NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


REVISTA ISTO É


Menos pedidos à vista no parisiense Salão Aeronáutico de Le Bourget


O 52º Salão Aeronáutico de Le Bourget, perto de Paris, abre nesta segunda-feira suas portas sob fortes medidas de segurança, em um contexto de desaceleração dos pedidos e de transformação digital das ferramentas de produção.

O maior salão aeronáutico do mundo, que será inaugurado pelo novo presidente francês, Emmanuel Macron, espera receber 350.000 visitantes de 19 ao 25 de junho, entre eles 150.000 profissionais, e 2.370 expositores.

Após os dias voltados a profissionais de segunda a quinta-feira, o público poderá desde sexta-feira admirar as demonstrações aéreas e os aviões estacionados no “static” -em terra-, como as novidades deste ano, o A321neo e o A350-1000 de Airbus, o Boeing 787-10 “Dreamliner” e o 737 Max 9, assim como o Antonov 132D.

No aspecto militar, a estrela será a estreia na França do F-35A, avião de combate de última geração da US Air Force, desenvolvido pela Lockheed Martin, que realizará demonstrações em voo.

Por sua vez, os russos e os chineses se lançam no mercado de médio alcance com o MC-21 e o Comac C919, mas provavelmente será preciso esperar o próximo Salão para ver essas novas aeronaves, cujo desenvolvimento é muito recente.

No que se refere aos pedidos de aviões, esta edição não terá o mesmo sucesso das anteriores. O ano de 2017 será “muito mais desacelerado, tanto para os pedidos à Airbus como para o conjunto da indústria”, advertiu John Leahy, o artífice da venda de 15.000 Airbus.

“As companhias aéreas devem frear os pedidos, recuperar o estímulo e começar a absorver os aviões já pedidos”, explicou o diretor comercial da Airbus, que logo deixará o cargo.

 Prioridade para as entregas

Há dois anos, o Salão internacional de Aeronáutica e do Espaço (SIAE) -que se celebra alternativamente com o salão de Farnborough na Grã Bretanha- registrou um montante de aproximadamente 130 bilhões de dólares em pedidos, principalmente das grandes fabricantes Airbus e Boeing.

“O transporte de passageiros registra um crescimento da ordem de 5,5% por ano em nível mundial, o que é enorme”, destaca Stephane Albernhe, especialista em aeronáutica do escritório Archery Consulting.

“Os pedidos estão a um nível historicamente alto”, acrescentou. A fabricante europeia tinha no final de abril pedidos de 6.715 aviões, enquanto que sua rival Boeing somava 5.704 encomendas.

Neste contexto, a prioridade é agora a entrega de aviões. E a tendência de longo prazo continua sendo favorável, apesar da estagnação dos pedidos observado há pouco mais de 12 meses.

A Airbus, que publicou recentemente suas previsões de mercado para os próximos 20 anos, prevê que a frota de aviões em todo o mundo se duplicará em 2036.

A gigante europeia, cujas projeções coincidem com as de sua concorrente Boeing, considera que terá que produzir 35.000 novas aeronaves até 2036, por um valor de 5,3 milhões de dólares.

Para satisfazer esta demanda, vários grupos, especialmente fornecedores de material e de motores, aceleram o desenvolvimento de tecnologias digitais em suas fábricas para melhorar sua produtividade.

 

PORTAL G1


Achado corpo de piloto que sumiu após pouso forçado em rio no meio da selva amazônica, em Roraima

Bombeiros acharam corpo durante buscas neste sábado (17). Piloto guiava avião que fez pouso forçado na quarta-feira (14) na Terra Yanomami.

Jackson Félix E Emily Costa, G1 Rr |

Foi encontrado neste sábado (17) o corpo do piloto Elcides Rodrigues Pereira, de 64 anos, o "Peninha", que estava sumido há três dias após um pouso forçado no rio Catrimani, na Terra Indígena Yanomami, em Roraima, informou o Corpo de Bombeiros.

Na quarta (14), o momonomotor da Paramazônia Táxi Aéreo guiado pelo piloto apresentou pane elétrica e ele teve fazer o pouso dentro do rio no meio da selva amazônica. Na aeronave também estava o técnico em enfermagem Ednilson Cardoso, de 28 anos, que foi resgatado com vida logo após o acidente. Eles estavam em missão pela Secretaria Estadual de Saúde Indígena (Sesai).

De acordo com coronel Doriedson Ribeiro, comandante dos Bombeiros, o corpo de Elcides Rodrigues foi achado por volta das 10h deste sábado a cerca seis quilômetros do local onde o avião fez o pouso e perto da margem do rio.

O corpo foi retirado da região e transportado para Boa Vista de avião, onde chegou às 16h20, e depois levado ao Instituto Médico Legal (IML). A família de Elcides Pereira já foi informada, segundo Ribeiro.

O comandante do Corpo de Bombeiros disse ainda que o Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) foi acionado para investigar as causas do acidente.

"O Cenipa esteve na região para averiguar as circustâncias do acidente", informou Ribeiro. A aeronave ainda está no local.

Ao G1, o dono da Paramazônia Táxi Aéreo, Arthur Neto, informou que presta solidariedade aos familiares do piloto. A reportagem entrou em contato com o Ministério da Saúde, responsável pela Sesai, e aguarda retorno.

Pouso forçado em rio e resgate

O avião de pequeno porte que o piloto guiava apresentou pane elétrica durante um voo com destino à comunidade indígena Marari onde uma criança doente seria resgatada.

O voo decolou de Boa Vista às 13h e às 14, segundo o técnico em enfermagem, apresentou a pane elétrica. O piloto fez contato com a central da Paramazônia, informou sobre o problema e passou a localização de onde eles estavam.

