NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

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PORTAL R7


Exercício Operacional de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento é concluído na FAB

treinamento durou 16 dias e envolveu militares e aeronaves que cumprem as Ações de Reconhecimento Aeroespacial, Controle Aéreo Avançado, Interferência Eletrônica e Ataque

Luiz Fara Monteiro | Publicada em 18/04/2022 18:28

A quarta edição do Exercício Operacional de Inteligência, Vigilância e Reconhecimento (IVR) foi concluída nessa terça-feira (12/04), na Base Aérea de Santa Maria (BASM), no Rio Grande do Sul. O treinamento durou 16 dias e envolveu cerca de 150 militares e aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB), como A-1, R-99, P-3AM, P-95 BM e as aeronaves remotamente pilotadas RQ-900 e RQ-450.

O Comandante da BASM e Diretor do Exercício IVR, Coronel Aviador Luciano Antonio Marchiorato Dobignies, comentou que um dos principais resultados do adestramento foi a interação entre os Esquadrões. “Em virtude das capacidades diferenciadas dos sensores da FAB na tarefa de IVR, a maior interação durante o treinamento proporcionou um desenvolvimento doutrinário muito importante para cada um dos tripulantes”, ressaltou.

Nesta edição, uma das novidades foi a evolução do cenário. “Desta vez, utilizamos cenários reais, o que resultou no desenvolvimento das tripulações na questão de julgamento e no melhor aproveitamento dos sensores”, explicou o Coronel Marchiorato. 

Segundo o Comandante do Grupo Operacional da BASM, Tenente-Coronel Ivan Fernandes Faria, o Exercício foi marcado pela evolução no processo de entrega das imagens e do reconhecimento eletrônico. “Além disso, pudemos perceber que a dinâmica do adestramento está cada vez mais adequada para os Esquadrões”, complementou. 

O objetivo do treinamento foi adestrar as equipagens dos Esquadrões que cumprem as Ações de Força Aérea de Reconhecimento Aeroespacial, Controle Aéreo Avançado, Interferência Eletrônica e Ataque. Ao todo, nove Unidades participaram do Exercício, envolvendo Esquadrões das Aviações de Caça, Reconhecimento e Patrulha, além de um Esquadrão de Comunicações e Controle e o Primeiro Grupo de Defesa Antiaérea.

A importância do Exercício para a FAB foi explicada por militares de diferentes aviações e especialidades. Segundo o Major Robert Cardoso Fernandes de Almeida, Especialista em Fotointeligência do Comando de Preparo (COMPREP), esse encontro das equipagens de IVR foi bastante significativo, tanto para Oficiais quanto para Graduados. “É uma oportunidade única de promover o intercâmbio entre o efetivo especializado. E com as discussões proativas sobre os produtos que cada setor obtém, podemos aprimorar as nossas capacidades, desenvolvendo e sedimentando a doutrina do IVR”, informou.

Já o Comandante do Primeiro Esquadrão do Décimo Segundo Grupo de Aviação (1º/12 GAV - Esquadrão Hórus), Tenente-Coronel Aviador Ricardo Starling Cardoso, destacou que a Unidade - que é sediada na BASM e tem a capacidade diferenciada de decolar e voar até 30 horas. “Nesse período, conseguimos monitorar diversas categorias de alvos, inclusive os alvos sensíveis ao tempo, também chamados de Time-sensitive targeting, ou seja, alvos selecionados como prioritários para a campanha e de difícil localização devido ao seu curto tempo de exposição”, frisou.

Para o Tenente Aviador Edir Guimarães de Oliveira, piloto do Terceiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (3º/7º GAV - Esquadrão Netuno), sediado na Base Aérea de Belém (BABE), um dos principais aprendizados foi operar em um cenáClique aqui para baixar a imagem originalrio diferente que a Aviação de Patrulha atua normalmente, que é um ambiente marítimo. “Além de podermos agir em um cenário terrestre, foi uma oportunidade para compartilharmos conhecimentos com os outros Esquadrões que operam na tarefa de IVR”, acrescentou.

