A Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar) comemora nesta sexta-feira (21) 72 anos de atuação em Barbacena. A data será marcada com uma solenidade de entrega de medalhas para militares que completam 10, 20 ou 30 anos de serviços prestados.

De acordo com a assessoria da instituição, a cerimônia será presidida pelo comandante da Epcar, brigadeiro do ar Paulo Ricardo da Silva Mendes, e contará apenas com a presença dos agraciados, devido à pandemia da Covid-19, e vai respeitar protocolos de prevenção.Diante disso, um vídeo comemorativo do aniversário será divulgado nas redes sociais da Epcar e NascenTV. A cerimônia está prevista para começar às 11h no pátio de formaturas da Epcar.

A escola de formação do futuro cadete aviador da Força Aérea Brasileira (FAB) já formou mais de 17 mil alunos ao longo das mais de sete décadas de atuação.

No próximo sábado (22), a Força Aérea Brasileira celebra o Dia da Aviação de Patrulha. Em 22 de maio de 1942, militares brasileiros pilotando um bombardeiro médio B-25B Mitchell, tripulado por outros quatro militares da Força Aérea do Exército dos EUA, atacaram o submarino Barbarigo, da Marinha Italiana.

Quatro dias antes, o submarino fascista afundou, com torpedos, canhões e metralhadoras, o navio mercante brasileiro Comandante Lyra. No dia 22, os capitães da FAB Parreiras Horta e Oswaldo Pamplona, pilotos do B-25, atacaram o Barbarigo com 10 bombas de 45 kg na costa de Fortaleza. 

Danificado, o Barbarigo conseguiu escapar. Em 1943, a embarcação italiana foi afundada pelos britânicos em Singapura. O ataque de 22 de maio de 1942 marcou o batismo de fogo da FAB, que tinha pouco mais de 1 ano desde sua fundação em janeiro de 1941. O Capitão Pamplona ainda seguiu para os combates na Itália com o 1º Grupo de Aviação de Caça, onde participou de 47 missões pilotando o caça-bombardeiro P-47D Thunderbolt. 

Ao longo de sua história, a FAB empregou, além do B-25, as aeronaves PBY Catalina, PV-1 e PV-2 Ventura, B-18 Bolo, A-28 Hudson, P-15 Neptune e P-16 Tracker nas missões de patrulha marítima. Hoje, carregando as glórias dos que combateram os ataques nazifascistas na costa brasileira, os militares dos esquadrões Orungan, Netuno e Phoenix voam os Lockheed P-3AM Orion e Embraer P-95BM Bandeirulha. 

A Aviação de Patrulha desempenha diversas missões, vigiando o Pré-Sal, fiscalizando a pesca ilegal em prol da biodiversidade marítima, trabalhando contra a poluição do mar brasileiro e acompanhando o tráfego marítimo.

Além disso, a Patrulha também se destaca pelas missões de Busca e Salvamento (SAR), realizando diversas operações do tipo na costa do país, fora a participação nas buscas ao submarino argentino ARA San Juan em 2017 e ao C-130 chileno em 2019.

Segundo a FAB, os P-3 e P-95 também realizam missões IVR (Inteligência, Vigilância e Reconhecimento), empregando sensores de Guerra Eletrônica aeroembarcados, o que incrementa a capacidade de obtenção e interpretação de imagens e sinais eletromagnéticos, bem como auxilia na confecção dos relatórios oriundos das missões realizadas.

No ano passado, o Esquadrão Orungan (1º/7º GAV) incorporou à sua dotação aeronaves remotamente pilotada, fato que representa um marco definitivo no emprego dos Esquadrões de Patrulha nas Ações de Força Aérea de Reconhecimento.

Sediado na Ala 12 (Base Aérea de Santa Cruz), o Orungan voa o P-3AM, aeronave que nesse ano completa 10 anos de operação na FAB. O primeiro P-3 chegou ao Brasil em julho de 2011 na Base Aérea de Salvador, antiga sede do 1º/7º, com a FAB recebendo a última unidade em 2014. 

Com os Orions em serviço, o Brasil recuperou a capacidade de Guerra Antissubmarino (ASW), que havia perdido na década de 90 com a aposentadoria dos P-16 Tracker. Além da capacidade ASW, o P-3AM também carrega poderosos armamentos, como os mísseis antinavio Harpoon, capazes de neutralizar embarcações de guerra a uma distância além do alcance visual.

