A Força Aérea Brasileira está capacitando 12 militares que prestam Serviço Militar Obrigatório na cidade do Rio de Janeiro. O aperfeiçoamento faz parte do Projeto Soldado-Cidadão, que foi implantado na Divisão de Ensino e Pesquisa do Hospital de Força Aérea do Galeão (HFAG) em 2019.

O Projeto foi criado a partir do incentivo da Diretoria de Saúde da Aeronáutica e da Divisão Odontológica do HFAG, que passou a oferecer o curso de Auxiliar em Saúde Bucal para jovens, integrando a Unidade de Saúde Militar ao projeto do Ministério da Defesa.

O curso é ministrado integralmente na Divisão Odontológica e confere certificado reconhecido pelo Conselho Regional de Odontologia do Rio de Janeiro (CRO-RJ). Com esse certificado, o jovem poderá obter, junto ao CRO, o registro profissional como Auxiliar em Saúde Bucal, prestar concursos públicos ou atuar na Odontologia privada.

Em 2020, o Projeto Soldado-Cidadão foi ampliado no HFAG. Foram disponibilizadas vagas para formação de Técnico em Enfermagem, com Especialização em Instrumentação Cirúrgica e de Técnico em Saúde Bucal.

“É fundamental avaliar a amplitude do serviço militar sob uma ótica bidirecional, considerando que o militar serve às Forças Armadas e, em contrapartida, a Força proporciona o retorno de um cidadão qualificado profissionalmente ao mercado de trabalho civil. Dessa forma, nos sentimos honrados em poder exercer nosso papel social, contribuindo com a formação em cursos técnicos na área da saúde”, relata a Adjunta da Coordenação do Projeto Soldado Cidadão no HFAG, Capitão Dentista Rachel Rego Vanzillota de Souza.

O soldado Jorge Vinícius Avelar Villas Boas de Oliveira é um dos participantes do projeto e falou sobre a oportunidade de realizar o curso em Saúde Bucal.

“A participação neste projeto foi única e espetacular. O leque de oportunidades que se abriu com essa capacitação foi algo motivacional nesta fase imprescindível da vida”, destacou.

A equipe da Divisão de Ensino e Pesquisa do HFAG continua a busca por novas parcerias, visando ampliar as oportunidades de novos cursos aos soldados, voltados para as diferentes áreas da saúde.

Criado em 2004, o Projeto Soldado-Cidadão é uma iniciativa do Governo Federal, por meio do Ministério da Defesa (MD), que visa operacionalizar as ações inerentes à formação cívico-profissional de Jovens em Serviço Militar. Tem por objetivo proporcionar uma qualificação profissional aos militares temporários carentes ou em situação de risco social e melhores condições de ingresso no mercado de trabalho ao término do Serviço Militar. Sua operacionalização envolve organizações militares e entidades civis de ensino profissionalizante, entre elas as pertencentes ao Sistema “S” (SENAI – SENAC – SENAT – SENAR).

A Operação Ágata, coordenada pelo Ministério da Defesa, por meio da Marinha, do Exército e da Aeronáutica e com a participação de agentes dos órgãos de segurança pública federais, estaduais e municipais, que atua no combate a crimes transfronteiriços gerou, entre 2020 e o primeiro semestre de 2021, a apreensão de 34,5 toneladas de drogas. Além de 3,3 milhões de reais em espécie, cerca de 147 mil toneladas de minério e, aproximadamente, 3.350 munições.

Ao longo do ano, a mobilização ocorre em diferentes estados e períodos, prezando pelo fator surpresa a fim de prevenir e reprimir ações de narcotráfico, contrabando, garimpo ilegal, pesca predatória e outros ilícitos.

As atividades de vigilância e inteligência, também, contribuem com a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento regional. Os militares foram empregados em três operações conjuntas em 2020 - Ágata Norte, Pantanal e Sul, e duas operações em 2021- Ágata Amazônia e Oeste.

Além da atuação integrada, a Marinha, o Exército e a Aeronáutica participaram de mais de 500 operações singulares. A capilaridade das Forças Armadas permite a ampla proteção de regiões consideradas sensíveis. E alcança a fronteira marítima, que possui mais de sete mil quilômetros de extensão; a demarcação terrestre, que possui aproximadamente 17 mil quilômetros; e a área de cerca de 22 milhões de km² de espaço aéreo.

A cerimônia militar de transmissão de cargo de Comandante do Primeiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA I), em Brasília (DF), foi realizada na sexta-feira (14/01).

O Coronel Aviador Luiz Felipe Thomaz Gomes passou o cargo ao Coronel Aviador Dan Marshal Freitas. A solenidade aconteceu no pátio da Organização Militar e foi presidida pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior.

