NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Políticos repercutem a morte de Otavio Frias Filho

Jornalista, dramaturgo e ensaísta, que modernizou o jornalismo brasileiro e comandou a Folha por 34 anos, foi vítima de câncer

Publicada em 21/08/2018 - 21h31

Otavio Frias Filho, diretor de Redação da Folha de S.Paulo, morreu nesta terça-feira (21) de um câncer originado no pâncreas.

Políticos repercutiram a notícia.

Tenente-Brigadeiro do Ar Nivaldo Luiz Rossato, comandante da Aeronáutica

"Ao dirigir a redação da Folha de S. Paulo por 34 anos, Otavio transformou o periódico em um dos mais proeminentes veículos de comunicação brasileiros, sempre buscando ampliar o debate intelectual sobre os principais assuntos do país preservando a pluralidade de ideias. A Força Aérea Brasileira presta condolências aos familiares e amigos."

 

PORTAL G1


Bolívia proíbe entrada de brasileiros sem vacina contra o sarampo

Medida protetiva faz parte de um acordo entre ambas as cidades de fronteira após casos da doença em Rondônia. Cerca de 300 doses estão sendo aplicadas por dia.

Lena Mendonça, G1 Guajará-mirim E Região | Publicada em 21/08/2018 - 15h52

Com a confirmação de casos de sarampo em vários estados da Região Norte do Brasil, o governo boliviano passou a exigir que brasileiros tomem a vacina contra doença na fronteira entre Rondônia e a Bolívia. Com a obrigatoriedade, quem não estiver imune está proibido de visitar o país vizinho.

Os bolivianos que forem visitar Rondônia também estão tendo que se vacinar no Porto de Guayaramerín (BENI), cidade vizinha a Guajará-Mirim (RO). A fiscalização está acontecendo diariamente através das Forças armadas.

Segundo o Ministério da Saúde, Rondônia tem um caso de sarampo registrado. Mas o maior surto foi registrado no Amazonas. O Brasil tem 1.237 casos confirmados de sarampo em 2018. Sete pessoas morreram devido à doença no país, sendo quatro em Roraima e três no Amazonas.

Até o momento, a campanha nacional de vacinação contra a doença e a poliomielite atingiu metade do público-alvo esperado, conforme o Ministério da Saúde. A mobilização, que começou no início do mês, se estende até o dia 31 de agosto.

A cada brasileiro que tenta entrar na Bolívia, as autoridades bolivianas exigem o cartão de vacinação atualizado, tanto contra o sarampo quanto a de febre amarela.

De acordo com a responsável pela Rede de Frio do Núcleo de Vigilância Epidemiológica e Ambiental (Nuvepa), Zilda Santos, a exigência faz parte de um acordo feito entre os dois países.

“Foi feito o acordo após uma reunião entre as autoridades aqui de Guajará e Guayaramerín. Por isso, quem precisa ir para a Bolívia precisa estar com o cartão de vacina atualizado”, destacou.

Como o município de Guajará-Mirim ainda não atingiu a meta de vacinação do público alvo contra o sarampo, que é de 95%, a população adulta ainda não pode tomar as vacinas nos postos.
Entretanto, Zilda ressalta que a grande maioria já tomou a vacina, mas não se recorda ou o cartão foi perdido. "Nesses casos, as pessoas vão acabar tomando de novo”, afirma.

No casos de pessoas que não foram imunizadas, no porto boliviano estão senfo disponibilizadas várias doses da vacina. Por dia, as vacinadoras estão aplicando aproximadamente 300 doses.
Para o estudante Rui Darcio, esse controle colabora para a eliminação do surto no estado de Rondônia.

“É extremamente importante esta ação. Isso ajuda a eliminar o surto que está acontecendo aqui”, disse.

 

Parentes de cabo e soldado mortos em operação falam da dedicação à carreira militar

Corpo de Fabiano de Oliveira Santos foi enterrado em Japeri. Será sepultado no mesmo local o corpo de João Viktor da Silva.

Henrique Coelho | Publicada em 21/08/2018 11h30

Parentes e amigos enterraram o corpo do cabo Fabiano de Oliveira Santos, de 36 anos, no início da tarde desta terça-feira (21), no Cemitério de Engenheiro Pedreira, em Japeri, na Baixada Fluminense. O sepultamento do soldado João Viktor da Silva, de 21 anos, também está previsto para esta tarde.

Fabiano morreu após ser atingido no ombro por disparo na localidade conhecida como Serra da Misericórdia, no Complexo do Alemão, durante operação das forças de segurança na segunda-feira (20). Ele chegou a ser socorrido, mas morreu antes de ser hospitalizado.

Fabiano era cabo temporário do Exército e deixa uma filha. Ele estava em casa em Japeri, no último domingo (19), quando soube que seria convocado para participar da operação das Forças de Segurança na Zona Norte do Rio. Apaixonado pela vida militar, atuou no complexo da Penha naquele dia.

“Ele abandonou a profissão de motorista de ônibus para seguir carreira no Exército, seguindo minha trajetória, também sou do Exército”, afirmou o pai do cabo, Jorge Santos, já reformado.
Fabiano foi o primeiro integrante das Forças Armadas a ser morto em ação desde o início da intervenção, em fevereiro.

A mãe, Dulcineia Lemos de Oliveira Santos, disse que Fabiano era um homem bom e decente. “O sentimento de revolta é muito grande, a dor é muito grande”, afirmou ela.
O pai disse que o filho sempre sonhou com a carreira militar e que morreu pelo seu país.

“Espero que a morte dele não seja em vão. É uma alegria por ele ter morrido como um bravo soldado, mas triste por ter que enterrar um filho. Era a coisa que eu mais amava”, afirmou Jorge.

Sonho de ser paraquedista

Outro militar também morreu em confronto com criminosos durante a operação desta segunda-feira. João Viktor da Silva, de 21 anos, foi baleado no Complexo da Penha, por volta das 17h40. O integrante do Exército teria sido atingido na cabeça e chegou a ser socorrido para o Hospital Getúlio Vargas, mas não resistiu.

