NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL UOL


Caça da FAB intercepta jato comercial no interior de São Paulo


Eduardo Schiavoni |

Um avião da FAB (Força Aérea Brasileira) interceptou, no final da tarde desta quarta-feira (17), uma aeronave que sobrevoava Jundiaí, no interior de SP. O piloto da aeronave, um jato comercial, foi escoltado e acabou pousando.

A FAB não informou o motivo da interceptação, mas segundo o Cindacta (Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo) de Curitiba, a aeronave teria decolado do sul do país sem plano de voo.

Após o pedido do Cindacta, um super tucano da FAB foi destacado para fazer a escolta. Após o aviso para pousar, o avião acabou apreendido para investigação e, por cerca de uma hora, outras aeronaves foram proibidas de cruzarem a espaço aéreo da cidade.

O UOL conversou com um homem que mora nas proximidades do aeroporto e viu o caça escoltando o jato comercial. "Ouvi um barulho muito grande e saí para ver. O caça estava acompanhando o avião, voando lado a lado", conta o homem, que pediu para não ser identificado.

Ainda segundo ele, logo depois de ver a cena, ele procurou a frequência de comunicação dos aviões em seu rádio comunicador e conseguiu ouvir a conversa. "Eu ouvi claramente os militares mandando a aeronave pousar e disseram que, se não o fizesse, ela seria abatida", disse.

Procurado, o Ministério da Defesa informou que a FAB realizou atividade de defesa do espaço aéreo em Jundiaí. Já a FAB confirmou o acompanhamento da aeronave, mas negou qualquer ordem para fazer o jato comercial pousar. A FAB informou ainda que tem tomado conta do espaço aéreo de várias cidades por conta dos Jogos Olímpicos e que, nesta quarta-feira, realizou "a defesa do espaço aéreo da cidade de São Paulo", vizinha a Jundiaí.

A instituição foi questionada sobre os motivos para a interceptação, mas não deu nenhum detalhe adicional sobre o caso.

 

Com adesões na reta final, militares são um terço dos brasileiros nos Jogos


Rodrigo Mattos |

ImagemA presença de militares na Rio-2016 foi turbinada antes da reta final da competição com novas adesões. Com isso, as Forças Armadas têm cerca de um terço (31%) dos atletas que compõem a delegação nacional. São 145 esportistas nacionais do Exército, Marinha ou Aeronáutica.

Por isso, é tão comum ver atletas prestando continência no pódio. Já foram nove medalhistas que compõem as Forças Armadas. A saudação militar não é obrigatória, tanto que não foi feita, por exemplo, pela judoca Rafaela Silva. Mas agrada à instituição quando esta acontece.

Dos 145 atletas militares, 50 foram incorporados de junho para cá. Isso se deve a um novo processo seletivo feito no início deste ano. Há procedimentos burocráticos e por isso a incorporação só aconteceu em julho deste ano. Assim, as Forças Armadas superaram sua meta de ter 100 atletas nos Jogos.

O técnico do ginasta Arthur Zanetti, Marcos Goto, chegou a criticar instituições militares por contratarem atletas de alto nível, mas não investirem na base. As Forças Armadas, no entanto, argumentam que tem um programa chamado Profesp, cujo principal obtido é inclusão social. O objetivo é, no futuro, transforma-lo em formador de atletas. Zanetti só entrou na Aeronáutica em julho.

O programa, atualmente, é voltado para atletas de alto nível. Todos são contratados como 3º sargento, cargo que lhes garante uma renda em torno de R$ 3 mil. Essa patente foi escolhida porque exige segundo grau. Há três militares de carreira que têm outras patentes de oficiais: são atiradores. E há três soldados que se alistaram independentemente de serem atletas olímpicos.

Os atletas-militares não têm que treinar nos quartéis ou mesmo passar tempo prestando serviços como os de carreira. Suas obrigações são fazer um curso para entender os princípios e práticas dos oficiais, atender à convocação para Jogos Mundiais Militares e passar por avaliações periódicas das comissões esportistas. De resto, podem treinar com seus técnicos originais.

Esse programa foi criado como uma forma de apoio financeiro a mais para os atletas, em ideia negociada entre o COB, o Ministério do Esporte e o Ministério da Defesa. No total, o investimento anual é de R$ 15 milhões em salários, e outros R$ 3 milhões de apoio. São 670 atletas incorporados, isto é, menos de um quarto deles efetivamente foi aos Jogos.

A expectativa inicial das Forças Armadas era que seus atletas obtivessem 10 medalhas, mas esse número será superado. Com a prata de Ágatha e Bárbara já foram dez pódios. Nesta quinta-feira, Allison e Bruno Schmit serão mais dois atletas militares a subirem no pódio. Ainda há atletas no taekwondo, atletismo e lutas que são das Forças Armadas.

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Medalhistas de prata no vôlei de praia agradecem às Forças Armadas: "Somos muito gratas"


Ágatha e Bárbara entraram para a galeria de atletas brasileiras medalhistas olímpicas no vôlei de praia. O feito aconteceu nesta quarta-feira, após derrota na final contra as alemãs Ludwig/Walkenhorst. E logo após receberem a condecoração, elas agradeceram às Forças Armadas.

"A gente faz parte de um programa das Forças Armadas. No nosso caso, é da Marinha. É um programa incrível, que ajuda atletas de alto rendimento e também de base", explicou Ágatha.

Ao lado de Bárbara, ela é terceiro-sargento da Marinha. E explicou como é ajudada.

"Eles ajudam vários tipos de categoria e apoiam a gente com estrutura, no nosso caso poderíamos treinar lá, apoiam como profissionais, poderíamos usar fisioterapeutas, psicólogos militares, recebemos também apoio financeiro deles", contou a atleta.

"Então somos muito gratas às Forças Armadas, em especial à Marinha, é nosso segundo ano com eles, e é incrível poder contar com o Ministério da Defesa do Brasil também nos esportes", acrescentou.

Sobre a conquista, a brasileira disse que não consegue ainda expressar o que representa isso.

