NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Manifestantes a favor de intervenção militar invadem plenário da Câmara


Daniel Carvalho/ranier Bragon |

Cerca de 50 manifestantes a favor de uma intervenção militar invadiram o plenário da Câmara na tarde desta quarta-feira (16).

Eles quebraram a porta de vidro do plenário e interromperam a sessão presidida pelo primeiro vice-presidente, Waldir Maranhão (PP-MA).

Os manifestantes dizem não pertencer a nenhum grupo organizado e se recusam a passar mais informações sobre ele.

Do alto da Mesa da Câmara, gritam "viva Sergio Moro" e "queremos general". Houve empurra-empurra com seguranças.

"Eles estão todos loucos. E tem gente armada aí dentro", afirmou o deputado Beto Masur (PRB-SP), primeiro-secretário da Câmara, que estava negociando com os manifestantes.

"Tem muita gente drogada e tem gente armada sim", disse o deputado Julio Delgado (PSB-MG).  Deputados que estavam no plenário da Câmara no momento da invasão foram orientados pela polícia da casa a deixar o local porque alguns manifestantes estariam armados. De acordo com o deputado Marcos Rogério (DEM-RO), a sessão desta quarta-feira estava em curso quando os manifestantes quebraram a porta de vidro.

Ele relata que no momento que os manifestantes entraram o tablet de um parlamentar caiu no chão e o servidor que se abaixou para pegá-lo foi chutado. "É uma situação absurda, que nunca vi no Parlamento. Não acredito que neste primeiro momento haja abertura para uma saída pacífica". O deputado disse que a bandeira do Brasil que fica no plenário foi arrancada e jogada no chão.

A deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP) também foi orientada a deixar o plenário. Ela disse que, além da presença de um general, os manifestantes passaram a cobrar a presença do presidente Michel Temer. "Eles estão chamando o presidente dizendo que é o povo quem manda e xingando os deputados", disse.

 

REVISTA VEJA


Para Pezão, tratamento diferenciado ao Rio é ‘direito histórico’

Governador do Rio de Janeiro afirmou que Estado é um dos mais atingidos pela crise econômica

Por Da Redação |

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, afirmou nesta quarta-feira que, embora todo o país tenha sido atingido pela crise econômica, o Estado precisa de um tratamento diferenciado devido às “circunstâncias” e à “questão histórica”. “O Rio já foi capital federal e desde então não recebe nenhum benefício”.

Para o governador, a partilha dos impostos com o governo estadual é um dos principais danos às contas do Estado. “Essa guerra fiscal é danosa ao Rio de Janeiro e a todos os Estados do país. Isso tem de ser modificado, não dá mais para esperar”, disse nesta quarta-feira em entrevista coletiva.

Além da mudança tributária, Pezão também defendeu a legalização dos jogos de azar no país e a revisão da portaria da Agência Nacional do Petróleo (ANP) que veda a modificação nos royalties. Entre as principais áreas atingidas pela crise, o governo citou a saúde e a segurança pública.

“A questão que mais aflige é a da segurança pública. Nós tivemos o período da Olimpíada com a presença das Forças Armadas e sentimos a necessidade da continuação dessa parceria”, disse o deputado federal Hugo Leal (PSB), que acompanhava Pezão na coletiva. O foco deve ser o controle das fronteiras do Estado. “Isso tem sido alvo de pedidos, mas agora precisa se tornar uma realidade”.

Nesta quarta-feira, o Ministério da Justiça informou que a Força Nacional vai reforçar a segurança na cidade do Rio de Janeiro, a pedido de Pezão, por mais quinze dias. A solicitação foi feita para que os agentes ajudem “na preservação da ordem pública” durante a votação do pacote de austeridade apresentado pelo governo estadual na Assembleia Legislativa (Alerj), que está marcada para hoje.

 

REVISTA ÉPOCA


Mesmo com crise, MEC quer gastar até R$ 198 mil para ministro lanchar em voos da FAB

Edital de licitação diz que Mendonça Filho precisa de conforto e refeições à base de frutos do mar e salada caprese nos voos como forma de "aumentar a eficiência" das viagens a trabalho

Filipe Coutinho |

Pressionado pelas ocupações nas escolas, fraudes no Enem e cortes orçamentários, o Ministério da Educação planeja “aumentar a eficiência” do ministro Mendonça Filho com gastos de até R$ 198 mil por ano para que ele e sua equipe possam lanchar enquanto voam nos jatinhos da Força Aérea Brasileira (FAB).

