NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Aeroporto de Natal terá pista reformada três anos após inauguração


Marcel Rizzo |

Primeiro aeroporto brasileiro cedido à iniciativa privada, o aeroporto internacional Governador Aluizio Alves, em São Gonçalo do Amarante, na grande Natal (RN), já terá reforma na pista pouco mais de três anos após a sua inauguração, em maio de 2014. Até o momento, porém, não se sabe exatamente qual será a manutenção a ser feita na pista, mas a obra tem previsão para o início do segundo semestre de 2017, com 30 dias de duração.

Na semana passada, segundo o jornal "Valor Econômico", técnicos do consórcio Inframerica, que administra o local, comunicaram a membros do governo federal de que há o risco de a pista afundar. A empresa nega.

O leilão do aeroporto vencido, em agosto de 2011, pelo consórcio Inframerica, composto inicialmente pela construtora brasileira Engevix e pelo grupo argentino especializado em concessões aeroportuárias Corporación America —que pagou um lance de R$ 170 milhões pela concessão até 2039 e a assumiu em julho de 2012. Em 2015, a Engevix, envolvida na operação Lava Jato, vendeu sua parte (50%) para a sócia.

O Corporación America foi um dos grupos estrangeiros a anunciar desistência do leilão dos aeroportos de Fortaleza, Salvador, Florianópolis e Porto Alegre, previsto para esta quinta (16).

A construção da pista que será reformada, entretanto, foi realizada pelo batalhão de engenharia do Exército, com dinheiro proveniente da Infraero, órgão do governo federal responsável pela administração dos aeroportos brasileiros não privatizados. O valor total gasto foi de cerca de R$ 120 milhões para a infraestrutura da pista de pouso, dos sistemas de auxílio e de proteção ao voo.

Ao consórcio coube a construção do terminal de passageiros, em valor que bateu os R$ 375 milhões, e, depois de pronto, administrar o aeroporto, uma das obras do chamado legado da Copa do Mundo de 2014 —Natal foi uma das 12 sedes.

"Não há o risco de a pista ceder. A pista do Aeroporto de Natal é segura e atende aos requisitos de segurança operacional e das normas da Anac", informou à Folha o consórcio, por meio de sua assessoria.

No entanto, o consórcio não explicou qual o motivo da obra, informando apenas que ainda não pode informar porque está discutindo os detalhes com os órgãos competentes e com os "players" envolvidos. O custo terá de ser pago pelo concessionário.

Durante a obra, os pousos e decolagens no aeroporto deverão ser feitos pela pista de taxiamento, o que pode ocasionar menos voos devido à estrutura auxiliar. A Inframerica disse que "está trabalhando para que o prejuízo e o impacto aos passageiros sejam os menores possíveis".

O Exército informou à Folha que não foi notificado, oficialmente, pela contratante —a Infraero— a respeito da existência de qualquer problema referente à obra realizada no aeroporto. Segundo a instituição, o projeto seguiu todos os parâmetros previstos na legislação técnica e uma equipe, enviada ao aeroporto para avaliar o suposto problema, em uma análise preliminar, constatou que não há sinal de afundamento na pista.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil), responsável por fiscalizar a aviação civil no Brasil, informou por meio de nota que "no momento a pista do Aeroporto de São Gonçalo do Amarante está operacional e sem reportes ao comprometimento da segurança de suas operações". Disse ainda que ainda não foi apresentado pela concessionária qualquer projeto de obra.

LEILÃO

A situação do aeroporto de Natal ganha destaque porque nesta quinta (16) mais quatro aeroportos brasileiros serão leiloados : os de Fortaleza (CE), Salvador (BA), Porto Alegre (RS) e Florianópolis (SC). Há hoje outros cinco aeroportos, além do Natal, privatizados —Viracopos (Campinas-SP), Guarulhos (SP), Confins (MG), Galeão (RJ) e o de Brasília.

Como a Folha mostrou em reportagem de maio de 2016, a queda no número de passageiros nos aeroportos, devido à crise econômica, fez com que os concessionários pedissem à Anac para não pagar o aluguel pelo uso das unidades, o que não foi aceito.

No caso do aeroporto de Natal, a Anac informou que, até o momento, não foi apresentado pela concessionária qualquer pleito de reequilíbrio econômico-financeiro no contrato.

 

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


O guia das novas regras da aviação brasileira

A cobrança extra pelo despacho das malas é a mais ruidosa entre as alterações, mas o passageiro também ganha direitos, como transparência na compra e reembolsos mais ágeis

Viajar com a casa nas costas – empacotada em duas gigantescas malas de até 23 ou 32 quilos cada, por pessoa – pode, a qualquer momento, virar coisa do passado para os brasileiros, assim como já é há anos para europeus e norte-americanos. O modelo de transporte aéreo de passageiros no País começa a mudar com a polêmica resolução n.º 400/2016 da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

Em discussão há anos e aprovada em dezembro, a norma ficou famosa pela proposta de permitir que as companhias aéreas cobrem extras para transportar as bagagens dos passageiros. Outros pontos – alguns vantajosos para os viajantes, como o direito de desistência da compra do bilhete aéreo – fazem parte da nova regulamentação. 
 