"Eu e a Bárbara ainda não realizamos o feito, não percebemos tudo isso, acho que isso vai acontecer aos poucos. Porque toda a nossa busca em metas, todo o planejamento até chegar aqui, dentro dos Jogos, todo o trabalho aqui dentro, então acho que agora que acabou e conquistamos essa medalha de prata é que vamos perceber realmente o que conquistamos. Por enquanto ainda não dá, mas isso vai acontecer aos poucos", avisou.

Já Bárbara falou sobre seu amor ao esporte.

"É um desgaste muito grande, a entrega também é muito grande, então é hora da gente pensar no futuro. Trabalhar tudo de novo, porque apesar da entrega a gente ama o que faz e isso não tem preço realmente, poder fazer aquilo que ama", finalizou. 

 

JORNAL ZERO HORA


Forças Armadas planejam manter programa com atletas para Olimpíada de 2020

Parceria do Ministério da Defesa e do Esporte ficou conhecida depois que esportistas começaram a prestar continência no pódio

Por: Zh Esportes |

O Programa de Atletas de Alto Rendimento, que ficou conhecido após os atletas brasileiros começarem a prestar continência à bandeira nacional nos pódios, não deve se encerrar com o fim da Olimpíada Rio 2016. Atualmente, 145 dos 465 atletas brasileiros nos Jogos são militares, e já há um plano para o ciclo de Tóquio 2020, que inclui os Jogos Mundiais Militares de 2019.

— Temos tido muitas conversas com o Ministério do Esporte e com as confederações, e a ideia é de longo prazo. Não estamos trabalhando só para 2016, mas para 2020. Acreditamos que o futuro do esporte está na base — disse ao jornal Lance Carlos Chagas, comandante do Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (Cefan) da Marinha.

Criado em 2008 e desenvolvido pelas Forças Armadas Brasileiras, a iniciativa é uma parceria entre o Ministério da Defesa e o Ministério do Esporte onde são investidos cerca de R$ 18 milhões anuais entre salários e compra de equipamentos.

No sistema atual, atletas de alto rendimento se alistam de forma voluntária às Forças Armadas. Os competidores passam a receber todos os benefícios de militares — soldo (como é chamado o salário do militar), 13° salário, plano de saúde, férias, assistência médica, além de ter o direito de treinar nas instalações militares.

Como contrapartida, ficam elegíveis para participar de competições específicas, como os Jogos Mundiais Militares. Geralmente, os atletas são 3° Sargentos — com um salário de R$ 3.111,00 pelos números de agosto. Pelo nível de carreira, dificilmente seriam chamados em uma eventual guerra.


 

Ministro rebate crítica a programa das Forças Armadas: "Tem também o de base"


O incentivo das Forças Armadas a atletas de alto rendimento gerou polêmica nos últimos dias — potencializada pela constante aparição de atletas prestando continência em pódios olímpicos. Em entrevista ao programa Estúdio i, do canal GloboNews, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, disse que as Forças Armadas também contam com um projeto de base para rebater críticas sobre um eventual oportunismo para unir a imagem a atletas já prontos.

— Evidentemente, você agrega valor a qualquer iniciativa que tem sucesso. Mas temos o programa "Forças do Esporte", em que são atendidos 21 mil crianças e adolescentes de 6 a 16 anos. Tem o de alto rendimento, mas tem também o de base e iniciação. Estamos iniciando também um projeto-piloto paraolímpico chamado "João do Pulo" — completou.

Depois da conquista da medalha de prata por Arthur Zanetti, atleta militar, seu técnico Marcos Goto havia criticado o sistema.

— Pegar atleta pronto é muito fácil. Quero ver apoiar até a criança chegar lá. O dia em que os militares fizerem escolinhas e apoiarem iniciação esportiva, apoiarem treinadores, aí vou tirar o chapéu. Por enquanto, não.

Goto, no entanto, já havia sido contatado por militares e recuou nas críticas:

— De jeito nenhum foi uma crítica ao que os militares fazem. Só dei minha opinião pessoal. Hoje fiquei sabendo que existem projetos que fomentam o esporte. Para mim é uma alegria saber.

Jungmann disse que o início do projeto teve foco nos Jogos Militares de 2011, também realizados no Rio de Janeiro, e não nos Jogos Olímpicos de 2016.

— Quando o programa começou, o foco eram os Jogos Militares no Rio. Conseguimos ir para o primeiro lugar no quadro de medalhas. Depois, na Olimpíada Militar seguinte, ficamos em segundo em Pequim, só ficamos atrás da Rússia — disse.

Os atletas são voluntários e entram nas Forças Armadas por meio de um edital público. Depois que são aceitos, precisam apresentar anualmente resultados de alto nível para permanecer por um período máximo de oito anos.

 

PORTAL G1


Marinha vai utilizar redes de arrasto nas buscas por piloto e caça no RJ

Navio pesqueiro vai participar de operação a partir desta quarta-feira (17). Militar e caça desapareceram em julho após acidente aéreo em Saquarema.

Gustavo Garcia |

Sem sucesso nas buscas para encontrar o piloto e o caça AF-1 Skyhawk, que desapareceram no mar na costa de Saquarema, Região dos Lagos do Rio, a Marinha passará a utilizar um navio pesqueiro especializado em redes de arrasto a partir desta quarta-feira (17). A operação para tentar localizar vestígios da aeronave e o militar acontecem desde o dia 26 de julho, após o acidente aéreo durante um treinamento padrão de ataque a alvos de superfície.

A embarcação que está sendo encaminhada para os locais de busca vai percorrer áreas com profundidade menor, em complemento às varreduras que estão sendo realizadas pelos demais navios, o de Socorro Submarino “Felinto Perry”, o de Pesquisa Hidroceanográfico “Vital de Oliveira” e o da Petrobrás “Fugro Aquarius”.

Segundo a Marinha, o navio pesqueiro vai recolher tudo que estiver pelo caminho, com a expectativa de encontrar destroços do caça. Aeronaves, lanchas e viaturas também participam da operação, que se estende pelas praias das regiões de Maricá, Saquarema, Arraial do Cabo e Cabo Frio.

Investigações
A corporação abriu um Inquérito Policial Militar, que tem prazo para a apresentação de um parecer em até 60 dias depois da abertura do processo, no dia 27, um dia após a aeronave desaparecer no mar. Uma comissão também investiga o caso.