O MEC divulgou na semana passada um edital de licitação para fornecer serviços de alimentação, 24 horas por dia, sete dias por semana, nos voos de Mendonça Filho. Segundo o documento, é preciso aumentar o “conforto” de Mendonça Filho nos voos. “Esta contratação tem como objetivo possibilitar ao MEC viagens aéreas mais confortáveis e com recursos próprios quando da utilização em aeronaves, prover também alimentação e serviços de bordo às aeronaves que atendem ao Senhor Ministro da Educação”. O pregão será no fim do mês.

O edital afirma ainda que fornecer comida ao ministro é, também, uma forma de fazer o MEC cumprir sua “função institucional”. E, claro, garantir que Mendonça Filho viaje com mais tranquilidade e sem estresse. “Na dinâmica das viagens de avião, existe um momento que cabe o fornecimento de refeições para o Senhor Ministro e sua comitiva e que este fornecimento proporciona diversas vantagens como tranquilidade, menor nível de estresse, disponibilização de boas condições de trabalho, fornecimento de água, dentre outras vantagens onde também sabe-se que no transcurso do voo não se tem como adquirir alimentos e bebidas pois são aeronaves de uso restrito, daí a contratação de empresa especializada nestes serviços aeroviários é uma maneira de cumprir as funções institucionais.” 

Acontece que ministros e servidores já têm direito a diárias quando viajam, incluindo aí valores para alimentação. A diária para ministros pode ser de até R$ 580. O próprio Mendonça Filho já recebeu R$ 10 mil desde junho. Os gastos do ministério se somam aos custos rotineiros da FAB, que fornece jatinho para que a cúpula do governo não tenha de usar voos de carreira.

A licitação é na modalidade menor preço. O valor de R$ 200 mil é uma estimativa para garantir que dez pessoas possam acompanhar o ministro e, junto com ele, almoçar, jantar, lanchar ou tomar café da manhã. Assim, de acordo com o MEC, as viagens ganharão eficiência. “O presente processo permitirá um aumento na eficiência do atendimento ao Excelentíssimo Senhor Ministro de Estado da Educação durante as viagens nacionais iniciadas no Aeroporto Internacional de Brasília, atendendo assim às regiões mais remotas do Brasil.”

Curiosamente, apesar de falar em “regiões remotas”, o próprio edital elenca as últimas viagens de Mendonça Filho. Foram 28 entre maio e outubro – 20 foram capitais. Recife, onde o ministro mora, foi o destino 11 vezes. Detalhe: o edital do Ministério da Educação contém graves erros de gramática, como viagem com “j”.

Para chegar aos R$ 198 mil de referência, o MEC calcula até 198 viagens com dez pessoas, com custo estimado de R$ 100 por pessoa – preço de banquete. O termo de referência prevê bandejas de frutas a R$ 119 e refeições a R$ 54, incluindo saladas (o MEC sugere caprese ou de macarrão), prato principal (carne, frango ou até frutos do mar) e sobremesas (pudim, musse e tortas). Há ainda itens específicos, como iogurte de ameixa e água tônica.

ÉPOCA questionou o ministério sobre o edital e atualizará o texto assim que houver uma resposta.

 

Temer vai substituir programa de fronteira criado pelo governo Dilma

Após críticas do TCU, presidente vai revogar decreto e criar novo programa

O presidente Michel Temer revogará, nesta quarta-feira (16), o Plano Estratégico de Fronteiras, criado pela presidente Dilma Rousseff. Após várias críticas do Tribunal de Contas da União (TCU), ele assinará um decreto para criar o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (Propif). Segundo o texto, ao qual O GLOBO teve acesso, a determinação é dividir as responsabilidades de cada ente da Federação, focar na atuação nos delitos de fronteira e excluir outras questões de segurança, que são da alçada das polícias locais. A intenção do governo é aprimorar medidas governamentais relacionadas ao fortalecimento da prevenção, controle, fiscalização e repressão aos delitos transfronteiriços. A experiência do antigo programa fez o governo reconhecer a necessidade de uma governança centralizada.

"Concluiu-se que as políticas adotadas deveriam permitir a implementação de ações operacionais sistêmicas e permanentes, incluindo as essenciais atividades de inteligência, e envolver a cooperação internacional", disse uma fonte palaciana ouvida pelo GLOBO.

Não foi sozinho que o governo chegou a essa conclusão. Uma auditoria operacional do TCU destacou que o Plano Estratégico de Fronteiras (que uniu Defesa, Segurança Pública e Receita Federal) limitou-se a estabelecer instâncias de atuação conjunta entre órgãos federais e estaduais para combater o crime organizado. Para os auditores, o programa atual não se constitui em uma política de Estado integradora de todos os entes, com a identificação de responsabilidades e redução de sobreposições e lacunas de competências, que permita uma visão geral da atuação coordenada dos diversos órgãos e instituições. O TCU recomendou que o governo definisse funções e responsabilidades dos coordenadores.