A resolução da Anac entra em vigor hoje, sem a cobrança pelas malas. Os artigos 13 a 15, que liberam as aéreas para cobrar pelo transporte da bagagem, foram suspensos ontem à tarde em liminar concedida pela Justiça Federal de São Paulo. A decisão é provisória e pode cair a qualquer momento. Independentemente das idas e vindas legais, o chamado desempacotamento do transporte aéreo no Brasil é visto como tendência. 

“Não é um mero ajuste de curto prazo por conta da crise”, avalia o coordenador do Núcleo de Economia dos Transportes do Instituto de Tecnologia Aeronáutica (ITA), Alessandro de Oliveira. “As regras alinham o mercado brasileiro com a experiência internacional”, afirmou o pesquisador. Na Europa e nos Estados Unidos, a desagregação dos preços permitiu a expansão do modelo de baixo custo, as chamadas low costs, companhias aéreas que cobram até pela escolha do assento, mas praticam tarifas baixíssimas.

Custos. As novas regras são defendidas pelas companhias aéreas como uma vantagem que permite que o consumidor pague apenas pelos itens que efetivamente usar. Despachar malas, por exemplo, é um serviço usado por apenas 35% dos passageiros dos voos no território brasileiro, de acordo com a Associação Brasileira de Empresas Aéreas (Abear). Ao Estado, em julho do ano passado, o presidente da Abear, Eduardo Sanovicz, afirmou que o preço das passagens aéreas cairia com a autorização para a cobrança por malas.

Na prática, por enquanto, apenas a Azul garantiu desconto em relação aos preços já praticados para quem não usar o porão do avião. A empresa criou uma nova faixa de tarifas, R$ 30 mais baratas que os valores-base de seus trechos. Entre São Paulo e Curitiba, por exemplo, o trecho com direito a despachar uma mala de até 23 quilos custa R$ 99,90; sem a mala despachada, a nova tarifa mínima cai para R$ 69,90.

No fim de fevereiro, o presidente da Gol, Paulo Kakinoff, disse ao Estado que o início da cobrança pela bagagem não garantirá voos mais baratos na comparação com os valores atuais. A empresa transformou a classe de tarifas mais baixas de seu portfólio atual em opção para quem embarca sem despachar malas, mas não garante descontos. Como consequência, as demais classe existentes devem sofrer um upgrade de preços para continuar incluindo o despacho de uma mala de até 23 quilos. Na Gol, o novo modelo vale a partir de 4 de abril.

A Latam divulgou uma tabela de preços por mala despachada que começa em R$ 50 – uma peça de até 23 quilos – a ser implantada “nos próximos meses”. A empresa estima que a redução no valor dos bilhetes chegará a 20% até 2020. Em comunicado, a Avianca informou apenas que estudará modelos nos próximos meses antes de implantar mudanças na política tarifária.

O lado bom. Mas nem tudo é prejuízo ao passageiro, mesmo no curto prazo. As novas regras da Anac impõem mais transparência à informação de preços nas pesquisas de passagens aéreas e agilizam reembolsos, entre outras medidas. A seguir, tire as dúvidas sobre como as novas Condições Gerais de Transporte Aéreo mudam a vida do viajante brasileiro.

1. Todas as malas serão cobradas à parte?
Não. Os passageiros poderão transportar uma mala de até 10 kg como bagagem de mão, independentemente da classe tarifária do bilhete

Atenção: a regra está suspensa por liminar, em decisão provisória, que pode ser revogada a qualquer momento pela Justiça.

As companhias aéreas ganham autonomia para decidir sobre as bagagens despachadas. A Latam vai cobrar R$ 50 por uma mala de até 23 kg em voo nacional, em data a ser ainda divulgada; a mesma mala continua sendo transportada gratuitamente em voos internacionais. A segunda mala de até 23 kg em voo nacional custa R$ 80, e US$ 90 em internacional. O excesso de peso custa até US$ 200.

A Azul criou a classe tarifária Azul, descontada em R$ 30 em relação às tarifas mais básicas da própria empresa em vigor até ontem (que agora se chamam Mais Azul e continuam a incluir 1 mala de até 23 kg), já à venda para 16 destinos. A franquia de bagagem ainda poderá ser adquirida depois, por R$ 30.

A Gol também criou classe tarifária mais básica, a Light, cujo valor não é necessariamente inferior aos atuais, à venda a partir de 4 de abril. As categorias que já existem, Programada e Flexível, continuam incluindo 1 mala de até 23 kg. A mala extra custará de R$ 30 a US$ 90 por peça. Na Avianca, nada muda ainda – a aérea não divulgou quando e como começará a cobrar pelo despacho de bagagens.

O PREÇO DA MALA

AZUL

Quanto vai custar. Mantém o preço mínimo atual com uma mala de até 23 kg e cria tarifa com desconto de R$ 30, sem despacho de mala; a mala despachada posteriormente custará R$ 30.

Quando começa. A partir de hoje. A classe tarifária mais baixa já está à venda para 16 destinos do Sul e Sudeste do País, partindo do aeroporto de Viracopos.

LATAM

Quanto vai custar. R$ 50 reais por mala em voos nacionais; uma mala de até 23 kg incluída nos internacionais. A segunda mala custará de R$ 80 a US$ 100; o excesso de bagagem sai por até US$ 200.

Quando começa. A partir desta terça, 14, para os limites de peso, “nos próximos meses” para a cobrança pela mala despachada.

AVIANCA

Quanto vai custar. Em análise.