Depois, o Elcides Pereira teve de fazer o pouso dentro do rio devido à região ser de mata fechada. Tanto o técnico Ednilson quanto o piloto sobreviveram ao impacto.

"Foi um pouso forçado, mas também foi uma queda, porque caímos dentro do rio e o avião afundou na água", disse o técnico na sexta-feira (16) em entrevista ao G1.

Cerca de 1h após o acidente, a Paramazônia mandou resgate próprio ao local, mas, segundo o ténico, o piloto não conseguiu subir no helicóptero da empresa, caiu no rio Catrimani e desapareceu.

"Tentamos muito puxá-lo para dentro do helicóptero, mas ele estava muito molhado e cansado e por isso acabou caindo dentro do rio. Eu desci e fui atrás dele, mas não o achamos mais", relembrou Ednilson Cardoso.

Apesar do acidente ter ocorrido na tarde de quarta, o Corpo de Bombeiros diz que só foi acionado à noite e enviou equipes de resgate para a região na manhã de quinta.

 

AGÊNCIA CÂMARA


Comissão rejeita revogação da Lei de Segurança Nacional e de dispositivos dos códigos Penal e Penal Militar

Segundo os autores da proposta, normas são incompatíveis com a Constituição de 1988 e com o regime democrático

Murilo Souza, Agência Câmara Notícias |

A Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado rejeitou proposta que pretende suprimir dispositivos do Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40), do Código Penal Militar (Decreto-Lei 1.001/69) e revoga integralmente a Lei de Segurança Nacional (7.170/83).

Relator no colegiado, o deputado Major Olimpio (SD-SP) não concordou com a opinião dos autores, os deputados Wadih Damous (PT-RJ), João Daniel (PT-SE), Jandira Feghali (PCdoB-RJ) e Luiz Couto (PT-PB), segundo a qual os dispositivos devem ser excluídos da legislação vigente por serem “incompatíveis com a Constituição de 1988 e com o regime democrático”.

Os itens suprimidos pelo projeto (Projeto de Lei 2769/15) definem e preveem pena para os crimes de desacato e desacato a militar e, no caso da Lei de Segurança Nacional, preveem punição para atos que lesam ou expõem a perigo a integridade territorial e a soberania nacional, o regime representativo e democrático e os chefes de poderes da União.

Para os autores, esses dispositivos foram usados para legitimar a repressão, a tortura e a morte de inimigos políticos no regime militar (1964-1985) e, com a redemocratização, segundo eles, vêm sendo usados para criminalizar a atuação de movimentos sociais.

Crime de desacato

Ao defender a rejeição, no entanto, Major Olimpio disse que os dispositivos citados vêm sendo aplicados e não foram declarados “não recepcionados” pela Constituição.

“Para exercer o direito de liberdade de pensamento ou de expressão contido na Convenção Americana de Direitos Humanos, o cidadão não pode agir de forma abusiva, de forma a violar direito de outro, porque senão estará perpetrando ilícito cível e penal”, sustentou Olimpio.

Para o relator, o crime de desacato deve continuar no ordenamento jurídico brasileiro. “O desacato deve ser reputado como crime, pois caminhar em sentido contrário é consentir com violações às demais garantias constitucionais”, disse.

Tramitação


O projeto será agora analisado pela Constituição e Justiça e de Cidadania, inclusive quanto ao mérito. Depois, segue para o Plenário. Íntegra da proposta: PL-2769/2015

 

PORTAL BRASIL


Defesa e Segurança - Com nova aeronave, FAB ampliará atuação em desastres

SC-105 Amazonas possui itens, tecnologia e funcionalidades específicas que são fundamentais para ações de busca e salvamento. Avião SC-105 Amazonas será operado pelo Esquadrão Pelicano, sediado Campo Grande (MS)

Portal Brasil, Com Informações Do Md E Fab |

A Força Aérea Brasileira (FAB) está mais preparada para atuar em situações como desastres, quando são necessárias ações de busca e salvamento. A entidade recebeu nesta sexta-feira (16) a SC-105 Amazonas, aeronave equipada com itens, tecnologia e funcionalidades específicas para esse tipo de atividade.

De acordo com informações da FAB, a nova aeronave, fabricada pelo consórcio europeu Airbus, possui três itens que farão o diferencial para as ações de busca e salvamento: radar com abertura sintética, imageamento por infravermelho e integração de sistemas.

A entrega é a primeira de dois aviões. “[A aeronave] amplia a capacidade da Força Aérea de atuar em desastres; de recuperar e resgatar pessoas vítimas de naufrágios, que se encontram isoladas, por exemplo, na selva amazônica; e de ajudar e apoiar a Defesa Civil”, afirmou o ministro da Defesa, Raul Jungmann.

A SC-105 Amazonas será operada pelo Esquadrão Pelicano, em Campo Grande (MS). Chefe de operações do esquadrão, o major Leonardo Machado Guimarães afirma que a nova aeronave representa um novo passo nas atividades de busca e salvamento.

“Esta é uma aeronave planejada, customizada inteiramente para a missão, com um aparato de novas tecnologias que vão com certeza aumentar a operacionalidade da unidade”, afirmou.

Funcionalidades

O radar da SC-105 Amazonas tem capacidade de monitorar, em 360 graus e simultaneamente, até 640 alvos em um raio de 370 quilômetros, além de detectar alvos tão pequenos quanto um bote e acompanhá-los em movimento na superfície com até 139 km/h. Além disso, pode captar imagens com resolução de até um metro quadrado dentro de uma área de 2,5km x 2,5km.

