NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


NOTIMP 053/2018 - 22/02/2018

Publicado: 22/02/2018 - 08:11h
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Temer distribuirá 530 refugiados venezuelanos para SP e AM

Governo federal pretende repetir o que foi feito com haitianos no Acre em 2015

Gustavo Uribe | Publicada em 21/02 - 18h21

O governo federal irá distribuir, no início de março, 530 refugiados venezuelanos de Roraima para São Paulo e Amazonas.A decisão foi tomada em reunião, nesta quarta-feira (21), no Palácio do Planalto, do comitê federal de ajuda emergencial.

Segundo o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, 350 irão para São Paulo e 180 para o Amazonas. Eles serão transferidos para locais com vagas em abrigos e postos de trabalho previamente acordados com autoridades locais.

O perfil inicial dos venezuelanos que serão deslocados será de homens solteiros, com qualificação profissional e que demonstraram desejo de permanecer no Brasil.

Eles estão atualmente em período de quarentena após terem sido vacinados e imunizados contra doenças como sarampo e febre amarela.

"Os imigrantes que sejam aptos a interiorizar, que são geralmente homens solteiros e com qualificação profissional, começarão a ser transferidos. Nós temos previsão em São Paulo e Amazonas de aceitação de trabalhadores para desafogar a fronteira", disse a subchefe de articulação da Casa Civil, Natália Marcassa.

A ideia do governo federal é repetir o que foi feito em 2015, quando refugiados haitianos foram transferidos do Acre para São Paulo, Paraná e Santa Catarina para trabalharem principalmente em frigoríficos.

Ao todo, mais de 40 mil venezuelanos atravessaram a fronteira e estão acampados nas cidades de Boa Vista e Pacaraima, onde sobrecarregaram o sistema de saúde pública e geraram aumento nos índices de violência.

De acordo com o Padilha, em torno de 40% da população que atravessou a fronteira é formada por homens solteiros com interesse em vagas de trabalho.

"Nós temos três tipos pessoas. As pessoas que buscam comida para família e retornam para a Venezuela. As pessoas que vieram para permanecer na região, especialmente as famílias indígenas. E aquelas que querem se internalizar para cidades onde possam ter ocupação", disse o ministro.

Em entrevista à imprensa, Marcassa afirmou ainda que o governo federal irá fazer dois novos centros de acolhimento e triagem em Boa Vista e Pacaraima.

Eles terão capacidade para 1.500 refugiados, com a oferta de comida, remédios e atendimento médico. Em Boa Vista, ele será erguido próximo à Praça Simão Bolívar, onde acampa a maior parte dos refugiados.

Na reunião, ficou definido ainda que haverá reforço no envio de alimentos, medicamentos e abrigos para Roraima. Segundo o ministro, as iniciativas terão, em um primeiro momento, um custo total de cerca de R$ 70 milhões ao governo federal.

Na semana passada, o presidente Michel Temer decretou estado de emergência social em Roraima devido à entrada de milhares de refugiados venezuelanos.

A medida provisória permitiu o repasse imediato de recursos pelo governo federal e a atuação das Forças Armadas na coordenação das ações humanitárias.

Com a iniciativa, foi duplicado de 100 para 200 o efetivo militar na região de fronteira e enviado ao local um hospital de campanha, com capacidade para cirurgias e consultas.

Capital paulista

Após reunião com o alto comissário da ONU para refugiados, Filippo Grandi, o prefeito de São Paulo, João Doria, anunciou que "a cidade de São Paulo vai acolher 300 venezuelanos a partir de abril, em áreas destinadas para essas pessoas dormirem, se qualificarem, terem oportunidade de emprego e de vida".

 

PORTAL UOL


Brasil tenta parceria com SpaceX e Boeing para lançar foguetes no Maranhão


Aiuri Rebello | Publicada em 22/02 - 4h

Após o fracasso da parceria firmada com a Ucrânia 15 anos atrás, o governo federal negocia com as empresas norte-americanas SpaceX e Boeing, entre outras, o uso do CLA (Centro de Lançamento de Alcântara), no Maranhão, para lançamento de foguetes em missões espaciais até 2021. De acordo com o Ministério da Defesa, a base de lançamento tem o potencial de gerar 1,5 bilhão de dólares por ano ao país.

A SpaceX é hoje a principal companhia privada dedicada à exploração espacial e, no dia 6, lançou ao espaço a partir dos EUA o Falcon Heavy, o foguete mais potente da história.

A Boeing é uma das maiores empresas de construção de aeronaves do mundo e também produz componentes, satélites e veículos espaciais -- a empresa é fabricante dos ônibus espaciais usados pela Nasa (a agência espacial norte-americana) para levar astronautas ao espaço.

Primeira parceria deve ser em breve, diz major-brigadeiro

"Ainda não há nenhuma parceira fechada, mas estamos conversando e negociando com várias empresas do setor aeroespacial, incluindo a SpaceX, para o uso da nossa base em Alcântara", afirma o major-brigadeiro Luiz Fernando Aguiar, presidente da Comissão Coordenadora de Implementação de Sistemas Espaciais da FAB (Força Aérea Brasileira).

"Algumas dessas conversas estão bem adiantadas e devemos anunciar a primeira parceria em breve", declara.

Em novembro, os militares da Aeronáutica receberam uma comitiva de executivos de empresas norte-americanas do setor aeroespacial. De acordo com a FAB, havia representantes das companhias Vector Space Systems, Microcosm, Boeing e da gigante da área militar aeroespacial Lockheed Martin.

Visita da SpaceX cancelada por causa do Falcon Heavy

Segundo o major-brigadeiro Aguiar, os executivos da SpaceX faziam parte do grupo, mas cancelaram a vinda ao Brasil na última hora, pois tiveram que resolver imprevistos relacionados ao lançamento no início do mês do foguete Falcon Heavy.

A comitiva conheceu o complexo aeroespacial de São José dos Campos (91 km de São Paulo) e depois a base de lançamentos no Maranhão. "Mostramos para eles as possibilidades do nosso centro, que tem todas as condições de abrigar projetos espaciais destas companhias", diz o major-brigadeiro a frente da iniciativa.

