutenção operacional dos seus instrutores.

A campanha ocorre a partir da sede do 2°/5° GAV, localizada na Ala 10, em Parnamirim (RN). Após a decolagem, a formação com quatro aeronaves equipadas com metralhadoras calibre .50 tem à disposição um espaço aéreo restrito sobre o mar, o que permite o emprego real do armamento sem interferir em regiões habitadas no solo.

“A fase de tiro aéreo exige mais preparo e dedicação dos alunos, pois, ao mesmo tempo em que se busca conseguir bons resultados nos tiros, o piloto deve estar com boa consciência situacional para manter-se adequado no circuito com as outras aeronaves”, explicou um dos estagiários do CEO-CA.

Segundo ele, o bom desempenho só é possível com muito preparo antes do voo e dedicação dos instrutores em mostrar todos os detalhes da missão.

Para o Comandante do 2°/5° GAV, Tenente-Coronel Aviador José de Almeida Pimentel Neto, a fase de emprego ar-ar é uma das quais os pilotos em formação mais apresentam uma evolução na sua experiência operacional.

“Uma vez que não estão empregando armamento em um alvo estático no solo, mas em um alvo que está em movimento, o que demanda elevado grau de percepção espacial, precisão, concentração e controle emocional, sendo, portanto, uma das que melhor representa a essência da Aviação de Caça”, disse.

Ainda segundo o Comandante do 2°/5° GAV, com o treinamento técnico de tiro aéreo, os estagiários terão adquirido habilidades necessárias para realizar ações de Força Aérea, como Defesa Aérea, Escolta e Varredura.

“É essencial uma proficiência nessa fase, uma vez que, em breve, esses pilotos estarão posicionados estrategicamente nas fronteiras do País podendo empregar suas aeronaves contra tráfegos aéreos que contrariem os interesses nacionais”, finalizou.

O alvo aéreo

Para a realização da missão, uma quinta aeronave decola equipada com um casulo de alvo aéreo rebocável.

Nele, a “biruta” (como é chamado o alvo aéreo pelos pilotos) de nove metros de comprimento por 1,8 metro de altura pode ser liberada de maneira segura com a aeronave já em voo. Após a soltura, a biruta fica presa por um cabo de pouco mais de 300 metros de comprimento.

As munições da metralhadora calibre .50 são pintadas (com cores azul, verde, amarela e vermelha) e, ao atingirem o alvo, deixam nele a marcação com a respectiva cor. Após o pouso da aeronave reboque, os pilotos podem conferir os seus acertos e analisar seu desempenho.

A conferência da biruta após o tiro aéreo é um dos momentos mais tradicionais na Aviação de Caça.

PORTAL DEFESANET


Em adestramento de Salto Livre Operacional militares trabalham interoperabilidade


Mariana Alvarenga | Publicada em 21/09/2020 12:30

Estar em condições para defender a Pátria é uma das funções das Forças Armadas. Por essa razão, os militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica estão em constante treinamento, de modo a garantir a segurança da república, dos cidadãos e a ordem constitucional vigente diante de ameaça externa. Nesse contexto, o Comando de Operações Especiais (Copesp) sedia, entre 14 e 25 de setembro, o Adestramento Conjunto de Salto Livre Operacional para tropas de operações especiais.

O exercício é caracterizado pela interoperabilidade, atuação conjunta das três Forças. Ao todo, 75 militares participam do treinamento, que é dividido em duas fases: doutrinária e prática. O Comandante do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (Parasar), Tenente-Coronel I.C, enfatiza que esse tipo de capacitação certifica a prontidão do País para empregar suas tropas, caso necessário, e fala da importância do trabalho conjunto.

“O treinamento tem como objetivo a troca de conhecimento entre as equipes. As expectativas são as melhores. Em cada salto, agregamos conhecimento e trocamos experiências, tanto na parte de planejamento quanto na execução do lançamento propriamente dito”, afirma.

Para saltar, o paraquedista porta mochila, fuzil, capacete, óculos, equipamento de comunicação de rádio, paraquedas principal e reserva, além do cilindro de oxigênio. Devidamente equipados, ingressam na Aeronave Hércules C130 da Aeronáutica, sentam em lugares previamente determinados e conectam seu cilindro à mangueira do console de oxigênio, pois, devido à altitude, o gás pode ser escasso. A cada dia de treinamento, é praticada uma modalidade: salto em baixa ou alta altitude, a depender do determinado para o dia.