Quando começa. Por enquanto, não há cobrança extra por mala despachada.

GOL

Quanto vai custar. A menor tarifa não dará direito a despacho de mala; a opção poderá ser adquirida por R$ 30 a US$ 90 por peça. Tarifas intermediárias incluirão 1 mala de até 23 kg.

Quando começa. Nova política vale a partir de 4 de abril.

 2. O que muda na compra da passagem?
Muda principalmente o formato de resposta dada à pesquisa de um determinado trecho aéreo

Ou seja: tanto nos sites das próprias empresas como nos de agências de viagens e buscadores online, o preço informado terá de incluir desde o começo da busca as taxas (como as de aeroporto, que podem encarecer bastante uma passagem).

A informação do total não poderá mais ser deixada para o momento em que o consumidor efetivamente clica para fechar o negócio, como é feito atualmente. A regra, claro, vale para lojas físicas que vendem pacotes e passagens aéreas.

Com as novas normas, o passageiro passa a ter também o direito de corrigir seu nome no bilhete aéreo sem custo até o momento do check-in.

10 KG à mão: aprenda a viajar com uma mala menor

3. E se eu desistir ou não puder embarcar?
A resolução nº 400/2016 dá ao passageiro o direito de desistir da compra da passagem sem nenhum custo até 24 horas depois de efetivado o negócio, desde que com antecedência de pelo menos 7 dias à da data do voo

Nos trechos de ida e volta comprados juntos, o passageiro passa a ter garantido o seu direito de embarcar no voo de retorno mesmo se perder o de ida – até ontem, o no show (não comparecimento) na ida cancelava automaticamente a volta (ou os trechos seguintes da viagem). Para valer a regra, é preciso avisar à companhia aérea, via canais de atendimento ao cliente, da sua intenção de voltar antes da saída do voo de ida (sim, de ida).

Além disso, as companhias ficam obrigadas a garantir ao menos uma classe tarifária em que a multa por cancelamento e remarcação não ultrapasse 5% do valor total dos serviços aéreos comprados pelo consumidor. Estas mesmas multas não poderão ter valores mais altos do que aquele que o passageiro pagou pelo bilhete – mesmo que tenha sido uma tarifa promocional –, nem podem incluir no cálculo as taxas aeroportuárias.

Esta regra refere-se apenas a multas e não tem incidência sobre os preços do mesmo trecho aéreo na nova data pretendida pelo passageiro; o novo valor da passagem pode elevar o custo da viagem, independentemente da multa.

4. Quais são os direitos em casos de alteração, atraso e cancelamento de voos?
Para voos domésticos com horário alterado pela companhia aérea em mais de 30 minutos, ou 60 minutos em voos internacionais, o passageiro ganha o direito à remarcação sem custo ou reembolso integral

Nos outros casos, nada muda. As empresas aéreas fizeram lobby para serem liberadas da assistência ao passageiro em caso de mau tempo que feche o aeroporto, mas não foram atendidas. Assim, atrasos continuam obrigando a companhia aérea a oferecer facilidade de comunicação (1 hora de atraso), alimentação (2 horas) e hospedagem (4 horas) – isso mesmo se os passageiros estiverem dentro do avião com as portas abertas.

Os passageiros de voos atrasados ou cancelados continuam tendo prioridade na reacomodação em voos similares, da mesma empresa ou de outra.

O overbooking, quando o passageiro se apresenta para o embarque, mas não consegue voar por falta de lugar na aeronave, agora exige compensação financeira imediata via transferência bancária, voucher ou em espécie, sem prejuízo dos direitos a remarcação do voo, alimentação e hospedagem. Os valores são: 250 Direitos Especiais de Saque (DES; cerca de R$ 1.068) em voos nacionais e 500 DES (R$ 2.136) em internacionais.

5. Como serão pagos reembolsos?
Como regra geral, os reembolsos ao passageiro devem ser pagos em até 7 dias contados a partir da data do pedido feito pelo viajante

No caso da desistência de compra, a empresa deve devolver a totalidade do valor da passagem, das tarifas aeroportuárias e impostos.

Casos de voo atrasado, cancelado ou se você ficou fora por overbooking (e sem aceitar acordo com a companhia aérea para embarcar em horário posterior) terão agora um desfecho mais favorável ao passageiro: o reembolso do valor pago pelo bilhete aéreo deverá ser integral se o pedido for feito nos aeroportos de origem, de escala ou conexão. E a companhia aérea ainda será obrigada a levar o passageiro sem custo de volta ao aeroporto de origem.
Se não quiser retornar ao aeroporto de origem, você ainda poderá pedir o reembolso equivalente ao trecho não viajado devido ao atraso, cancelamento ou overbooking.

A aérea pode oferecer o ressarcimento em forma de créditos para a compra de nova passagem, sob concordância do passageiro; se aceitar, saiba que poderá usar tais créditos inclusive para compra de bilhetes para terceiros.

6. Quais são as novas regras sobre bagagem extraviada?
A nova resolução reduz os prazos tanto para devolução da mala extraviada pela companhia aérea quanto para o pagamento de compensação financeira se a bagagem for definitivamente perdida

O passageiro deve fazer a reclamação na chegada, ainda no aeroporto. Para bilhetes aéreos comprados a partir de hoje, o prazo para que a empresa devolva a bagagem extraviada em voo nacional cai dos anteriores 30 dias para 7 dias. Nos voos internacionais, é de 21 dias.