"Nossa base tem a melhor localização do mundo para lançamentos espaciais, as empresas sabem disso e, assim como a gente, querem aproveitar esse potencial", afirma Aguiar.

Alcântara, na região metropolitana de São Luís, fica próxima à linha do Equador. A localização é estratégica para lançamentos espaciais, pois oferece um caminho mais curto para os foguetes saírem da atmosfera e serem colocados em órbita -- a economia de combustível pode chegar a 30% em relação a outros pontos de lançamento nos EUA e na Europa, por exemplo. Apesar disso, o Brasil nunca conseguiu aproveitar o potencial aeroespacial do lugar.

Falta acordo para proteger tecnologia dos EUA

A concretização destas negociações, no entanto, depende da aprovação e entrada em vigor de um acordo de salvaguardas tecnológicas com os Estados Unidos. O instrumento jurídico internacional serve para instituir garantias legais para proteger o acesso e direitos sobre tecnologias de ponta de um país ou empresa em parcerias internacionais.

Como cerca de 80% de todos os foguetes e satélites produzidos no mundo possuem tecnologias norte-americanas --incluindo os equipamentos da SpaceX e da Boeing--, a falta de um acordo com os norte-americanos inviabiliza a parceria brasileira com praticamente qualquer empresa ou governo que use tecnologia dos EUA.

O esboço do acordo original, enviado para o Congresso Nacional em 2000, quando começou a aproximação com a Ucrânia, não havia sido aprovado até 2016, quando foi retirado da pauta a pedido do governo.

Melhor localização geográfica do mundo

No ano passado, o governo brasileiro enviou uma contraproposta para o governo norte-americano. Ainda não houve resposta. Caso os EUA aceitem a proposta, ela tem de ser aprovada pelo Congresso de lá e, depois, ser aprovada no Congresso Nacional.

Em dezembro, o ministro da Defesa brasileiro, Raul Jungmann, esteve nos Estados Unidos para tratar do acordo com o governo norte-americano. "Existe espaço para reduzirmos as diferenças e desacordos na proposta", afirmou Jungmann ao portal norte-americano especializado na área de Defesa "Defense News" na ocasião.

"É muito importante para ambos os lados, Alcântara é considerada a melhor base de lançamento do mundo em termos geográficos", disse ao confirmar que a proposta brasileira está em análise no Pentágono.

Base pode render até US$ 1,5 bilhão para o Brasil

Antes, em abril, Jungmann havia conhecido o CLA no Maranhão. "Dado o mercado hoje e o valor de um lançamento, que pode girar de US$ 30 milhões a US$ 120 milhões (de R$ 87 milhões a R$ 390 milhões), nós temos condições aqui de gerar recursos da ordem de US$ 1,2 bilhão a US$ 1,5 bilhão (de R$ 3,9 bilhões a R$ 4,85 bilhões) ao ano para o Brasil", afirmou durante a visita.

O ministro também falou que poderá haver parcerias com outros países para a expansão do projeto em Alcântara. "Rússia, França, Israel e Estados Unidos já demonstraram interesse. Também garantiremos a participação de empresas e órgãos nacionais", disse.

Agência espacial será reformulada

No início do mês, o presidente Michel Temer publicou um decreto criando o CDPEB (Comitê de Desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro). O colegiado, que terá prazo de 360 dias para concluir os seus trabalhos, terá como objetivos fixar, por meio de resoluções, diretrizes e metas para a potencialização do Programa Espacial Brasileiro e supervisionar a execução das medidas propostas.

De acordo com o major-brigadeiro Aguiar, esse é o primeiro passo de uma reformulação que visa fortalecer o PEB (Programa Espacial Brasileiro). "Acredito que até março, a AEB [Agência Espacial Brasileira] será vinculada diretamente à Casa Civil da Presidência da República.

Hoje, a AEB está subordinada ao Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações." A Casa Civil não confirmou nem negou a mudança de estrutura na AEB.

Uma pessoa ligada à Boeing confirma as negociações com a FAB e com a AEB. Oficialmente, no entanto, a empresa não se posiciona sobre o tema.

A reportagem procurou, por e-mail e por telefone, a SpaceX, a AEB e o Ministério das Relações Exteriores, por meio de suas assessorias de imprensa, para comentar o teor da reportagem e prestar informações adicionais. Não houve resposta até a publicação desta reportagem.

 

REVISTA VEJA


Meirelles descarta mudar Previdência por projeto de lei

Ministro diz que há mal-entendido sobre a lista de 15 assuntos prioritários do governo: não é uma lista de projetos novos

Reuter E Estadão Conteúdo | Publicada em 21/02/18 - 12h24

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, descartou hoje a possibilidade aprovar pontos da reforma da Previdência por meio de projetos de lei ou outras iniciativas. A ideia foi cogitada por integrantes da equipe econômica.

“Não me parece justificável soluções alternativas (para a reforma da Previdência)”, disse Meirelles em entrevista à rádio Bandeirantes.

Ele negou que a reforma da Previdência esteja sepultada. Para o ministro, o assunto está suspenso enquanto durar a intervenção militar no Rio de Janeiro. “É assunto prioritário [a intervenção], não podia ser adiada. Foi feita no momento certo.”

O ministro também descartou que o governo planeje ressuscitar a CPMF para compensar o adiamento da reforma da Previdência. “Não há esta necessidade, não este ano.”

Meirelles rebateu ainda as críticas do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), sobre é a lista das 15 medidas anunciadas pelo governo após o fracasso da reforma da Previdência . Segundo ele, há um ‘mal-entendido’ sobre o que é essa lista.

Maia afirmou que o pacote apresentado cheira “a café velho e frio, que não atende à sociedade”. “A pauta da Câmara é da Câmara, os projetos já estão aqui, se o governo quer uma pauta econômica nova, que apresente uma pauta econômica nova”, disse.

Meirelles disse que as 15 medidas não são “uma relação de novos projetos”. “A lista é algo que analisa e prioriza os diversos projetos de lei que já estão em tramitação”, afirmou Meirelles entrevista à rádio Bandeirantes.

O ministro também reforçou que o Congresso é soberano e decide a priorização e votação de suas pautas. “Evidentemente, o Congresso é soberano. Vai julgar e priorizar aquilo o que entende como adequado”, disse ele.