Segundo a FAB, o sistema eletro-óptico infravermelho da aeronave registra imagens coloridas, pode aproximá-las em 18 vezes e operar em ambiente de baixa luminosidade. O modo de operação em que o sensor de infravermelho é utilizado conta ainda com zoom de 71 vezes e funciona detectando o contraste termal, ou seja, por diferença de temperatura. Ele consegue gerar uma imagem independente de luz ambiente. O sistema pode gravar até 6 horas de imagens.

 

JORNAL O POVO (CE)


Sequestro Lufthansa. De volta para Alemanha

História e memória: Boeing da Lufthansa, sequestrado por terroristas e que está em "cemitério" no Pinto Martins, será levado para a Alemanha onde se transformará em peça de museu

Demitri Túlio |

O governo da Alemanha repatriará de Fortaleza o Boeing histórico da Lufthansa PT-MTB que está em um cemitério de aviões no Aeroporto Pinto Martins. A aeronave foi sequestrada em 1977 numa ação dos grupos terroristas Frente Popular para a Libertação da Palestina e Baader-Meinhof. No último dia 25 de maio, o juiz federal Alcides Saldanha Lima, da 10ª Vara do Ceará, determinou a remoção do 737-230C para virar peça de museu, provavelmente, em Frankfurt.

O POVO apurou que o governo Alemão concordou em assumir e quitar uma dívida de R$ 75,9 mil que era da inoperante TAF Linhas Aéreas. Pelo acordo judicial, a embaixada germânica teria dez dias, a contar de 25 de maio, para pagar o valor acertado e 180 dias para retirar o avião do Aeroporto Internacional Pinto Martins de Fortaleza

A empresa cearense TAF Linhas Aéreas abandonou o 737-230C no Pinto Martins em fevereiro de 2008 e, de lá até aqui, a aeronave perdeu as poltronas e teve peças e o motor retirados. No entanto, a carcaça do avião ainda está intacta, apesar da ação do tempo.

O Boeing, antes de vir parar no Ceará, pertenceu a nove empresas de transporte de passageiro ou carga. Segundo documentos da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), conseguidos pelo O POVO pela Lei de Acesso à Informação (LAI), a TAF comprou o avião por US$ 4.708.268,39 da empresa Transmille Air Services, do Kuala Lumpur.

Pelo contrato, a TAF concordou em pagar US$ 200 mil como sinal - antes de receber a aeronave. Mais US$ 149.250,00 trinta dias após a entrega do Boeing e 32 parcelas de US$ 135 mil. Mas a empresa brasileira, por causa de problemas financeiros e falência, não conseguiu pagar a dívida encostando o avião que foi da alemã Lufthansa.

Em 2011, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) lançou o Programa Espaço Livre, que tinha como objetivo remover dos aeroportos brasileiros todas as aeronaves que estavam sob custódia da Justiça e que, “abandonadas”, acabavam criando cemitérios de aviões.

 Geradores de transtornos por ocupação de espaço e insegurança para a operação nos terminais aeroportuários

Para se ter uma ideia, segundo o “Relatório de Aeronaves Apreendidas, Inativas, abandonadas e/ou Sobre Processo Judicial”, de 15/1/2015/Infraero, dez aviões estavam inoperantes no Pinto Martins.

Pouco adiantou o programa lançado pelo CNJ há seis anos. Em abril de 2013, a Anac cancelou a matrícula do já sucateado PT-MTB. Dois meses antes, havia declarado a caducidade da concessão do serviço de transporte regular da TAF Linhas Aéreas. A decisão, disponível no http://pergamum.anac.gov.br/arquivos/DA2013-0018.PDF, não explica o que levou o cancelamento da operação da empresa cearense. O POVO enviou e-mail e telefonou para um dos proprietários da TAF, mas não houve retorno.

 Saiba mais

 Os donos do 737-230C Lufthansa (Alemanha, D-ABCE) – 12/1/1970 a 5/9/1985 Presidential Airways (EUA, N302XV) – 5/9/1987 a 14/5/1987. Foi alugado para ASC TAN Honduras (Honduras, N302XV) – 13/12/1987 a 18/2/1988. Alugado para ASC. Air Charter (F-GFVJ) – 28/9/1988 a 1/4/1990. Alugado para Inter Cargo Service (ICS) Inter Ciel Service (F-GFVJ) – 1/4/1990 a 23/11/1990 L´Aéropostale (França, registro F-GFVJ) – 23/11/1990 a 24/2/1995. Transmile Air Services (9M-PMQ) – 24/2/1995 a 1996. Serviço de carga. Garuda Indonésia (Indonésia, 9M-PMQ) – 1996 a maio de 1997. Serviço de carga Transmile Air Services (9M-PMQ) – Maio de 1997 TAF Linhas Aéreas (Brasil/Ceará, PT-MTB) – 1/8/2002 a 14/1/2008.

 Aviões abandonados

Dos 10 aviões inoperantes, seis constam como sendo de operação da TAF Linhas Aéreas. Além do histórico PT-MTB, estão na lista: o PR-MTD (Boeing 727-227), da TAF; PT-MTA (9Q-CCJ), da TAF; PR-LSW (Boeing 737-248C), da Atlântico Transporte Aéreo; PT-OAB, da Táxi Aéreo Ltda; PT-KYW, da Táxi Aéreo Ltda; PT-MTC (Boeing 737-241), da TAF; PT-MTF (Boeing 737-241), da TAF; PR-MTH (Boeing 737-232), da TAF e PT-WTH, do Departamento de Polícia Judiciária de São Paulo.

 

REVISTA CARTA CAPITAL


Na Maré, muitos que estão morrendo nada têm a ver com o crime

Pesquisadora explica a rejeição dos moradores à presença do Exército e das polícias no complexo carioca

Caroline Oliveira |

Entre abril de 2014 e junho de 2015, o Exército brasileiro ocupou o complexo para estabelecer as condições necessárias para a implantação da Unidade de Polícia Pacificadora, o que não aconteceu por falta de verba.