Segundo o decreto, obtido pelo GLOBO, o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras terá como diretrizes: a atuação integrada e coordenada dos órgãos de segurança pública, de inteligência, da Secretaria da Receita Federal do Brasil e das Forças Armadas e a cooperação e integração com os países vizinhos.

“O Programa de Proteção Integrada de Fronteiras terá como objetivos integrar e articular ações de segurança pública da União, de inteligência, de controle aduaneiro e das Forças Armadas com a ação dos Estados e Municípios situados na faixa de fronteira, incluindo suas águas interiores, e na costa marítima; integrar e articular, com países vizinhos, (...) aprimorar a gestão de recursos humanos e da estrutura destinada à prevenção, controle, fiscalização e repressão a delitos transfronteiriços; e buscar a articulação com as ações da Comissão Permanente para o Desenvolvimento e Integração da Faixa de Fronteira – CDIF, instituído pelo Decreto sem número de 08 de setembro de 2010”, diz o texto.

Um dos artigos deve constar que o programa envolverá compartilhamento de informações e ferramentas entre os órgãos de segurança pública, federais e estaduais, órgãos de inteligência, a Secretaria da Receita Federal do Brasil e as Forças Armadas; implementação de projetos estruturantes para o fortalecimento da presença estatal na região de fronteira; integração com o Sistema Brasileiro de Inteligência (Sisbin) e ações de cooperação internacional com países vizinhos.

Será criado o Comitê Executivo do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras, composto por um representante e suplente do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Ministério da Defesa; da Receita Federal, da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal, da Secretaria Nacional de Segurança Pública e da Secretaria-Geral do Ministério das Relações Exteriores.

Também serão criados Gabinetes de Gestão Integrada Fronteiras (Ggifs) nos Estados. Cada um deve propor ações conjuntas para a integração e a articulação das ações com a União. Cada gabinete desse deve definir a prioridade do estado. 

 

 

JORNAL ZERO HORA


Pescador morre após ataque de tubarão em alto-mar em Rio Grande

Foram acionadas equipes de resgate da Marinha e da Força Aérea Brasileira (FAB), mas o socorro não chegou a tempo de salvá-lo

Vanessa Kannenberg E Karoline ávila |

Um pescador de 32 anos morreu na terça-feira no mar de Rio Grande, no sul do Estado. A vítima estava a cerca de 180 milhas náuticas de distância do litoral — o que equivale a 335 quilômetros — a leste do município em uma embarcação pesqueira. Foram acionadas equipes da Marinha e da Força Aérea Brasileira (FAB), mas o socorro não chegou a tempo de salvá-lo.

Linaldo Gaudino de Brito, natural da Paraíba, estava a bordo da embarcação "Alemão Pescados", cuja empresa tem sede em Itajaí, Santa Catarina. O pescador foi mordido na panturrilha quando retirava o animal da água para o convés do barco.

A Marinha divulgou uma nota informando que o pedido de socorro por rádio foi feito ainda pela manhã, às 10h, e que orientações médicas foram repassadas imediatamente à tripulação, para possibilitar os primeiros socorros ao tripulante.

O comando também enviou o Navio Patrulha Benevente para prestar apoio e acionou a Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo a assessoria de comunicação do Esquadrão Pantera, o helicóptero H-60 Black Hawk, da Base Aérea de Santa Maria, foi acionado às 13h40min e por volta das 16h,a aeronave decolou de Pelotas em direção ao barco pesqueiro.

Como o helicóptero não pode pousar no barco, foi necessário que os socorristas descessem de guincho. Quando chegaram, o pescador já estava morto. Colegas do pescador não conseguiram estancar o sangue até a chegada do resgate.

Ainda conforme a Marinha, o corpo da vítima permanece na embarcação pesqueira nesta quarta-feira e segue de volta em direção ao porto de origem, em Itajaí.

 

PORTAL G1


Pescador morre após ser mordido por tubarão na costa do RS

Barco pesqueiro acionou Marinha após tripulante ser ferido. Aeronave de Santa Maria teve de se deslocar para atendimento.

Do G1 Rs |

Um pescador morreu após ser mordido por um tubarão na terça-feira (15), a aproximadamente 200 milhas (320 quilômetros) da costa de Rio Grande, no Sul do Rio Grande do Sul. A vítima foi identificada como Linaldo Galdino de Brito, de 32 anos, natural da Paraíba.