Participaram do evento, também, o Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, Tenente-Brigadeiro do Ar João Tadeu Fiorentini; o Secretário de Pessoal, Ensino, Saúde e Desporto do Ministério da Defesa, Tenente-Brigadeiro do Ar Jeferson Domingues de Freitas; o Chefe do Gabinete do Comandante da Aeronáutica, Major-Brigadeiro do Ar Ary Soares Mesquita; o Chefe da Assessoria Especial Militar do Ministro de Estado da Defesa, Major-Brigadeiro do Ar Vicent Dang, demais autoridades civis, militares e convidados.

O Coronel Aviador Luiz Felipe Thomaz Gomes passou o cargo ao Coronel Aviador Dan Marshal Freitas. O ato foi presidido pelo Diretor-Geral do DECEA, Tenente-Brigadeiro do Ar João Tadeu Fiorentin, que se dirigiu aos Oficiais substituído e substituto.

“Ao Coronel Thomaz parabenizo pela missão cumprida e pela maneira que conduziu sua equipe e pela preocupação e bem-estar da tropa, mas que nunca faltasse segurança operacional do sistema de controle do espaço aéreo. Ao Coronel Marshall,  a Força Aérea Brasileira tem a certeza que você fará o melhor ao dar prosseguimentos aos trabalhos do CINDACTA I”, disse o Oficial-General.

Em seu discurso de despedida, o Coronel Thomaz destacou os trabalhos executados por sua equipe durante o período que esteve à frente da Organização Militar. “Todas as conquistas e avanços somente foram possíveis graças ao trabalho, dedicação e profissionalismo de todo nosso efetivo, distribuído entre a sede e outros vinte e sete destacamentos de controle do espaço aéreo, espalhados por oito unidades da federação”, destacou.

Onovo Comandante do CINDACTA I comentou sobre as expectativas da nova função. “É com muita honra e motivo de orgulho ter sido selecionado pelo Alto-Comando da Aeronáutica para dar continuidade ao  trabalho dos meus antecessores nessa história de conquistas e sucesso”, finalizou.

Currículo do novo Comandante

O Coronel Aviador Dan Marshal Freitas é natural de Curitiba (PR). Ingressou na Força Aérea brasileira em 17 de janeiro de 1994. Foi declarado Aspirante a Oficial Aviador em 11 de dezembro de 1997 e promovido ao atual posto em 31 de agosto de 2019. Realizou todos os cursos de carreira, e ainda: Mestrado em Engenharia – Segurança de voo, pelo Instituto Tecnológico de Aeronáutica; MBA em Planejamento e Gestão Estratégica, pela Universidade Estácio de Sá; – MBA em Gestão Pública, pela Universidade Federal Fluminense; – Pós-Graduação em Relações Internacionais, pela Universidade Cândido Mendes; e – Bacharel em Direito, pelo Centro Universitário Moacyr Bastos. Possui 3.600 horas de voo em 10 tipos de aeronaves e 4 condecorações nacionais.

A Escola Preparatória de Cadetes do Ar (Epcar) recebeu, no sábado (15), os 134 candidatos aprovados no Exame de Admissão ao Curso Preparatório de Cadetes do Ar (CPCAR) de 2022. O evento contou com a presença do Comandante da Escola, Brigadeiro do Ar Daniel Cavalcanti de Mendonça, além de militares que integram o efetivo de corpo de alunos e da comissão responsável pelo processo seletivo.

Todos os protocolos de segurança contra a covid-19 foram cumpridos, inclusive com os alunos sendo submetidos ao teste rápido antígeno (Swab Nasal) realizado pelo  Esquadrão de Saúde de Barbacena (ES-BQ).

Familiares não puderam estar presentes para presenciar a entrada pelo portão principal de Escola, onde os alunos se apresentam um a um ao comandante. Esta ação aconteceu no domingo (16), em formato simplificado. “A EPCAR preparou-se para receber os novos Alunos do CPCAR 2022, mantendo todos os protocolos sanitários exigidos pelas autoridades, como objetivo de bem acolher nossos Alunos, com a mais absoluta segurança, e proporcionar os meios necessários para que as atividades de adaptação à vida militar possam ser conduzidas em ambiente absolutamente controlado”, afirmou o Brigadeiro do Ar Daniel Cavalcanti.

Neste primeiro momento do curso alunos e familiares participarão de palestras online para apresentação das estruturas de ensino e o funcionamento da Divisão de Ensino e o Corpo de Alunos.

Adquirir helicópteros semelhantes para as três forças armadas e formar uma mesma comunidade de operadores. O plano traçado há mais de dez anos pelo Ministério da Defesa do Brasil mostrou suas vantagens práticas agora em janeiro. E em uma missão real.