Segundo pesquisa realizada por Eliana Silva, pesquisadora da Divisão de Integração Universidade Comunidade (DIUC) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, a Ocupação da Maré pelo Exército é vista com maus olhos pela maioria dos moradores da comunidade. O levantamento revele que, para 70% da população da Maré, a presença das Forças Armadas não aumentou a sensação de segurança na região. Pelo contrário: mais de 40% relataram sofrer agressões verbais e quase 60% se sentiram inseguros durante as abordagens.

Na entrevista a seguir, Eliane Silva explica como espaços a exemplo do Complexo da Maré são vistos pelas forças de segurança pública como “arenas de guerra e extermínio” e os moradores como inimigos do poder público.

CartaCapital: Em sua pesquisa, a senhora revela a sensação de insegurança da população na Maré em operações lideradas pelas forças de segurança: os conflitos aumentam e a insegurança também. Em áreas controladas por Grupos de Criminosos Armados, os moradores chegam a ter uma percepção de insegurança até menor. Por que isso ocorre?
Eliana Silva: A percepção de insegurança dos moradores da Maré é até menor em relação a outras partes da cidade. Mas esta sensação está relacionada apenas determinados crimes, como assaltos e estupros. Já em relação a crimes decorrentes de conflitos entre forças de segurança pública e grupos criminosos armados, os moradores se sentem mais inseguros em comparação ao restante dos cariocas. Isso tem a ver com a forma como as Polícias Militar e Civil e o Exército atuaram no momento da ocupação dentro da Maré. Historicamente, a polícia tem uma ação muito violadora. A abordagem é preconceituosa, desrespeitosa. Ao mesmo tempo há a invasão das casas, onde os policiais também cometem violações, sem nenhum mandado para cumprir. O Exército, em determinado momento da ocupação, foi adquirindo uma prática muito próxima da experiência que os moradores têm com a polícia.

CC: A organização Save the Children alertou, no começo do ano, que as crianças sírias apresentam severo estresse emocional e podem crescer como uma geração perdida devido aos traumas da guerra. As crianças da Síria são as crianças do Complexo da Maré? Quais direitos são os direitos violados dessas crianças?
ES: Eu acredito que não. Do ponto de vista objetivo, acredito que na Síria há um momento político específico de guerra, no qual há uma quebra geral do cotidiano dos moradores. No caso da Maré e de outras favelas, tem-se um cotidiano com um enfrentamento estabelecido como parte da rotina, de que alguma maneira se naturaliza. Então, olhando objetivamente, há uma diferença neste processo.

Podemos apontar como semelhança o fato de as crianças na Maré também sofrerem os efeitos dos conflitos armados, ao conviver diariamente com pessoas armadas na rua, com determinados limites estabelecidos nas ruas. Muitas crianças não têm o direito à educação. Ano passado tivemos, na Maré, 20 dias em que as escolas ficaram fechadas por conta de conflitos armados entre a polícia e os GCAs ou entre esses dois grupos. Vinte dias significa 10% da frequência que uma criança deveria ter ao longo do ano, 200 dias. É óbvio que de alguma maneira tem um problema de saúde para se pensar do ponto de vista psicológico e subjetivo, de quanto essa realidade afetará essas crianças.

CC: O Comitê Internacional da Cruz Vermelha (CICV) atua em uma escola da rede estadual no Complexo da Maré instruindo as crianças em como agir durante conflitos. O que revela a presença da Cruz Vermelha, que atua em país como Afeganistão e Síria, no Complexo da Maré?
ES: Esse tipo de procedimento é válido como resposta a um contexto específico em que muitas vezes não há caminhos estabelecidos pelo Estado
. A sociedade civil, então, busca outros caminhos. Mas, a partir do que eu conheço do conteúdo dessas formações, elas são focadas nos momentos de guerra e na ideia de que as pessoas têm de se comportar de uma determinada forma no momento do conflito. Porém, mais do que considerar que a Maré vive em guerra, é considerar não existir nas favelas o direito à segurança pública. É importante ressaltar que a escolha do tipo de crime a ser enfrentado tem a ver com a maneira como o Estado olha para a população, estabelecendo um enfrentamento. Como o enfrentamento às drogas como crime principal a ser combatido. Essa guerra às drogas tem a ver com a falta de compromisso do que é preciso ser estabelecido nas favelas em relação ao direito à segurança pública. Tem a questão da apreensão das armas, que a gente não vê o mesmo empenho da Polícia Federal e do Ministério Público. É importante relativizar e não naturalizar esse tipo de ação bem intencionada do CICV, que não é uma solução estrutural e estruturante para esse problema.

CC: A chegada das UPPs nos bairros desloca os Grupos Criminosos Armados para outras localidades. Além de ser ineficiente nos locais de atuação, também acaba impactando as favelas vizinhas. Essa guerra às drogas já se mostrou incapaz. Porque se continua insistindo nesse modelo de combate ao crime?
ES: Então, a ideia da UPP de desarmar e criar uma outra convivência no território é altamente comprometida porque os territórios não estão isolados da cidade. E o que acontece lá influencia no processo de violência na cidade como um todo. A guerra às drogas não é eficiente para o enfrentamento dessa letalidade. O enfrentamento tem de se dar na questão dos homicídios e das armas. O país tem que assumir uma outra postura em relação a esse enfrentamento. De fato, a questão maior é não termos uma política clara de enfrentamento prático. É simplório colocar a questão toda voltada para as drogas, quando na verdade deveria se buscar um enfrentamento mais sério da questão bélica. Eu acho que tem muitos interesses por trás desta questão, deste crime que a polícia escolheu enfrentar ou disse que está enfrentando. A sociedade brasileira não entendeu que este enfrentamento não deveria se dar por lá. Principalmente, quando a mídia trata a questão colocando a guerra às drogas como necessária para esses enfrentamentos acontecerem e uma parte significativa da população referenda e acredita nessa lógica estabelecida pela guerra às drogas. Essa parte da população não tem informação sobre isso e não entende que há a violação do direito à segurança.

