O Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) comunicou na quarta-feira, 15 de junho, com profundo pesar, o falecimento do primeiro Reitor brasileiro do Instituto Tecnológico de Aeronáutica, o Professor Marco Antonio Guglielmo Cecchini, aos 98 anos de idade.

Segundo o Instituto, Professor Cecchini foi responsável por criar o primeiro modelo de pós-graduação em engenharia (mestrado e doutorado) no país. Além de professor emérito do Instituto, desde 2014, recebeu diversas honrarias e títulos ao longo de sua marcante trajetória:

– Membro Titular Fundador da Academia de Ciências do Estado de São Paulo;

– “Médaille Aéronautique” concedida pelo Governo Francês; e

– Ordem do Mérito Aeronáutico, Grau de Oficial, e Medalha de Mérito Aeronáutico, concedidas pelo Governo Brasileiro.

Além disso, em dezembro de 2020, foi homenageado pela Congregação do ITA com a instituição do Prêmio “Professor Marco Antonio Guglielmo Cecchini”, conferido à melhor dissertação de mestrado e à melhor tese de doutorado defendidas nos programas de pós-graduação do ITA no ano avaliado.

“O estimado Professor Cecchini será lembrado pela comunidade iteana por sua bem-sucedida carreira e por ter vivenciado diariamente os ideais e os valores de nosso Instituto. Descanse em paz!”, finaliza o ITA.

 

 

 

 

No dia 16 de junho, terá início o Curso de Observador Militar das Nações Unidas da Suíça (Swiss United Nations Military Observer’s Course – SUNMOC), tendo como instrutor convidado o Major da Força Aérea Brasileira Bruno Becker, do Centro Conjunto de Operações de Paz do Brasil (CCOPAB), que já se encontra na Suíça, nos preparativos para o início do Curso.

A atividade será realizada no Centro das Forças Armadas da Suíça para Missões Estrangeiras (Swiss Armed Forces International Command – SWISSINT), com a duração de 23 dias, possuindo não apenas o militar brasileiro como instrutor, mas também militares da Alemanha, Canadá, Finlândia, Holanda, Hungria, Suécia e Suíça. o Major Becker conduzirá instruções baseadas nos Materiais Base de Pré-desdobramento (Core Pre-deployment Training Materials – CPTM) e Materiais de Treinamento Especializado (Specialized Training Materials – STM), pilares que norteiam o treinamento desenvolvido pela Organização das Nações Unidas (ONU) para tropas empregadas em operações de paz.

O Curso possui como alunos militares suíços, representantes do Cazaquistão, Egito, Gambia, Geórgia, Guiné, Holanda, Irã, Marrocos e Paquistão. A participação do militar brasileiro nesta atividade está alinhada à visão de futuro do CCOPAB, de ser uma referência internacional na promoção da excelência na capacitação de recursos humanos para operações de paz e de desminagem humanitária.

 

 

 

 

 

 

 

 

 

ROMA, NY – A Guarda Aérea Nacional de Nova York recebeu o comandante do Comando de Operações Aeroespaciais do Brasil, parte de uma delegação de nove pessoas da Força Aérea Brasileira, durante uma semana de engajamento focado em operações espaciais, aeronaves pilotadas remotamente e segurança cibernética.

Ger. Heraldo Luiz Rodrigues e sua equipe visitaram unidades da Guarda Aérea Nacional de Nova York especializadas nessas funções, a sede da Guarda Nacional de Nova York e a missão de segurança da Guarda Nacional de Nova York na cidade de Nova York.

A visita de 6 a 10 de junho foi organizada por meio do Programa de Parceria Estadual da Guarda Nacional do Departamento de Defesa. Nova York iniciou uma parceria com a maior nação da América do Sul em 2019.

“Sabíamos no que eles estavam interessados”, disse Brig. Ger. Denise Donnell, comandante da Guarda Aérea Nacional de Nova York. “Então, nos certificamos de casá-los com o que eles estavam procurando.”

Rodrigues comanda o Comando de Operações Aeroespaciais do Brasil, conhecido pela sigla COMAE.

A organização, criada em 2017 como parte da Força Aérea Brasileira, planeja, coordena e controla as operações aéreas e espaciais do país, incluindo satélites e instalações de lançamento, telescópios e cooperação com a NASA. A Agência Espacial Brasileira, exército e marinha também fazem parte do comando conjunto.