"Participar de um exercício como o IVR é uma excelente oportunidade profissional, pois temos a chance de aplicar e aperfeiçoar o nosso conhecimento técnico, explorando o limite operacional do Esquadrão”, declarou a Sargento Jéssica Pereira Marques, do Segundo Esquadrão do Sexto Grupo de Aviação (2º/6º GAV – Esquadrão Guardião), sediado na Base Aérea de Anápolis (BAAN).

O exercício IVR é realizado na Base Aérea de Santa Maria em virtude da sua capacidade de receber Esquadrões de todo o Brasil, além da especialidade das Unidades Aéreas sediadas em analisar imagens e confeccionar Relatórios de Missão de Reconhecimento ou de Vigilância.

Durante o Exercício IVR 2022, além dos modernos sensores aeroembarcados para o cumprimento das missões designadas, o Comando de Preparo (COMPREP) também contou com o emprego de sua nova sistemática de produção de conhecimentos operacionais por meio de seu Portal de Geointeligência. Esse conceito consiste na produção, armazenamento e análise de informações georreferenciadas em banco de dados específico. Esses dados são analisados e processados em software GIS (Geographic Information System), sendo os mesmos integrados com as OM subordinadas ao COMPREP por meio de rede segura de criptografia – Rede Mercúrio.

No contexto do Exercício IVR, por exemplo, após a realização da missão de reconhecimento, os operadores aéreos preenchiam o Relatório de Missão de Reconhecimento (REMIR) com as informações dos sistemas de armas, detecção ou infraestrutura de interesse militar. Esses dados, juntamente com as imagens geradas pelos sensores das aeronaves, eram anexados ao cenário do teatro de operações do Exercício para contribuir com o processo decisório durante a evolução das operações militares.

DEFESA AÉREA & NAVAL


Conheça como funciona o Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico da FAB


Guilherme Wiltgen | Publicada em 18/04/2022 11:56

Na última quinta-feira (14/04), o Centro de Coordenação de Salvamento Aeronáutico de Brasília (ARCC-BS), unidade da Força Aérea Brasileira (FAB) responsável por coordenar as operações de buscas aéreas, foi acionado para encontrar uma aeronave, de matrícula PR-AAM utilizada para realizar a pulverização de campos agrícolas, que desapareceu próximo ao município de Mineiros, interior do estado de Goiás.

Em um trabalho conjunto, o Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), Organização Militar da FAB, responsável pela coordenação de missões aéreas, acionou, também, o Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV) – Esquadrão Pelicano, sediado na Base Aérea de Campo Grande (MS), que localizou a aeronave na manhã do dia 15/04.

Neste sentido, cabe ressaltar como ocorrem as operações de busca e salvamento realizadas pela Força Aérea, uma vez que este é um trabalho que, por trás de toda operação para encontrar e resgatar vidas envolve um complexo sistema coordenado pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA): o Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico (SISSAR).

O que é o SISSAR?

O SISSAR foi implementado pela Portaria nº 99/GM3. Em 2020, a Portaria nº 106/GC3, de 28 de janeiro, alterou o Sistema de Busca e Salvamento Aeronáutico estabelecendo sua constituição, suas competências, e delimitações. Com atuação em uma área de 22 milhões de quilômetros quadrados, grande parte sobre o Oceano Atlântico e a Amazônia, o SISSAR tem por objetivo a localização e o socorro de ocupantes de aeronaves ou de embarcações em perigo, o resgate e o retorno com segurança de sobreviventes de acidentes aeronáuticos e marítimos, conforme previsto na Portaria 106/GC3, de 28 de janeiro de 2020.

Para cumprir sua missão, o SISSAR tem como órgão central o DECEA, a quem cabe capacitar recursos humanos e treiná-los, bem como, normatizar, gerenciar, controlar, apoiar e supervisionar tecnicamente os Centros de Coordenação de Salvamento Aeronáuticos (ARCC), conhecidos como SALVAERO. Estes são os responsáveis por averiguar as informações acerca de uma emergência, planejar todas as ações a serem desenvolvidas e solicitar o apoio dos recursos aeronáuticos ao COMAE, que disponibiliza as aeronaves para o cumprimento das missões SAR (do inglês, Search And Rescue).