Maia disse ontem que a apresentação feita pelo governo como “um equívoco”, “um pouco de desrespeito ao Parlamento”. “O anúncio foi precipitado, sem um diálogo mais profundo, essa não será a pauta da Câmara. Nós vamos pautar o que nós entendemos relevante, no nosso tempo.”

O ministro disse que as medidas foram decididas pela equipe econômica do Fazenda e de outras pastas. “Não é uma lista de novos projetos e coisas que nunca se ouviu falar”, disse ele. Meirelles ressaltou que a simplificação do PIS/Cofins, já é um projeto que está em andamento. “Agora estamos formatando e será enviado ao Congresso. É uma questão de priorização”, afirmou.

 

JORNAL VALOR ECONÔMICO


IBGE: 94,2% dos brasileiros usam internet para trocar textos e imagens


Por Bruno Villas Bôas | Publicada em 21/02 - 12h32

RIO - Dos 116 milhões de pessoas que acessaram a internet no Brasil em 2016, 94,2% enviaram ou receberam mensagens de texto, voz ou imagens por aplicativos, o que inclui redes sociais, como Facebook, e programas de mensagem, como Whatsapp. A informação é do suplemento de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) da Pesquisa Nacional de Amostra por Domicílio Contínua (Pnad Contínua) do IBGE.

“É mais barato enviar mensagem por Whatsapp [do que telefonar]. Se você estiver em outro Estado, ou outro país, isso facilita muito. Então, isso ajuda bastante a entender essa finalidade ser a principal usada por brasileiros. Ela aproxima pessoas distantes por esse processo de mensagem”, afirma Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do instituto.

Desse contingente de internautas, que inclui pessoas com dez anos ou mais de idade, 76,4% usaram a internet para assistir a vídeos, inclusive programas, séries e filmes. Neste caso, inclui-se desde assinantes da Netflix até usuários do Youtube, por exemplo. Outros 73,3% utilizaram a internet para realizar chamadas de voz ou vídeo.

O levantamento mostrou que o e-mail foi acessado por 69,3% dos internautas que usaram a internet no período de referência da pesquisa, o quarto trimestre de 2016. Na área rural, esse percentual era ainda menor, de 49,3%.

Foi a segunda vez que uma pesquisa do IBGE relacionada a tecnologia da informação e comunicação buscou detalhar a finalidade do acesso à internet. Em 2005, com questionário, amostra e metodologia diferentes das atuais, a pesquisa constatou que 71% das pessoas informaram usar a internet para “educação e aprendizados” e 68,6% para “comunicação com outras pessoas”.

Meio de acesso

O telefone celular foi o principal meio usado para acessar à internet. Ele consolidou, desta forma, sua liderança frente ao computador obtido nos últimos anos. De acordo com o IBGE, 94,6% das pessoas que acessaram a internet em 2016 o fizeram pelo telefone celular, dentro ou fora de casa. Na sequência, com grande diferença, aparecem o microcomputador (63,7%), o tablet (16,4%) e a televisão (11,3%).

Considerando o uso da internet só dentro de casa, o aparelho celular era o único meio de acesso domiciliar em 38,6% das casas. Já o computador foi o único meio de acesso à internet em apenas 2,3% das residências. Quanto ao tipo de banda larga usada para acessar à internet, em 77,3% dos lares havia banda larga móvel (3G ou 4G), presença maior que a banda larga fixa (71,4%).

O IBGE também detalhou características do internauta. O uso da internet é maior entre jovens de 18 a 24 anos. Na faixa de 60 anos ou mais, somente 24,7% das pessoas usam. “Tais resultados são um indicativo de que, na população adulta, o avanço no uso das tecnologias mais recentes tem impulso mais lento com o aumento da idade”, avaliaram os técnicos do IBGE.

Como sabido, o nível de instrução também é determinante para a utilização da internet. Ou seja, pessoas de nível mais elevado de instrução têm maior propensão de acessar a rede mundial de computadores. Das pessoas sem instrução, apenas 11,2% utilizaram a internet no quatro trimestre de 2016. Dos que cursaram o fundamental, sem completá-lo, o indicador sobe para 43,6%.

A pesquisa mostrou ainda que dentro de 21,2 milhões de domicílios no país não havia utilização de internet, mesmo que fosse de um telefone celular usado dentro de casa. O principal motivo foi a falta de interesse em acessar a rede (34,8% dos casos), seguido pelo custo de uso (29,6% dos domicílios que não acessaram) e fato de nenhum morador saber utilizar a internet (20,7% das respostas). Apenas 8,1% alegaram indisponibilidade do serviço no domicílio.

O diretor do Departamento de Banda Larga do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Artur Coimbra, disse que a expectativa é de aumento do acesso à internet em localizações remotas. Ele cita o caso da região Norte, beneficiada pelo lançamento em 2017 do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC).

A pesquisa também mostrou que os percentuais de uso da internet nos domicílios eram diferentes entre as grandes regiões. Na média nacional, estava em 69,3% e chegava a 76,7% na região Sudeste. Na sequência, o percentual encolhia para 74,7% no Centro-Oeste, 71,3% no Sul, 62,4% no Norte e 56,6% no Nordeste.

“Também trabalhamos para que seja possível redução do custo de acesso à internet, conversando com Estados para redução do ICMS, por exemplo”, disse Coimbra.

O IBGE também detalhou características do internauta. O uso da internet é maior entre jovens de 18 a 24 anos, aproximando-se de países desenvolvidos, segundo avaliação do diretor. “O Brasil em geral ficou mais parecido com o Leste Europeu, com países como Montenegro e Rússia”, acrescentou o diretor. “A despeito da crise econômica, o segmento aparentemente não foi afetado.”

 

PORTAL G1


Forças Armadas vão fechar acessos ao Estado do Rio; STJ manda soltar Wesley Batista. Jornais de quarta (21)


Blog Do Matheus Leitão | Publicada em 21/02 - 10h10

Uma das estratégias das Forças Armadas para combater o crime no Rio de Janeiro envolve o bloqueio de estradas pelo Exército, a fiscalização da Baía de Guanabara e do porto pela Marinha, além do controle do Aeroporto Tom Jobim pela Aeronáutica.