O reembolso pela bagagem definitivamente perdida ou violada – a violação do conteúdo da mala também deve ser constatada e comunicada pelo passageiro em um prazo de até 7 dias – deverá ser feito em um prazo máximo de 7 dias. A resolução determina que este reembolso pode ser feito via créditos para compra futura de passagem aérea, mas só se o passageiro concordar.

Outros aspectos da conduta atual ficam mantidos. O passageiro que tem sua bagagem extraviada longe de casa pode guardar recibos de compras emergenciais de produtos de higiene e algumas peças de roupas para pedir ressarcimento à companhia aérea.

7. Como e quando reclamar?
A supervisora do Procon-SP Maria Feitosa informa que o aspecto fundamental neste momento de transição é a informação

“Qualquer cobrança extra que a companhia aérea aplique ao passageiro deve estar claramente informada no momento da compra do bilhete aéreo.” Ou seja, independentemente do canal de compra, é preciso que você faça a opção por qualquer serviço extra que seja acrescido ao custo total da sua passagem aérea. Cobranças que você não escolheu podem ser contestadas. “O passageiro pode nos procurar para reclamar”, diz Maria Feitosa.

Vale também estar atento ao contrato em relação à franquia de bagagem de mão. A resolução da Anac determina que “o transportador poderá restringir o peso e o conteúdo da bagagem de mão por motivo de segurança ou de capacidade da aeronave”. Para a supervisora do Procon-SP, no entanto, se for fazer isso, a empresa deve informar antes ao passageiro, nunca no momento do embarque.

“A ideia é que o consumidor não pode chegar ao aeroporto e descobrir que terá de pagar para despachar a mala de até 10 quilos que ele achou que fosse na cabine”, afirma a supervisora do Procon-SP. As reclamações podem ser encaminhadas ao órgão, que tem postos de atendimento nas unidades do Poupatempo.

 

JORNAL VALOR ECONÔMICO


Maioria das emendas é de parlamentares da base


Edna Simão E Raphael Di Cunto |

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287 recebeu 146 emendas para alterar o texto de reforma da Previdência encaminhado em dezembro pelo governo federal. A maior parte delas (104) foi de deputados da base governista, o que demonstra uma resistência superior à esperada pelo Executivo para a aprovação da matéria.

Entre os aliados do presidente Michel Temer, o partido com maior número de emendas é o PTB. Dessas, 23 são do deputado Arnaldo Faria de Sá (SP) e uma da deputada Cristiane Brasil (RJ). No PMDB, apenas quatro parlamentares propuseram alterações por meio de emendas.

Também sugeriram mudanças o PRB (18, parte proposta pelo líder da legenda), PSDB (10), PSB (9), PV (8). Na oposição, os petistas protocolaram 24 emendas. Dos partidos da base, excluídos os nanicos, apenas PSC e PHS não apresentaram. Na reforma promovida pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, em 1996, o número de emendas recebidas foi de 82. Já na seguinte, promovida em 2003 pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foram 460 emendas.

Assim como era esperado, as principais mudanças dizem respeito à regra de transição e manutenção de tratamentos especiais para professores, trabalhadores rurais e que atuam em situações de risco à saúde, como na área de mineração. Também foram registrados pedidos para derrubar o aumento da idade para solicitação do Benefício de Prestação Continuada (BPC) de 65 para 70 anos, assim como impedir a desvinculação do salário mínimo.

O deputado Betinho Gomes (PSDB-PE) apresentou uma emenda para impedir que a pensão por morte também seja inferior ao salário mínimo. A proposta do governo desvincula esse benefício do salário mínimo e a definição da regra de atualização ficaria para um segundo momento.

Arnaldo Faria de Sá, um dos principais defensores dos aposentados na Câmara, quer diferenciação de idade mínima de aposentadoria para homens e mulheres e mudança na regra de transição. Ele propõe 60 anos para homens e 58 para mulheres com um pedágio - acréscimo ao tempo que falta para aposentadoria - de 30% para todos os trabalhadores.

Os trabalhadores rurais teriam um tratamento diferenciado. O deputado Evandro Roman (PSD-PR) propôs, como regra de transição, que todos os trabalhadores que já estão no mercado de trabalho tenham a possibilidade de optar pela regra de transição. A regra será mais dura para os mais jovens, pois a idade mínima seria progressiva, de acordo com o ano de nascimento, além do pedágio de 50% do tempo restante para adquirir o direito à aposentadoria. A emenda também prevê que, para cada filho, a mulher tenha um acréscimo no valor da aposentadoria. Para dois filhos, o acréscimo proposto é de 5%; para três filhos, o acréscimo é de 10% e acima de três o acréscimo é de 15%. Não há previsão de acréscimo para um único filho.

Pela proposta do governo, seria fixada uma idade mínima de 65 anos para homens e mulheres do setor público e privado e a regra de transição - pedágio de 50% - atingiria homens com mais de 50 anos e mulheres com mais de 45 anos.

O subtenente Gonzaga (PDT-MG) apresentou uma emenda para que os policiais civis dos Estados fiquem fora da reforma, ou seja, tendo o mesmo tratamento dos militares. O governo tem explicado que as mudanças das aposentadorias das Forças Armadas serão feitas em projeto de lei que será encaminhado ao Congresso.