Mara Bastos, ex-cunhada, muito emocionada, disse que a mãe do paraquedista está inconsolável. “Ele sonhava em ser paraquedista, era o xodó da mãe dele", conta. “Era a vida dele ser paraquedista. Um sonho realizado. Mas a gente não sabia que ia ser interrompido”, lamentou ela.

“Quando você vai para uma operação grande, você sempre imagina que vai voltar pra casa. Ele não imaginava isso. A mãe dele tinha medo”, disse Mara.
Além de parentes, amigos e dezenas de colegas fardados, o enterro teve a presença do candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL).

Operação na Maré, Alemão e Penha

Na madrugada de segunda-feira, 4,2 mil militares das Forças Armadas e 70 policiais civis participam de ação nos conjuntos de favela da Zona Norte do Rio. A operação aconteceu nos complexos do Alemão, da Penha e da Maré.

O soldado Marcus Vinícius Viana Ribeiro foi ferido na perna durante a mesma troca de tiros, mas foi hospitalizado e não corre risco de vida.

Até o fim da tarde de segunda-feira, 17 homens tinham sido presos, e cinco suspeitos morreram. Os agentes também apreenderam quatro granadas, duas pistolas e 552 kg de drogas. Dois carros roubados foram recuperados.
 

 

Pesquisa Ibope: aprovação da intervenção federal na segurança do RJ é de 55%

Maioria (51%) também concorda com a continuidade da política de UPPs. Foram ouvidas 1.204 pessoas entre os dias 17 e 20 de agosto; margem de erro é de 3 pontos percentuais.

Publicada em 21/08/2018 - 09h34

Pesquisa Ibope divulgada na segunda-feira (20) apontou que mais da metade dos fluminenses ouvidos aprova a intervenção federal na segurança pública e concorda com a política de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) no Rio de Janeiro.

Intervenção federal
Aprovam: 55%
Desaprovam: 40%
Não sabe/não respondeu: 5%

Continuidade da política de UPPs
Concorda: 51%
Discorda: 43%
Não concorda nem discorda: 2%
Não sabe/não respondeu: 4%
A pesquisa foi encomendada pela TV Globo e pela Editora Globo, que edita o jornal O Globo.

Sobre a pesquisa
Margem de erro: 3 pontos percentuais para mais ou para menos
Quem foi ouvido: 1.204 eleitores em 39 municípios de todas as regiões do estado, com 16 anos ou mais
Quando a pesquisa foi feita: 17 e 20 de agosto
Registro no TRE: RJ-03249/2018
Registro no TSE: BR‐00596/2018

O nível de confiança utilizado é de 95%. Isso quer dizer que há uma probabilidade de 95% de os resultados retratarem o atual momento eleitoral, considerando a margem de erro

 

Governo Federal diz que mil venezuelanos que vivem em RR devem ser interiorizados até o começo de setembro

Representante da Casa Civil apresentou medidas que serão adotadas após reunião entre onze ministérios, em Boa Vista.

Publicada em 21/08/2018 - 22h02

Cerca de mil imigrantes venezuelanos devem ser interiorizados até o começo de setembro, informou a Casa Civil da Presidência da República na tarde desta terça-feira (21), após reunião com representantes de outros dez ministérios em Boa Vista. Além da medida, a pasta anunciou outras ações que devem ser implementadas em caráter imediato.

De acordo com Viviane Esse, subchefe de Articulação e Monitoramento da Casa Civil, as ações técnicas que serão aplicada devem melhorar as condições da população roraimense, que está sobrecarregada com o aumento da imigração no estado.

"Nós intensificaremos o número de imigrantes que serão transportados agora no final de agosto e início de setembro. Ao todo, serão mil pessoas. Faremos isso como meta até o final do ano. A média de interiorização será de acordo com o número de entrada. As ações que o Governo Federal trouxe não é planejamento, são de pronta implementação", explicou.

Confira as medidas:

aumentar o número de vagas nos abrigos

implementar novo abrigo de transição

aumentar o número de interiorização

melhorias nas áreas da saúde, educação, segurança pública e apoio social

Outra medida é a implantação de um novo abrigo de transição para que os imigrantes não fiquem na rua enquanto aguardam a interiorização. Conforme a Casa Civil, os abrigos ficarão em locais afastados para diminuir o impacto nas cidades de Boa Vista e Pacaraima.

Viviane explicou ainda que a partir de agora os venezulanos serão levados para abrigos privados, que serão alugados e administrados pela ONU. O Exército Brasileiro ficará responsável pelo fornecimento de alimentos e o Governo Federal pala inserção dos imigrantes no mercardo de trabalho.

"A gente vai fazer isso em todo o Brasil. Temos várias vagas já nos estados da região Sul", comentou.

Durante a reunião também foram discutidas ações sobre saúde, educação, segurança e internet. Segundo a representante da Casa Civil, a velocidade da internet foi um dos motivos para o acúmulo de pessoas em Pacaraima e deve ser melhorada para que Polícia Federal execute a regularização dos imigrantes com mais rapidez.

"Agora, com essa agilidade, a Polícia Federal vai conseguir fazer a regularização migratória e as pessoas vão seguir o seu caminho, porque boa parte delas, que entram no Brasil por Pacaraima, não permanecem no país. Dessas que permanecem já fazem interiorização por conta própria", relatou.

Governo diz que medidas não são suficientes

Em entrevista ao G1, o chefe da Casa Civil de Roraima, Frederico Linhares, informou que as medidas anunciadas pelo Governo Federal não solucionam a crise migratória no estado. Nessa segunda (20), o executivo estadual apresentou uma lista de pedidos à comitiva interministerial.

"Todas as ações do Governo Federal precisam passar a contemplar os brasileiros que vivem em Roraima. É por isso que estamos pedindo que o hospital de campanha seja montado em Boa Vista para o reforço da nossa saúde. Além da doação de viatura para a Polícia Militar e Civil, para que a gente possa dar uma resposta mais breve para a criminalidade oriunda do fluxo migratório", declarou Linhares.