A embarcação onde o pescador estava havia saído de Itajaí, em Santa Catarina. Na tarde de terça, o animal marinho foi puxado para o convés do barco. Foi quando Linaldo foi mordida na panturrilha. Não foram fornecidos maiores detalhes sobre as circustâncias da morte.

O pedido de socorro foi feito pelos colegas via rádio para a Marinha em Rio Grande, por volta das 10h.

Sem condições de realizar o socorro, a Base Aérea de Santa Maria foi acionada. Um helicóptero H-60 foi até o local por volta das 16h. Como não era possível pousar no barco, a equipe desceu utilizando uma corda e verificou que não era possível estancar o sangramento. O pescador morreu no local.

O incidente assustou os banhistas que passaram o feriado na Praia do Cassino, em Rio Grande. Mas, apesar de existirem tubarões em alto-mar, as chances de eles chegarem na beira da praia são bem poucas, segundo o especialista da Universidade de Rio Grande, Carolus Vooren.

"São águas muito rasas, com profundidade de menos de 20 metros. Os tubarões não vão para essas águas rasas, não tem espaço para eles", afirma o professor aposentado.

A tripulação seguiu para Itajaí com o corpo da vítima depois do atendimento. A Marinha abriu inquérito para investigar melhor o que aconteceu. Uma nota foi divulgada na manhã desta quarta (16). Leia a íntegra abaixo:

"O Comando do 5º Distrito Naval (Com5ºDN) recebeu ontem (15), por volta das 10h, o pedido de resgate de um tripulante ferido por um tubarão a bordo do barco de pesca "Alemão Pescados", a uma distância de aproximadamente 335 km a leste de Rio Grande-RS.

O Serviço de Busca e Salvamento do Com5ºDN imeditamente prestou orientações médicas via telefone satelital, para possibilitar os primeiros socorros ao tripulante. Ocorreu também o deslocamento do Navio Patrulha Benevente ao local do incidente para prestar apoio. Além disso, o Com5ºDN acionou o SALVAERO da Força Aérea Brasileira (FAB), em Curitiba, que decidiu realizar a Evacuação Aeromédica com um helicóptero H-60 Blackhawk, sediado na Base Aérea de Santa Maria.

A equipe de resgate da FAB desceu na embarcação e atestou o óbito do pescador. O corpo do tripulante permanece na embarcação pesqueira, que se encontra navegando em direção ao porto de origem, em Itajaí-SC."

 

Ministro manda cancelar edital do MEC que gastaria R$ 198 mil em refeições aérea

Segundo reportagem da Revista Época, edital divulgado na semana passada previa gastos com refeições para até 10 pessoas durante as viagens do ministro Mendonça Filho.

Ministério da Educação afirmou que o ministro Mendonça Filho mandou cancelar um edital de licitação que previa gastos de até R$ 198 mil por ano com refeições a bordo de aviões da Força Aérea Brasileira (FAB). Segundo a Revista Época, o edital foi "divulgado" na semana passada e o pregão aconteceria ainda em novembro.

Após a publicação da reportagem da revista, a assessoria de imprensa do MEC divulgou um comunicado afirmando que "o pedido para alimentação durante os voos da FAB tramitava no Ministério da Educação desde 2014 na área administrativa, que deu continuidade ao processo sem o conhecimento do ministro Mendonça Filho". Além disso, segundo a assessoria de imprensa, "após ser informado do ocorrido, o ministro determinou o cancelamento imediato do processo".

De acordo com a revista, o edital previa o serviço de bordo e refeições como café da manhã, lanche, almoço e jantar para uma equipe de 10 pessoas a bordo de aeronaves da FAB durante as viagens do ministro a trabalho. Porém, todos os servidores que precisam se deslocar por motivos profissionais recebem uma diária que também inclui gastos com alimentação.

Ainda segundo a reportagem da revista Época, o objetivo do edital, que contrataria o serviço durante um ano, seria "aumentar a eficiência" do ministro e auxiliá-lo a cumprir sua "função institucional", garantindo refeições durante as viagens. Entre os itens do cardápio estariam salada caprese ou de macarrão e frutos do mar entre outros pratos principais.

 

AGÊNCIA BRASIL


Temer defende operações de segurança permanentes nas fronteiras


Paulo Victor Chagas |

O presidente Michel Temer defendeu que as operações policiais de combate aos crimes cometidos nas fronteiras com o Brasil sejam permanentes. Ao discursar para representantes de cinco países que dividem territórios com o Brasil, o presidente sugeriu novamente a instituição de um "plano estratégico" para reduzir a criminalidade nos locais onde traficantes e contrabandistas aproveitam-se da "porosidade" das fronteiras brasileiras.