Marinha mostra modelo da aeronave
Em entrevista ao G1 no dia 9 de agosto, o Capitão de Mar e Guerra Fonseca Júnior, Chefe de Estado Maior do Comando da Força Aeronaval, disse que o piloto de caça da Marinha que retornou para a base de São Pedro da Aldeia relatou que "viu a outra aeronave cair de barriga na água, mas não viu se o piloto dela conseguiu ejetar". Confira a reportagem completa.

Poucas peças foram encontradas
A Marinha confirmou, na noite do dia 8 de agosto, que encontrou dois pneus do trem de pouso do caça AF-1 Skyhawk. Um estava na praia de Monte Alto, em Arraial do Cabo, e outro na do Peró, em Cabo Frio. Porém, mesmo com as descobertas, ainda não há informações sobre o paradeiro do piloto ou do restante da aeronave.

Ex-militar opina sobre o caso
Para o especialista Alexandre Galante, ex-militar da Marinha e consultor em assuntos militares, defesa e acidentes aéreos, o caça pode ter se desintegrado ao se chocar contra a água, dificultando a localização das partes da aeronave. Alexandre conversou com o G1 por telefone diretamente do Texas, no Estados Unidos, onde mora atualmente.

Sinal da aeronave
A Marinha confirma que a aeronave era vista nos radares do mapa aéreo brasileiro e sumiu no ponto da queda, em Saquarema. O órgão informou ainda que o caça não possuía equipamento GPS (Global Positioning System ou Sistema de Posicionamento Global), mas tinha dois equipamentos Personal Locator Beacon (PLB), espécie de localizador para o piloto.

Os equipamentos estavam instalados no colete, com acionamento manual; e no assento ejetável, com acionamento automático durante a ejeção do assento. Entretanto, segundo a Marinha, "até o momento, não foi detectado qualquer sinal proveniente desses equipamentos".


Navio-sonda
O navio-sonda de Pesquisa Hidroceanográfico "Vital de Oliveira" tem 78 metros de comprimento, possui cinco laboratórios e tem capacidade para 130 pessoas. Entre os equipamentos estão ecobatímetros multifeixe, perfilador de velocidade do som, sonar de varredura lateral. A embarcação pode ser operada remotamente.


Navio de Socorro Submarino
Capaz de efetuar mergulhos saturados até 300 m de profundidade, o Felinto Perry é um navio de apoio completo, equipado com câmaras de descompressão. Ele foi adquirido pela Marinha do Brasil em 1988 e pode ser utilizado em tarefas de resgate a submarinos sinistrados e também para combates a incêndios em alto mar.

 

Embraer inicia PDV em suas cinco fábricas do Brasil na terça-feira (23)

Fabricante de aviões adota medidas para cortar gastos de U$ 200 milhões. Plano de demissões seguirá em vigor até 24 de setembro.

Do G1 Vale do Paraíba e Região

A Embraer informou que vai abrir na próxima terça-feira (23) um Plano de Demissão Voluntária (PDV) a todos os funcionários da companhia em suas cinco unidades do Brasil. A medida é motivada pela crise e faz parte de um pacote ações que a fabricante de aeronaves adota para reduzir em cerca de US$ 200 milhões ao ano as despesas da companhia.

De acordo com a Embraer, o pacote oferece, além do pagamento rescisório, indenização de 40% do salário nominal proporcional ao tempo de empresa, direito a seis meses de plano de saúde e odontológico, e apoio em programas de palestras e workhops de qualificação.

Podem aderir ao plano funcionários de todos os níveis hierárquicos das unidades da Embraer do Brasil. A medida fica aberta até o dia 14 de setembro e os desligamentos estão previstos para a primeira semana de outubro.

A empresa é uma das maiores empregadoras de São José dos Campos, com cerca de 13 mil trabalhadores. Nas fábricas e subsidiárias, como a Eleb, que mantém no Brasil e no exterior são cerca 19 mil empregados - mais de 90% deles atuam no Brasil nas unidades de São José, Taubaté, Sorocaba, Botucatu e Gavião Peixoto - todas em São Paulo.

A Embraer tem ainda uma unidade na Flórida (EUA). O PDV não será aberto aos trabalhadores desta unidade.

A proposta foi apresentada pela empresa ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José em reunião na manhã desta quarta-feira (17). O sindicato informou que é contra o PDV, mas a empresa se manteve "intransigente". Além disso, disse que vai "discutir com os funcionários da Embraer para chegar a uma alternativa que evite cortes na fábrica".

Crise
No último trimestre, a Embraer sofreu prejuízo de R$ 337,3 milhões, revertendo resultado positivo, de R$ 399,6 milhões obtido no mesmo período do ano passado. A companhia também cortou estimativas para entregas de aviões executivos e comerciais.

Com isso, a projeção de receitas líquidas neste ano teve queda para o intervalo de US$ 1,6 bilhão a US$ 1,75 bilhão ante previsão anterior de US$ 1,75 bilhão a US$ 1,9 bilhão. Nos últimos seis meses, o consumo de caixa da companhia foi de US$ 600 milhões.

No pacote de medidas contra a crise, a Embraer anunciou a revisão do plano anual para os próximos anos em que prevê readequação da estrutura administrativa e operacional e redução de custos em todas unidades da empresa no mundo.

 

AGÊNCIA BRASIL


Militares participam da Olimpíada 2016 em diversas modalidades

O programa das Forças Armadas comporta 670 atletas, sendo 146 militares nesta olimpíada, com nove medalhas já conquistadas

O diretor do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa, almirante Paulo Zuccaro, em entrevista ao Revista Brasil desta quarta-feira (17) disse que este trabalho começou em 2008, quando as corporações das Forças Armadas estavam se preparando para receber, no Rio de Janeiro, os 5º Jogos Mundiais Militares, uma competição importante do cenário internacional.

Zuccaro diz que a partir deste ponto, para representar bem o país, as Forças Armadas começaram a investir no esporte de alto rendimento, "trazendo para as nossas forças, de maneira totalmente voluntária e conforme as possibilidades de cada modalidade, atletas de grande nível e promessas também que estavam surgindo no cenário nacional".