Reunião e o estopim

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Comitiva do governo federal se reúne em Pacaraima após tensão entre brasileiros e venezuelanos na fronteira (Foto: Arquivo pessoal)

A reunião ocorreu na base do Exército Brasileiro em Pacaraima, cidade brasileira que faz fronteira com a Venezuela, e contou com a participação de técnicos dos ministérios da Defesa, Casa Civil, Gabinete de Segurança Institucional, Justiça, Segurança Pública, Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Relações Exteriores, Educação, Saúde e Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, além do prefeito do município, Juliano Torquato (PRB).

A equipe interministerial composta por cerca de 20 pessoas foi enviada a cidade após a tensão envolvendo moradores e imigrantes venezuelanos no último sábado (17). Um comerciante de Pacaraima foi assaltado e agredido por quatro venezuelanos.

O crime revoltou a população, que atacou e expulsou os imigrantes que viviam em situação de rua no município. Houve atos de violência e destruição em acampamentos. Um vídeo mostra o momento em que centenas de imigrantes voltam para a Venezuela para fugir dos agressores. Estima-se que 1,2 mil venezuelanos deixaram a cidade.

Agora, tanto o crime praticado contra o comerciante, quanto a ação dos moradores da cidade que queimaram objetos pessoais, roupas e expulsaram os imigrantes que viviam em barracos improvisados nas ruas de Pacaraima devem ser investigados. A Polícia Civil abriu inquéritos para identificar os responsáveis e têm 30 dias entregá-los à Justiça.

Após a confusão, o governo de Roraima pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a suspenção temporária da imigração na fronteira e que os venezuelanos sejam redistribuídos com os outros 26 estados do país. Apesar do argumento, a Advocacia-Geral da União (AGU) afirmou ser contra o pedido.

Nesta terça-feira (21), um grupo de índios venezuelanos da etnia Warao que viviam em um abrigo de Pacaraima deixaram o município com destino ao país natal. Assustados com as ameaças dos moradores de Pacaraima, 50 deles usaram dois ônibus para retornar a região de Tucupita, onde vive a maioria dos nativos.

Reforço na segurança

O Governo Federal estabeleceu o envio de mais 120 homens da Força Nacional para a região de fronteira entre Brasil e Venezuela. Na segunda-feira (20), chegaram os primeiros 60 agentes. Outros 60 devem ser enviados nos próximos dias.

O reforço será somado aos 31 agentes que já estão em Pacaraima. De acordo com o Ministério da Segurança Pública, eles farão ações preventivas e repressivas para combater o tráfico internacional de armas e drogas e a entrada de imigrantes ilegais pela fronteira.

Boa Vista também ganha reforço no policiamento. Nesta terça-feira (21) mais 60 agentes chegaram de Brasília para fortalecer a segurança nas ruas da capital do estado. A ação faz parte de um pedido do governo de Roraima ao Ministério da Segurança Pública (MSP).

Dessa forma, sobe para 151 o efetivo da Força Nacional no estado. Conforme o secretário nacional de Segurança Pública, Flávio Basílio, o planejamento integrado para a operação na capital já começou e o patrulhamento deve ser iniciado nos próximos dias.

Processo de interiorização

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Imigrantes venezuelanos embarcam de Boa Vista com destino a São Paulo (Foto: Alan Chaves/G1 RR)

O processo de interiorização de imigrantes é uma tentativa do Governo Federal em lidar com o intenso fluxo de venezuelanos que cruzam a fronteira do Brasil por Roraima fugindo do regime de Nicolás Maduro. O primeiro voo foi realizado em abril e até agora 820 venezuelanos já deixaram o estado com destino a estados como São Paulo, Rio de Janeiro e Cuiabá.

Muitos dos venezuelanos vão sem emprego garantido nos destinos finais, mas podem permanecer nos abrigos por até três meses. Caso não consigam trabalho nesse período, o prazo de permanência pode ser revisto.

O processo conta com o apoio da Agência da ONU para Refugiados (ACNUR), da Agência da ONU para as Migrações (OIM), do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA) e do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).

 

PORTAL BBC


As crescentes dificuldades dos venezuelanos para entrar em outros países da América Latina


Publicada em 21/08/2018

Os migrantes venezuelanos são cada vez mais numerosos na América Latina. E também enfrentam cada vez mais empecilhos.

Não se sabe ao certo quantas pessoas já abandonaram a Venezuela para escapar da grave crise político-econômica, mas o Escritório da ONU para Assuntos Humanitários estima que, até o mês de julho, a cifra girava em torno de 2,3 milhões de pessoas.

Sabe-se também que esses números parecem estar subindo rapidamente: só na fronteira com o Brasil, em Roraima, estima-se que 500 venezuelanos cheguem por dia. Relatório recente da Organização Internacional de Migrações (OIM) aponta que ao menos 50 mil pessoas - a maioria em situação de grande miséria - entraram no país vindas da Venezuela até abril de 2018, um aumento de mais de 1.000% em relação a 2015.

Com milhares de migrantes vivendo nas ruas da empobrecida cidade fronteiriça de Pacaraima, as tensões cresceram e levaram a um protesto violento no último sábado, quando acampamentos venezuelanos foram queimados e cerca de 1,2 mil deles cruzaram a fronteira de volta a seu país.

O governo federal brasileiro trabalha com a política de fronteiras abertas em relação aos venezuelanos, e posterior interiorização dos imigrantes para desafogar Roraima. Ao chegarem ao país, eles recebem documentos provisórios e podem dar entrada em um pedido de refúgio ou de residência temporária.

A governadora do Estado, Suely Campos, chegou a editar no início de agosto decreto limitando o acesso dos imigrantes a serviços públicos, contestado pela Advocacia-Geral da União. Uma decisão liminar em primeira instância na Justiça do Estado chegou a impor o fechamento da fronteira, mas foi derrubada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região.