CC: Quem sofre com essa guerra às drogas?
ES: São as pessoas que moram em favelas, porque são as mais atingidas no momento do conflito. E estão morrendo as pessoas que nada têm a ver com essas redes ilícitas formadas dentro das comunidades. Toda semana tem operação policial na Maré em que o resultado é sempre o mesmo, muitas pessoas feridas e escolas sem aula.

CC: De acordo com a pesquisa, a rejeição da população da Maré está mais direcionada à polícia do que ao Exército. De qualquer forma, a atuação das forças é encarada como semelhante pela população?
ES: No início da ocupação, existia uma expectativa alta em relação à presença do Exército, que poderia ser diferente das Polícias Militar e Civil. Mas, com o tempo, foi se percebendo que a presença do Exército se aproximou, de modo negativo, à presença das polícias. O Exército não deveria cumprir a função das polícias, que têm papel diferente. Então, é uma distorção o Exército atuar da maneira que atua. É uma distorção fazer o Exército ocupar áreas urbanas, quando deveria estar construindo políticas de segurança nos estados, a Polícia Civil cumprindo o papel de investigar, a Polícia Militar atuando na prevenção e a Polícia Federal incidindo na questão da repressão às drogas.

CC: Por que as forças de segurança pública veem as favelas como uma “arena de guerra e de extermínio”, como a senhora cita na pesquisa, no processo de intervenção nesses espaços? E os moradores, por que são vistos como “inimigos” pelas forças de segurança?
ES: Com essa percepção de que há uma guerra estabelecida, a população é vista como inimiga. Existe a visão de que todos os moradores das favelas são parte dessas redes ilícitas. É nesse sentido que a gente chama a atenção para a visão equivocada de guerra dentro das favelas. Existe uma guerra estabelecida e por isso o Estado se sente autorizado a usar tanque de guerra e determinadas formas de abordagem e enfrentamento que são absolutamente violadoras e desrespeitosas de direitos a quem mora ali. Quando se estabelece uma guerra, a Polícia vai para o enfrentamento como se todo mundo que estivesse ali fizesse parte de um exército que não o da Polícia.

CC: A ocupação foi realizada mais precisamente para garantir o controle de um território em um momento no qual o país sediou a Copa do Mundo e as Olimpíadas. A ocupação teve a mesma raiz de interesses das remoções em favelas do Rio de Janeiro?
ES: Eu acho que é um conjunto de procedimentos utilizados para realizar esses grandes eventos, previstos para transcorrerem da melhor forma. Então, acho que sim, existia a lógica de manter o controle das favelas. A Maré, por sua localização, que é muito estratégica, entre as principais vias de acesso ao Rio de Janeiro, Linhas Amarela e Vermelha e Avenida Brasil. Não tem como entrar no Rio sem passar pela Maré, seja de carro, avião ou a pé. À época, como não havia UPP na região, o ex-secretário de Segurança Pública do estado, José Mariano Beltrame, falou que a Maré era o maior desafio. E a resposta dada foi colocar o Exército lá.

CC: Uma resposta até para a população que vive nas áreas mais nobres do Rio de Janeiro?
ES: Exatamente.
CC: A ideia de pacificação atrelada à própria denominação das UPPs perdeu o sentido?
ES: Acho que perdeu o sentido prático, porque não feito nada no período da ocupação, no sentido de entender quais processos poderiam ser desenvolvidos. Não foi feito nenhum trabalho de inteligência para desmontar os GCAs. Teve um gasto astronômico, mais de um milhão por dia. Fico me perguntando o que isso acrescentou na construção de uma política de segurança pública. Teve um saldo muito negativo.

CC: A ocupação do Exército custou 600 milhões de reais, ao passo que, em seis anos, foram investidos 300 milhões de reais em projetos sociais no Complexo da Maré. O que isso nos mostra em relação às prioridades do governo?
ES: Mostra a falta de compromisso com a real demanda da população, porque existe um estado que não faz investimentos de maneira estruturante e a partir de um entendimento real das demandas. Quando a gente compara o investimento feito no Exército e em programas sociais, fica muito clara a visão do que o Estado imagina ser uma necessidade das pessoas. Um investimento bélico muito forte.

CC: Projetos sociais influenciam na questão da segurança pública? Por que não investir mais em projetos sociais?
ES: Projetos sociais devem ser pensados como medidas de prevenção a determinados tipos de violência. Ter escolas, postos de saúde, áreas de lazer, investimentos em arte e cultura. Assim, você trabalha no sentido de reconhecer os direitos da população, mas também estabelecer medidas de prevenção à violência em áreas que as pessoa não tem acesso a esses direitos.