A maneira mais direta da entrada desses atletas às coporações ocorre mediante editais das três Forças, com processo seletivo aberto ao público, de acordo com cada modalidade, em competições nacionais e internacionais.

 

PORTAL BRASIL


Programa federal contribui para bom desempenho de atletas nos Jogos Olímpicos

Programa de Atletas de Alto Rendimento apoia 670 esportistas militares de 26 modalidades

Nove das onze medalhas conquistadas pelo Brasil nos Jogos Olímpicos da Rio 2016, até a manhã desta quarta-feira (17), foram conquistadas por atletas das Forças Armadas (confira no quadro abaixo).

Além de serem medalhistas, todos eles têm em comum o fato de participarem do Programa de Atletas de Alto Rendimento (PAAR) do Ministério da Defesa. Criada em 2008, a iniciativa conta atualmente com 670 militares, sendo que 76 são militares de carreira, e outros 594, temporários.

Em parceria com o Ministério do Esporte, o programa tem o objetivo de fortalecer a equipe militar brasileira em eventos esportivos de alto nível. Os atletas contemplados têm à disposição todos os benefícios da carreira militar, como salário, plano de saúde, férias e assistência médica, incluindo nutricionista e fisioterapeuta, além de disporem de todas as instalações esportivas militares adequadas para treinamento.

Critérios do programa

Para participar do PAAR é preciso se candidatar nos processos seletivos lançados em editais por cada Força.

Ao todo, o programa inclui 26 modalidades olímpicas (atletismo, badminton, basquete, boxe, ciclismo, esgrima, futebol, golfe, handebol, hipismo, judô, levantamento de peso, lutas associadas, maratona, nado sincronizado, natação, pentatlo moderno, remo, saltos ornamentais, taekwondo, tiro, tiro com arco, triatlo, vela, vôlei e vôlei de praia); três modalidades não olímpicas (cross country, lifesaving e futebol de areia); e cinco modalidades tipicamente militares (orientação, paraquedismo, pentatlo aeronáutico, pentatlo militar e pentatlo naval).

A seleção inclui avaliação curricular, entrevista, inspeção de saúde e exame físico. Os selecionados sempre ingressam com graduação de terceiro sargento, com remuneração mensal de aproximadamente R$ 3,2 mil.

Resultados

Nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, de uma delegação de 259 atletas, 51 eram militares, que competiram em 12 modalidades, entre elas atletismo, esgrima, tiro, natação, pentatlo, judô e taekwondo. Naquele ano, eles conseguiram cinco medalhas, incluindo a de ouro da judoca Sarah Menezes. Na Rio 2016, são 145 atletas militares, entre os 465 que integram a delegação.

Nos próximos anos, os atletas militares continuarão a receber apoio do governo federal. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, já anunciou que, em 2017, a iniciativa terá assegurados repasses de cerca de R$ 18 milhões.

 

JORNAL O POVO (CE)


Atletas militares já somam oito medalhas para o Brasil


José Mário Pinto |

Com as conquistas de ouro e prata dos sargentos da Força Aérea Brasileira (FAB) Thiago Braz (salto com vara) e Arthur Zanetti (ginástica artística), respectivamente, os atletas militares somam oito medalhas nos Jogos Olímpicos Rio 2016. O desempenho superou o de Londres, há quatro anos, quando cinco das 17 medalhas trazidas para o Brasil foram resultado da performance de militares.

"Quando participei da inauguração do Cism Club, em Afonsos, disse que a nossa meta era saírmos dos Jogos Olímpicos Rio 2016 com 10 medalhas para os atletas militares. Dizia também que esta meta era um sonho que hoje torna-se realidade. Isso reforça ainda mais a continuidade do Programa de Atletas de Alto Rendimento e o Forças no Esporte, este último de inclusão social que atende 21 mil crianças. Esses são exemplos de programas que dão certo. E, após os Jogos aqui no Rio, todos estarão com foco nas próximas competições e cito como exemplo os 7 Jogos Mundiais Militares que acontecem em 2019, na China", afirma o ministro da Defesa, Raul Jungmann.

Programa de Alto Rendimento

O “Programa de Atletas de Alto Rendimento” conta com 670 atletas militares em todas as Forças: Exército, Marinha e Aeronáutica. Destes, 76 são militares de carreira e 594 são militares que pertencem ao quadro de sargentos temporários.

Na Rio 2016, dos 465 atletas do Time Brasil, 146 pertencem ao projeto, ou seja 31% desse total. A FAB tem 39 atletas olímpicos.

Em média, o programa gasta R$ 18 milhões por ano. O maior montante, mais de 80%, o equivalente a R$ 15milhões, é investido nos atletas. Cerca de R$ 3 milões servem para custear os gastos para representar o Brasil em outros países.

O ingresso no programa é público, possibilitando o ingresso de todos que apresentarem bom rendimento. "Esses jovens fazem um contrato temporário que pode chegar até oito anos, e contam com uma infraestrutura com técnicos e fisioterapeutas. Como sargento, eles podem chegar a um salário de R$ 3 mil", esclareceu Jungmann.

Acompanhe as conquistas na Rio 2016:

OURO (2)

Atletismo
Salto com vara (Masculino) – Thiago Braz Da Silva (Aeronáutica)

Judô
Até 57 kg (Feminino) – Sargento Rafaela Silva (Marinha)

PRATA (2)

Ginástica Artística
Argolas (Masculino) – Sargento Arthur Zanetti (Aeronáutica)

Tiro Esportivo
Pistola de ar 10m (Masculino) – Sargento Felipe Almeida Wu (Exército)

BRONZE (4)

Ginástica Artística
Solo (Masculino) – Sargento Arthur Nory (Aeronáutica)

Judô
Acima de 100 kg (Masculino) – Rafael Silva (Marinha)
Até 78 kg (Feminino) – Sargento Mayra Aguiar (Marinha)

Natação
Maratona 10 km (Feminino) – Poliana Okimoto (Exército)

 

OUTRAS MÍDIAS


EL PAÍS


Rio 2016 chega a sua reta final sem dinheiro e ameaça Jogos Paralímpicos

Atletas paralímpicos ainda não receberam o dinheiro para suas passagens de avião
Crise se agrava após Justiça congelar repasses de recursos públicos aos Jogos
 