 

PORTAL G1


Aeronáutica abre concursos para 86 vagas

Vagas são para oficiais aviadores, intendentes e de infantaria. Aprovados vão fazer o curso de formação em Pirassununga (SP).

Aeronáutica abriu as inscrições para os Exames de Admissão aos Cursos de Formação de Oficiais Aviadores (CFOAV), Intendentes (CFOINT) e de Infantaria (CFOINF) do ano de 2018. São 33 vagas para aviação (ambos os sexos), 35 para intendência (ambos os sexos) e 18 para infantaria (somente para o sexo masculino). Os candidatos devem ter ensino médio concluído.

As inscrições devem ser feitas de 21 de março a 10 de abril pelo site http://concursos.epcar.aer.mil.br. O valor da taxa é de R$ 70.

O processo seletivo é composto por prova de escolaridade, inspeção de saúde, exame de aptidão psicológica, teste de aptidão à pilotagem militar – somente para os candidatos que optaram pelo CFOAV, teste de avaliação do condicionamento físico e validação documental.

Se aprovado em todas as etapas, o candidato irá realizar o curso de formação na Academia da Força Aérea, em Pirassununga (SP), como cadete da Aeronáutica. O curso tem duração de quatro anos e após a sua conclusão o cadete será nomeado aspirante-a-oficial e poderá seguir na carreira militar.

As provas serão em Belém, Recife, Salvador, Natal, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Barbacena (MG), São Paulo, Curitiba, Campo Grande, Pirassununga (SP), Porto Alegre, Brasília, Manaus, Porto Velho e Boa Vista no dia 25 de junho.

Veja informações sobre cada curso:

CFOAV: o curso é caracterizado pela instrução de voo, com o objetivo de preparar o Cadete Aviador à pilotagem militar. Essa instrução aérea segue um programa de treinamento e de avaliação de desempenho como piloto, para formar e selecionar o aviador militar, fomentando o desenvolvimento do espírito combativo do futuro Oficial Aviador. Confere ao diplomando, ainda, a graduação de Bacharel em Ciências Aeronáuticas, com habilitação em Aviação Militar.

CFOINT: o curso é caracterizado pela formação administrativa, com o objetivo de preparar o Cadete Intendente ao desempenho de funções para gerir as atividades financeiras e logísticas das Organizações Militares da Força Aérea. Confere ao diplomando, ainda, a graduação de Bacharel em Ciências da Logística, com habilitação em Intendência da Aeronáutica.

CFOINF: o curso é caracterizado pela instrução de combate em terra, com o objetivo de preparar o Cadete de Infantaria ao desempenho de funções para gerir as atividades desenvolvidas nas Unidades de Infantaria, incluindo as tarefas de operações especiais, emprego de tropa, de autodefesa das Organizações da Força Aérea e de defesa antiaérea.

 

Aos 31 anos, ex-aluna de escola pública é doutora em matemática e dá aula no ITA

Fernanda Pereira pesquisa sobre álgebra e pretende fazer pós-doutorado no exterior. Ela foi aprovada em concurso público aos 28 anos.

Fernanda Pereira, de 31 anos, estudou a vida inteira em escolas públicas de Birigui, município de São Paulo próximo a Mato Grosso do Sul. No fim do ensino médio, ela se matriculou em um cursinho comunitário, voltado para estudantes de baixa renda. Seu currículo, desde então, é longo: ela se formou em matemática no Unesp, emendou o mestrado e o doutorado na mesma disciplina na Unicamp e, aos 28 anos, começou a dar aula no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP).

Seu pai, eletricista, e sua mãe, dona de casa, não tinham condições financeiras de pagar as mensalidades de uma escola particular. Para tentar cobrir as defasagens do ensino público, Fernanda procurou um cursinho pré-vestibular. “Era bem baratinho, com aulas à tarde. De manhã, eu ia para a escola, e à noite, ficava estudando em casa”, conta.

O resultado veio logo no fim do ensino médio: ela foi aprovada em matemática na Unesp, em 2004. “No primeiro ano, senti um pouco a dificuldade de ter estudado em escola pública. Mas corri atrás por conta própria dos tópicos que ainda não tinha aprendido no colégio. Depois, foi tranquilo e uma coisa foi puxando a outra”, diz Fernanda.

Desde o primeiro ano da universidade, ela fez iniciação científica, porque era exigência para manter a bolsa de assistência a alunos de baixa renda. Ela, até então, não tinha conhecimento do que era a pesquisa acadêmica. Quatro anos depois, quando estava terminando a graduação, decidiu se aprofundar em álgebra, uma sub-área da matemática pura – campo mais abstrato, que busca desenvolver teorias, e não aplicações práticas.

Mais uma vez, o resultado foi imediato: Fernanda saiu da graduação direto para o mestrado na Unicamp, também com bolsa de estudos para pesquisadores, e emendou com o doutorado, na mesma instituição. “Meu orientador sugeriu que eu tivesse uma experiência internacional e colaborasse com algum pesquisador. Consegui uma bolsa Fapesp (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) para passar seis meses em Paris, pesquisando com um dos maiores nomes da área, o professor David Hernandez”, diz.