As medidas serão adotadas para fechar as rotas de entrada e saída de drogas no Rio. Além disso, o governo atribuiu ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) a responsabilidade de rastrear o dinheiro do tráfico. “Forças Armadas vão fechar acessos ao Estado do Rio”, informa a manchete do Estadão.

 

Presidente da Boeing diz que aquisição da Embraer não é imprescindível

Segundo o executivo, empresas conversam há muitos anos e possível junção dos negócios não seria motivada por acordo entre as concorrentes Airbus e Bombardier.

Por Reuters | Publicada em 21/02 - 16h00

A Boeing vê um "excelente encaixe estratégico" em uma possível aquisição da fabricante brasileira de aviões Embraer, mas a operação não é essencial para o grupo norte-americano, disse o presidente-executivo da Boeing, Dennis Muilenburg, nesta quarta-feira (21).

"Na realidade estamos trabalhando nisso há muitos anos", disse Muilenburg, descartando informações de que a Boeing está preocupada com o recente acordo entre a rival europeia Airbus e a fabricante canadense Bombardier.

"Se pudermos chegar a um bom acordo e que agregue valor aos nossos clientes e às nossas empresas, faremos isso", disse Muilenburg em uma conferência com investidores em Miami, organizada pelo Citigroup.

"Se não pudermos chegar ao fim linha, isso não altera a nossa estratégia. Este é um excelente complemento para a nossa estratégia, mas não é imprescindível."

O acordo

A americana Boeing e a brasileira Embraer anunciaram no fim do ano passado que estudam unir seus negócios. A união entre as duas pode criar uma gigante global de aviação, com forte atuação nos segmentos de longa distância e na aviação regional, e capaz de fazer frente a uma união similar entre as concorrentes Airbus e Bombardier.

A transação envolveria, inclusive, a área de defesa da Embraer. O governo brasileiro, que detém uma "golden share" da companhia (ação que dá direito a veto), já declarou que o capital estrangeiro é bem-vindo, mas que não cogita transferir o controle da empresa.

 

Etchegoyen: ‘disciplina’ dos militares dá ‘tranquilidade’ de que não haverá corrupção durante intervenção no RJ

Ministro do Gabinete de Segurança Institucional deu declaração após ser questionado sobre o assunto. Intervenção está em vigor desde a semana passada e já foi aprovada pelo Congresso.

Por Luciana Albuquerque, Tv Globo, Brasília | Publicada em 21/02 - 19h41

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen, afirmou nesta quarta-feira (21) à TV Globo que a "disciplina" dos militares dá "tranquilidade" de que não haverá corrupção durante as ações da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro.

Um dos responsáveis pelo planejamento da intervenção, Etchegoyen deu a declaração após ser questionado sobre se o governo está preocupado que casos de corrupção nas polícias se repitam entre os militares do Exército.

"As Forças Armadas atuam de uma maneira muito diferente. A forma de atuar é muito diferente. Enquanto os policiais atuam de forma individual ou em pequenos grupos, as Forças Armadas atuam por organizações constituídas, pelotões de 40 homens, batalhões de 600, com lideranças sempre presentes. Não há atuações isoladas", disse o general nesta quarta.

"O grau de disciplina que elas [Forças Armadas] têm demostrado dão garantia de que podemos ter tranquilidade de que esse não é um problema que vá atrapalhar o cumprimento da missão", acrescentou.

A intervenção na segurança do Rio foi decretada pelo presidente Michel Temer na semana passada e já foi aprovada pelo Congresso Nacional.

Segundo o decreto, o objetivo da intervenção é tratar do "grave comprometimento da ordem pública" no Rio.

Resultado das ações

Na avaliação de Etchegoyen, após seis dias de intervenção, não se pode dizer que as soluções para segurança do Rio surgirão "da noite para o dia".

"É um processo longo e demorado. A crise de insegurança no Rio de Janeiro vem sendo construída há muito tempo e, obviamente, com o grau crítico que atingiu, não será em seis dias que você terá sinais de grandes mudanças", afirmou.

Segundo o ministro, estão entre os objetivos da intervenção reduzir os índices de criminalidade, atualmente "insuportáveis", a patamares "minimamente aceitáveis do ponto de vista civilizatório", e devolver à população mais vulnerável os direitos fundamentais "negados pelo Estado paralelo".

 

AGÊNCIA BRASIL


Brasil e Colômbia discutem impactos da migração venezuelana nos dois países


Ana Cristina Campos | Publicada em 21/02 - 15h10

Representantes dos governos do Brasil e da Colômbia se reuniram hoje (21), no Palácio Itamaraty, para discutir os impactos do aumento do fluxo migratório de venezuelanos para os dois países. Segundo o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, os países trocaram experiências e informações de como aprofundar a colaboração para atender a essa "emergência social”.

“Além de algo permanente, que é a cooperação transfronteiriça, temos esse problema emergencial. É um surto muito volumoso de migração forçada de venezuelanos que vêm no rumo de nossos países”, disse o chanceler brasileiro, em declaração à imprensa.

De acordo com Aloysio Nunes, o desejo dos países latino-americanos é que a Venezuela reencontre “seu caminho para a democracia”, com “o pronunciamento livre do povo nas urnas”.

Segundo a chanceler colombiana, María Ángela Holguín, os dois países querem “manter as portas abertas” para ajudar os venezuelanos que estão migrando em uma situação difícil. “Isso gera um desafio maior para os países. Queremos dar condições para os venezuelanos de viver de forma tranquila nos nossos países”, afirmou.

O Brasil vive uma situação complexa com a vinda de cidadãos venezuelanos para a região Norte, em especial no estado de Roraima. Segundo estimativa da prefeitura de Boa Vista, mais de 40 mil pessoas do país vizinho chegaram à cidade, o que corresponde a mais de 10% da população local.

Na segunda-feira (19), o alto comissário das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), Filippo Grandi, disse que se comprometeu com o presidente Michel Temer a buscar apoio da comunidade internacional para ajudar o Brasil na resposta à situação da imigração venezuelana para o país após reunião no Palácio da Alvorada.