Chanceleres e ministros da Argentina, Bolívia, do Chile, Paraguai e Uruguai estão reunidos em Brasília para discutir a segurança e o combate aos crimes transfronteiriços, como o narcotráfico, o contrabando e o tráfico de armas e de pessoas. Durante a abertura do encontro, o presidente assinou um decreto que institui o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras e sugeriu que o texto seja levado pelas autoridades sul-americanas como "primeira providência concreta" das discussões.

Temer destacou a "gravidade" da questão e afirmou que os criminosos não conhecem limites. Segundo ele, as ameaças à segurança pública têm se tornado complexas de modo a desenvolver uma espécie de "globalização" dos crimes transnacionais.

"Um dos maiores dramas do tempo presente toma contornos de violência intolerável, invade todas as nossas cidades, do Brasil e de outros países e adquire traços desesperadores no rosto de todos os cidadãos de nossos países", disse, citando problemas como a dependência química e o tráfico de pessoas.

Ao citar as iniciativas desenvolvidas nos últimos anos pelo governo brasileiro em operações policiais de combate ao tráfico de drogas e transporte de armas, Temer alertou que esse tipo de ação deveria ser desenvolvido de modo permanente.

"Um pouco diferente daquele plano das fronteiras que eram episódicos e, no momento que se noticiava a ação, é claro que o crime se recolhia. Talvez a solução, e esta é uma proposta que deixo aos senhores para debate, seja encontrar meios e modo de que essas operações sejam permanentes, na medida em que saibam que essa não é uma operação transitória. Por isso, nós temos que seguir e lançar todas nossas energias contra os crimes transnacionais", defendeu Temer.

De acordo com o Ministério das Relações Exteriores, o encontro que ocorre no Palácio Itamaraty tem formato "inédito" e tem como objetivo integrar os órgãos pela segurança pública dos diferentes países.

 

Brasil quer mais integração com países vizinhos no combate a crimes de fronteira


Aline Leal |

Representantes dos governos do Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Paraguai e Uruguai manifestaram hoje (16) intenção de ampliar o trabalho conjunto no combate aos crimes nas fronteiras. “Os crimes são cada vez mais transnacionais, tráfico de pessoas, tráfico de drogas, contrabando de mercadorias, de armas. São fenômenos associados a nossas fronteiras e por isso o enfrentamento deve ser feito de maneira transnacional”, disse o ministro das Relações Exteriores, José Serra, em entrevista coletiva após reunião de países do Cone Sul no Palácio Itamaraty.

O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, disse que os crimes nas fronteiras têm ligação direta com as taxas de homicídios na região. Segundo ele, a América Latina tem 8% da população mundial, mas registra mais de 30% dos homicídios do planeta.

Durante a reunião, o Brasil ofereceu o Centro de Cooperação Policial Internacional, criado para os Jogos Olímpicos Rio 2016, para que os países possam trocar experiências policiais. O sistema foi usado por 56 países durante os jogos.

O ministro da Justiça também colocou à disposição dos vizinhos do continente o “laboratório de lavagem de dinheiro” para investigar valores ilegais de forma integrada e assim “sufocar” a cadeia criminosa, deixando-a sem recursos financeiros. “O laboratório contra a lavagem de dinheiro é uma tecnologia. Nós temos, internamente, em toda Polícia Federal e Ministérios Públicos, com programas que cruzam todas as informações bancárias e retiram em cada investigação qual valor depositado que não tem origem lícita”, explicou Moraes.

O ministro da Defesa, Raul Jungmann, sugeriu que o Brasil amplie a atuação das Forças Armadas no controle das fronteiras para além do território nacional e que esse controle possa ser feito em colaboração com autoridades de outros países. “Apenas as Forças Armadas do Brasil têm competência legal para atuar preventivamente e repressivamente na fronteira. Essa singularidade nos gostaríamos que ela deixasse de sê-lo, que a possibilidade da atuação das Forças Armadas de modo preventivo e repressivo pudesse ser estendida aos outros países observando a soberania de cada país.”

O chefe do Gabinete de Segurança Institucional, general Sergio Westphalen Etchegoyen, ressaltou que é necessário que as forças de segurança dos países nas fronteiras sejam mais ágeis que as redes criminosas. “É importante que haja o encurtamento da cadeia de comunicação da área de inteligência desses países, que facilite o fluxo das informações necessárias e que possamos compartilhar bancos de dados”.

Decreto

Mais cedo, na abertura do encontro, o presidente Michel Temer assinou um decreto que institui o Programa de Proteção Integrada de Fronteiras e sugeriu que o texto seja levado pelas autoridades sul-americanas como “primeira providência concreta” das discussões.