Os debates em torno do tratamento ao grande fluxo de migrantes - seja atribuindo a razões de segurança ou ao colapso dos serviços públicos - se estendem a outros países da América Latina, que têm recebido volume ainda maior de venezuelanos em suas fronteiras.

Passaporte em mãos

No Equador, por exemplo, a partir de sábado passado o governo começou a exigir um passaporte "válido e vigente" aos venezuelanos que quiserem entrar no país.

A justificativa é de que "foram identificados casos de tráfico de migrantes venezuelanos", segundo comunicado da Chancelaria equatoriana.

A decisão acabou sendo flexibilizada após entrar em vigor: as autoridades afirmaram que ela não se aplicaria a crianças e adolescentes que chegassem ao país acompanhados de pais ou responsáveis em posse de passaportes.

A exigência de passaporte é contestada na Justiça pela Defensoria Popular do Equador, que pediu medidas cautelares para evitar que o governo a colocasse em prática.
A defensora Gina Benavides disse à agência EFE que a exigência é inconstitucional e esbarra em "princípios básicos de atenção humanitária" diante da crise na Venezuela e da "necessidade de proteção" dos venezuelanos.

Ao mesmo tempo, as autoridades peruanas anunciaram que, a partir de 25 de agosto, também exigirão um passaporte válido para autorizar a entrada de venezuelanos em seu território.

Peru, Chile e Argentina são, depois da Colômbia, os países da região com a maior presença de venezuelanos, segundo cifras da OIM.

E, no último 11 de agosto, as autoridades peruanas anunciaram um novo recorde de entrada desses migrantes: foram registradas 5,1 mil em apenas um dia.

Para se ter uma ideia das dificuldades encontradas por esses migrantes, é preciso lembrar que muitos fazem por terra o trajeto entre Venezuela e Peru - uma distância de mais de 2,3 mil quilômetros.
O ministro do Interior peruano, Mauro Medina, disse que a exigência de passaporte dos venezuelanos se deve à necessidade de segurança de todo o país.

A medida deve ter um impacto significativo, uma vez que 20% dos venezuelanos entram no Peru apenas com a carteira de identidade, segundo a Superintêndencia Nacional de Migrações peruana. E, por conta da crise venezuelana, a emissão de passaportes é considerada muito difícil.

Venezuelanos que moram no Peru expressaram preocupação pela dificuldade adicional em se reunir com familiares que planejavam migrar para o país.
"Emitir um passaporte custa US$ 500, que é o que nos custa para vir ao Peru", disse Yuliber Morales, venezuelana que mora há um ano em Lima, ao jornal local Correo. "Se você tem um palanca (gíria para se referir a alguém influente que ajude nos trâmites), você o consegue em quatro dias, mas isso também custa, e dinheiro é algo que não temos."

A medida peruana também foi criticada pela Colômbia, destino para a maioria dos migrantes venezuelanos e também país de passagem dos que têm como destino outros países da América do Sul.
"Exigir hoje um passaporte dos venezuelanos, quando sabemos que seu governo não os está emitindo, é castigar a população pelos erros de seus mandatários", afirmou o diretor-geral de Migração da Colômbia, Christian Krüger Sarmiento.

A própria Colômbia - que registrava em julho a entrada de 50 mil venezuelanos por dia em distintos pontos de fronteira - reforçou suas medidas de controle de divisa em fevereiro, passando a admitir a entrada apenas de venezuelanos que apresentassem passaporte ou o Cartão de Mobilidade de Fronteira (TMF, na sigla em espanhol), um documento expedido pela agência migratória colombiana.
O país também está em meio a um processo de regularização de mais de 440 mil venezuelanos.

Vistos

No Chile, o governo anunciou em abril a criação de um "visto de responsabilidade democrática" destinado aos venezuelanos que queiram trabalhar e permanecer em caráter temporário no país. O documento, porém, só pode ser solicitado pelos consulados chilenos na Venezuela.

E a exigência foi aprovada dentro do contexto de uma reforma migratória que também tirou dos venezuelanos a possibilidade de entrar no Chile como turista e, posteriormente, mudar seu status migratório.

Na prática, isso significa que só se beneficiarão dos vistos os migrantes que tenham passaporte vigente e possam realizar os trâmites a partir da Venezuela.
Entraves para vistos a venezuelanos também passaram a vigorar em outros países.

Em 2017, o governo do Panamá começou a exigir visto de todos os venezuelanos que quisessem visitar o país por um período máximo de 30 dias e a um custo de US$ 60, sob a exigência de que o solicitante apresente as passagens de avião de ida e volta e comprove a posse de ao menos US$ 500.

Segundo a OIM, o número de venezuelanos no Panamá cresceu de 9,8 mil em 2015 para 75,9 mil em 2017.

 

JORNAL CORREIO DO POVO


Schirmer critica retorno de presos ao RS: "Uma decisão da Justiça na contramão da Segurança"

Secretário buscará apoio do Ministério Público para recorrer da decisão

Publicado em 21/08/2018 - 13h16

O secretário estadual da Segurança Pública, Cezar Schirmer, reagiu à decisão da Justiça Federal que ordenou o retorno de sete líderes de facções criminosas gaúchas ao Rio Grande do Sul. “Mais uma decisão da Justiça Federal na contramão da Segurança Pública gaúcha. Desta vez, um juiz de Mato Grosso (do Sul) determina o retorno para o RS de sete presos de alta periculosidade, que cumpriam pena em presídios federais graças ao esforço conjunto da Operação Pulso Firme”, escreveu. “O enfrentamento ao crime, pela natureza da atividade e pelas dificuldades existentes, é difícil. Se o Judiciário não compreender que deve estar ao nosso lado, será impossível mudar esta realidade”, acrescentou, adiantando que buscará novamente o apoio do Ministério Público do Estado para “recorrer desta temerária decisão”.