O Comandante do Grupamento de Mergulhadores de Combate (GRUMEC), Capitão de Fragata E.M, explica que o Salto Livre Operacional requer treinamento e atualizações constantes. Para ele, a interação entre integrantes das três Forças enriquece cada militar em particular. “Esse treinamento proporciona a todos os Mergulhadores de Combate participantes que se atualizem, troquem experiências com militares de outras Forças Armadas, conheçam táticas, técnicas e procedimentos novos e depurem suas habilidades individuais”, enfatizou.

Compõem a missão, por parte do Exército, militares do grupo de Operadores Especiais do 1º Batalhão de Forças Especiais, do Batalhão de Ação e Comandos, da Companhia de Precursores Paraquedistas e do Batalhão de Dobragem, Manutenção de Paraquedas e Suprimentos pelo ar (Dompsa). Da Marinha, as equipes do Grupamento de Mergulhadores de Combate (GRUMEC) e Batalhão de Operações Especiais de Fuzileiros Navais. Da Aeronáutica, profissionais do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (Parasar).

O Adestramento de Salto Livre Operacional prepara os militares de elite das Forças Armadas, profissionais que atuam em operações de treinamento de excelência e armamento superior. O Coordenador da Subchefia de Operações Conjuntas do Ministério da Defesa (CHOC), Coronel Arnon Diniz, ressalta a importância desse trabalho para a Defesa do País.

“O Adestramento contribui com os objetivos expressados pela Política Nacional de Defesa a serem alcançados, com vistas a assegurar a Defesa Nacional, que é conceituada como o conjunto de atitudes, medidas e ações do Estado para a defesa do Território Nacional, da soberania e dos interesses nacionais contra ameaças preponderantemente externas, potenciais ou manifestas”, afirmou.

124 anos do nascimento do Marechal do Ar Eduardo Gomes, Patrono da Força Aérea Brasileira


Agência Força Aérea | Publicada em 21/09/2020 10:10

No dia 20 de setembro, celebramos os 124 anos do nascimento do Marechal do Ar Eduardo Gomes, natural de Petrópolis (RJ). Por suas realizações ao longo da carreira, tornou-se digno de ser outorgado Patrono da Força Aérea Brasileira (FAB), em 1984, pela Lei Nº 7.243. Com uma trajetória de vida intensa e repleta de conquistas, marcou a história da FAB.

Um dos seus principais feitos ocorreu na década de 1930. Eduardo Gomes foi um dos precursores do Correio Aéreo Militar, embrião do famoso Correio Aéreo Nacional, uma importante ferramenta de integração do País até os dias de hoje. Anos depois, acompanhou a criação de Bases Aéreas nas Regiões Norte e Nordeste, áreas estratégicas de apoio à aviação durante a Segunda Guerra Mundial. Foi, ainda, candidato a Presidente da República em 1945 e 1950.

Eduardo Gomes foi nomeado Ministro da Aeronáutica por duas vezes: em 1954 e 1965. Ao seu lado, no Rio de Janeiro, estava um fiel assistente: o então Tenente Arnaldo Jorge. Do Quadro de Oficiais de Administração do Corpo de Oficiais da Aeronáutica, o hoje Capitão Arnaldo, com 90 anos, orgulha-se de ter assessorado aquele que, anos depois, tornou-se o Patrono da FAB.

Com 73 anos de Força Aérea, Capitão Arnaldo é um militar que coleciona boas histórias. “Ele gostava de conversar antes de tomar qualquer decisão”, lembra o Capitão Reformado, que também é advogado e pai de quatro filhos. Um deles seguiu os passos do pai e também se tornou um Oficial da Aeronáutica: o Tenente-Coronel Aviador da Reserva Arnaldo Luiz Chan Jorge.

Quando o Gabinete do Ministério foi integralmente transferido do Rio de Janeiro para o Distrito Federal, em 1970, Capitão Arnaldo mudou-se para Brasília, ocupando diferentes cargos e funções, tanto no Ministério quanto no Gabinete do Comando da Aeronáutica, onde presta serviços até hoje. No Ministério da Aeronáutica, foi Chefe da Secretaria do Gabinete do Ministro; Chefe da Subseção de Pessoal Militar da Assessoria de Pessoal do Gabinete do Ministro; Adjunto da Assessoria de Pessoal do Gabinete do Ministro; e, ainda, Oficial de Gabinete.