O Comitê Rio 2016, um dos organizadores dos Jogos Olímpicos do Rio, não tem dinheiro e vem cortando suas principais despesas nos últimos dias. Até agora, os mais afetados por essa crise financeira parecem ser os atletas da Paralimpíada do Rio, que ocorrerá entre 7 e 18 de setembro. Eles ainda não receberam o dinheiro prometido pelo Comitê Rio 2016 para cobrir os gastos com passagens de avião. São 7,5 milhões de dólares (cerca de 24 milhões de reais) que não chegaram aos comitês nacionais paralímpicos porque os organizadores dos Jogos usaram esses recursos para cobrir seus problemas de caixa. Além disso, uma decisão da Justiça Federal na última sexta-feira aprofundou a crise, ao congelar o repasse de recursos públicos ou patrocínios de empresas estatais aos Jogos até que a entidade organizadora abra suas contas e detalhe seus gastos.

Segundo a ordem liminar da 13º Vara Federal do Rio, mesmo os recursos já recebidos pelo Rio 2016 não poderão ser usados, sob pena de multa de 100.000 reais ao dia. No entanto, a entidade organizadora se recusa a detalhar seus gastos. Alegou que, por ser uma instituição privada, não está obrigada a se submeter às regras de transparência do poder público. E prometeu recorrer da decisão.

Ainda assim, o Comitê prometeu enviar até o fim do mês o dinheiro das passagens dos atletas. "Se isso não ocorrer, vários países não poderão vir ao Rio, num evento que levou os atletas a se planejarem por anos", declarou nesta segunda-feira Philip Craven, presidente do Comitê Paralímpico Internacional (CPI), que reconheceu que a situação é "precária".

Os organizadores dos Jogos esperavam receber ainda 270 milhões reais de patrocínios de empresas estatais. Assim, pretendiam usar esse dinheiro para bancar a Paralimpíada, enquanto parte dos recursos já previstos para setembro seriam transferidos para cobrir os atuais gastos, como os problemas na Vila dos Atletas e outras emergências. “O volume de venda de ingressos para os Jogos Paralímpicos ainda não decolou. A gente também não conseguiu com patrocinadores o volume de dinheiro que a gente esperava”, disse nesta segunda-feira Mario Andrada, diretor de comunicação do Comitê Rio 2016.

Em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira, o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), disse que a Prefeitura tem recursos para os Jogos Paralímpicos e também prometeu recorrer da decisão da Justiça. Lembrou que, de acordo com o contrato assinado com os organizadores, a Prefeitura, o Estado e a União têm de arcar com possíveis problemas financeiros e garantir a realização dos Jogos. "A Paralimpíada é um evento incrível, mas como negócio não é exatamente atraente para patrocinadores, para venda de ingressos. É um modelo de negócio que eventualmente não fecha. Já a Olimpíada é um negócio que se paga. A prefeitura, se for necessário, tem entre 100 e 150 milhões reais especificamente para a Paralimpíada", disse, após se reunir com o presidente do CPI, Philip Craven, e membros do Comitê Rio 2016. "Seria uma vergonha para o Brasil e para as pessoas com deficiência não ter Paralimpíada".

Craven, por sua vez, foi nesta mesma segunda até Brasília para pedir soluções ao Governo interino de Michel Temer. Após se reunir com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, Creven pediu para que o Comitê abra suas contas. "O obstáculo para isso é a atual decisão Judicial que impede qualquer transferência de dinheiro, salvo se o Rio 2016 torne totalmente público seus resultados financeiros. A forma mais simples e fácil de solucionar isso é de cumprir com a decisão, ser aberto e transparente e permitir que fundos adicionais entrem", afirmou.

Enquanto isso, o Comitê Rio 2016 vem buscando patrocinadores e fazendo cortes nos gastos para tentar fechar as contas até o fim dos Jogos. A regra é economizar, "não ter luxo, não ter gasto excessivo, usar da criatividade, usar da inovação, ter orgulho do que a gente está fazendo, orgulho do exemplo que os atletas trazem para a sociedade tanto nos Jogos Olímpicos, quanto nos Paralímpicos”, explicou Andrada, diretor de comunicação do Rio 2016.

 

AGENCIA FENAPRF (DF)


Entidades defendem que o tempo de serviço  prestado às Forças Armadas seja contado para a aposentadoria dos policiais civis da União.

Representantes da Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), da Federação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (Fenadepol), da Associação Nacional dos Peritos Criminais Federais (APCF) e do Departamento de Polícia Rodoviária Federal (DPRF) se reuniram na noite de ontem (16/8), com Augusto Nardes, ministro do Tribunal de Contas da União (TCU). O objetivo das entidades classistas foi reforçar as alegações existentes na consulta feita ao TCU, sobre o tempo de serviço prestado às Forças Armadas pelos policiais e peritos criminais federais.

Os classistas entregaram para Nardes um documento com novos subsídios que justificam a contagem do tempo de serviço prestado às Forças Armadas como atividade de risco. As entidades defendem que esse tempo seja considerado para os fins previstos na Lei Complementar (LC) 51/1985, que dispõe sobre a aposentadoria do servidor público policial, nos termos do § 4o do art. 40 da Constituição Federal. A LC 51/1985 foi atualizada e alterada pela LC 144/2013.

O ministro Nardes abriu a reunião apresentando o livro “Governança Pública – O desafio do Brasil”, publicado pelo TCU, onde expõe o trabalho realizado e a preocupação do tribunal diante das questões governamentais que envolvem a aplicação de verbas públicas versus benefícios entregues ao contribuinte. Sobre a consulta, o ministro adiantou que o processo “foi retirado de pauta para que passe por uma análise mais detalhada”.

A vice-presidente da Fenadepol, Viviane da Rosa, ressaltou que “a recepção do pleito vai sanar uma lacuna deixada pela legislação ao não permitir o aproveitamento do tempo de serviço prestado às Forças Armadas como atividade de risco para fins de aposentadoria” do policial. 