No dia 13 deste mês, o juiz Dalton Igor Kita Conrado, da 5ª Vara Federal do Mato Grosso do Sul, determinou o retorno dos presos. A 1ª Vara e 2ª Vara de Execuções Criminais de Porto Alegre já foram informadas pela Justiça Federal da decisão. A transferência deve ocorrer em até um mês. Considerados de alta periculosidade, os sete líderes de facções encontram-se recolhidos na Penitenciária Federal do Mato Grosso do Sul desde a realização da Operação Pulso Firme, em 28 de julho do ano passado.

Na época, 27 criminosos da Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas, Penitenciária Modulada de Charqueadas e Cadeia Pública de Porto Alegre (antigo Presídio Central) foram encaminhados para as penitenciárias federais de Porto Velho, em Rondônia, Mossoró, no Rio Grande do Norte, e Campo Grande, no Mato Grosso do Sul. Os apenados foram embarcados em uma aeronave da Força Aérea Brasileira na Base Aérea de Canoas. Houve a mobilização de 3 mil integrantes de 19 instituições federais, estaduais e municipais, sendo montado um forte esquema de segurança.

 

JORNAL A CRÍTICA (AM)


Prazo para solicitar voto em trânsito nas eleições termina quinta (23)

A medida beneficia eleitores que estarão fora do domicílio eleitoral durante o pleito de outubro. Pedido vale para 1º e 2º turnos

Publicada em 21/08/2018- 11h42

Os eleitores que estarão fora do próprio domicílio eleitoral no período das eleições deste ano, marcadas para outubro, têm mais três dias para pedir a autorização à Justiça Eleitoral se pretendem votar em outras cidades. O prazo para o requerimento começou em 17 de julho e termina na próxima quinta-feira (23), podendo ter validade tanto para o primeiro quanto para o segundo turno, ou ambos.

O voto em trânsito está previsto em leis, como o Código Eleitoral, mas segue algumas restrições. Essa habilitação apenas pode ser usada em capitais e municípios com mais de 100 mil eleitores. Outro limite tem relação com o alcance territorial.

Se a pessoa estiver fora do estado onde tem domicílio eleitoral, o voto em trânsito vale apenas para a escolha do candidato a presidente da República. No caso do deslocamento ser dentro da unidade da Federação em que vota, ele poderá usar a autorização para escolher também governador, senador, deputado federal e deputado estadual.

Para conseguir votar nestas condições, os eleitores precisam apenas apresentar um documento oficial com foto em qualquer cartório eleitoral e solicitar sua habilitação, indicando onde estará durante o pleito. Essa modalidade só pode ser requerida pelas pessoas que estão com situação regular no Cadastro Eleitoral.

Ausência deve ser justificada

Se, no dia da votação, o eleitor tiver qualquer problema para comparecer à seção eleitoral definida pelos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) – que têm até 23 de agosto para atualizar os locais aptos - ele deverá justificar sua ausência.

Presos provisórios e adolescentes que cumprem medida socioeducativa em unidades de internação também podem pedir a transferência temporária para outra seção eleitoral. Os nomes e dados serão indicados pelos responsáveis pelas unidades prisionais e de internação.

A habilitação também vale para integrantes das Forças Armadas, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Ferroviária Federal, polícias civis, polícias militares, equipes do Corpo de Bombeiro e também de guardas municipais que estiverem em serviço em função das eleições.

Eleitores com deficiência ou dificuldade de locomoção que perderam o prazo específico para estes casos (9 de maio), também podem pedir a transferência do local de votação até o dia 23 de agosto.
  

AGU defende que Supremo rejeite o fechamento da fronteira com Venezuela

Pedido feito pelo governo de Roraima quer a suspensão temporária da imigração de venezuelanos por meio da fronteira em Pacaraima, no norte do Estado

Publicada em 21/08/2018 - 11h29

A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou ao Supremo Tribunal Federal (STF), em manifestação enviada na noite de segunda-feira (20), que seja rejeitado o pedido feito pelo governo de Roraima pela suspensão temporária da imigração de venezuelanos por meio da fronteira em Pacaraima, no norte do Estado.

O pedido assinado pela advogada-geral da União, Grace Mendonça, afirma que, além de ineficaz, a medida é manifestamente contrária à ordem jurídica nacional e internacional, uma vez que violaria tratados internacionais aos quais o Brasil é signatário.

A medida da AGU foi uma resposta à petição formulada na véspera pelo governo de Roraima, que pediu o fechamento da fronteira para a entrada de imigrantes venezuelanos, alegando que a medida visa “evitar eventual perigo de conflitos, com derramamento de sangue entre brasileiros e venezuelanos”.

Roraima, que já teve um primeiro pedido para bloquear o ingresso de imigrantes venezuelanos pela fronteira rejeitado pelo Supremo, pediu a instalação de barreira sanitária e a instalação de hospital de campanha do Exército exclusivamente para atender às demandas dos imigrantes do país vizinho.

egundo a AGU, a adoção de qualquer uma dessas medidas têm como premissa o fechamento temporário das fronteiras até a implementação, “o que inviabiliza juridicamente seu atendimento”.

A AGU afirmou ainda em sua manifestação que o governo federal já anunciou iniciativas que visam o ordenamento de fronteira, como controle e triagem de imigrantes, instalações de abrigos e aceleração do processo de interiorização dos venezuelanos.

A segunda ação do Estado de Roraima junto ao STF ocorre após uma onda de violência no fim de semana em Pacaraima, deflagrada depois que o dono de um estabelecimento local foi esfaqueado e espancado supostamente por quatro venezuelanos.

Manifestantes brasileiros destruíram tendas usadas pelos venezuelanos para acampar na rua perto de um terminal de ônibus e incendiaram os pertences que os imigrantes deixavam para trás. Em resposta aos incidentes, o governo federal decidiu no domingo enviar um reforço de 120 homens da Força Nacional de Segurança a Roraima e determinou a intensificação dos esforços de interiorização de venezuelanos para outros Estados.

