NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


AGÊNCIA BRASIL


Fechamento da fronteira com a Venezuela completa dois meses


Alex Rodrigues | Publicada em 20/04/2019 09:00

O fechamento da fronteira do Brasil com a Venezuela completa dois meses neste domingo (21). Oficialmente, o tráfego de pessoas e veículos continua restrito. Na prática, contudo, venezuelanos têm se aventurado por rotas alternativas para transitar entre os dois países, carregando alimentos e outros produtos adquiridos do lado brasileiro. Ainda assim, os impactos econômicos e políticos são sentidos dos dois lados da fronteira terrestre.

Segundo Abraão Oliveira da Silva, secretário de Educação de Pacaraima (RR), município brasileiro fronteiriço, os filhos de brasileiros que vivem na cidade venezuelana de Santa Elena de Uiarén e que estudam em Pacaraima estão perdendo aulas porque, muitas vezes, não conseguem chegar às escolas.

“A fronteira continua fechada e isso tem alguns aspectos negativos para os dois lados. Com as restrições para locomoção, as pessoas têm buscado caminhos alternativos. Uma destas rotas, que já era usada antes, mas por bem pouca gente, é fechada do lado brasileiro todos os dias, às 18 horas, para facilitar o controle, pelos militares brasileiros, de eventuais atividades ilícitas”, contou o secretário municipal à Agência Brasil.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, determinou que militares restringissem o fluxo de pedestres e veículos entre os dois países no dia 21 de fevereiro, dois dias após o governo brasileiro anunciar o envio de alimentos e remédios para a população venezuelana. Desde então, moradores de Santa Elena de Uiarén e de Pacaraima tiveram a rotinas alterada. Principalmente do lado venezuelano, onde a vigilância é constante para impedir a entrada do que o Brasil classifica como ajuda humanitária.

Foi após o governo brasileiro oferecer a doação de alimentos e remédios que o governo venezuelano decidiu fechar as fronteiras, não permitindo a distribuição dos donativos levados até os limites do território brasileiro a bordo de caminhões que deveriam cruzar a fronteira. A ideia do governo brasileiro era que cidadãos venezuelanos recolhessem os alimentos e os remédios próximos à fronteira, já do outro lado. Mas, com o fechamento das vias de acesso e o início de violentos confrontos entre militares e manifestantes contrários ao governo de Maduro, o Brasil determinou que os caminhões com ajuda humanitária voltassem a Pacaraima antes que os suprimentos fossem entregues.

Vendedora de uma loja de roupas a menos de 1 quilômetro do Monumento às Bandeiras, na fronteira, Luana Simão contou à Agência Brasil, por telefone, que, aos poucos, o movimento de clientes venezuelanos tem aumentado, mas ainda não se normalizou. “Nas duas primeiras semanas após o fechamento, as vendas caíram bastante. Tinha dias em que não fazíamos nem uma única venda. Ainda não voltou ao que era, mas, aos poucos, parece que os clientes estão voltando.”

Segundo Luana, os venezuelanos cruzam a fronteira por vias alternativas, de carro ou a pé. Vêm em busca dos produtos que não encontram em Santa Elena, principalmente de alimentos perecíveis. “Eles reclamam que, para passar da aduana em Santa Elena, têm que pagar aos guardas venezuelanos”, acrescentou a vendedora, reforçando a informação de que crianças de Santa Elena matriculadas em escolas de Pacaraima estão perdendo aulas devido às dificuldades de atravessar a fronteira. Assim como os brasileiros que, até há pouco tempo, iam ao país vizinho comprar roupas, maquiagens, combustível e outros produtos que não encontravam do lado brasileiro.

Crise política

O fechamento da fronteira foi mais um episódio na crise política e humanitária que se instaurou na Venezuela, motivando milhões de venezuelanos a deixarem o país fugindo à falta de segurança, de alimentos e de remédios e aos problemas na prestação de serviços públicos. A maioria destes imigrantes buscou refúgio na Colômbia, país que, segundo algumas estimativas, já recebeu mais de 1,2 milhão de venezuelanos.

Muitos venezuelanos vieram para o Brasil, entrando por Roraima. De acordo com o escritório brasileiro da Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), até março deste ano, mais de 240 mil venezuelanos ingressaram em território brasileiro alegando fugir da instabilidade política em busca de melhores condições de vida. Quase metade deste total seguiu viagem para outros países de língua hispânica ou simplesmente retornou ao seu país natal após algum tempo. Até março, o Brasil já havia concedido refúgio ou visto de residência temporária a cerca de 160 mil venezuelanos, de acordo com a Acnur.