 

PORTAL AIRWAY


Protótipo de jato comercial supersônico é apresentado nos EUA

Boom será capaz de voar a mais de 2.300 km/h transportando até 55 passageiros; modelo deve entrar em operação a partir de 2023

ImagemDesde a aposentadoria do Concorde, em 2003, não faltaram ideias e conceitos propondo novos aviões de passageiros supersônicos. No entanto, nenhum desses projetos ainda havia saído do papel, como fez a Boom Technology com o “demonstrador tecnológico” XB-1, apresentado nessa terça-feira (15) nos Estados Unidos. O protótipo, parecido com um caça, será utilizado em testes aerodinâmicos e de propulsão.

O objetivo da fabricante, com sede no Colorado, é desenvolver uma aeronave comercial com até 55 assentos e capaz de voar a Mach 2.2, o equivalente a 2.335 km/h, mais de duas vezes a velocidade do som. Segundo a Boom, o primeiro voo do XB-1, para apenas dois ocupantes, está programado para o final de 2017.A apresentação do XB-1, também chamado de “Baby Boom”, mostra o nível de preparação da fabricante, que funciona como uma start-up há apenas dois anos. Em pouco tempo, o projeto atraiu companhias aéreas e encomendas, mesmo ainda na fase conceitual. Como prevê a empresa americana, a versão definitiva, o “Boom”, deve entrar em serviço a partir de 2023.

E o Boom, que ainda nem voou, já tem dois clientes: o Virgin Group, do bilionário britânico Richard Branson, e mais uma companhia aérea da Europa ainda não revelada. Juntas, essas duas empresas poderão gastar mais de US$ 2 bilhões por 25 aeronaves.

Motor de caça, asas em delta

O Boom tem credenciais para ser não só um dos aviões mais rápidos do mundo, como também um dos mais avançados em termos de construção. A aeronave será fabricada quase que inteiramente com fibra de carbono, material mais leve e resistente que ligas metálicas e, tal como o Concorde, também terá asas no formato delta, configuração que permite alcançar altas velocidades – jatos comerciais convencionais, como o Airbus A320, têm asas enflechadas

Durante a apresentação do protótipo XB-1, a fabricante também aproveitou para mostrar uma nova configuração para a versão versão final do Boom. Antes proposto com dois motores, na nova proposta a aeronave agora é sugerida com três propulsores, dois sob as asas e o terceiro acrescentado na parte traseira, com duas entradas de ar na fuselagem.O motor escolhido para impulsionar o Boom é o General Eletric J85-21, capaz de gerar 3.500 libras de empuxo. Uma versão mais antiga desse mesmo motor é usado no caça Northrop F-5 Tiger, como os que voam com a Força Aérea Brasileira (FAB).

Além de desenvolver o projeto, a Boom Technology também trabalha para apresentar soluções que convençam os EUA a derrubar a proibição de voos supersônicos por terra. Apesar disso, a fabricante calcula que existe demanda pelo Boom em mais de 500 rotas pelo mundo, mesmo em regiões oceânicas, incluindo Nova York – Londres, um dos trechos mais frequentados pelo Concorde.

Segundo Blake School, fundador da Boom e atual executivo da Amazon, empresa que também investe no projeto, as viagens do futuro jato supersônico custarão aos passageiros cerca de US$ 5 mil (cerca de R$ 18 mil). A aeronave também é proposta pelo fabricante em versão executiva.Se de fato entrar em serviço, o Boom será o terceiro avião comercial supersônico da história. Além do Concorde, outro jato que voava acima da velocidade do som com passageiros era o Tupolev T-144, fabricado na Rússia, conhecido no Ocidente como “Concordski”, devido a semelhança com o modelo anglo-francês.

  

OUTRAS MÍDIAS


EXTRA MT


Valtenir Pereira e deputados da CFFC visitam projeto da Embraer

Da Redação/Nelli Tirelli

O deputado mato-grossense Valtenir Pereira juntamente com demais membros da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados (CFFC) realizaram visita técnica à unidade da empresa brasileira de aeronáutica Embraer, na cidade de Gavião Peixoto (SP).

Na oportunidade, a comitiva de deputados composta além de Valtenir Pereira, por Leo de Brito (PT/AC), Ezequiel Teixeira (PTN/RJ), Marcos Reategui (PSD/AP), Edinho Bez (PMDB/SC) e Paulão (PT/SE), pôde conhecer detalhes do programa de desenvolvimento da aeronave de transporte militar KC-390. “Foi uma visita extremamente interessante e importante, já que pudemos conhecer de perto e conferir o processo de produção da aeronave, que envolve a integração de tecnologias e sistemas eletroeletrônicos de bordo de última geração”, disse Valtenir.