Ao lado de Eduardo Gomes e de muitos outros Comandantes da Aeronáutica, Capitão Arnaldo também tem uma trajetória marcada pela obstinação em trabalhar continuamente em prol do desenvolvimento da Força, assistindo de perto muitas gerações empenhadas em atuar por uma organização cada vez mais moderna e operacional.

Empreendedor, Eduardo Gomes ajudou a forjar novos horizontes para o nosso país. O exemplo de fibra e arrojo lançou as sementes do CAN, colocando o avião a serviço do desenvolvimento.

Não há como deixar de admirar a figura do insígne Patrono da Aeronáutica e, com o pensamento voltado para os atos de coragem e as decisões que tomou em sua vida, render-lhe um preito de gratidão pelo imenso legado que nos foi transmitido. O CAN continuará sendo o vetor do progresso, da solidariedade e da integração nacional.

Missão Maranhão integra Marinha, Exército e Aeronáutica no combate à COVID-19


Agência Força Aérea | Publicada em 21/09/2020 11:30

A Força Aérea Brasileira (FAB) participa da Missão Maranhão, uma ação interministerial com o objetivo de levar equipamentos de proteção individual (EPI), testes de COVID-19, medicamentos e profissionais de saúde para comunidades indígenas do estado do Maranhão. A ação, realizada pelo Ministério da Defesa juntamente com o Ministério da Saúde e o Ministério da Justiça, integra a Marinha, o Exército e a Aeronáutica e ocorre em três fases, no período de 14 de setembro a 05 de outubro, visando a atender mais de 30 mil índios.

Para oferecer atendimentos especializados aos indígenas, no combate ao novo Coronavírus, médicos e enfermeiros das três Forças Armadas foram destacados dos estados de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Pará e Maranhão. Na primeira fase da Missão, que ocorre de 14 a 21 de setembro, esses profissionais de saúde prestam atendimentos a populações das Terras Indígenas nos Polos Bases de Barra do Corda. A segunda ocorre no período de 21 a 28 de setembro e seguirá para os municípios de Santa Inês e Zé Doca. A terceira, de 28 de setembro a 5 de outubro, vai atender populações dos municípios de Grajaú, Arame e Amarante.

Nos dois primeiros dias da Missão Maranhão, uma aeronave H-36 Caracal, pertencente ao Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (1º/8º GAV) – Esquadrão Falcão – transportou 38 profissionais de saúde para a Aldeia Escalvado, onde vivem índios da etnia Canela. Nos próximos dias, a previsão é atender moradores das aldeias de Porquinhos, Santa Maria e Três Irmãos.

“Estamos transportando militares da área de saúde da base em Imperatriz para as aldeias, que ficam em terrenos não preparados, de difícil acesso. Se o transporte ocorresse por via terrestre, a ação ia demorar muito”, informou o Capitão Aviador Andrey Araújo Moulin, do Esquadrão Falcão.

A Tenente Médica Roseana Beltrão da Silva Sovano Guimarães, pediatra do Hospital de Aeronáutica de Belém (PA), conta que é muito grata por fazer parte da Força Aérea e ter a chance de ajudar o País, levando saúde à população, em especial às crianças indígenas. “Levar um pouco de assistência é gratificante. Estamos sentindo também a gratidão por parte deles, em todos os lugares fomos bem recepcionados, a população nos recebeu com cânticos e danças típicas. Fiquei encantada. Meus olhos enchem de lágrimas diante de uma cultura tão rica”, revela a militar.

Além dos militares de saúde da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira, profissionais da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) também integram a equipe, formada por clínicos gerais, pediatras, ginecologistas, um infectologista, enfermeiros e técnicos de enfermagem.

Essa ação interministerial no estado do Maranhão é a 15ª missão voltada para comunidades indígenas durante a Operação COVID-19.

Operação COVID-19

A Operação COVID-19, coordenada pelo Ministério da Defesa, mobiliza militares por todo o Brasil. Homens e mulheres das Forças Armadas atuam no enfrentamento à pandemia do novo Coronavírus, em apoio à população. As ações envolvem descontaminação de espaços públicos, doações de sangue, transporte de medicamentos e equipamentos de saúde, distribuição de kits de alimentos para pessoas de baixa renda, entre outras.

Na execução dessas atividades, os militares atuam organizados em 10 Comandos Conjuntos que cobrem todo o território nacional, bem como no Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE). Esses Comandos reúnem militares das três Forças (Marinha do Brasil, Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira), que desenvolvem esforços no cumprimento das missões.