Dezenas de milhares de venezuelanos atravessaram a fronteira com o Brasil em Pacaraima nos últimos anos, fugindo da turbulência econômica e política em seu país. O fluxo sobrecarregou os serviços sociais do Estado e causou uma crise humanitária, com famílias dormindo nas ruas em meio à crescente criminalidade e prostituição.

 

PORTAL DEFESANET


Operação Atlântico V - Blindados do Exército embarcados em navio


Publicado em 21/08/2018 - 12h00

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Como parte do Calendário de Atividades Conjuntas do Ministério da Defesa (MD), foi realizado, em 18 e 19 de agosto, em São Francisco do Sul (SC), mais uma etapa da Operação Atlântico V. Sob a coordenação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), aconteceu o embarque e o desembarque de 31 Viaturas Blindadas de Transporte de Pessoal (VBTP) - MR GUARANI, pertencentes à 15ª Brigada de Infantaria Motorizada (15BdaInfMec), sediada em Cascavel (PR), em um navio atracado no porto daquela cidade.

Na oportunidade, cerca de 200 militares da Marinha e do Exército participaram da ação, que tem como propósito simular situações em que haja a necessidade do emprego de Forças Armadas em ações conjuntas. O exercício objetiva a preparação dos militares para o caso real da necessidade desse tipo de procedimento. A operação contou com o apoio de funcionários do porto e tripulantes do navio.

Os blindados foram transportados de trem, do terminal de Carga da Ferroeste, em Cascavel, no Paraná, até Paranaguá, no mesmo estado, passando pelos municípios paranaenses de Guarapuava, Ponta Grossa e Curitiba. Em seguida, foram levados, por rodovia, para o porto de São Francisco do Sul, em Santa Catarina. No local, ocorreu o exercício de entrada e saída dos carros de combate no navio.

As próximas etapas da Operação Atlântico estão previstas para o período de 7 a 13 de novembro, desta vez em Itaoca (ES) e na capital federal. As atividades dão continuidade ao aprimoramento do emprego conjunto das Forças Armadas.

 Operação Atlântico V

A Operação Atlântico é desenvolvida pelas Forças Armadas com o objetivo de promover a defesa da soberania marítima e das garantias da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.

Sob coordenação do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas (EMCFA), efetivos da Marinha, do Exército e da Força Aérea Brasileira atuam de forma integrada em exercícios de proteção da infraestrutura portuária e de áreas produtivas, tanto em regiões costeiras como em águas profundas, inclusive no desembarque e na escolta de navios mercantes.

As ações também visam à proteção de estruturas estratégicas como portos, refinarias e usinas hidrelétricas e nucleares. O exercício é crucial para o preparo integrado das Forças Armadas em missões de defesa das incalculáveis riquezas da chamada "Amazônia Azul", área marítima brasileira que guarda recursos estratégicos como o petróleo do Pré-Sal.

 

PORTAL TERRA


Aprovação de Embraer-Boeing não está associada a calendário eleitoral, diz Dyogo Oliveira


Publicada em 21/08/2018 - 13h22

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira, afirmou nesta terça-feira que a aprovação do governo à joint venture entre Embraer e Boeing não está associada ao calendário eleitoral brasileiro e que a discussão segue embasada em questões estritamente técnicas e jurídicas.

Segundo pessoas próximas às discussões, o governo estaria retardando o aval para a operação com receio de contestações por candidatos da oposição durante a campanha eleitoral. O primeiro turno ocorre no dia 7 de outubro.

"Não condiciono isso (o aval) a questões políticas... é um processo em andamento e terá seu tempo natural, sem envolver a política", disse Oliveira a jornalistas após evento na instituição.

"É um acordo comercial entre duas empresas privadas, que tem uma importância estratégica muito grande... não se pode condicionar à questão política", acrescentou.

O anúncio da união de esforços foi feito em julho e prevê que a Embraer tenha 20 por cento da nova empresa de aviões comerciais ao passo que a Boeing ficaria com 80 por cento. A fabricante brasileira de aviões manteria as áreas militar e de defesa e a produção de jatos executivos.

DEVOLUÇÃO AO BNDES

Na véspera, o BNDES aprovou a devolução de 30 bilhões de reais adicionais ao Tesouro Nacional, como pagamento por repasses recebidos durante o governo Dilma Rousseff, segundo o presidente da instituição.

O pagamento conclui o montante que o banco deveria repassar ao Tesouro neste ano, e totaliza 310 bilhões de reais em dinheiro devolvido aos cofres da União desde 2015.

Segundo Oliveira, a previsão para o ano que vem é de devolução de mais 26 bilhões de reais.

 

REVISTA MILITAR DIÁLOGO (EUA)


Secretário de Defesa dos EUA visita a Escola Superior de Guerra do Brasil

James N. Mattis realizou uma palestra para os militares e civis da tradicional escola militar brasileira.

Taciana Moury | Publicada em 21/08/2018

O secretário de Defesa dos Estados Unidos James Mattis conheceu a Escola Superior de Guerra (ESG), no Rio de Janeiro, durante sua primeira viagem ao Brasil. A visita, realizada no dia 14 de agosto de 2018, teve o objetivo de verificar a metodologia adotada na instituição de ensino brasileira, com o intuito de promover a adaptação no programa das escolas norte-americanas.

De acordo com Mattis, outras três escolas congêneres serão visitadas ainda este ano: a da Organização do Tratado do Atlântico Norte, em Roma, e os colégios de guerra em Canberra, na Austrália e em Cingapura. “É uma chance de aprender uns com os outros”, disse.

Para o General-de-Exército do Exército Brasileiro (EB) Décio Luís Schons, comandante da ESG, foi uma honra a escola ter sido escolhida pelo secretário Mattis. Além disso, segundo o oficial, a visita resgata um relacionamento antigo entre as duas instituições.

“A ESG foi criada tendo como inspiração a Universidade de Defesa Nacional dos EUA”, explicou o Gen Ex Schons. “Mas, elas se diferenciaram ao longo do tempo e existe muito o que compartilhar, trocar impressões e verificar como estão sendo tratados os assuntos de defesa.”