Desenvolvida com o apoio de recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e fabricada pela Embraer para a Força Aérea Brasileira (FAB), o novo jato terá condições de reabastecimento em voo e capacidade para transportar 23 toneladas de carga.

Aeroportos de MT – O deputado mato-grossense explicou ainda, que desde 2008 tem trabalhando junto à aeronáutica para melhorar os aeroportos de Mato Grosso. “Pautamos a nossa atuação parlamentar de forma séria, ética e responsável e assim, adquirimos credibilidade e respeito junto ao Comando da Aeronáutica, o que proporcionou que a nossa solicitação da presença e apresentação da esquadrilha da fumaça na reinauguração do aeroporto de Rondonópolis, no ano de 2011, fosse atendida”.

Através do trabalho do parlamentar ainda, foi possível a doação de caminhões de combate a incêndio, tipo AP-2 para os municípios de Alta Floresta (02), Sinop (03), Sorriso (01), Barra do Garças (01) e Rondonópolis (02). Os veículos eram necessários para operar com grandes aeronaves, o que proporcionou voos das principais companhias aéreas nacionais.

 

PORTAL INFODEFENSA.COM (ESPANHA)


General Rossato (Brasil): "El "Gripen" y el KC-390 formarán la línea principal de nuestra aviación"

ImagemLa Fuerza Aérea de Brasil (FAB), que recientemente cumplió 75 años (nació durante la 2ª Guerra Mundial, en 1941) están inmersa en un proceso de definición y puesta en marcha de nuevos vectores y armas; de mejora y actualización su doctrina; de adaptación y modernización de su capacidad para la educación y la formación; de ampliación de su gama de misiones; rediseñando unidades y bases; y de profesionalizando efectivos.

En enero de 2016, el comandante de la Fuerza Aérea, el general del aire Nivaldo Luiz Rossato, firmó la Directriz del Comando de Orientación Aeronáutica (DCA 11-45) en la que se proyecta el futuro de la institución. El documento Concepción Estratégica de la Fuerza Aérea 100 establece los objetivos y los principales desafíos que la FAB debe lograr en los próximos 25 años.

Según declaró Rossato en aquel momento, la formación de profesionales del ‘Comando de Aeronáutica’ recibirá un notable incremento, produciendo así un personal de alta capacidad operativa y administrativa, que sea referencia para otras instituciones del área gubernamental.

Para hablar de este cambio estratégico, el comandante de la Fuerza recibió a Infodefensa.com en Brasilia en el Comando de la Aeronáutica. De esa reunión ha surgido una entrevista que, debido a su extensión, se publicará en dos partes, la primera de las cuales puede leerse a continuación.

¿Cuál debe ser el papel de la Fuerza Aérea de Brasil en el año 2041?

El papel de la Fuerza Aérea de Brasil será el mismo que el que tenemos hoy, es decir, mantener la soberanía del espacio aéreo con miras a la defensa del país. Ciertamente, los medios aéreos, la interoperabilidad, el mando y la capacidad de control, la estructura organizativa y el perfil de cualificación de los militares serán objeto de ajustes y mejoras, abandonando prácticas que se justificaron en otro tiempo, pero que hoy en día ya no representan las necesidades de la Fuerza Aérea moderna, insertada en pleno siglo XXI.

¿Cuáles son las principales amenazas al país?

Hoy en día, tenemos que protegernos de amenazas externas generadas por la codicia que despiertan nuestra riqueza y nuestros enormes áreas de vacío demográfico. También tenemos que cumplir con nuestra gente en situaciones de crisis, tales como inundaciones, epidemias, incendios y sequías. La falta de otros medios de transporte, las distancias y la rapidez de intervención por vía aérea hacen a la Fuerza Aérea corresponsables en la solución de los problemas que están a su alcance, especialmente en los rincones más distantes de la Amazonía y las fronteras terrestres naturales. Este tipo de misión permite también que las personas perciban la Fuerza Aérea como su protectora no sólo contra las amenazas externas, sino también a las situaciones que requieren la intervención del Estado.

¿Con respecto a los medios aéreos, cuáles son las perspectivas para los próximos 25 años?