Fernanda considerou a experiência na Université Paris Diderot enriquecedora academicamente. “Aprimorei minhas técnicas e meu trabalho evoluiu bastante”, diz. No fim do doutorado, ela se inscreveu em um concurso público para disputar uma das três vagas de professor no ITA. “Eu ainda não tinha me formado, mas a lei naquele ano permitia que não-doutores se candidatassem. Disputei com pessoas mais velhas e fui aprovada em segundo lugar”, conta.

Mulheres no ITA

Desde então, ela faz parte da pequena parcela de professoras mulheres ITA: de 191 docentes, 29 são do sexo feminino – aproximadamente 15%. Ela percebe que, conforme avança na vida profissional de pesquisadora, a desproporção entre homens e mulheres aumenta. Uma das razões apontadas por Fernanda é a ideia de que cuidar dos filhos e do lar é apenas dever das mães.

“Isso dificulta a evolução da carreira”, afirma. No setor privado, de acordo com ela, existe a desconfiança de que, ao contratar uma mulher, a dedicação ao emprego será menor: “Acham que vamos tirar licença-maternidade, por exemplo”.

 Apesar de não ter sido ofendida explicitamente por ser mulher, Fernanda conta que sente dificuldade em ser ouvida na universidade. “Tento impor as opiniões e tomar iniciativas para mudanças. Mas nem sempre elas são acolhidas. Não sei se é pelo fato de eu ser mulher ou de eu ser nova. Minhas opiniões não são muito levadas em conta, apesar de eu ser bem tratada”, afirma.

No ITA, as meninas não são minoria só entre os professores. Na 1ª chamada do vestibular 2017, foram 110 candidatos convocados: 99 meninos e 11 meninas. Fernanda percebe que, em geral, existe a visão de que as garotas são menos preparadas e menos capazes. “Diante do ar de superioridade dos colegas, elas costumam se unir mais”, conta.

Para a professora, o principal fator que afasta as alunas e as professoras das universidades de ciência é a educação na infância. “Não somos incentivadas a conhecer jogos de lógica, por exemplo, por conta de uma cultura machista que atribui que meninas brinquem apenas com casinha”, diz.

Filhos

Fernanda é mãe de Julia, de 2 anos e 4 meses, e está prestes a dar à luz Lucas. Ao educar a filha, ela busca não fazer distinção entre “brincadeira de menino” e “brincadeira de menina”. “É natural da criança pequena gostar de casinha, porque quer imitar o que vê à volta. A Julia adora. Mas incentivo o outro lado também: jogos e carrinhos, por exemplo”, conta.

O desafio maior, segundo ela, virá com o nascimento do bebê. Ela pretende criá-lo da mesma maneira. “É mais difícil criar um menino não machista do que uma menina que não se intimide. Com as garotas, a gente pode ensinar que elas devem fazer o que quiserem. Com os garotos, a questão é lutar contra um sistema. Se alguém vir que ele está brincando com panela, vai criticar. Mas estou me preparando e vou dar a ele o brinquedo que não ganhar dos outros. Meus filhos terão as mesmas obrigações e os mesmos direitos”, diz.

Casamento

Fernanda é casada com Luís Felipe Bueno, professor de matemática aplicada na Unifesp, também em São José dos Campos. Ele enaltece a carreira da companheira: “Ela foi a primeira da família a fazer universidade pública. Foi uma das melhores alunas desde o começo do curso, mesmo tendo uma base fraca. Após a separação dos pais, ajudou a mãe a se colocar no mercado de trabalho e virar auxiliar de cozinha no Sesi”, conta Bueno.

Luís Felipe compara sua trajetória com a de Fernanda. “Eu também dou aula em universidade pública, mas estudei em um dos melhores colégios do Brasil e venho de uma família em que era natural ir para o ensino superior. Por isso, admiro muito minha mulher. Ela me mostra que precisamos dar oportunidades a todos”, diz.

O plano do casal é aguardar cerca de dois anos, quando Lucas e Julia estarão maiores, para fazer um pós-doutorado no exterior. “Vamos tentar ir todo mundo junto. Queria ter filhos nova, tinha a vontade de ser mãe, mas queria estar empregada para ter segurança. Consegui realizar isso”, conclui Fernanda.

 

PORTAL CAMPO GRANDE NEWS


Força Aérea inicia operação contra o tráfico com aeronaves de guerra


Dois meses após o Governo de Mato Grosso do Sul pedir oficialmente um aumento no número de militares nas áreas de fronteira com Paraguai e Bolívia, a Força Aérea Brasileira (FAB) iniciou nesta semana o início de uma operação específica que irá usar aeronaves de guerra para coibir principalmente vôos clandestinos que entrem no País e possam estar ligados ao tráfico de drogas.

A Operação Ostium, como foi batizada, atuará no Estado principalmente nas cidades de Dourados e Corumbá (a 233km e 419km de Campo Grande, respectivamente). Segundo o Ministério da Defesa, a expectativa é que as atividades durem até o final do ano.

As ações serão coordenadas a partir do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), localizado em Brasília (DF), e fazem parte do Programa de Proteção Integrada de Fronteiras (PPIF), desenvolvido pelo Ministério da Defesa.

“Queremos, durante todo o período, impedir a ocorrência de ilícitos pelo meio aéreo. É uma resposta a uma questão de extrema importância para todo o país”, disse o major-brigadeiro do ar Ricardo Cesar Mangrich, Chefe do Estado-Maior Conjunto da Comae.