O comandante da ESG antecipou à Diálogo que ficou definido com o secretário de defesa norte-americano a vinda de uma delegação de diretores de escolas militares dos EUA para realizar algumas atividades conjuntas com a instituição brasileira. “O objetivo é aprofundar o conhecimento e intensificar o intercâmbio na área de ensino entre os dois países”, explicou.

Para o Gen Ex Schons, a presença do secretário – e general reformado do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA – foi um dos pontos altos do ano escolar de 2018, não só pela importância da função desempenhada, mas também pela vivência como fuzileiro naval, militar e soldado. “A trajetória de James Mattis é um grande exemplo para os militares e civis”, destacou.

Ao iniciar o discurso aos professores e alunos da ESG, Mattis parabenizou a instituição brasileira por ter sido reconhecida como uma universidade de ponta no campo militar profissional. A escola vai receber o Perry Award de 2018, do Centro de Estudos de Defesa Hemisférica William J. Perry, no dia 20 de setembro, em Washington. O prêmio reconhece indivíduos e instituições que contribuíram para a base de conhecimento dos profissionais de defesa e segurança, promoveram um ambiente cooperativo de segurança internacional e estimularam a capacidade institucional sustentável nas Américas.

ImagemParceria com o Brasil

Mattis ressaltou, durante o seu discurso, a parceria histórica com o Brasil desde a segunda guerra mundial e a importância da cooperação com os países da América Latina. “Continuamos hoje focados no fortalecimento do nosso relacionamento militar, porque buscamos um hemisfério colaborativo, próspero e seguro”, afirmou. “Precisamos manter individual e coletivamente a consciência situacional em todos os domínios: ar, terra, mar, certamente no espaço hoje, e no ciberespaço. É uma época em que compartilhamos informações sobre nosso ambiente com nossos vizinhos.”

O secretário norte-americano reforçou a importância de reenergizar a relação de defesa com o Brasil e construir sobre a base sólida já existente uma cooperação estratégica transparente confiável e estável. “Vemos um futuro brilhante à frente, para o Brasil e para o nosso hemisfério”, destacou Mattis.

Ao ser questionado sobre como devem ser as relações estratégicas entre os dois países para a próxima década, Mattis reforçou que os EUA querem continuar contribuindo para que o Brasil avance. “O país ocupa um papel de liderança na América, tanto pela sua extensão territorial, quanto pela sua economia e, apesar dos recentes problemas enfrentados, o país certamente será o líder da América do Sul”, destacou. “Temos um profundo respeito por essa nação parceira.”

O Gen Ex Schons salientou que Mattis deu muita ênfase na importância do relacionamento bilateral de defesa durante seu discurso. De acordo com o oficial, foi possível conhecer o pensamento estratégico dele em relação à estrutura de defesa norte-americana. Para o Capitão-de-Mar-e-Guerra da Marinha do Brasil Levi Alves da Silva, um dos alunos do Curso de Altos Estudos de Política e Estratégia, a palestra de Mattis permitiu ter um melhor dimensionamento da atual política externa dos EUA nos assuntos de defesa para o continente sul-americano, bem como vislumbrar o surgimento de novas parcerias.

Acordos bilaterais

O primeiro compromisso de Mattis no Brasil foi um encontro com o ministro da Defesa do Brasil Joaquim Silva e Luna, no dia 13 de agosto, em Brasília. Dentre os temas discutidos estavam a cooperação em defesa cibernética e a troca de informações voltadas ao combate de crimes transfronteiriços.

A importância do uso do espaço e a recente assinatura por parte da Força Aérea Brasileira do Acordo de Consciência Situacional do Espaço do governo dos EUA também foram pautas do encontro. Segundo Silva e Luna, a reunião foi muito proveitosa. “Possibilitou alinhar algumas percepções sobre o pensamento de defesa nesta parte do continente americano”, disse.

O Acordo de Salvaguardas Tecnológicas para uso pelos EUA do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, foi tratado pelos líderes da Defesa. “Estão sendo feitos os últimos ajustes nos termos do acordo de salvaguarda. O objetivo é que seja formalizado ainda este ano”, revelou Silva e Luna. Depois de finalizado, o texto ainda tem que ser aprovado pelo Congresso brasileiro. Estiveram presentes na reunião o Almirante-de-Esquadra Eduardo Leal Ferreira, comandante da Marinha do Brasil (MB), o Tenente-Brigadeiro-do-ar Nivaldo Rossato, comandante da Força Aérea Brasileira, o Almirante-de-Esquadra da MB Ademir Sobrinho, chefe do Estado Maior-Conjunto das Forças Armadas e o General-de-Exército Walter Braga Netto, representando o comandante do EB.

 

PORTAL AIRWAY


Fórum debate o futuro da Aviação Naval no Brasil

Organizada pela parceira de Airway, a Revista Asas, 5° Fórum acontece no dia 28 de agosto em São Paulo

Publicada em 21/08/2018

Aos 102 anos, em um momento de ampla renovação, a Aviação Naval brasileira é tema do 5º Fórum ASAS, que acontece no próximo dia 28 de agosto, em São Paulo (SP). As inscrições estão abertas.

O debate acontece em um momento de novidades e transformações para a Aviação Naval. Entre as principais novidades estão a incorporação dos UH-15 em sua versão de guerra antisuperfície, dos MH-16 Sea Hawk e dos AH-11B modernizados no padrão Wildcat.

No mar, também há mudanças. Por um lado, a Marinha anunciou a desativação do único porta-aviões disponível, o A-12 São Paulo. Por outra, há a chegada do Porta-Helicópteros Multipropósito Atlântico, a nova nau-capitânia da Marinha. Também foram incorporados nos últimos anos meios navais com grande capacidade de apoiar operações aéreas, como o NDM Bahia.