Com 6.000 aviadores da Guarda, cinco alas voadoras e o Setor de Defesa Aérea Oriental, a Guarda Aérea de Nova York é a maior do país, então há muitas capacidades para discutir, disse Donnell.

A equipe brasileira passou um dia conversando sobre operações espaciais com os aviadores da Guarda do 222º Esquadrão de Comando e Controle, com sede em Roma, Nova York.

O “Triple Duece” fornece pessoal treinado para suporte de emergência e contingência ao Centro Nacional de Operações do Escritório de Reconhecimento, de acordo com o Cel. Timothy Stanley, o comandante do esquadrão.

Essa agência administra a rede americana de satélites de vigilância e reconhecimento.

Stanley disse que os 80 aviadores também trabalham com a Força Espacial no gerenciamento de batalhas espaciais e na conscientização do domínio espacial.

Ele explicou que isso se traduz em auxiliar nas operações, proteção e defesa dos sistemas espaciais dos EUA e saber onde cada espaçonave está em relação às outras e aos detritos em órbita.

Stanley disse que sua equipe discutiu com os brasileiros o comando e controle de gerenciamento espacial e o uso de satélites comerciais para fins militares.

O 222º está localizado no Laboratório de Pesquisa da Força Aérea, que pesquisa tecnologias espaciais para a Força Aérea. Ele disse que os brasileiros conversaram com funcionários do laboratório sobre parcerias em algumas dessas pesquisas.

A equipe brasileira também visitou o Setor de Defesa Aérea Oriental, em Roma.

A EADS é composta por guardas aéreos de Nova York e é responsável pela defesa aérea dos Estados Unidos a leste do Mississippi. O comando de Rodrigues, responsável pelo monitoramento do espaço aéreo brasileiro, foi informado sobre os sistemas de rede da EADS e segurança cibernética.

“Ser capaz de compartilhar conhecimento operacional com nossos colegas brasileiros foi pessoalmente gratificante para nossos aviadores”, disse o Cel. Paul Bishop, comandante da EADS.

Os brasileiros também visitaram a 174ª Ala de Ataque, baseada na Base Aérea da Guarda Aérea de Hancock Field, em Siracusa. A ala opera a aeronave MQ-9 Reaper operada remotamente desde 2010.

O 174º treina pilotos MQ-9 e operadores de sensores para toda a Força Aérea e conduz operações MQ-9 para comandantes combatentes em todo o mundo.

A ala incorpora uma unidade de operações aéreas e especialistas em guerra cibernética, de modo que os brasileiros também aprenderam sobre essas capacidades, disse Donnell.

Os brasileiros passaram um tempo com o major. Ger. Ray Shields, o ajudante geral de Nova York, e sua equipe de comando para entender melhor as operações domésticas da Guarda Nacional.

No Brasil, a Força Aérea e o Exército da ativa desempenham o papel nas operações domésticas que a Guarda Nacional realiza nos Estados Unidos, explicou Rodrigues por meio de um tradutor, então essa informação é valiosa.

A visita terminou com uma visão em primeira mão dos esforços de segurança das embarcações da milícia naval de Nova York no porto de Nova York, destacando o apoio da Guarda às autoridades civis.

Rodrigues disse que a viagem a Nova York atendeu a todas as suas expectativas, respondendo a perguntas sobre como a Força Aérea dos EUA conduz operações aéreas, espaciais e cibernéticas não tripuladas.

Os militares brasileiros, disse ele, querem continuar a parceria com a Guarda Nacional de Nova York porque tem sido muito valiosa.

A Guarda Nacional de Nova York também se beneficia do relacionamento, disse Donnell.

Unidades da Guarda Aérea de Nova York participaram da Operação Tapia, um exercício anual brasileiro de busca e resgate que proporcionou experiência no envio de pessoas e aeronaves e no trabalho com outros militares, e o fará novamente, disse Donnell.

E os guardas de Nova York aprenderam novas técnicas de busca e salvamento e resposta química e biológica de colegas brasileiros, acrescentou Donnell.

Ela enfatizou que a parceria permite que a Guarda Nacional de Nova York desempenhe um papel fundamental no desenvolvimento de relações militares com um importante país sul-americano.

“Temos a chance de apoiar os objetivos do Departamento de Defesa e da Guarda Nacional no Hemisfério Sul”, disse Donnell.