NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

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EBC - EMPRESA BRASILEIRA DE COMUNICAÇÃO


Brasil apresenta Operação Acolhida em fórum na Suíça


Publicada em 17/12/2019 09:45 | Atualizado em 17/12/2019 17:31

O Brasil participa, em Genebra, na Suíça, do primeiro Fórum Global sobre Refugiados. O encontro mundial terá a presença de líderes e ministros de várias partes do mundo.

JORNAL TRIBUNA DO NORTE (RN)


História da aviação potiguar dá seu primeiro grande voo


Tádzio França | Publicada em 18/12/2019 | Atualizado em 18/12/2019 06:53

Um altivo e simpático Augusto Severo dá as boas vindas ao publico e convida: “Venham viver essa experiência. Divirtam-se!”. A projeção holográfica do patrono da aviação potiguar é uma das atrações a serem  vistas no Centro Cultural Trampolim da Vitória (CCTV), projeto que resgata a história aviatória do estado através de sua relação com a Segunda Guerra Mundial. A prefeitura de Parnamirim, idealizadora do projeto, fez uma apresentação oficial do local para convidados na terça à tarde, exibindo um pouco do que já está preparado no pavilhão térreo do antigo aeroporto Augusto Severo. O centro estará aberto ao público em janeiro de 2020, em data ainda a ser fechada. 

O CCTV aberto a partir de janeiro ocupará três pavimentos do antigo aeroporto com um acervo precioso, repleto de peças históricas, material informativo, e também um segmento multimídia que dará uma dinâmica mais interativa às visitas. O Augusto Severo holográfico é um dos exemplos. Há vídeos de web séries sobre a história de Parnamirim e Natal na Segunda Guerra, salas com simulações virtuais de vôo, e um túnel com óculos 3D. A abertura do centro também contará com a revitalização de lojas de artesanato e restaurantes. 

A curadoria da mostra, bem como o acervo, são dos pesquisadores Marcelo Queiroz e Fred Nicolau, que já integraram a finada Fundação Rampa. “É um projeto essencialmente de turismo de experiência. E apesar de ter Parnamirim e Natal como foco e fio condutor, ela é bem mais abrangente. É um grande painel sobre a Segunda Guerra, seus acontecimentos, personagens e casos. Um pouco de toda essa história está aqui”, explica Marcelo, um aficionado pela época. 

 

Material inédito

 

O material exposto, de fato, enche os olhos. Há fardas, macacões, quepes e insígnias de homens que viveram a década de 40 e sua guerra. Os painéis trazem textos e imagens de cenas da época, com soldados circulando por Natal, praias, e quartéis. O público vê e se informa sobre a FAB, a Cruzex, o Zeppelim, e o cotidiano na Base Aérea de Natal (Bant), iniciada em 1942 e hoje é a maior da força aérea do Brasil. 

A mostra também inclui as máquinas que chamavam a atenção nas ruas e céus da época, como o avião xavante e o helicóptero esquilo, além dos jeeps. Ao todo, dez aeronaves deverão compor a exposição. Há peças que foram recolhidas dos mares, como os fardos de borracha de um navio alemão, a metralhadora de um avião de guerra, uma hélice. As maquetes, repletas de detalhes, mostram cenas típicas de guerra. As cartas, escritas por soldados americanos da época, dão um tom humano, nostálgico e emocional a  uma parte desse acervo bélico. As miniaturas dos aviões atraem a atenção dos adultos e das crianças. 

A terceira fase do projeto será a  utilização dos prédios externos que compõem a base e formam o acervo arquitetônico e histórico do local. Serão resgatados espaços que funcionaram como teatro,  hospital e o comando geral, no período da guerra. Haverá a utilização do Campo da Aeropostale/Air France, de 1927, e a Estação da Lati, fundada em 1939 quando a 'Linee Aeree Transcontinentali Italiani' construiu seu primeiro hangar para ligação aérea das Américas com a Europa. 

Os consulados da Itália, França e Estados Unidos  foram consultados para possíveis parcerias e já demonstraram interesse. A poderosa Coca-Cola também se interessou em promover algo no local, já que as primeiras degustações da bebida no Brasil aconteceram em Natal, devido a instalação das tropas americanas. Serão ocupados nove espaços na chamada Base da Área 10. O projeto é uma grande parceria com apoio da FAB, Sebrae, Fecomércio, e outros apoiadores. Uma ação coletiva para voos mais altos.