Acordo de desminagem

No encontro, os ministros da Defesa brasileiro e colombiano, Raul Jungmann, e Luis Carlos Villegas, respectivamente, assinaram memorando de entendimento para ajuda à Colômbia na área de desminagem (operação de remoção de minas). A Colômbia sofre com o problema das minas em seu território por ter enfrentado mais de 50 anos de conflito com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). O acordo de paz foi assinado em 2016. O país vizinho está em negociação de paz com outro grupo guerrilheiro, o Exército de Libertação Nacional (ELN).

O documento prevê que o Brasil vai empregar até 15 militares instrutores das Forças Armadas para intercâmbio de conhecimentos e experiências na remoção de artefatos explosivos e minas.

 

AGÊNCIA SENADO


Fátima Bezerra diz que intervenção desvirtua papel das Forças Armadas


A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) afirmou que o decreto de intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro foi um ato de pirotecnia do governo Temer. Para ela, não houve planejamento para uma medida contestada por especialistas da área e até por setores das Forças Armadas.

Segundo a senadora, o Brasil inteiro enfrenta problemas na segurança pública. No Rio Grande do Norte, por exemplo, o número de mortes violentas em 2017 aumentou 20% em relação a 2016. Para Fátima Bezerra, o governo federal deveria ter dialogado com os governadores de todos os estados antes de decretar a intervenção no Rio de Janeiro.

É um decreto midiático que ameaça os direitos humanos e a vida de centenas de milhares de cidadãos e cidadãs inocentes. Uma medida de exceção que aprofunda a crise do estado democrático de direito, iniciada com o impeachment fraudulento, e desvirtua o papel das Forças Armadas treinada para proteger nossas fronteiras e para combater ameaças externas, incluindo o tráfico internacional de drogas e de armas — argumentou.

 

Regina Sousa pede o combate aos barões do tráfico de drogas


A senadora Regina Sousa (PT-PI) condenou a intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro, quando, segundo ela, outros estados passam por situações piores. Ela afirmou que a medida não solucionará a violência e que é necessário que as Forças Armadas sejam espalhadas nas fronteiras, nas vias fluviais e monitorem o espaço aéreo, para impedir a entrada no país de armas e drogas.

— É preciso que a gente bote o dedo na ferida, e eu não tenho nenhum problema de dizer que votei contra. Não votei contra o povo do Rio de Janeiro. Eu votei a favor do povo brasileiro, e votei mostrando o caminho: em vez de o Exército estar lá no morro, revistando mochila de criança, bota na fronteira, para não deixar entrar a droga no Brasil — disse.

Regina lembrou que, em vinte anos, o Brasil passou da condição de 23º a de segundo maior consumidor de cocaína do mundo. E lembrou que é preciso ir atrás dos "barões" do tráfico e não apenas dos traficantes que vivem nas favelas.

— Uma pergunta: os chefes do tráfico estão presos, comandam o tráfico dos presídios – é o que dizem. Que tal uma delaçãozinha premiada desse povo? Quem sabe eles não entregam os verdadeiros "barões" do tráfico. Eles estão lá. Não existe aí o instituto da delação premiada para os presos, para os políticos? Então, vamos embora usar também. De repente, a gente acha o fio da meada do tráfico neste País — reforçou.

PORTAL EXAME.COM


Quanto ganham os militares? Maior salário passará de R$ 13,4 mil

Exército está em operação no Rio, depois do decreto do presidente que delegou a um general a autoridade da segurança pública. Veja os salários deles

Por Camila Pati | Publicada em 22/02 - 06h00

São PauloEm meio a uma operação do Exército no Rio de Janeiro, as Forças Armadas brasileiras estão também no noticiário econômico já que esses servidores ficam fora da proposta de reforma da Previdência que está em uma complexa discussão.

Uma parte da polêmica fica por conta do fato de que eles não contribuem para a Previdência – e a União que faz o pagamento – sua participação no rombo de 268 bilhões registrado em 2017, e que o peso do militar federal é 16 vezes maior nesse prejuízo do que o de um segurado do INSS. É importante ressaltar que um militar não se aposenta, ele vai para a reserva, podendo ser convocados em caso de necessidade.

Mas, afinal, esses servidores que aceitam entregar sua vida à Nação ganham bem ou mal? Quanto, por exemplo, estão recebendo os 3 mil homens do Exército em operação no Rio, a primeira ação depois do decreto do presidente Michel Temer que delegou a um general das Forças Armadas a autoridade da segurança pública.

O soldo (salário) é apenas uma parte da remuneração dos militares no Brasil e é irredutível Além dele, há adicionais. São eles: o militar, inerente a cada círculo hierárquico, de habilitação, por conta de cursos feitos, de tempo e serviço, de compensação orgânica, ligada ao desgaste causado pela função, e de permanência.

Também recebem gratificações, de localidade e de representação, e ajudas de custo e auxílios, como, por exemplo, de alimentação, de fardamento, entre outros. Tudo está regulamento na MP 2.215 de 2001.

Confira, os valores de soldo em reais das Forças Armadas ( Exército, Marinha e Aeronática). A tabela de escalonamento, que regulamenta os reajustes também está disponível no site do Planalto:

Veja a tabela de soldos no site: https://exame.abril.com.br/carreira/quanto-ganham-os-militares-maior-soldo-passara-de-r134-mil/

 

REVISTA CARTA CAPITAL


"Desde FHC, presidentes usam Forças Armadas como gambiarra"

Segundo professora da UFF, operações militares não geram resultado substantivo e há risco de soldados serem cooptados pela corrupção

Por Beatriz Drague Ramos | Publicada em 22/02 - 01h03

O uso das Forças Armadas em operações de segurança pública está longe de ser uma novidade. A intervenção federal no Rio de Janeiro e a adoção de ações recentes de Garantia da Lei e da Ordem em estados como Pernambuco, Rio Grande do Norte e Espírito Santo são parte de uma antiga estratégia que se repete desde os anos 1990. Apesar do uso frequente das forças, essas operações não geraram resultados substantivos, até por seu caráter de improvisação. Desde Fernando Henrique Cardoso, os presidentes têm usado os militares como uma espécie de gambiarra.