Os SALVAERO coordenam as Operações de Busca e Salvamento até que estas tenham sido consideradas encerradas, ou seja, quando o objeto da busca tenha sido localizado e todos os seus ocupantes resgatados. Entretanto, caso os esforços empregados não tenham obtido sucesso na localização do objetivo, a missão é considerada suspensa, mas pode ser reiniciada desde que novos fatos justifiquem sua continuação.

Além dos militares capacitados e vetores com recursos de ponta, há ainda muita tecnologia sendo empregada para o cumprimento da nobre missão de salvar vidas. Um dos destaques do SISSAR é a utilização de satélites que captam sinais provenientes de balizas de emergência e que são transmitidos para as antenas de recepção do Centro Brasileiro de Controle de Missão (BRMCC), que faz parte do Programa Internacional Cospas – Sarsat, e está localizado no Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I).

É importante ressaltar que o Sistema Cospas – Sarsat é gratuito e é utilizado mundialmente para fornecer dados de localização e alerta de socorro precisos, oportunos e confiáveis para que as autoridades de busca e salvamento possam salvar pessoas em situações de perigo. Assim sendo, o BRMCC distribui sinais de emergência transmitidos por aeronaves, embarcações ou por pessoas em situações de perigo aos Centros de Coordenação de Salvamento, que terão por incumbência coordenar as operações de busca e salvamento.

Esquadrão de Busca e Salvamento

Especialmente treinado para cumprir missões SAR, o Esquadrão Pelicano (2º/10º GAV) está apto para atender a qualquer situação de emergência, seja na terra ou no mar. Seguindo as normas internacionais de busca e salvamento, a aeronave SC-105 Amazonas é utilizada para cumprir este tipo de missão, com capacidade de fazer busca visual e noturna.

Segundo o Oficial de Operações do 2º/10º GAV, Major Aviador Gustavo Gomes Canedo, a aeronave SC-105 Amazonas é um vetor novo, adquirido pela FAB que tem capacidade de realizar esse tipo de missão. “O SC-105 possui um sistema eletro-óptico infravermelho, que detecta o contraste termal, ou seja, a diferença de temperatura, assim, consegue-se gerar uma imagem independente de luz ambiente, tendo ainda a versão mais recente da câmera FLIR (Forward Looking Infra-Red), que registra imagens coloridas, aproxima em 18 vezes e opera em ambiente de baixa luminosidade. Dessa forma, pode-se fazer decolagens à noite, sem a necessidade de se aguardar a luz do dia. Com isso, ganha-se tempo, que em casos de busca e salvamento, são essenciais, uma vez que lidamos diretamente com vidas humanas”, explica.

Neste sentido, o Major Canedo destaca ainda outras funcionalidades do SC-105, como o radar com abertura sintética, imageamento por infravermelho e integração de sistema. Tendo ainda capacidade de monitorar, em 360 graus e simultaneamente, até 640 alvos em um raio de 200 NM (370 km), podendo detectar alvos pequenos e acompanhá-los em movimento na superfície com até 75 kts (139 km/h). Para missões de busca e salvamento, os militares contam ainda com o auxílio de óculos de visão noturna (NVG, sigla em inglês para Night Vision Goggles).

Segundo o Chefe da Divisão de Busca e Salvamento (DSAR) do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Major Aviador Bruno Vieira Passos, as missões de busca e salvamento devem ser realizadas com rapidez e muito cuidado, dessa forma, os melhores meios sempre serão empregados. “Para operações dessa natureza, contamos ainda com o apoio das aeronaves de asas rotativas H-60L Black Hawk, do 2°/10°GAV, que fazem resgates de sobreviventes de forma mais ágil e segura. Para isso, conta com experientes paraquedistas do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS) que, altamente treinados, conseguem chegar ao local com maior rapidez “, relatou.