Nuestra Fuerza está en el proceso de modernización y sustitución de sus medios. Muchos cambios se han efectuado ya, como el despliegue de aviones Embraer A-29 Super Tucano, helicópteros de ataque AH-2 Sabre (Mil Mi-35) y de maniobra Sikorsky H-60 Halcón Negro. Otros están en proceso de recepción, como más copias del SC-105 Amazonas (Búsqueda y rescate SAR), helicópteros medianos Helibras H-36 Caracal y los aviones Embraer UI-50 Legacy 500, éstos se entregarán al GEIV (Grupo Especial de Inspección en Vuelo). La modernización del caza Northrop F-5E al estandar Mike se está finalizando con la actualización de las tres células biplazas F-5F restantes, procedentes del lote jordano adquirido en 2011. El programa de modernización Embraer A-1 AMX fue reubicado, sólo un escuadrón será modernizada y permanecerá operativa en la ‘Base de la Fuerza Aérea de Santa María’, junto con otro escuadrón que ejecutará misiones de reconocimiento con la versión aeronaves RA-1 (que no se actualizará). El 1º/16º de GAV, ‘Escuadrón Adelphi’, actualmente con sede en Santa Cruz (Río de Janeiro), será desactivado y sus aeronaves apartadas, formando una reserva estratégica.

Y luego están las joyas de la corona, el KC-390 y el "Gripen".

Sí. Los cambios más significativos se producirán en los próximos años con la recepción del transporte militar KC-390 de Embraer y el caza de 4ª generación Saab F-39 Gripen E. Estos dos aviones formarán la línea principal de nuestra aviación de transporte y caza.

¿Y en espacio?

También. Otro logro importante que se materializará en el 2017 será la capacidad para operar satélites a partir del lanzamiento (previsto para marzo de 2017) del Satélite Geoestacionario de Defensa y Comunicaciones (SGDC). Cerrando este marco, la FAB está invirtiendo cada vez más en la adquisición y la introducción del servicio de drones. Las Fuerzas Armadas necesitan urgentemente incorporar estos medios (ARP) en sus actividades militares, por razones de afinidad, la iniciativa de esta responsabilidad recae en el Comando de la Fuerza Aérea. Hace algunos años, la Fuerza Aérea visualizó la importancia de este tipo de aeronaves y creó el Escuadrón Horus (1º / 12º GAV, con sede en Santa María - RS). Esta unidad tiene como misión fundamental el desarrollo doctrinal utilizando las aeronaves Hermes 450 y Hermes 900, que no solo implica al Comando de la Fuerza Aérea, sino también a fuerzas hermanas. Fueron desarrollados los requisitos para un ARP conjunto y establecido un concepto de empleo que beneficiará a las tres Fuerzas, así como otros asociados que necesitan este tipo de equipo. En ese momento, el progreso del programa depende de la asignación de los recursos financieros (Arpía, una empresa creada por EDS para tal fin, no sobrevivió a los recortes presupuestarios y fue desmontada en 2016).

Los F-5EM/FM ya tienen 41 años y los T-25 y los "Tucano" también son antiguos. ¿Se prevé relevo para los entrenadores en servicio?

El F-5 tiene el potencial para permanecer en servicio durante al menos diez años, especialmente en el caso de las unidades biplaza. Tanto es así que hasta vamos a recuperar el F-5FM que recientemente se estrelló Santa Cruz (FAB 4806, julio de 2016). El T-25 Universal es un avión libre de fatiga estructural y, por lo tanto, puede recibir mejoras y continuar durante dos décadas tal vez, si aún no se ha hecho es por cuestiones presupuestarias. Dentro de este concepto de adaptación de los medios para llevar a cabo la misión, cuando desactivemos el T-25 y más tarde el T-27 Tucano en la educación básica y primaria de nuestros pilotos, creo que vamos a utilizar un solo avión, como viene siendo habitual en otras Fuerzas Aéreas. Para la sustitución de ambos, creemos que una versión del TX-C de Novaer equipado con un motor turbohélice y asientos eyectables, además de aviónica digital similar a la de primera línea, sería ideal.

¿Y qué pasa con el entrenador de Unasur?

A pesar de mantenernos oficialmente como observadores, no creemos que el entrenador del programa conjunto de Unasur resulte en un avión factible, incluso para los que ya tenemos como Brasil a EDS y Novaer con aviones listos para cumplir con este requisito. Poco a poco, estamos deshabilitando los helicópteros H-1H y los cuatrimotores de transporte C-130 Hercules más antiguos, todos con más de cuarenta años en servicio. El F-39 Gripen y el KC-390 también deberán cumplir con la Fuerza Aérea durante un largo periodo de tiempo y, sin duda, recibirá mejoras procedentes de un muy bien elaborado programa MLU (midi-life-upgrade) que les mantendrá fuera de obsolescencia durante toda la vida.
Continuará en General Rossato (Brasil): "La capacidad de disuasión en la guerra moderna se basa en el poder aéreo"