OUTRAS MÍDIAS


DEFESATV - Satélite CBERS-4A já se encontra na torre de lançamento na China


Da Redação | Publicada em 17/12/2019 18:02 | Atualizado em 17/12/2019 18:44

O satélite Sino-Brasileiro de Recursos Terrestres (CBERS-4A) programado para ser lançado na madrugada do dia 20 de dezembro a 00h21 (horário de Brasília) do Centro de Lançamento de Satélite de Taiyuan, na China, já foi transportado na manhã da última quinta-feira (12.12) para a torre de lançamento para ser acoplado ao lançador Longa Marcha 4B.

O CBERS-4A é o sexto satélite desenvolvido em parceria com Brasil e China em um acordo firmado em 1988. O último satélite lançado pelo Programa, o CBERS-4, permanece em órbita e operacional. Com o lançamento do CBERS-4A, o fornecimento de imagens será duplicado, o que trará benefícios a uma série de aplicações, estudos e monitoramentos sobre recursos naturais e dinâmicas de uso do solo.

Com um avanço no acordo de cooperação Brasil e China para execução dos CBERS-3, 4 e 4A ficou definido que caberia a cada país 50% dos investimentos e das responsabilidades no desenvolvimento do satélite. O Programa CBERS, com mais de 30 anos de trabalhos conjuntos, está em sua segunda geração de satélites.

Imagens e aplicações

O CBERS-4A dará continuidade ao projeto de fornecimento de imagens de sensoriamento remoto de todo o território nacional. A Estação de Recepção e de Gravação de Dados, localizada no Morro da Conceição, a cerca de 9 km do centro de Cuiabá (MT), recebe e grava continuamente as imagens transmitidas pelos satélites da série CBERS. Os dados recebidos são transferidos para o Centro de Processamento de Imagens da Divisão de Geração de Imagens do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), em Cachoeira Paulista (SP) para processamento adicional e disseminação aos usuários finais.

As imagens do CBERS-4A também serão utilizadas em projetos nacionais estratégicos, como o Programa de Cálculo do Desflorestamento da Amazônia (Prodes), de avaliação do desflorestamento na Amazônia. Desde 1988, as taxas anuais de desmatamento na região são usadas pelo governo brasileiro para o estabelecimento de políticas públicas.

Outro projeto que utiliza as imagens do satélite é o Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (DETER), que avalia o desflorestamento em tempo real. O Programa atua como um sistema de alerta para dar suporte à fiscalização e controle de desmatamento e da degradação florestal.

Lançador Longa Marcha 4B

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e a Academia Chinesa de Tecnologia Espacial (CAST) realizam os últimos preparativos para o lançamento do CBERS-4A. O foguete chinês Longa Marcha 4B é composto de três estágios que atingem uma altura aproximada de 45 metros. Todos os estágios utilizam combustível líquido, hidrazina e tetróxido de nitrogênio (N2O4) como oxidante.

O foguete vazio pesa cerca de 17 toneladas. Seus tanques têm capacidade para 232 toneladas de combustível. O peso total no momento do lançamento será de aproximadamente 250 toneladas, considerando o peso do CBERS-4A, de aproximadamente 1,8 tonelada.

Câmeras imageadoras

O CBERS-4A leva a bordo duas câmeras brasileiras (MUX e WFI) e uma chinesa (WPM). A MUX irá gerar imagens de 16 metros de resolução, com revisitas a cada 31 dias. A WFI possui resolução de 55 metros, com revisitas a cada 5 dias, enquanto a WPM, conta com resolução de 2 metros em modo pancromático e de 8 metros em RGB (Red-Green-Blue, multiespectral). Por ter uma altitude de órbita mais baixa em relação ao CBERS-4, em operação atualmente, as imagens a serem geradas pelo CBERS-4A será de melhor resolução espacial.

Os dados do Programa CBERS estão disponíveis aos usuários no catálogo online do INPE. A oferta gratuita de imagens de satélites, a partir de uma política de dados abertos adotada pelo INPE, em 2004, traz benefícios aos diversos sistemas de gestão do território brasileiro, desenvolvidos em instituições de pesquisa, universidades e empresas privadas.

Além disso, estudos apontam que o Programa CBERS, com base no desenvolvimento de tecnologias espaciais de sensoriamento remoto, geram empregos, novas oportunidades de negócio e maior lucratividade a empresas que utilizam suas imagens em seus serviços e produtos.