Até o momento, não há previsão de quando o tráfego de veículos e de pessoas será normalizado. De acordo com a Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados no Brasil, a Acnur, com o fechamento da fronteira, a entrada de venezuelanos no Brasil caiu bruscamente, baixando de uma média anterior de cerca de 600 pessoas por dia para menos de 100. Passadas as primeiras horas, a medida adotada pelo governo do país vizinho levou os venezuelanos a buscarem rotas alternativas, desviando-se dos pontos onde antes havia vigilância. Com o passar dos dias, o número de venezuelanos passando para o lado brasileiro já está quase alcançando o mesmo percentual de antes.

Acnur e militares do Exército brasileiro que coordenam a chamada Operação Acolhida, uma força-tarefa humanitária montada em Roraima para receber os venezuelanos, não acreditam em um impacto significativo na quantidade de pessoas cruzando a fronteira caso o governo venezuelano decida reabrir a fronteira.

PORTAL DEFESANET


Força Aérea Brasileira celebra Dia da Aviação de Caça - DEFESA TV


Anderson Gabino | Publicada em 20/04/2019

Foi realizada no dia 17 de abril cerimônia alusiva ao Dia da Aviação de Caça (22/04). A solenidade que ocorreu na Ala 12, Rio de Janeiro, contou com à presença do comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do Ar Antonio Carlos Moretti Bermudez, de oficiais-generais do Alto-Comando e de demais oficiais e integrantes de unidades da Força Aérea Brasileira (FAB), além de convidados civis.

A tradicional ‘Cerimônia do P-47’ em homenagem aos militares que morreram no combate foi realizada em frente ao túmulo do brigadeiro do Ar Nero Moura, eterno comandante do 1º Grupo de Aviação de Caça (1º GAVCA) durante a campanha na Itália.

Os nomes dos pilotos mortos durante a guerra foram lidos durante à salva de tiros e o comandante da Aeronáutica, acompanhado do veterano major Especialista João Rodrigues Filho, hoje com 96 anos, depositou flores no túmulo do brigadeiro Nero Moura. O veterano também hasteou a “Flâmula do Jambock”, utilizada nos acampamentos na Itália durante o conflito.

O tenente-brigadeiro Bermudez falou sobre a importância da homenagem. “A eles, que combateram com muito brio e representaram o Brasil nos céus da Itália, prestamos essa homenagem neste solo sagrado, a Base Aérea de Santa Cruz, hoje Ala 12. É motivo de muito orgulho continuar valorizando nossa história, mantendo nossas tradições”, disse o Comandante.

Em seguida, foi realizado o desfile militar com a participação do efetivo de todas as unidades subordinadas à Guarnição de Santa Cruz e integrantes da ativa e da reserva da Aviação de Caça da FAB. Foram entregues, ainda, premiações e condecorações individuais: Prêmio Pacau Magalhães Motta, Medalha Mérito Operacional brigadeiro Nero Moura e Medalha Eduardo Gomes – Aplicação e Estudo.

O Comandante de Preparo (COMPREP), tenente-brigadeiro do Ar Antonio Carlos Egito do Amaral, falou sobre o futuro da Aviação de Caça, que receberá, em 2021, as primeiras unidades de sua nova aeronave, o F-39 Gripen.

“A chegada do Gripen na FAB vai trazer uma grande revolução não só tecnológica, mas doutrinária: nós vamos ter que repensar a forma de preparar os pilotos desde a sua saída da Academia até alcançar o degrau máximo da Aviação de Caça, que é o Gripen. Ele vai nos fazer repensar a forma de utilização do poder aéreo brasileiro”, disse.

As entregas efetivas das novas aeronaves operacionais para a FAB devem iniciar em 2021 e serão operadas por unidades aéreas a partir da Ala 2, em Anápolis (GO). Os pilotos brasileiros efetuarão o treinamento na Suécia a partir de 2020. O primeiro voo do protótipo da versão brasileira da aeronave deve ocorrer ainda em 2019, na Suécia.

O Dia da Aviação de Caça é celebrado em 22 de abril em alusão à mesma data em 1945, quando uma grande ofensiva do 1º GAVCA contabilizou 44 decolagens em 11 missões em um único dia. Ao todo, o Grupo destruiu mais de 100 alvos. Foi o maior número de missões de combate despachadas em um mesmo dia durante a participação da FAB na Segunda Guerra Mundial.