Com quatro motores, a aeronave tem grande autonomia, podendo permanecer em voo durante 16 horas. Além disso, possui modernos sensores eletrônicos embarcados, conferindo ao P-3AM a capacidade estratégica de vigilância marítima de longo alcance.

O Comandante do Esquadrão Orungan, Tenente-Coronel Aviador Marcelo de Carvalho Trope, destaca a contribuição da aeronave para o cumprimento da missão da FAB.

“Desde sua chegada à FAB, o P-3 AM demonstrou ser um vetor aéreo com capacidade de emprego mundial. Com ele, foram realizadas missões de Patrulha Marítima em apoio a Cabo Verde, missões de treinamento com grande destaque para o desempenho de nossos tripulantes na Escócia e em Portugal, além de várias missões de Busca e Salvamento em apoio a nações amigas, como, por exemplo, Argentina e Chile”, afirmou.

Ainda exaltando a importância desse vetor aéreo para a FAB, o Tenente-Coronel Trope complementa: “As características desse avião garantem ao Brasil um grande poder dissuasório. Além disso, com o Orion, a FAB resgatou a capacidade de Guerra Antissubmarino, voltando a atuar em todas as vertentes do combate no Teatro de Operações Marítimo”.

Além do Orungan com o P-3AM, os Esquadrões Phoenix (2°/7° GAV) e Netuno (3°/7° GAV), também são desempenham papel fundamental na vigilância das águas territoriais brasileiras, empregando os P-95BM Bandeirulha em suas operações.

Apesar de ser um modelo menos capaz que o P-3, a recente modernização dos P-95 lhes conferiu uma sobrevida através da reforma e incorporação de aviônicos e sensores modernos. O Esquadrão Phoenix é sediado na Ala 3 (Base Aérea de Canoas), enquanto o Netuno opera a partir da Ala 9 (Base Aérea de Belém). 

O auxílio à população brasileira no combate à crise sanitária provocada pelo novo coronavírus, há 14 meses, faz parte do dia a dia de militares das Forças Armadas, com diversificadas atividades desenvolvidas, como apoio à vacinação; desinfecção de locais públicos; transporte de pacientes e de insumos; e distribuição de kits com alimentos e materiais de higiene.

Com o emprego, até o momento, de 34 mil militares, entre tropas e profissionais de Saúde, a Marinha, o Exército e a Aeronáutica, por meio dos Comandos Conjuntos, atuam regularmente em parcerias com ministérios, estados e municípios no combate à Covid-19.

Recentemente, militares das três Forças, vinculados ao Comando Conjunto Norte, viabilizaram a entrega de 8 mil cestas básicas e kits de higiene às comunidades dos municípios de Melgaço e Portel, na Ilha do Marajó, no Pará. A ação integra a Operação Pão da Vida, coordenada pelo Ministério da Defesa e Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

Em apoio à vacinação, o Ministério da Defesa trabalha com diferentes ações. A participação das Forças Armadas no processo de imunização da população brasileira teve início em janeiro deste ano, com o transporte de vacinas para locais de difícil acesso.

Na Região Norte, as Forças Armadas auxiliam na logística para a vacinação de indígenas e de populações ribeirinhas. Esse apoio possibilitou, até o momento, a aplicação de 199,6 mil doses em indígenas. Houve também a cessão de profissionais de Saúde para ampliar o efetivo dos postos de vacinação em diversos municípios por todo o país.

Os alunos do Curso Prático de Aspirantes a Oficial Intendente (CPAINT) visitaram as Organizações Militares da Guarnição de Aeronáutica de Manaus (GUARNAE-MN), no último dia 17. Eles foram recebidos pelos Comandantes e pela Prefeita das OMs subordinadas à Secretaria de Economia Finanças e Administração da Aeronáutica (SEFA).

O dia iniciou com uma palestra do Comandante do Comando Aéreo Amazônico, Brigadeiro do Ar Luiz Guilherme da Silva Magarão, que tratou sobre o processo de Aprimoramento da Reestruturação da Força Aérea Brasileira (FAB) e a reativação do VII COMAR. Ele destacou também a mudança na estrutura do antigo Sétimo Comando Aéreo Regional (VII COMAR), a representatividade do Comando da Aeronáutica na Amazônia Ocidental e a busca pela excelência administrativa.