CC: Quais outros métodos de policiamento devem ser usados para que se diminua a letalidade das forças de segurança e dos conflitos que as envolvem?
ES: Primeiro, deve-se reconhecer que precisam ser desenvolvidos diagnósticos de quais são as demandas
. Vemos a Polícia Federal e o Ministério Público se empenhando para combater a corrupção. Por que não há um empenho tão grande em relação às crianças e aos adolescentes que morrem diariamente? Não vemos um empenho para diminuir essa situação. Não temos como ser um país com democracia reconhecida sem isso ser enfrentado. Existem potencialidades desses territórios que não são reconhecidas. Muita coisa acontece nas favelas e não é mostrada. Só se mostra a parte negativa.O Estado precisa garantir segurança para todos os cidadãos e saber quem faz parte dos Grupos Criminosos Armados e quem não faz. A sociedade precisa enfrentar a questão dos homicídios. Nós somos o país que mais mata no mundo. Cerca de 10% desses homicídios acontecem somente no Rio de Janeiro. São os mais pobres que morrem. Não podemos ocultar que essas mortes acontecem como parte de uma guerra estruturalmente racista.

 

OUTRAS MÍDIAS


FOLHA WEB


Acidente aéreo- Delegacia de Homicídios vai investigar desaparecimento de piloto 

Redação

A DGH (Delegacia de Homicídios) da Polícia Civil em Roraima é quem vai investigar as circunstâncias que envolveram a queda de um avião no rio Catrimani, em Caracaraí, na última quarta-feira, 14.

A ocorrência do desaparecimento do piloto Elcides Rodrigues Pereira, conhecido como “Peninha”, foi registrada no Plantão Central por uma das filhas da vítima e será investigada como um possível crime de homicídio.

No Boletim de Ocorrência, a comunicante relatou que o piloto havia iniciado a condução da aeronave em Boa Vista com destino a missão Catrimani, região de Caracaraí, onde o avião deu pane e o piloto teve que realizar um pouso forçado sobre o rio.

A depoente destacou que as vítimas, o piloto e o técnico de enfermagem Ednilson Cardoso, de 28 anos, conseguiram sair da aeronave e nadar até a margem do rio.

"Um helicóptero foi até o local, onde o avião caiu, e os socorristas utilizaram uma corda para retirar os envolvidos daquele local, mas enquanto o piloto subia amarrado à corda, o nó soltou e ele caiu e desapareceu no rio”, informou.

A Comunicante ressaltou que o técnico nadou tentando salvar o piloto, mas não conseguiu.

"A equipe de resgate foi ao local sem nenhum equipamento de segurança, levaram apenas uma corda para amarrar as vítimas. Depois, desistiram do resgate e ainda informaram para o salvamento aéreo da Aeronáutica que o resgate foi bem sucedido e não comunicaram a ocorrência para o Corpo de Bombeiros. A família só soube do acidente várias horas depois”, finalizou.

A reportagem da Folhaweb tentou contato com a empresa aérea, mas não obteve resultado.

 

NOTICIAS DO DIA ONLINE - ESPLANADA (LEANDRO MAZZINI)


Tá bom

 O ministro Mendonça Filho (Educação) avisa que utilizou aviões da FAB para cumprir agenda oficial, conforme previsto em lei. Esteve em Alagoas e em Pernambuco, na quinta e na sexta, para liberar recursos e visitar as escolas atingidas pelas enchentes. Mas depois voou para Recife, onde reside com a família. 

 

RDNEWS.COM (CUIABÁ)


Em clima de comoção, PM é sepultado com presença das forças de Segurança

Francis Amorim

O policial militar Vanilson da Silva Carvalho, de 27 anos, foi sepultado na manhã desta sexta (16), no cemitério de Aragarças (GO), sua terra natal, sob forte comoção das forças de segurança de Barra do Garças, Pontal do Araguaia e Aragarças. O corpo do PM foi velado no auditório do 2º Batalhão de Polícia Militar e trasladado para o local do sepultamento em uma viatura do Corpo de Bombeiros.

Durante o velório, familiares, amigos e representantes do Exército, polícias Federal, Civil, Rodoviária Federal (PRF), Aeronáutica, Corpo de Bombeiros e colegas de fardas da Força Tática, prestaram homenagens ao policial morto em uma troca de tiros com dois assaltantes em Aragarças. As manifestações de pesar partiram também de outras entidades de Barra do Garças, que lamentaram o fato.

Em nota, a Polícia Militar lamentou a morte do soldado. “Combateu o bom combate, encerrou a carreira e guardou a fé”, ressaltando que Vanilson Carvalho foi um companheiro dedicado e honesto no exercício de suas funções. A nota diz ainda que o policial ingressou nas fileiras da PM em fevereiro de 2011 e que 2015 concluiu com êxito a capacitação do 19ª Curso Força Tática/Rotam e no seguinte o 5º Curso de Táticas Policiais Avançadas BOPE/PMMT/2016.

O prefeito de Barra do Garças, Beto Farias (PMDB), também lamentou a morte do policial. Segundo ele, o soldado Vanilson deixou a marca de policial dedicado, bom filho e amigo. "Pedimos a Deus que dê muita força e conforto à família e companheiros da gloriosa Polícia Militar, que está de luto, porém, com orgulho do soldado".

Assalto

Vanilson Carvalho foi alvejado com quatro tiros, um na cabeça, um no tórax, um na perna e um de raspão, ao reagir a uma tentativa de assalto dos irmãos Fagner Wender, o Popó, e Kywsllen Martins Vieira, o Popozinho, na noite de quarta (14), quando se deslocava para a casa da namorada, que também é policial, em Aragarças.

O soldado matou um dos assaltantes, Fagner, mas foi alvejado por Popozinho, atingido por dois disparos na rua e depois durante uma tentativa de homicídio no Hospital Getúlio Vargas, na cidade goiana. O policial morreu na emergência do Pronto-Socorro de Barra do Garças na manhã desta quinta (15), depois de passar por vários procedimentos, todos sem sucesso.