Para concluir, deve-se salientar a atuação do Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS), também conhecido como Para-Sar, nas missões de busca e salvamento. Assim, o Major Canedo esclarece que sempre que o 2°/10°GAV é acionado para realizar missões – seja no SC-105 Amazonas ou no H-60L Black Hawk – a equipe de resgate é mobiliada por militares do Para-Sar (paraquedistas), que irão descer para fazer o resgate da vítima (por rapel ou guincho). “Então, percebe-se que as missões de busca e salvamento resumem-se em operações complexas, evidenciando a cooperação existente entre as organizações militares da FAB, como ocorre neste caso, no qual a equipe de resgate é composta por militares do 2°/10°GAV e do Para-Sar”, complementa.

Esquadrões de busca e salvamento

É importante evidenciar o trabalho desenvolvido em operações de salvamento e resgate pela Força Aérea em todo o Brasil. De tal modo, a FAB conta com Esquadrão que opera a bordo do P-3 AM Orion, como o Primeiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (1º/7º GAV) – Esquadrão Orungan e do P-95 Bandeirulha, como os Esquadrões Phoenix e Netuno – Segundo Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (2º/7º GAV) e Terceiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (3º/7º – GAV), respectivamente. Além do Esquadrão Pelicano, o Quinto Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (5º/8º – GAV) – Esquadrão Pantera e o Sétimo Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (7º/8º – GAV) – Esquadrão Hárpia também cumprem missões com o H-60L Black Hawk. Ademais, o Terceiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (3º/8º GAV) – Esquadrão Puma e o Primeiro Esquadrão do Oitavo Grupo de Aviação (1º/8º – GAV),utilizam a aeronave H – 36 Caracal. Há ainda o Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º – GT) – Esquadrão Gordo que é especializado em operações a bordo da aeronave C-130 Hércules.

REVISTA AERO MAGAZINE


FAB assina contrato com a Azul para a compra de dois A330

Um dos A330 foi adquirido pela Azul apenas para atender aos requisitos da licitação

Publicada em 18/04/2022 21:38

A Força Aérea Brasileira e a Azul assinaram, hoje (18), o contrato para à aquisição de dois Airbus A330-200, que serão convertido no futuro para o padrão MRTT, para uso militar. O valor global do acordo é de aproximadamente US$ 80 milhões (R$ 375 milhões).

A Azul deverá fornecer para a FAB dois Airbus A330, um da própria frota e um segundo adquirido no mercado internacional apenas para atender a licitação.

O primeiro avião, de número de série MSN 1492, já estava em uso nos voos comerciais da Azul e foi originalmente encomendado pela colombiana Avianca. O avião realizou seu primeiro voo em 14 de abril de 2014, sendo entregue em outubro do mesmo ano para a Avianca, onde operou até meados de 2017, quando foi repassado para a Avianca Brasil (OceanAir). Dois anos depois foi adquidio pela Azul, onde foi registrado como PR-AIS e operou suas principais rotas internacionais.

A segunda unidade, de número de série MSN 1508, foi recém-adquirida pela Azul no mercado internacional para atender aos requisitos da FAB. O avião fez seu primeiro voo em 14 de março de 2014, sendo entregue em junho do mesmo ano para a Avianca. Mais tarde  foi entregue para a Avianca Brasil, onde recebeu a matrícula PR-OCK. Com a falência da empresa brasileira foi devolvido para a empresa de leasing, a Avolon, sendo negociado em 2019 com a britânica Titan Airways, onde recebeu a matrícula G-POWX. O avião estava estocado em virtude da crise sanitária.

A expectativa da FAB agora é receber os dois aviões e na sequência, em uma nova licitação, serem enviado para a Airbus, na Espanha, para conversão no padrão MRTT.

Ambos abiões já estão com suas matrículas reservada, se tornando assim o FAB 2901 e FAB 2902, sendo designados oficialmente como KC-30 e serão operados pelo Segundo Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (2º/2º GT), o Esquadrão Corsário, que por vários anos voou com quatro KC-137, derivados do Boeing 707.

Os veteranos KC-137 foram aposentados em 2013, quando a FAB passou a buscar um substituto para as missões de reabastecimento em voo e transporte estratégico.