Ao encerrar sua instrução, o Brigadeiro Magarão ressaltou a importância de receber os alunos do CPAINT. “É a oportunidade de apresentar a Força Aérea na região amazônica, contribuindo, assim, com mais um tijolo na formação dos futuros gestores”, disse.

Os alunos puderam conhecer a estrutura da Guarnição, bem como as balsas e os empurradores utilizados no transporte fluvial do material pela Comissão de Aeroportos da Região Amazônica (COMARA). Além disso, foram instruídos acerca da navegabilidade dos rios em período de cheia e a impossibilidade de se executar algumas ações no período da seca.

Complementando a visita guiada, foram montados quatro estandes de esquadrões aéreos da FAB que apresentaram as peculiaridades da operação de cada aeronave da Ala 8. Participaram os Esquadrões Arara (1º/9º GAV), Cobra (7º ETA), Harpia (7°/8° GAV) e Pacau (1°/4° GAV).

Dando continuidade ao cronograma do Curso, na terça-feira (19), os Aspirantes a Oficial foram para São Gabriel da Cachoeira (AM), local onde tiveram a oportunidade de conhecer o Destacamento de Aeronáutica e o Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de São Gabriel (DTCEA-UA), além de identificar as necessidades de apoio das demandas pelas organizações da FAB localizadas nas áreas mais isoladas na Amazônia, além de visitarem a Segunda Brigada de Infantaria de Selva.

Em agradecimento às instruções, o Brigadeiro Intendente Gilson Alves de Almeida Junior reforçou a relevância da missão em Manaus. “É uma oportunidade para que os alunos conheçam  mais da atividade que realizarão em prol da Força Aérea”, disse.

ara o Aspirante a Oficial Intendente Luiz Fernando Nascimento dos Reis, a atividade foi essencial. “Para nós que estamos iniciando nossas carreiras na intendência, é uma honra termos a experiência de visitar as diversas organizações pelo Brasil  e conhecer as peculiaridades de cada região”, disse.

Fotos: Tenente Shirley/CINDACTA IV / Cabo A.Pardo / Soldado Moré da Silva /VII COMAR

A aeronave multimissão da Embraer C-390 Millennium concluiu com sucesso a campanha de certificação militar como receptora de reabastecimento aéreo e realizou a liberação de reabastecimento entre pares KC-390 e C-390.

As missões aéreas foram realizadas usando “pods” sob as asas exclusivos projetados para a missão especial, o que resulta em alcance estendido e alcance expandido para aeronaves de busca e resgate e outras operações críticas para aeronaves de asas fixas e rotativas.

As operações podem ser conduzidas dentro de uma faixa de velocidades de 120 a 300 nós em altitudes de 2.000 a 32.000 pés. O KC-390 e seu modelo irmão, o C-390, têm dupla certificação civil e militar, conduzida no Brasil de acordo com os padrões de aeronaves da categoria de transporte FAA Parte 25.

O KC-390 é movido por dois motores turbofan IAE V2500-E5 e apresenta aviônicos Collins Aerospace Pro Line Fusion na cabine de comando. As aeronaves também foram encomendadas pelas forças aéreas portuguesa e húngara.

Os quatro cargueiros bimotores a jato KC-390 Millennium registraram mais de 2.500 horas desde que entraram em serviço na Força Aérea Brasileira.

A nova edição da revista Aerovisão já está disponível online. Na publicação do segundo trimestre de 2021, o destaque da capa são os esforços de guerra da Força Aérea Brasileira (FAB) e de seus militares na Operação COVID-19.

Esta edição traz uma reportagem especial sobre o Exercício Culminating, que ocorreu em Louisiana, nos Estados Unidos, onde o KC-390 Millennium participou pela primeira vez de um treinamento internacional, em conjunto com o Exército e a Força Aérea dos Estados Unidos, além do Exército Brasileira.

Em entrevista, o novo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, fala das expectativas com o cargo, os desafios nos 80 anos da FAB, além do apoio logístico do Comando-Geral de Apoio (COMGAP) em meio à pandemia da COVID-19. Outro destaque da publicação é a capacitação dos pilotos de caça da Força Aérea Brasileira, que ocorre em Såtenäs, na Suécia, e integra a implantação do F-39 Gripen na FAB.

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