 

SÓ NOTÍCIAS (MT)


Aeronave que levava times do Sinop e Cuiabá retorna ao aeroporto após pássaro entrar em turbina

Cleber Romero

Jogadores das equipes do Sinop e do Cuiabá passaram por um grande susto, esta manhã. Segundo informações do treinador do time sinopense, Marcos Birigui, a aeronave teve que retornar e fazer um pouso de emergência logo após decolar do aeroporto Internacional Marechal Rondon, em Várzea Grande.Decolamos e ouvimos um estrondo. Porém, o avião continuou subindo. Depois que estabilizou o piloto nos avisou que seria necessário fazer pouso" porque um pássaro atingiu a turbina. "Foi um susto muito grande. Estamos todos bem”, acrescentou.

O zagueiro do Sinop, Mario Souza, o ‘Marinho’ disse, em uma rede social, que teve "um grande livramento hoje. Um pássaro atingiu a turbina do nosso voo, mas graças a Deus o piloto conseguiu retornar e pousar a tempo. Deus tem promessas na minha vida".

Ambas as equipes seguiram em outra aeronave. A delegação do Sinop já esta no Distrito Federal onde enfrentará o Ceilândia, no estádio Abadião, amanhã, às 15h30, pelo Campeonato Brasileiro da Série D.

Já o Cuiabá enfrentará o Salgueiro, no estádio Cornélio de Barros, em Sergipe, domingo às 16h, pela Série C.

 

FOLHA WEB


Corpo de Bombeiros envia outra equipe para ajudar a procurar piloto desaparecido

Quatro bombeiros estão acampados no meio da mata, onde avião fez um pouso forçado, e agora mais três especialistas irão juntar-se à equipe

Paola Carvalho

O Corpo de Bombeiros Militar de Roraima (CBMRR) enviou, na manhã de ontem, 16, mais três especialistas em busca na mata e em mergulho para a região do Catrimani, localizado na Terra Indígena Yanomami, no município de Caracaraí, a cerca de 140 quilômetros da Capital.

A equipe vai atuar na região onde ocorreu a queda de um avião de pequeno porte pertencente à empresa Paramazônia, que resultou no desaparecimento do piloto Elcides Rodrigues Pereira, conhecido como “Peninha”, na tarde de quarta-feira, 14. O outro passageiro, o técnico em enfermagem Ednilson Cardoso, foi resgatado com vida, apesar de alguns ferimentos.

Segundo o comandante geral do CBMRR, o coronel Doriedson Ribeiro, a equipe vai somar aos esforços dos outros quatro militares que estão acampados no local e atuando nas buscas. “Nós estamos fazendo um trabalho na região do Catrimani, em Caracaraí. Nós enviamos quatro sargentos especialistas de trabalho na mata, e eles estão lá desde quinta-feira para atuar nas buscas. Esse foi o trabalho de primeira resposta”, explicou Ribeiro.

“Agora, nós estamos enviando uma equipe com mais três bombeiros especialistas. Quando eles chegarem ao local, vão ter que pousar na região do Catrimani e, de lá, passar por mais seis horas de barco para chegar ao local exato onde houve a queda do avião”, informou o comandante.

CLAREIRA 

Conforme Doriedson Ribeiro, além das buscas, os bombeiros vão trabalhar na abertura de uma clareira para facilitar o pouso de um helicóptero na área. “Só assim vamos poder lançar um helicóptero para dar apoio no local exato da queda. É um local de difícil excesso e não tem como chegar lá a não ser de helicóptero ou embarcação”, acrescentou.

O comandante informou ainda que somente com o retorno via rádio dos especialistas, neste sábado, 17, que os bombeiros vão ter uma análise mais profunda da situação. “Temos que esperar o retorno do pessoal que foi lançado na quinta e sexta-feira. No sábado, eles vão dar um retorno para a gente por rádio e nós vamos verificar a possibilidade ou necessidade de enviar mais gente”, frisou.

O CASO 

Na tarde de quarta-feira, 14, o piloto Elcides Rodrigues Pereira, “Peninha”, e o técnico em enfermagem Ednilson Cardoso saíram para realizar uma missão de atendimento aos indígenas da região. De acordo com informações do Centro de Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) da Força Aérea Brasileira, o piloto teve que realizar um pouso de emergência na área.

À Folha, embora muito abalado, Ednilson deu detalhes sobre o acidente e informou que uma das hélices da aeronave quebrou depois de uma hora de viagem. O piloto passou as coordenadas à torre de controle e fez o pouso forçado na água. Eles conseguiram sair do avião e chegar à margem do rio, esperando pelo resgate. No entanto, segundo Ednilson, a empresa enviou um helicóptero para auxiliar as vítimas do acidente e foi nesse momento que o piloto desapareceu.

Conforme o técnico em enfermagem, a equipe de busca jogou uma corda para resgatar os dois. Ednilson subiu na frente, mas o piloto aparentava muito cansaço e não conseguiu se segurar na corda, quando foi levado pela correnteza. O técnico chegou a pular de novo no rio atrás dele, porém, não conseguiu encontrar mais o piloto. (P.C.)

 

W RADIO.COM (ESPANHA)


Brasil usará C-295 SAR que recibió de Airbus en tareas de rescate en Amazonía

Brasil usará el avión C-295 de búsqueda y salvamento (SAR) que recibió el viernes del fabricante Airbus en tareas de rescate tanto en el mar como en áreas aisladas de la Amazonía, informó hoy el ministro brasileño de Defensa, Raúl Jungmann.

Agencia EFE

Río de Janeiro, 17 jun (EFE).- El fabricante brasileño Embraer aprovechará la nueva edición del tradicional Salón Internacional de Aeronáutica y Espacio, que será inaugurada el lunes en el aeropuerto francés de Le Bourget (París), para presentar por primera vez su carguero militar KC-390, informaron hoy fuentes oficiales.