Por sua vez, o diretor jurídico da FenaPRF, Jesus Caamaño, reforçou que o pedido também é uma questão de fazer justiça aos ex-militares das Forças Armadas. “Hoje, um ex-militar com 25 anos de serviço que ingressa Polícia Rodoviária Federal ou na Polícia Federal tem que trabalhar mais 20 anos para se aposentar pela LC 51. Totalizando 45 anos de trabalho e de contribuição somente em atividade de risco sem nunca deixar de contribuir para a previdência sobre a integralidade de seus vencimentos”, exemplificou Caamaño.

Nardes sugeriu que os departamentos da Polícia Rodoviária Federal e da Polícia Federal (DPRF e DPF) realizem um levantamento demonstrando a quantidade de ex-militares das Forças Armadas que atualmente integram os respectivos quadros. Colaborando com o debate o representante do DPRF, Ricardo Moura Alvarenga, informou que o pedido é possível para o órgão realizar.

Argumento das entidades

De acordo com o memorando preparado pelas entidades representativas, na instrução do Processo TCU nº 007.447/2015-9-Consulta, que tem como relator o ministro Nardes, sobreveio o Parecer da Secretaria de Fiscalização de Pessoal(SEFIP), do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, de 11 de fevereiro de 2016, que sugere a impossibilidade dessa contagem de tempo de serviço prestado às Forças Armadas.

O memorial assinado pelas entidades classistas e entregue ao ministro-relator argumenta que o Parecer SEFIP se baseia em premissas insustentáveis sob o ponto da sistematicidade do Direito e da supremacia da Constituição Federal, além de desconsiderar a função pedagógica do TCU a fim de controlar a observância do princípio da legalidade nas atividades da Administração Pública. “O parecer culmina por retirar da proteção constitucional o tempo militar exercido em condições de risco, ainda que admita essa exposição da integridade física em ambas atividades e sob o respaldo do mesmo dispositivo constitucional”, pontua o documento.

Também participaram do encontro: Deolindo Carniel e Fabiano Viana, vice-presidente e diretor de Comunicação da FenaPRF; André Morisson e Bruno Gomes de Andrade, presidente e diretor da Assuntos Jurídicos da APCF; e, Francisco Fontes Lopes e Maurício Wanderley, assessor e chefe de gabinete do ministro Augusto Nardes.

A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef) também é parte no processo.

 

O HOJE.COM


Inquérito sobre helicóptero ainda sem conclusão

Delegada que apura o caso explica que várias oitivas ainda serão feitas nos próximos meses

 A conclusão do inquérito que apura as circunstâncias da queda do helicóptero da Polícia Civil (PC) em maio de 2012 matando oito pessoas ainda vai demorar alguns meses. Os responsáveis pela empresa de manutenção da aeronave da Secretaria de Segurança Pública e Administração Penitenciária (SSP) estão entre as pessoas a serem ouvidas.
“Nós vamos ouvir várias pessoas, inclusive algumas que já haviam prestado esclarecimentos, e isso pode levar tempo. Nós temos informações de que os donos da empresa [de manutenção] estariam nos Estados Unidos e voltariam para o Brasil daqui há uns quatro meses”, explicou a delegada que preside o inquérito, Mayana Rezende.
O acidente aconteceu na zona rural de Piranhas a 310 km de Goiânia na Região Sudoeste do Estado. No helicóptero AW119MKII viajavam cinco delegados, dois pilotos e o suspeito de uma chacina. O objetivo era fazer a reconstituição do assassinato de sete pessoas em uma fazenda que fica a 45 quilômetros do município de Doverlândia, vizinho a Piranhas.

Contribuição

A delegada afirmou ao O HOJE que o relatório do Cenipa terá um papel fundamental nas investigações sobre a responsabilidade civil pela queda. Mayana não descartou a possibilidade de indiciamentos.
O laudo do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foi divulgado em maio deste ano. O documento apontou que foram vários fatores “contribuintes” para a queda, entre eles o fato de que a aeronave ultrapassou, em 10h40min de voo, o limite estabelecido no programa de manutenção do fabricante.

O documento também citou que a organização do trabalho poderia sinalizar algum tipo de risco à operação da aeronave e levantou a hipótese de que o tempo de respostas dos pilotos não tenha sido adequado para evitar a queda excessiva das rotações do rotor principal, logo após a falha do motor.
A SSPAP esclareceu à época que o laudo do Cenipa "apenas confirma que o motor parou em pleno voo. No entanto, não determina a causa da parada." e ressaltou que o laudo foi juntado ao inquérito que apura o caso na Delegacia Estadual de Investigações Criminais (Deic).

 

MIDIA MAX (MS)


Todos Atentos na Reforma da Previdência

Há vários alertas o site do nosso Sindicato Nacional dos aposentados a respeito da “reforma da Previdência” e outros assuntos do interesse da categoria e para trabalhadores ativos. O que desperta atenção é o texto da nossa assessoria de imprensa que relata o blogueiro do UOL, ele vem escrevendo matérias alertando que o presidente interino tem sustentado a assessores que os quesitos sobre os anos de contribuição e idade mínima são condições necessárias, previstas na Constituição (art. 201), e não excludentes para se aposentar pelo INSS. Conforme aponta o parágrafo 7º do artigo 201 da Carta Magna que é assegurada aposentadoria no regime geral de previdência social, obedecidas às condições de “sessenta e cinco” anos de idade, se homem, e sessenta anos de idade, se mulher, reduzido em cinco anos o limite para os trabalhadores rurais de ambos os sexos e para os que exerçam suas atividades em regime de economia familiar, nestes incluídos o produtor rural, o garimpeiro e o pescador artesanal.

A nova interpretação representa um recurso na manga do Presidente interino Temer, avaliado no Planalto como de grande potencial de êxito, embora seja possível contestação no STF (Supremo Tribunal Federal). Sem embargo, o presidente em exercício não considera a saída como ideal, uma vez que não contempla o sistema dos servidores públicos. Entre diversas mudanças previstas, o governo quer aumentar a idade mínima de aposentadoria para 65 anos. Quem já está há muitos anos na ativa também terá que contribuir mais, mas a exigência será menor, para não prejudicar tanto esse trabalhador. Os tratamentos, portanto, serão diferentes, segundo a faixa etária. Quem tem menos de 50 anos será mais afetado. A população em idade ativa vai de 15 a 64 anos (142,4 milhões de pessoas). Se a mudança vai afetar mais quem tem até 50 anos (114,8 milhões), é só ver a representatividade desse grupo no total: então, oito em cada dez brasileiros serão (plenamente) atingidos pela reforma são dados da população brasileira, do senso do IBGE de 2013.