PORTAL AEROFLAP


FAB realiza Exercício Operacional de Busca e Salvamento na Base Aérea de Florianópolis (SC)


Publicada em 18/04/2022 16:10

A Força Aérea Brasileira (FAB) promoverá, de 17 de abril a 7 de maio, o Exercício Operacional de Busca e Salvamento – EXOP CARRANCA, na Base Aérea de Florianópolis (BAFL), localizada em Santa Catarina (SC).

O Exercício tem por objetivo adestrar as Unidades Aéreas participantes e o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (EAS) na execução de técnicas necessárias ao cumprimento da Ação de Força Aérea de Busca e Salvamento.

“Tem como finalidade, também, aprimorar os planejamentos dos órgãos de coordenação – Centros de Coordenação de Busca e Salvamento Aeronáutico (ARCC) – bem como uma maior interação entre esses órgãos de coordenação e as unidades de execução de missões SAR em cenários terrestres e marítimos”, ressaltou o Chefe da Divisão de Busca e Salvamento (DSAR) do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Major Aviador Bruno Vieira Passos.

O EXOP CARRANCA envolverá dois grandes Comandos – o Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e o Comando de Preparo (COMPREP), que contará com mais de 350 militares de diversas Unidades.

Pelo COMPREP, participarão do adestramento os Esquadrões Orungan (1º/7º GAV); Phoenix (2º/7º GAV); Netuno (3º/7º GAV); Gordo (1º/1º GT); Pelicano (2º/10º GAV) e o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR).

Pelo DECEA, farão parte os integrantes dos cinco Centros de Coordenação de Busca e Salvamento Aeronáutico (SALVAEROS): Amazônico, Recife, Atlântico, Curitiba e Brasília, além dos militares da Divisão de Busca e Salvamento do DECEA.

Participarão, também, militares da Marinha do Brasil (SALVAMAR), da Base Aérea de Canoas que compõe a Direção do Exercício (DIREX) e da Base Aérea de Florianópolis dando suporte e apoio à execução do adestramento.

Durante o treinamento, a FAB empregará o helicóptero H-60 Black Hawk e os aviões SC-105 Amazonas, P-95 Bandeirante Patrulha, C-130 Hércules e P-3 AM Orion.

Serão ativados dois Subcentros de Salvamento que estarão alocados em um Shelter montado pelo Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1°GCC), que funcionarão concomitantemente no planejamento e coordenação das missões de Busca e Salvamento atendendo à demanda de voo da DIREX.

Entenda como é a cooperação entre as Forças Aéreas de cada país das Américas


Da Redação | Publicada em 18/04/2022 17:18

O uso de meios e capacidades militares em missões de ajuda humanitária tem sido de grande importância para garantir a sobrevivência e a integridade da população. No entanto, as barreiras naturais e as distâncias geográficas são obstáculos que, na maioria das vezes, só podem ser superadas por meio do poder aéreo.

Para atuar em cenários complexos para salvar vidas, a união entre as Forças Aéreas do continente americano formaram o Sistema de Cooperação entre as Forças Aéreas Americanas (SICOFAA).

O Sistema tem a missão de promover a troca de experiências, conhecimentos e treinamentos que permitam o fortalecimento das capacidades das Forças Aéreas, de forma a dar suporte às necessidades de seus membros, além de construir laços de cooperação mútua e de interoperabilidade que garantam a eficácia em responder a uma situação de emergência de forma combinada, atendendo às intenções diplomáticas entre os países do continente.

A Força Aérea Brasileira (FAB), que é membro do SICOFAA, já atuou em diversas missões de ajuda humanitária, sendo uma delas em 2017, no Peru.

O fenômeno El Niño atingiu a costa do país, o que resultou em alagamentos e transbordamentos de rios em diversas regiões, deixando pessoas desabrigadas. Foram transportados mantimentos, água e medicamentos, além de pessoas.

O país caribenho foi devastado por um terremoto que deixou milhares de pessoas desabrigadas. O acionamento para a ajuda ao Haiti foi solicitado pela República Dominicana, país integrante do SICOFAA.

Mas, como funciona o SICOFAA?