Durante as operações de apoio à defesa civil no sul da Bahia, provocadas pelas fortes chuvas, os militares de manutenção do Destacamento Aéreo Naval do 1° Esquadrão de Helicópteros de Emprego geral apoiaram a manutenção da aeronave HM-4 do Exército Brasileiro que também atuava na área. O resultado foi poder continuar a auxiliar a população.

Entre os voos de apoio à população civil a partir da cidade de Itamaraju (BA), a aeronave do Exército Brasileiro apresentou uma pane em dois componentes do rotor principal. Os militares da Aviação Naval estavam próximos, em Porto Seguro (BA). Foi mais rápido que o envio de militares de localidades mais distantes.

As semelhanças com os UH-15 da Marinha não são por acaso: ambas fazem parte do mesmo contrato de aquisição de 50 unidades dos H225M, fabricados pela Airbus/Helibras. Na FAB, elas são designadas H-36. As primeiras unidades foram apresentadas em 2010, na Base Aérea de Brasília.

Hoje, as três forças também realizam treinamentos juntas, incluindo operações a bordo do navio-aeródromo Atlântico.

Em um gesto de amor, o momento de dor foi transformado em esperança. A família do empresário  João Paes da Costa, o João Tarantella, disse sim para a doação de órgãos. Após essa confirmação da morte encefálica, a Organização de Procura de Órgãos (OPO) ), entidade designada pela Secretaria de Estado da Saúde, por meio da Central de Transplantes, iniciou os procedimentos com a captação dos órgãos, às 6h, neste último domingo, 16. Uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB), pousou em Aracaju pela manhã e transportou os órgãos para outros estados, onde foram identificados receptores compatíveis.

A Organização de Procura de Órgãos (OPO) exerce papel fundamental na identificação, manutenção e captação de potenciais doadores para fins de transplantes de órgãos e tecidos, com sede no Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho (Huse). É um órgão executivo da Comissão Nacional de Transplantes de Órgãos e Tecidos, suas atividades estão estabelecidas em observância à legislação vigente sobre transplantes de órgãos e tecidos do corpo humano (vivo ou morto), com fins terapêuticos e científicos. A OPO Sergipe atua com busca ativa dentro do Huse e em todas as unidades críticas intensivas e semi-intensivas do estado, assim como nas emergências, funcionando 24 horas.

A médica  em Terapia Intensiva do Huse  e da OPO Sergipe, Myrna Bicudo, ressalta a importância das pessoas informarem aos familiares acerca do desejo em serem doadores de órgãos. “Que atos como esse abram diálogos nas famílias em relação a este tema, que se quebre os tabus em relação a isso. Para doar basta que os familiares autorizem. Após a finalização do protocolo, em que é identificada a morte encefálica, a família é informada sobre o direito de decisão quanto a doação de órgãos e tecidos aos parentes de primeiro e/ou segundo grau. Havendo concordância do familiar mais próximo, é assinado o termo de autorização familiar para doação”, afirmou.

De acordo com o superintendente do Hospital de Urgências de Sergipe Governador João Alves Filho, Walter Pinheiro, é preciso debater mais este tema e quebrar os tabus em relação a doação de órgãos, que representa um ato de amor e que salva vidas. “Muito importante a gente está debatendo esse assunto de forma aberta. Sabemos o tabu que envolve essa questão, um momento tão difícil que é a comunicação de uma morte encefálica e do outro lado temos tantas vidas aguardando ansiosas uma esperança de receber esses órgãos. Aqui no Huse temos um potencial enorme de ofertar esses doadores, visto a grande quantidade de leitos de terapia intensiva e a nossa porta aberta para esses traumatismos que são os que ofertam esses potenciais candidatos a doadores. Espero que a gente evolua não só na questão de sensibilizar a sociedade, mas que a gente possa fazer acontecer em nosso estado, do ponto de vista técnico, ocorrer esses transplantes aqui”, enfatizou.

Doações em Sergipe

Desde dezembro do ano passado, a Central de Transplantes já registrou 17 doações de órgãos em Sergipe.  Quando há um paciente com suspeita de morte encefálica, a equipe médica informa para a Central de Transplantes que há um possível doador. A Organização de Procura de Órgãos (OPO) vai até o local, acompanha o diagnóstico, acolhe a família e dá a oportunidade da doação.

Segundo o coordenador da Central Estadual de Transplantes, Benito Fernandez, com a autorização da doação, alguns exames são realizados. “Fazemos exames sorológicos, RTPCR para Covid-19 e a avaliação de cada órgão para saber a viabilidade do transplante. Estando tudo bem, marcamos a captação e fazemos a oferta dos órgãos para as equipes de transplantes. O coração e o pulmão, por exemplo, só podem ficar quatro horas fora do corpo. Tudo tem que ser feito de forma rápida para que o receptor seja preparado pra receber o órgão”, explicou.