A análise é da pesquisadora Jacqueline Muniz, professora do Departamento de Segurança Pública da Universidade Federal Fluminense (UFF). Segundo ela, há ausência de relatórios que demonstrem a “eficácia, eficiência e efetividade” das ações já realizadas. Na entrevista a seguir, a pesquisadora questiona a capacidade das Forças Armadas de investigar a polícia local e reflete sobre o risco de militares serem cooptados pela corrupção. "Os soldados, além de não serem capacitados para a ação cotidiana e individualizada de polícia, são jovens sem experiência de rua."

CartaCapital: Em recente entrevista à GloboNews, a senhora disse que sua expectativa não é otimista para a intervenção federal no Rio. Qual é o motivo principal?

Jacqueline Muniz: Simplesmente é uma crônica de uma história anunciada. No caso do Rio de Janeiro, o emprego das Forças Armadas com o propósito de policiamento em operações tem ocorrido frequentemente desde 1992. Foram níveis de intervenção diferentes, não foi propriamente uma intervenção federal em que as Forças Armadas assumiram o comando. No entanto, elas atuaram em quase todos os grandes eventos do estado e em momentos entendidos como de crise, sem que isso tivesse gerado um resultado substantivo no crime organizado. Serviu como uma espécie de abafa provisório.

Isso produziu dispersão de mancha criminal sem resolver a causalidade que originaram os crimes cotidianos. O que se tem na verdade é um efeito ostensivo e um gasto grande para um baixo rendimento em resultados de controle do crime. Seja o crime cotidiano, seja a chamada dinâmica criminal organizada em rede.

CC: Há estados em situação mais crítica em relação à taxa de homicídios, como por exemplo o Pernambuco e Ceará. O caso do Rio é mais urgente?

JQ: Curiosamente estão atuando onde o crime é mais desorganizado, porque no Rio de Janeiro não há uma unidade de comando. Quem tem unidade de comando é o PCC, que aliás por funcionar como empresa verticalizada e não como franquias ocupacionais está se expandindo por todo o território nacional, e de maneira diferenciada. Não tem nada de “metástase”, essa é uma péssima imagem, ela pode ser moral, apelativa, mas revela ignorância criminológica e de informação. Essa cartada política é de alto risco, o prazo de validade dela não será tão grande quanto se pensa

CC: Os militares já atuam no Rio, nas chamadas operações de Garantia da Lei e da Ordem (GLO). Qual a avaliação que a senhora faz dessas operações?

JQ: O uso das Forças Armadas e das ações de GLO foram banalizados. Isso significa que nós não temos uma política de defesa e uma política nacional de segurança pública substantiva. No caso da Maré, por exemplo, gastou-se cerca de 350 milhões durante um ano (segundo dados atualizados obtidos pela Lei de Acesso a Informação, até junho de 2017 haviam sido gastos 441 milhões de reais na operação), o que se produziu foram desgastes e riscos. Por exemplo, nos primeiros dias da Rocinha se apreendeu muito pouco de armamento e em munição, não se sabia o que se faria lá, não haviam relatórios de inteligência prévia, não se tinham diagnósticos substantivos.

É uma falácia achar que nós temos um sistema integrado de segurança, nós não temos protocolos de ação conjunta, eles não estão escritos e publicizados. Nós já fizemos um conjunto de operações no estado, e não se prestou contas de quanto gastou. Quais são os critérios de eficiência, eficácia, e efetividade?

Por que será que as Forças Armadas demandaram um decreto que as blindam dos erros em suas ações, migrando a responsabilidade desses equívocos para a Justiça Militar? Elas tem plena clareza de que seus integrantes não são treinados para tomarem decisões individuais, eles são capacitados para tomada de decisão em grupos táticos, então o efeito será decorativo.

CC: Muitos especialistas afirmam que essa não é a forma ideal de combater o crime organizado. O que a literatura e prática nos dizem sobre isso? O que funciona de verdade?

JQ: É preciso desenhar protocolos de interagências, submetê-los à aprovação da sociedade, do contrário essa intervenção não servirá para nada. Como a corrupção na polícia será investigada? Quem faz isso são setores de investigação exteriores a polícia, não serão as Forças Armadas. Para desenhar ações repressivas de qualidade, tem de ser discreto, usar a informação. Com menos se faz mais e melhor.

CC: Quais as possíveis consequências das Forças Armadas assumirem o comando da segurança pública no Rio?

JQ: De Fernando Henrique Cardoso para cá, todos os presidentes fizeram uso das Forças Armadas como uma espécie de gambiarra, como placebo. O emprego continuado destas no policiamento fazem com que essas forças percam a sua capacidade combatente por um lado, e não adquiram a capacidade policial por outra, ficando no meio do caminho. Além disso, elas passam a experimentar o risco da violência, de violações e da cooptação pelo crime e da corrupção, porque os seus soldados além de não serem capacitados para a ação cotidiana e individualizada de polícia, são jovens sem experiência de rua.

No Brasil, nós não desenhamos mecanismos de governabilidade das polícias para se fazer o que está na Constituição. Desde a redemocratização, não mexemos no poder de polícia, ele segue desregulado, num limbo procedimental, legal e normativo. A Constituição não define mandato de polícia, ela define monopólios no exercício do policiamento, numa espécie de reprodução “caduca” dos lobbies que foram feitos em 1988. Se tem um lugar que a Constituição Federal é fraca é no que diz respeito a segurança pública. Essa informalidade faz com que a polícia tenha vários patrões.

A Polícia Civil está sendo desmantelada por dentro, ajudei a implantar a sua principal base de dados integrada em 1999, com um software de análise criminal. Curiosamente isso está sendo desmontado, para que a informação seja pessoal, vendida e negociada, pois é uma mercadoria poderosa. O policial civil e militar é leiloado na esquina, tão inseguro quanto a população está o policial.

CC: Como as facções criminosas tendem a se comportar após a intervenção?

JQ: Da mesma maneira que aconteceram das outras vezes. Como a dinâmica criminal do Rio é de franquias ocupacionais elas passam pelas brechas, é por isso que toda dinâmica criminal não decreta independência das comunidades onde atuam, porque é mais fácil corromper. A economia criminosa atua como qualquer economia, ela compra e paga seus capangas que estão dentro do Estado.