Como foi criado esse Sistema para atender às emergências? A intenção de reunir os Comandantes das Forças Aéreas Americanas nasceu em 1961 e foi sugerida pelo então Chefe do Estado-Maior da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), General Thomas D. White, em uma ideia que se cristalizou na primeira Conferência de Chefes das Forças Aéreas Americanas (CONJEFAMER), na Base Aérea de Randolph, no Texas (EUA).

No encontro, foram discutidos os objetivos de fortalecimento das relações interinstitucionais, bem como o planejamento de uma efetiva cooperação profissional entre países.  

Já em 1964, a Força Aérea Peruana propôs a criação de uma organização que tivesse uma relação profissional mútua voluntária e apresentou, para apreciação, o documento intitulado “Bases e procedimentos para um sistema de cooperação entre as Forças Aéreas Americanas”, aceito na Conferência de 1965, que mais tarde se tornou a Primeira Carta Constitutiva do SICOFAA.

O Sistema foi desenvolvido para ser uma organização interamericana, de caráter voluntário, com a finalidade de promover e fortalecer os laços de amizade que unem seus membros, por meio da coordenação e da cooperação das Forças Aéreas quando houver a necessidade de agir em conjunto, com ajuda de seus respectivos governos.

Os países cujas Forças Aéreas são membros do SICOFAA são: Argentina, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, El Salvador, Estados Unidos, Guatemala, Guiana, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

Com o passar do tempo, verificou-se a necessidade de implantar no Sistema níveis de funcionamento, com a Reunião de Planejamento Prévio (PREPLAN) a cada CONJEFAMER, composta por delegados dos chefes de cada Força Aérea, que se reúnem com o objetivo de estudar os temas propostos e implantar Comissões e Simpósios especiais, constituídos por especialistas, para tratar os problemas atribuídos em cada encontro.

Segundo o Comodoro Pablo Ribnikar, da Força Aérea Argentina, atual Secretário-Geral Adjunto do SICOFAA, a união e a cumplicidade entre os países são fundamentais para que as ações designadas pelo Sistema sejam realizadas com sucesso.

“O Sistema é um braço armado, logístico, de resposta imediata a quem necessitar. Estamos em alerta para atuar a qualquer momento e a qualquer hora”, ressaltou.  

O SICOFAA tornou-se um modelo de organização e cooperação e, desde 2015, vem compartilhando suas experiências no continente africano.

São 54 países na África com idiomas diversos, o que dificulta a criação de uma doutrina, a execução de exercícios, dentre outros obstáculos.

O continente segue, agora, o modelo do SICOFAA, mas como Associação de Forças Aéreas Africanas, com os idiomas padronizados: inglês e francês. A Carta Constitutiva e o plano estratégico também foram desenvolvidos com o apoio do SICOFAA.

Exercício Operacional para salvar vidas

Todos os anos, os comandantes das Forças Aéreas americanas se reúnem para tratar de assuntos relativos à cooperação entre os membros que participam do SICOFAA, principalmente para o planejamento de ações de ajuda humanitária em situações de desastres naturais.

Essa reunião é denominada Conferência dos Comandantes das Forças Aéreas Americanas (CONJEFAMER). Durante a realização da Conferência, também é definida a organização de Comitês para a discussão de temas específicos ligados às áreas de Operações ou de Logística, aos Exercícios de Cooperação, dentre outros assuntos.

Durante a 60ª CONJEFAMER, em setembro de 2020, realizada virtualmente devido à COVID-19, foram definidos os procedimentos do sétimo exercício internacional de ajuda humanitária, realizado na Colômbia em setembro deste ano.  

Sob o lema “Unidos para salvar vidas”, o Exercício Cooperación VII reuniu militares de 15 países que treinaram próximo ao real, combinando as capacidades das delegações, quando necessário, em operações humanitárias de grande escala nos países do continente.

O Exercício visou o aperfeiçoamento dos pontos fortes e habilidades operacionais dos membros do SICOFAA, além de se tornar o espaço ideal para a troca de experiências, métodos, táticas e conhecimentos para o desenvolvimento eficaz de operações de combate a incêndio, de evacuações aeromédicas e de busca e salvamento.