Realizado com o apoio oficial da Marinha do Brasil e do Ministério da Defesa, o 5º Fórum ASAS irá reunir representantes de empresas, comandantes de unidades e especialistas. A programação do evento inclui uma participação do próprio Comandante da Força Aeronaval da Marinha do Brasil, Contra-Almirante Denilson Medeiros Nôga, e de outros oficiais do Comando da Aviação Naval; além de apresentações especiais das principais empresas hoje envolvidas em programas com a Força Aeronaval, como a MBDA, Airbus, Embraer Defesa e Segurança, Leonardo e Helibras.

“Os eventos de ASAS privilegiam o networking. É um encontro das lideranças de cada área com o público interessado e a imprensa”, disse Claudio Lucchesi, editor da Revista ASAS e idealizador do Fórum ASAS.

Acesse o hotsite www.eventoasas.com.br para ver a programação completa e fazer sua inscrição.

SERVIÇO

5º Fórum ASAS

Dia 28 de agosto – 8h30 às 17 horas

Matsubara Hotel – Rua Coronel Oscar Porto, 836 São Paulo (SP)

 

OUTRAS MÍDIAS


AEROFLAP - Ozires Silva publica carta em apoio à parceria Boeing-Embraer


Publicada em 21/08/2018

Ozires Silva, conhecido por ser um dos fundadores da Embraer, escreveu recentemente um artigo sobre a compra de parte da empresa pela Boeing.

Confira o artigo na íntegra abaixo:

A indústria aeroespacial global está passando por profunda transformação. Consolidação entre fabricantes e fornecedores prometem impactar a competitividade do setor. Países como Japão, Rússia e China, contando com apoios governamentais e foco nos jatos de até 150 assentos, estão dispostos a ganhar mercados externos, no qual a Embraer é líder mundial.

Sabemos ser difícil manter posição de destaque em mercados competitivos como a indústria aeroespacial. Os países emergentes, que cresceram descobriram que não podemos fazer o que queremos. Temos de fazer o necessário, mesmo com sacrifícios, menos direitos e mais obrigações. Por isso, a Embraer está focada em manter sua competitividade no futuro: a parceria estratégica com a Boeing, a maior fabricante de jatos comerciais do mundo, faz sentido.

Quando a Embraer foi criada, em 1969, a indústria aeronáutica era mais diversificada, mas não menos competitiva. Anos de trabalho árduo construíram a imagem e a reputação da Embraer no mercado internacional, desde que expusemos o Bandeirante uma primeira vez no Salão Aeronáutico de Le Bourget, em 1977. Desde então, a Embraer se dedicou a identificar certos nichos de mercado, com atenção total aos clientes para entregar produtos inovadores que atendessem às suas necessidades.

A parceria com a Boeing poderá tornar a Embraer empresa mais forte e preparada para competir nos próximos anos. Juntas, as duas empresas criarão novos produtos e crescer, explorando oportunidades nos mercados. A Boeing reconhece a capacidade técnica da engenharia e da mão-de-obra da Embraer e afirma que o Brasil será o centro de excelência da joint venture, garantindo produção, criação de empregos e exportações para o Brasil.

Há um paralelo deste momento com a privatização da Embraer, em 1994. Como agora, haviam apreensões e vozes contrárias, mas sabíamos que a privatização era a única saída para mantermos a Embraer viva e, mais ainda, preparada para o futuro. A história mostrou que a decisão foi mais do que acertada e, desde então, a Embraer cresceu, se modernizou e se internacionalizou.

Tornou-se, assim, líder mundial na fabricação de jatos de passageiros de até 150 assentos, ingressou no segmento ultracompetitivo da aviação executiva com produtos superiores e inovadores – o jato Phenom 300, por exemplo, há anos é o modelo mais vendido de sua categoria – e tem aumentado sua atuação internacional na área de defesa, cujo expoente atualmente é o jato de transporte multimissão KC-390. Com grande potencial de exportação, o KC-390 vem para substituir parte da frota global de antigos C-130 Hercules, de origem norte-americana, ainda em operação.

Vivemos um momento que exige coragem e ousadia para tomar as decisões corretas e, assim, criar as oportunidades necessárias para o futuro. Entre outras vantagens, essa parceria estratégica com a Boeing fortalecerá ambas as empresas, posicionando-as de forma adequada para competir no novo cenário global da indústria aeroespacial.

Não menos importante, veremos preservados os interesses da FAB e do Governo Brasileiro, mantendo a capacidade tecnológica e industrial instaladas no Brasil, o que garante também a soberania e a autonomia da nossa nação.

Com linhas de produtos complementares, filosofias de trabalho e culturas semelhantes, dedicadas à inovação e excelência, a parceria estratégica se beneficiará de uma cadeia global de suprimentos, com fornecedores nossos e uma rede de serviços que fortalecerá as marcas Boeing e Embraer, criando assim uma nova proposta de valor para funcionários, clientes, parceiros e investidores.

Como um apaixonado pela Embraer, à qual dediquei a maior parte de minha vida, vejo esta nova rota como essencial na construção do futuro da Embraer, que, tenho certeza, será um sucesso ainda maior!

 

DIÁRIO CAUSA OPERÁRIA (SP) - ITA terá cota para negros no vestibular 2019


Publicada em 21/08/2018

Pela primeira vez na sua história, o Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) vai destinar cotas para negros no vestibular: 22 das 110 vagas. As inscrições para o processo seletivo, um dos mais concorridos do país, começaram no dia 1º de agosto.

O ITA é uma instituição de ensino superior pública, criada em 1950, e é ligada à Força Aérea Brasileira e ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA). A adoção do sistema de cotas segue uma decisão do STF, de abril, que a lei de cotas também deve ser aplicada em concursos das Forças Armadas.

Todas as outras instituições de ensino do país, ligadas ao Ministério da Educação (MEC), já adotavam o modelo.

Vinte por cento das 110 vagas nos seis cursos de engenharia serão para alunos cotistas. No vestibular anterior, 11,3 mil candidatos disputaram as vagas. Os selecionados podem optar entre carreira militar ou civil.

O ITA não tem uma estatística sobre o número de estudantes negros na instituição, mas a maioria dos alunos são homens e brancos.