Para quem tem mais de 50 anos, devem ser criadas regras de transação, ou seja, um pedágio considerando o tempo que faltar para a aposentadoria. O governo passaria a exigir de 30% a 40% a mais de contribuição. Se um trabalhador tem 50 anos e se aposentaria aos 55, além dos cinco anos que faltam, ele teria que trabalhar até dois anos a mais.

Até os militares estão apreensivos. Em entrevista ao Globo, o comandante da Marinha, Almirante Júlio de Moura Neto, disse que os salários nas Forças Armadas são relativamente baixos, mas que os militares têm como recompensa a proteção social. Ele alertou que a medida pode acarretar perda de atratividade na carreira - o que geraria dificuldades para formar quadros preparados nas Forças. O almirante mencionou ainda que a carreira militar exige sacrifícios, como dedicação exclusiva e muitas horas de serviço, inclusive em feriados e fins de semana, sem ganhos adicionais. Lembrou ainda que no caso da Marinha, os militares chegam a passar até 15 anos embarcados em navios.

Além disso, os militares, (oficiais), são transferidos com frequência e escalados para missões especiais dentro do país, como a Olimpíada e fora do Brasil. À estratégia dos militares das três Forças (Marinha, Exército e Aeronáutica) será atuar de forma conjunta para convencer ao governo a ficarem de fora da reforma da Previdência. A primeira iniciativa é mostrar as características específicas do serviço militar. Mesmo depois da reserva, os militares continuam contribuindo com alíquota de 7,5% para o regime. Ainda assim, o sistema registrou déficit de R$ 32,5 bilhões em 2015. Diante do desequilíbrio e até para dar uma satisfação à sociedade de que a reforma não será feita apenas às custa dos trabalhadores do setor privado (INSS) e servidores públicos, mas o governo está decidido a fazer ajustes também nas Forças Armadas.

 

PREVIDENCIA TOTAL (SP)


União derruba na Justiça liminar que mantinha candidato com excesso de peso em seleção militar

A Advocacia-Geral da União (AGU) conseguiu derrubar liminar que havia obrigado as Forças Armadas a manter em processo seletivo de admissão um candidato reprovado em inspeção médica por excesso de peso. Foi demonstrado que a exigência de capacidade física tem respaldo legal e constitucional. O candidato – que pesa 119 quilos e tem 1,75 metro de altura – acionou a Justiça após ser eliminado da seleção e chegou a obter liminar na primeira instância. Mas a Procuradoria-Regional da União na 5ª Região (PRU5), unidade da AGU que atuou no caso, recorreu ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5).

Os advogados da União explicaram que a exigência de proporção adequada entre peso e altura observa os princípios do interesse público e da eficiência na administração pública, já que tem como objetivo assegurar que os selecionados terão capacidade de realizar os treinamentos e serviços típicos das atividades militares, que em geral exigem melhores condições físicas do que as profissões civis. A procuradoria lembrou que a Lei nº 6.880/80 prevê, em seu artigo 11, que um dos critérios para ingresso nas carreiras militares seja a capacidade física.

A unidade da AGU também argumentou que o critério de seleção estava devidamente previsto no edital e foi aceito pelos candidatos que optaram por participar da seleção. Segundo a procuradoria, se o autor da ação não concordava com as normas do processo seletivo, deveria ter contestado elas antes da seleção, e não após, quando foi reprovado. “Esse questionamento prévio é muito melhor para a administração pública, porque facilita qualquer alteração e o lançamento do edital com as novas regras, evitando esse tumulto”, explica o advogado da União Bartolomeu Bastos, que atuou no caso.

Ainda de acordo com os advogados da União, permitir que o candidato seguisse no processo seria dar a ele um tratamento privilegiado, em afronta ao princípio da isonomia, já que os demais concorrentes tiveram que se submeter normalmente às normas do edital.

A AGU também alertou que os recursos públicos eventualmente gastos com a remuneração e o treinamento do candidato não poderiam ser recuperados posteriormente – o que caracterizava o risco de dano reverso caso a liminar fosse mantida – se no julgamento definitivo prevalecesse o entendimento de que a eliminação do candidato foi correta. “Normalmente, é o que os tribunais decidem: que essas verbas, por terem caráter alimentar, não precisam ser devolvidas. Além disso, seria um tumulto para o próprio procedimento. A inclusão de um candidato que não preenchia os requisitos do edital deixaria de fora outro que tenha respeitado todos os critérios”, completa Bastos. Com informações da AGU.

 

O PARANÁ (PR)


Pesquisa mostra que 90% dos turistas estrangeiros aprovam segurança nos Jogos 

Os fantasmas da violência e do transporte deficiente, tratados como os maiores desafios dos Jogos, acabaram não assombrando nossos visitantes gringos. Pesquisa feita Instituto de Pesquisas e Estudos do Turismo do Rio de Janeiro (Ipetur-RJ) e pela Fundação Cesgranrio mostrou que para 90% dos turistas estrangeiros a segurança foi avaliada entre boa e excelente. E o sistema de transporte foi o segundo ponto mais positivo da cidade (citado por 24% dos entrevistados), só perdendo a medalha de ouro para os postos de informação turística (com 30%).

Os resultados revelaram ainda que a caçulinha das atrações, o Boulevard Olímpico, correu por fora e bateu concorrentes consagrados. Ele virou o queridinho dos estrangeiros e a atração mais visitada (com 40%), na frente de Corcovado (30%), praias (20%) e Pão de Açúcar (10%). Foram ouvidos 1.300 turistas, de 5 a 15 de agosto, em dez bairros A margem de erro é de 2,7%.