"A partir de mañana estaremos en Le Bourget, en donde Embraer presentará su más nuevo producto, un carguero táctico muy moderno y con amplia capacidad, que es el KC-390", informó el ministro brasileño de Defensa, Raúl Jungmann, en un vídeo publicado hoy en la página en internet del Ministerio.

Embraer, tercer mayor fabricante mundial de aviones, exhibirá uno de los prototipos del KC-390 que ya construyó para sumar horas de vuelo en la edición 52 de la tradicional feria de Le Bourget, que se extenderá hasta el domingo de la próxima semana.

La empresa brasileña espera que este modelo pueda sustituir los Hércules C-130 estadounidenses con que cuentan varios países y cuya vida útil está llegando al fin.

El mayor avión ya proyectado y fabricado en Brasil, con capacidad para transportar hasta 26 toneladas de carga, tiene 35,20 metros de largo, 35,05 metros de envergadura y 11,84 metros de altura.

El primer vuelo del primer prototipo del carguero fue realizado con éxito en febrero de 2015.

La Fuerza Aérea Brasileña, que desarrolló el avión en asociación con Embraer y ha invertido unos 1.700 millones de dólares en el proyecto, ya ha hecho un pedido formal de 28 unidades, la primera de las cuales espera recibir este mismo año.

La Embraer también ha recibido peticiones de las fuerzas aéreas de Argentina, Chile, Colombia, Portugal y la República Checa, países que también han participado en el proyecto mediante el desarrollo y la fabricación de piezas del avión.

La aeronave puede ser usada para el transporte de carga y de tropa, así como para el lanzamiento de material y paracaidistas y para operaciones de rescate y de combate a incendios, según Embraer.

Equipado con visión nocturna y con una velocidad punta de 470 nudos (870 kilómetros por hora), cuenta con equipos que permiten llenar su tanque de combustible o abastecer a otras aeronaves en pleno vuelo.

Con autonomía para volar hasta 6.019 kilómetros, el KC-390 tiene capacidad para operar en pistas cortas y con pocos medios en lugares como la Amazonía o la Antártida, según Embraer.

Pese a que la feria de Le Bourget le servirá como su debut comercial, el KC-390 ya participó en eventos en el exterior como la Farnborough Airshow, en Inglaterra, a donde fue trasladado en julio del año pasado en su primera gira internacional para sumar horas de vuelo.

Para el miércoles 21 de junio está prevista la presentación técnica del KC-390 en París, que estará a cargo del director del programa KC-390, Paulo Gastao.

Además del KC-390, Embraer presentará en Le Bourget la nueva familia de su mayor modelo de transporte regional E195, el E195-E2, así como el nuevo Legaxy 450 para la aviación ejecutiva. Es la primera vez que el fabricante brasileño expone tres aeronaves en la feria francesa. EFE

 

BLOG O ESTADO.COM


CLA instalará rede anti-incêndio para evitar explosões como a que matou 21 técnicos, há 14 anos

Por Daniel Matos

Publicado em 16 de junho de 2017

O Centro de Lançamento de Alcântara (CLA) abriu licitação para instalação de um sistema anti-incêndio na área de preparação e lançamento de foguetes. O objetivo é evitar tragédias como a explosão da plataforma de onde seria lançado o terceiro protótipo do Veículo Lançador de Satélites (VLS), que matou 21 técnicos altamente especializados da Agência Espacial Brasileira (AEB), ocorrida em 2003, resultando em atraso de quase uma década e meia do programa espacial brasileiro.

Conforme o edital, a concorrência pública visa à contratação de um serviço de complementação de rede de combate a incêndio do setor de preparação e lançamento do CLA. A intenção do governo brasileiro é clara: impedir a repetição de acidentes como o de 14 anos atrás, um duro golpe nas pretensões do Brasil de tornar-se potência espacial, que deu margem a diferentes versões, desde a incapacidade técnica à falta de recursos e até uma suposta sabotagem externa.

Aviso de adiamento da licitação, publicado pelo Grupamento de Apoio a Alcântara

A licitação, na modalidade tomada de preços, é de responsabilidade do Grupamento de Apoio de Alcântara, unidade vinculada ao Ministério da Defesa. A princípio marcada para o dia 21 deste mês, a abertura dos envelopes com as propostas das empresas participantes do certame foi adiada para 6 de julho. O aviso de transferência de data é assinado pelo major Carlos Alexandre da Silva Neto, ordenador de despesas.

A instalação do equipamento também sinaliza a retomada do projeto de lançamento de satélites e tudo indica que seja um esforço do governo brasileiro para que a parceria firmada com os Estados Unidos para uso do CLA em missões espaciais conjuntas com os norte-americanos seja bem sucedida.

Tragédia

No dia 22 de agosto de 2003, às 13h26, o foguete Veículo Lançador de Satélites (VLS) foi acionado antes do tempo e ficou pronto para a partida. Ainda faltavam, porém, três dias para o lançamento do protótipo, o terceiro desse foguete (V03), e toda a estrutura em volta dele continuava montada.

Com a ignição prematura do VLS – que tinha 21 metros de altura e colocaria em órbita dois satélites de observação terrestre –, a torre acabou explodindo e matando os homens que trabalhavam na plataforma.

Segundo o relatório final de investigação, concluído pela Aeronáutica em fevereiro de 2004, houve um “acionamento intempestivo” (súbito) de um dos quatro motores do VLS, provocado por uma pequena peça que ligava o motor. Mas até hoje não se sabe por que esse detonador disparou, embora duas hipóteses tenham sido levantadas: corrente elétrica ou descarga eletrostática (transferência de energia por contato entre dois corpos).