Foram registradas mais de 175 horas de voo, cerca de 700 militares envolvidos, 12 aeronaves empregadas, 170 missões realizadas e mais de 80 pacientes atendidos.

O então Oficial de Ligação da Força Aérea Brasileira junto ao SICOFAA, Coronel Aviador Arthur de Souza Rangel, acrescentou a relevância dos treinamentos.

“Nenhum dos nossos países está imune a desastres naturais. O exercício nos deu a oportunidade de conhecer e treinar juntos em cenários realistas, estando preparados para responder juntos a qualquer emergência desse tipo”, completou.

O Exercício Cooperación VII foi configurado em dois cenários simulados de terremoto e tsunami, em Puerto Salgar (Cundinamarca) e Coveñas (Sucre), respectivamente.

Foram realizadas missões de busca, resgate e evacuação aeromédica, utilizando as capacidades das tripulações e aeronaves participantes para treinar, avaliar e padronizar os procedimentos estabelecidos para atendimento em situações de emergência.

O Secretário-Geral do Sistema de Cooperação entre as Forças Aéreas Americanas (SICOFAA), Coronel Michael Douglas Ingersoll, da Força Aérea dos Estados Unidos (USAF), destacou o empenho dos que atuaram no Exercício.

“O Cooperación VII é um instrumento muito importante para praticar os enlaces de comunicação e exercer nossas capacidades. Tivemos 15 países nessa edição. Foi a maior participação em toda história do SICOFAA, que contou com o envolvimento do mais novo avião da FAB, o KC-390. O apoio da aeronave superou as expectativas nesse exercício”, destacou.

O Subdiretor da Secretaria Permanente do SICOFAA, Doutor Alberto Moreno Bonet, comentou sobre as considerações captadas durante o exercício.

“Essa coleta de informações é uma doutrina recente no SICOFAA. Com essa metodologia, foi criada uma ferramenta, a OLA – Observações e Lições Aprendidas, que são bases de dados que nos permitem consolidar e realizar as análises de processos e convertê-las em lições aprendidas que são compartilhadas com o país que será o anfitrião do próximo exercício e com todos os membros do SICOFAA”, explicou.

Os próximos eventos relativos ao ciclo 2022-2023 do Sistema de Cooperação entre as Forças Aéreas Americanas (SICOFAA) estão previstos para serem realizados na Argentina e no Peru, respectivamente.

KC-390 Millennium: missão cumprida com 100% de disponibilidade

Vislumbrado durante o treinamento pela operabilidade e versatilidade, o KC-390 Millennium conclui sua participação no Exercício Cooperación VII com todos os objetivos alcançados.

Operado pelo Primeiro Grupo de Transporte de Tropa (1° GTT) – Esquadrão Zeus, o avião contabilizou mais de 25 horas de voo, realizando missões de transporte aéreo logístico e lançamento de paraquedistas, apresentando 100% de disponibilidade para atender os acionamentos no exercício.

O então Chefe do Estado-Maior da Ala 2, Tenente-Coronel Luiz Fernando Rezende Ferraz, descreveu a participação do KC-390 Millennium no treinamento.

“Neste Exercício, tivemos a oportunidade de, pela primeira vez, testar o KC-390 no ambiente de interoperabilidade com várias Forças Aéreas dos países participantes; realizar o lançamento de paraquedistas estrangeiros, que nos permitiu identificar as doutrinas e peculiaridade dos países; e operar a aeronave em pistas na Colômbia, com mais de sete mil pés de altitude. Todos os voos ocorreram de acordo com o planejado e cumprimos todas as missões solicitadas”, frisou.

O primeiro KC-390 Millennium foi entregue à Força Aérea em setembro de 2019, e, após cerca de um ano e meio operando a aeronave multimissão, a FAB atualmente conta com quatro KC-390 em sua frota realizando missões fundamentais para o País, como a Operação COVID-19, de apoio ao enfrentamento à pandemia do novo Coronavírus, e nas missões de assistência humanitária à República Libanesa e ao Haiti.