Ademais, tende-se a valorizar certas mercadorias criminosas, como a informação. Esse é o risco que correm os jovens combatentes que ficarão amedrontados, em um ambiente acidentalizado como são as comunidades populares, onde não se tem 360 graus de visão e controle sobre o terreno. As desvantagens táticas culminaram no desesperado pedido de uso de mandados coletivos de busca e apreensão. Instrumento de violação de garantias individuais dos cidadãos moradores das comunidades.

CC: O Exército e as outras forças têm condições de cuidar da segurança pública?

JQ: As Forças Armadas não dispõem das capacidades logísticas e táticas para poder atender as necessidades cotidianas de policiamento no ambiente urbano. Todas as suas ações são adequadas para conflito de larga escala, para a guerra, seus instrumentos amedrontam a população, essa é sua razão. As Forças Armadas tem um papel na segurança pública hoje na Constituição, elas não tem apenas o papel GLO, fazem o controle aéreo, marítimo e territorial de fronteiras. O problema é o seu mal uso para interesses políticos partidários e eleitorais, que não fica claro para a população.

 

PORTAL CONSULTOR JURÍDICO


General sugere levar juízes em ações militares para decidir sobre mandados


Publicada em 21/02 - 21h22

O general da reserva Augusto Heleno Ribeiro Pereira, que comandou as tropas da ONU no Haiti, tem uma solução para o impasse sobre mandados de busca e apreensão coletivos em comunidades carentes do Rio de Janeiro. Para o militar, a saída é incluir juízes nas operações das forças de segurança durante a intervenção federal no estado.

Assim, os magistrados poderiam conceder ou negar as medidas durante a ação, disse Heleno ao portal Uol. Segundo o general, a estratégia foi adotada com sucesso no país caribenho.

Já o presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros, Jayme de Oliveira, considera “difícil” que essa ideia funcione no Rio. De acordo com ele, a situação no Haiti era completamente diferente da encontrada na capital fluminense.

Sem punições

Heleno voltou a defender que a adoção de uma “regra de engajamento” mais flexível. O termo designa as normas que determinam o quanto de força o Exército, a Marinha e a Aeronáutica podem usar em um certo contexto. As regras variam conforme a operação.

Para o general, militares deveriam poder atirar em pessoas armadas, ainda que elas não estivessem ameaçando ninguém no momento. “Seu eu tiver um sniper [atirador de elite] bem localizado, eu faço um trabalho muito bem feito e vou criando respeito pela força legal”, disse.

Na visão de Heleno, a intervenção federal no Rio deve ser encarada como uma oportunidade para rever as regras de ação de forças de segurança e afastar supostos entraves jurídicos.

“Os resultados têm sido pífios porque os métodos são limitados por uma série de melindres jurídicos e pequenas burocracias que ficam parecendo que são em defesa da democracia e acabam sendo em defesa do bandido”, declarou.

O presidente da AMB, contudo, ressaltou que a intervenção não suspende direitos e garantias fundamentais, ao contrário dos estados de defesa e de sítio.

Especialistas ouvidos pela ConJur afirmam que as normas atuais já são suficientes para resguardar policiais e integrantes das Forças Armadas em situações de conflito ou de risco. Assim, uma mudança na área colocaria os militares acima da lei e lhes daria uma espécie de “carta branca”.

 

PORTAL AIRWAY


Gripen NG não vai atrasar, garante presidente da SAAB

Forças aéreas do Brasil e Suécia vão receber os primeiros caças até o terceiro trimestre de 2019

Thiago Vinholes | Publicada em 21/02

O primeiro Gripen NG está cada vez mais próximo dos céus brasileiros. Ao discutir os resultados financeiros da SAAB em 16 de fevereiro, o presidente-executivo da empresa, Håkan Buskhe, garantiu que a fabricante está seguindo o cronograma de desenvolvimento do novo caça a risca. As primeiras duas aeronaves, uma para a Força Aérea Brasileira (FAB) e outra para a força aérea da Suécia, estão programadas para serem entregues até o terceiro trimestre de 2019.

Os testes e a avaliação do primeiro protótipo estão indo extremamente bem. Estamos observandos dados melhores que esperávamos”, disse Buskhe, em entrevista ao Flight Global. O presidente da Saab ainda revelou que um segundo protótipo será acrescentado aos testes até o final deste ano.


“É sempre desafiante ter esse tipo de programa, mas, se não for desafiador, provavelmente não será um bom produto final”, afirmou o presidente da empresa sueca.

Porém, as primeiras unidades do Gripen NG que serão entregues ao Brasil e a Suécia em 2019 ainda não serão os modelos definitivos do novo caça. Esses modelos são os chamados FTI, de Flight Test Instrumentation, usados para testar os instrumentos e capacidades do caça durante os processos de certificação. Cada um dos países encomendou a aeronave com detalhes específicos, que por sua vez precisam passar por certificações diferentes.

As entregas das primeiras versões de série, segundo cronograma da FAB, estão programadas para outubro e novembro de 2021, período que serão recebidos oito modelos monopostos (para um piloto) e três bipostos. A encomenda total do Brasil, que compreende 36 caças, está programada para ser finalizada até 2024, sendo que 15 dessas unidades serão fabricadas no Brasil pela Embraer, como parte do processo de transferência de tecnologia previsto no contrato de compra.

Saab busca mais mercados para o Gripen

O presidente da Saab ainda comentou que a empresa está observando novos mercados potenciais para o Gripen NG, que a empresa também chama de “Gripen E”. Algumas dessas nações são o Canadá, Finlândia e Suíça. “Nosso desempenho na entrega (dos primeiros Gripen E) também provará que temos um produto pronto”, afirmou.

Buskhe também acrescentou que a Saab espava ter concluído a venda de caças Gripen C e D até o final do ano passado, mas as negociações não foram adiante por conta de processos políticos em potencias países clientes. “O número de ofertas não mudou”, ressaltou. “Temos algumas discussões intensivas com alguns países, e há grandes possibilidades durante este ano”.

 

OUTRAS MÍDIAS


SÓ NOTÍCIAS (MT) - Avião que caiu e matou três pessoas no Nortão passou por revisão, diz familiar


Cleber Romero | Publicada 21/02/18 - 07h12

O avião modelo Paradise P1, prefixo PU-MMT que caiu entre os municípios de Juruena e Juara (294 quilômetros de Sinop) e matou o piloto, Leandro Ferreira Pascoal, a esposa dele, Franciele da Costa Reseto Pascoal, e o filho do casal de apenas 1 ano, em dezembro do ano passado, havia passado por revisão três meses antes do acidente. A informação foi confirmada pelo pai do pecuarista, Alves Aparecido Pascoal, em entrevista, ao Só Notícias.