O mais importante é que o que se conseguiu vire legado, que o carioca possa usufrur depois. Que o Boulevard seja bem conservado e que os meios de transporte funcionem bem. As Forças Armadas também poderiam colaborar com o governo do estado. A presença delas nas ruas é bom para a cidade. Embora não seja atribuição das Forças Armadas fazer o policiamento ostensivo, elas poderiam ajudar em alguns momento — analisa o professor Bayard Boiteux, diretor executivo do Ipetur-RJ.

DISTÂNCIA ENTRE ARENAS E SINALIZAÇÃO: QUEIXAS

A população anfitriã, a gastronomia e a casa dos países também estão em alta para os gringos. A principal queixa é da distância entre os locais de competição (citada por 35%). Os estrangeiros também desaprovam a sinalização da cidade (20%), o serviço de táxis (15%), os preços elevados (14%), os voluntários que não falam inglês (12%) e a própria sinalização turística.

O empresário americano Raphael Martinez está entre os que elogiam a segurança. Ele conta que dois amigos sofreram uma tentativa de assalto em Ipanema, e que os bandidos foram pegos:

— O Rio é perfeito. Não consigo ver problemas, a não ser nos táxis.

O inglês Guy Topping, que embarcou ontem de volta para casa com a família, levou boas impressões, embora faça ressalvas:

— As pessoas foram amigáveis e nos sentimos seguros em todos os lugares. Há militares espalhados por toda parte. Só é um pouco difícil, porque as pessoas não falam muito inglês. Os taxistas também não falam. Então, a comunicação, às vezes. fica bastante complicada.

A pesquisa — que teve o apoio do site Consultoria em Turismo e da Associação dos Embaixadores de Turismo do Rio — traçou ainda um perfil do turista estrangeiro da Olimpíada. Para aqui vieram mais europeus (38%) e americanos (24%). Dos visitantes entrevistados, 16% são da America do Sul, 13% da Ásia e 9% da Oceania.

— Não tivemos turistas dormindo nas ruas, como na Copa. A pesquisa mostrou que 65% dos que vieram para os Jogos ficaram de quatro a nove dias, e que 42% gastaram entre US$ 90 e US$ 160 diariamente. Em geral, um turista estrangeiro gasta por dia de US$ 90 a US$ 100 e permanece, em média, cinco dias na cidade. Economicamente foi bom para o Rio — diz Boiteux.

DOS ENTREVISTADOS, 95% DISSERAM QUE VOLTARIAM

Dos gringos que vieram para a Olimpíada, 54% são homens e 45% têm nível superior. Os universitários argentinos Felipe Oubiña e Gonçalo Vila, ambos com 20 anos, ainda entram no grupo dos 40% com nível médio.

— O clima e a praia são os pontos mais positivos. A minha única queixa é que as instalações olímpicas são muito distantes umas das outras. O transporte entre elas é bom, mas demora — observa o futuro economista Felipe.

Gonçalo, que cursa engenharia química, acrescenta:

— Experimentei açaí com cereais. É muito bom. Mas o café .... o colombiano é melhor.

Os visitantes estrangeiros preferiram se hospedar em hotéis (40%) e apartamentos e casas alugados (40%, sendo que 15% optaram pelo serviço Airbnb). Os hotels e as casas de amigos receberam 10% cada desses turistas.

A maioria esmagadora saiu ou vai sair satisfeita daqui: 95% disseram que voltariam e 80% avaliaram o evento entre bom e excelente. O jamaicano Anthony Halll, que voltou ontem para seu país com três amigos, embarcou até na polêmica do biscoito:

— Gostamos muito da comida brasileira Experimentamos o biscoito Globo, e gostamos.


  

MOTHERBOARD (PORTUGAL)


Os militares brasileiros não estão muito contentes com os Pokémons nos quartéis 

 Brunno Marchetti

Não são só as ONGs ligadas à privacidade que se preocupam com a quantidade de informações acessadas via Pokémon Go. O Exército brasileiro também está incomodado com a possibilidade de ser espionado. Depois de um Tenente Coronel no Rio de Janeiro passar comunicado interno em um quartel em Triagem sobre os perigos de usar o app, o Exército Brasileiro decidiu proibir o jogo no interior de quartéis, bem como sua instalação em aparelhos eletrônicos da instituição.

As medidas foram tomadas com base no excesso de permissões concedidas no momento da instalação do aplicativo, a exemplo do uso da câmera, do acesso ao GPS e do microfone do aparelho. Elas possibilitariam, segundo nota do Exército enviada ao Motherboard, “mapear a localização e as áreas por onde o usuário passou, enviar para o servidor da empresa fotografias ou vídeos do local onde os personagens foram capturados, permitindo obter dados sobre o ambiente de trabalho”.

No mesmo comunicado, o órgão afirmou que também está trabalhando para “alertar a família militar sobre os riscos da exposição dos dispositivos eletrônicos e das consequências reais das distrações em ambientes públicos”.

O Exército não é a única das Forças Armadas a querer limitar a captura de Pikachus, Squirtles e Bulbassauros em suas dependências. A Marinha Brasileira também emitiu comunicados internos em que foi vetado o uso do aplicativo pelos mesmos motivos, assim como quaisquer outros que utilizem câmera, GPS e microfone.

Não é a primeira vez que o jogo da Niantic Inc. gera controvérsia envolvendo militares. Alguns países como Indonésia, Israel e China proibiram os soldados de jogar em suas instalações ou mesmo de instalar o jogo em seus aparelhos, por razões bastante semelhantes às do Exército Brasileiro. Também foram registrados casos de soldados jogando em situações insólitas como em treinamentos ou até em combates.

A polêmica envolvendo o excesso de permissões requeridas pelo aplicativo chegou a levantar questões e teorias de que Pokémon Go seria parte de um plano da CIA para vigilância global. Embora seja um pouco demais sugerir esta relação direta entre a agência de informação e Pokémon, o CEO da NIantic, John Hanke, esteve à frente da empresa Keyhole que possuía financiamento da agência e mais tarde viria a se tornar o Google Earth, segundo informações do The Intercept.

Então já sabe: se você, jovem que atingiu a idade de se alistar no exército e foi convocado, é melhor deixar seu boné de Ash e o Pokémon Go em casa.