Estarão à disposição só em Mato Grosso do Sul aeronaves como o helicóptero "falcão negro", famoso pela atuação em territórios de guerra, além de novos caças recentemente comprados pela União.

Além das cidades sul-mato-grossenses, locais como Chapecó (SC) e Cascavel e Foz do Iguaçu (PR) também receberão reforço na vigilância aérea.

Em nota, a FAB informou que o serviço de alerta da área de fronteira permanecerá ativado 24 horas e que a atuação será imediata caso os radares da defesa aérea do País localizados nessas cidades sejam ativados. Caso haja necessidade, as aeronaves estão autorizadas a abater os suspeitos em áreas não populosas.

Defesa – Desde fevereiro que o Governo Estadual tem a palavra do ministro da Defesa Raul Jungmann de que são planejadas operações específicas com as Forças Armadas para coibir a entrada de armas e drogas que abasteceriam, principalmente, as facções criminosas na região Sudeste.

Maior participação federal no controle das fronteiras é uma das bandeiras mais reivindicadas pelo secretário sul-mato-grossense de Segurança Pública, José Carlos Barbosa, e alvo de um encontro com os responsáveis pela segurança dos vizinhos Mato Grosso e Paraná na última semana.

A criação de núcleos conjuntos para reivindicações faz parte de um Plano Nacional de Segurança Pública anunciado pelo presidente Michel Temer (PMDB). Barrar a entrada de drogas e armas é apontado pelo pacto como uma forma de enfraquecer as facções criminosas e encerrar a série de rebeliões nos presídios brasileiros que já deixou mais de 130 pessoas mortas desde o início do ano. O Estado teve quatro vítimas fatais em suas penitenciárias.

“É uma unanimidade que o Brasil abriu suas fronteiras, relegou aos estados a responsabilidade da segurança. E não há como combater o crime organizado sem reforçar a fronteira. Temos muitos aspectos culturais positivos com os vizinhos, mas há o lado negativo, da entrada de drogas e armas”, disse Barbosa.

Segundo dados da secretaria, o Estado tem hoje cerca de 7,5 mil presos por tráfico, número 394% maior que em 2006. "O Brasil não produz maconha em grande escala, cocaína. Tráfico é um crime transnacional. E seus preços custam R$ 126 milhões por ano ao Estado. O governo federal tem que arcar com esse gasto. Precisamos de mais recurso e menos discurso", afirmou o secretário.

Mato Grosso do Sul já iniciou o compartilhamento de seus dados de segurança com os estados vizinhos e não está descartada a participação deles nas operações que estão sendo planejadas em conjunto.

Além da ampliação da presença das Forças Armadas, a União promete melhorar o Sisfron (Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteira). Em visita a Dourados (233km de Campo Grande), em janeiro, Jungmann prometeu investimentos de até R$ 470 milhões no sistema neste ano.

Na ocasião, o ministro também falou sobre a presença das Forças Armadas na fronteira de Mato Grosso do Sul. Conforme Jungmann, "quando houver determinação e recurso, o exército estará pronto para atender determinação e ocupar as fronteiras."

 

PORTAL DEFESANET


FT Sistemas lança FT-200FH - Veículo Aéreo Não Tripulado

FT Sistemas lança FT-200FH - Veículo Aéreo Não Tripulado - na LAAD?Defense & Security 2017, no Rio de Janeiro

São José dos Campos, 13 de março de 2017 – A FT Sistemas, empresa brasileira pioneira no segmento de VANTs (Veículos Aéreos Não Tripulados), lançará na terça-feira, dia 4 de abril, às 16 horas, no Rio de Janeiro, durante a mais importante feira de Defesa e Segurança da América Latina (LAAD Defense & Security 2017), a aeronave FT-200FH. 

A principal característica do produto é a configuração de rotores intermesh. O novo VANT, tem capacidade de transporte de carga útil, autonomia e alcance que atendem a situações de campo que requerem demandas específicas de maior versatilidade e facilidade operacional.

Após quatro anos dedicados ao projeto de desenvolvimento tecnológico, com investimentos que ultrapassam R$ 9 milhões, a FT Sistemas, tradicional parceira das Forças Armadas Brasileiras na pesquisa, inovação, fornecimento, operação e suporte logístico de Veículos Aéreos Não Tripulados (VANTs), apresentará o FT-200FH, projetado para aplicações Duais, podendo ser utilizado para cumprir missões de Defesa, Segurança Pública, bem como variadas aplicações para o mercado civil, como no agronegócio e infraestrutura. O helicóptero não tripulado tem alcance de 100 quilômetros e autonomia de mais de 10 horas de voo, podendo transportar até 50kg de carga útil.

O uso de VANTs na segurança pública e nas forças armadas é fundamental no combate às organizações criminosas que atuam tanto nos centros urbanos como nas áreas de floresta, fronteiras, rios e mar. A tecnologia embarcada no FT-200FH permite mais rapidez e confiabilidade na coleta de dados, precisão e eficiência para tomada de decisão.

O FT-200FH reúne as mais avançadas tecnologias em aeronáutica, micromecânica, sistemas propulsivos e sensores embarcados de alta performance, possuindo exclusivo sistema de navegação, pilotagem automática e sistemas de contingências, resultado da tecnologia que a FT Sistemas vem desenvolvendo nos últimos 10 anos para atendimento aos requisitos das Forças Armadas Brasileiras e de clientes privados.