A revisão foi "em setembro e quando caiu estava sendo usado pela segunda vez pelo meu filho. Foi uma empresa de Goiânia que veio até a fazenda. A aeronave não era considerada velha, essa manutenção foi normal e não acreditamos que tenha influenciado na queda. O avião ficou parado até maio e só voltou a ser usado após manutenção no carburador que havia apresentado um problema”, disse Pascoal.

Os corpos de Leandro, Franciele e do filho foram resgatados por militares da Força Aérea Brasileira e bombeiros cinco dias após a queda da aeronave. Por causa da mata fechada, adversidades climáticas, eles tiveram muitas dificuldades para chegar no local onde o avião caiu, cortar a fuselagem, retirar os corpos e levá-los até a área onde estava o helicóptero. Após isso, foram levados a Juruena e, de carro, até Juína e foram sepultados em Juara.

A equipe do 6º Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), ligada ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) investiga as causas do acidente. Não há prazo específico para conclusão das investigações.

 

MEON (SP) - Soldados da RMVale participam de operações de segurança no Rio

Ações contaram com militares da 12ª Brigada de Infantaria Leve

Publicada em 21/02 - 15h53

Cerca de 300 militares da 12ª Brigada de Infantaria Leve Aeromóvel, de Caçapava e Lorena, participaram de ações de apoio ao Plano Nacional de Segurança Pública, no Estado do Rio de Janeiro, na segunda (19) e terça-feira (20). As Forças Armadas disponibilizaram para a operação cerca de 3.000 militares da Marinha, Exército e Aeronáutica, com apoio de veículos blindados e aeronaves.

Os militares de Caçapava e Lorena deram apoio à Polícia Rodoviária Federal em bloqueios, controle e fiscalização em rodovias de acesso ao estado do Rio de Janeiro, principalmente na divisa com São Paulo. As blitze tinham como foco o combate ao contrabando de armas e munições, ao tráfico de entorpecentes e ao roubo de cargas. 

Todos os bloqueios feitos nas vias de acesso contaram com apoio das Forças Armadas. Foram realizadas operação em vários pontos da malha urbana e pontos da via Dutra (BR-116), da BR-101, da BR-040 (DF-Rio) e ao longo do Arco Metropolitano. Algumas vias e acessos nas áreas de operações podem ser interditados e setores do espaço aéreo poderão ser controlados, oportunamente, com restrições dinâmicas para aeronaves civis.

O balanço das ações realizadas nestes dois dias será divulgado em breve pelo comando do Exército.

Segundo o setor de comunicação do Exército, estas ações são realizadas com base em um decreto presidencial de 29 de dezembro de 2017, sem relação com a intervenção anunciada pelo governo federal na última sexta-feira (16) e aprovada pelo Congresso.

 

MERCADO MILITAR (CO) - Aeronave militar fabricada en Brasil inicia operación


Natalia Carolina Rubio Coello |

El avión militar más grande desarrollado y fabricado en Brasil, el KC-390, alcanzó la capacidad operativa inicial al cumplir con las condiciones requeridas para que el avión comenzara a operar. Como parte de la fase de prueba, ambos prototipos de KC-390 se sometieron a varias evaluaciones. Las pruebas de tierra y vuelo comenzaron en 2015, y reunieron hasta 150 miembros de las tres ramas del ejército militar brasileño , la marina brasileña y la Fuerza Aérea brasileña, todas bajo coordinación de Fuerza Aérea.

La Fuerza Aérea es el primer comprador de la aeronave, y recibirá su primer KC-390 durante el año 2018. No obstante, se necesitarán algunas fases probatorias que durarán hasta el 2019.

El KC-390 reemplazará el avión de carga C-130 Hercules de Lockheed, que la Fuerza Aérea ha usado desde que se fabricó por primera vez en la década de 1950. El nuevo avión puede transportar hasta 80 pasajeros y 26 toneladas de carga, seis toneladas más que el C-130. El KC-390 es adecuado para una variedad de misiones, como reabastecimiento en vuelo, búsqueda y rescate, evacuaciones aeromédicas, apoyo a misiones humanitarias, transporte de tropas y de carga, lanzamiento de tropas y paracaidistas, y lucha contra incendios forestales. El avión puede alcanzar una velocidad máxima de 470 nudos (870 kilómetros por hora) y puede operar en entornos hostiles, incluyendo pistas sin pavimentar o dañadas.
Pruebas iniciales

Desde el inicio de la fase de prueba, se llevaron a cabo dos importantes pruebas en vuelo con personal militar: una en junio de 2016 para el lanzamiento de carga y otra en septiembre de 2017 con paracaidistas militares. Las pruebas reunieron a miembros del servicio de FAB, EB y MB en la Base Aérea de Campo Grande en Mato Grosso do Sul. El evento de septiembre de 2017 incluyó pruebas de salto nocturno sin precedentes. El reabastecimiento de combustible de aviones de combate también se probó en febrero de 2017 en la base aérea de Santa Cruz en Río de Janeiro, aunque se trataba de una transferencia en seco.

El KC-390 puede realizar hasta dos operaciones de reabastecimiento en vuelo simultáneamente. Las pruebas de repostaje están programadas para la primera mitad de 2018 en Río de Janeiro. Las pruebas de MB también certificaron los procedimientos de transporte para vehículos de la Armada.

 

OLHAR DIRETO (MT) - Boataria


Publicada 21/02 - 22h28

Informações espalhadas pela internet, que tratam sobre a possível queda de uma aeronave da Azul Linhas Aéreas, que teria saído de Belém (PA) com destino a Cuiabá (MT), são falsas. A assessoria de imprensa da empresa, o Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáticos (Seripa) e a Força Aérea Brasileira (FAB) confirmaram ao Olhar Direto que trata-se de Fake News. A assessoria da FAB comenta ainda que apura se a queda poderia ter sido de uma aeronave de pequeno porte, mas também não há nenhuma confirmação sobre o fato.