“O desenvolvimento de projetos mais ambiciosos e tecnológicos como o FT-200FH é possível com o apoio do Ministério de Defesa. Além de ser o principal apoiador, o MD é uma vitrine importante para outras organizações, como as forças de segurança pública de estados e municípios, e para o mercado internacional. Temos a perspectiva de comercializar o VANT em países do Norte da África, Oriente Médio e nos Estados Unidos”, afirma Nei Brasil, CEO da FT Sistemas. “Como um veículo versátil, o FT-200FH pode operar em diversos setores, como a indústria, a agroindústria e o setor elétrico”, completa.

Em sua 11ª edição, a LAAD Defence & Security será realizada de 4 a 7 de abril, no Riocentro, Zona Oeste do Rio de Janeiro. O evento reunirá cerca de 600 expositores de todo o mundo, além de receber 195 delegações oficiais provenientes de 85 países com destaque para Ministros de Defesa e autoridades de alta patente das Forças Armadas da América Latina, que participam de reuniões com as empresas expositoras e também de encontros bilaterais com autoridades brasileiras.

Sobre a FT Sistemas

Fundada em 2005, a FT desenvolve VANTs Táticos Leves, entre os quais se destacam as aeronaves modelo FT-100 que recentemente foram utilizadas para operações militares nos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. A empresa, com sede em São José dos Campos (SP), participante dos principais programas e projetos brasileiros de Aeronaves Remotamente Pilotadas, investe em sistemas integrados de inteligência baseados em VANTs, atuando nos mercados de Defesa, Segurança, Infraestrutura, Agronegócio e Meio Ambiente. Em 2013, a FT foi homologada pelo MD como uma Empresa Estratégica de Defesa-EED e em 2015 recebeu investimento do FIP Aeroespacial (BNDES, DESENVOLVE SP, EMBRAER e FINEP).

Serviço:

Lançamento do VANT FT-200FH
FT Sistemas
Data: 4 de abril de 2017
Horário: 16h
Estande G-26 Pavilhão 4
LAAD Defence & Security
Riocentro – Avenida Salvador Allende, 6555
Barra da Tijuca – Rio de Janeiro - RJ
Exposição: até 7 de abril

 

PORTAL BAND


Antineblina do aeroporto ficará desligado por 60 dias

De acordo com a Aeronáutica, o ILS-2 do Salgado Filho precisa receber uma proteção feita de alvenaria ou contêiner

Devido a uma obra que começa nesta quarta-feira, o aparelho antineblina do aeroporto Salgado Filho ficará desligado por cerca de 60 dias. De acordo com a Aeronáutica, responsável pela mudança, o ILS-2 precisa receber uma proteção, chamada shelter – espécie de abrigo feito de alvenaria ou contêiner – que possa se desmanchar mais facilmente no caso de uma colisão com uma aeronave. Até então, o shelter que existia era resistente e poderia se tornar um obstáculo para um avião.

Além da medida para evitar um acidente desse tipo, o equipamento, localizado na lateral da pista, será realocado. A Infraero já fez a sua parte no trabalho. Desde fevereiro, realizava a terraplanagem da área. Agora, o serviço está concluído, informou o órgão.

A Aeronáutica reforçou que a suspensão do ILS-2 em nada afetará o pouso e decolagem de aviões, até porque o período em que isso acontecerá não é marcado por neblina. “É importante ressaltar que o período para a realização da obra foi escolhido em função da boa estabilidade meteorológica, de forma reduzir ao máximo o impacto no movimento de aeronaves do aeroporto”, afirmou a assessoria de imprensa da instituição militar.

 

PORTAL AIRWAY


Mais quatro aeroportos vão a leilão nesta quinta-feira (16)

Juntos, terminais de Salvador, Porto Alegre, Fortaleza e Florianópolis movimentaram 24 milhões de passageiros em 2016

Ricardo Meier |

Enquanto as ‘joias da coroa’ têm seu futuro indefinido (Congonhas e Santos Dumont), a Infraero verá quatro de seus principais aeroportos leiloados para a iniciativa privada na próxima quinta-feira (16). São os terminais de Salvador (8º mais movimento do Brasil no ano passado), Porto Alegre (9º), Fortaleza (12º) e Florianópolis (13º), que deverão render ao menos R$ 3 bilhões para o governo federal, valor mínimo do lance para os quatro aeroportos.

É uma realidade bem diferente dos dois primeiros leilões, que incluíram os maiores aeroportos brasileiros em área e movimento internacional (Guarulhos e Galeão). Na época, as projeções de receita eram extremamente otimistas e os consórcios vencedores tinham ao menos uma empresa envolvida da operação Lava Jato. O resultado foram valores de outorga tão altos que hoje, com a recessão, as concessionárias resolveram suspender ou parcelar os pagamentos – além de pedirem a revisão do contrato.

Nos quatro novos aeroportos, a situação é bem distinta. Menores e sem grandes perspectivas de receita, devem ter menos concorrentes e ofertas mais baixas. Os mais atraentes na visão do governo são Fortaleza e Salvador, isso porque ambos têm um bom tráfego de turismo e são mais próximos da Europa e Estados Unidos. Ou seja, a expectativa é que os vencedores os transformem em hubs internacionais para a região Nordeste. Enquanto o aeroporto Luís Eduardo Magalhães (Salvador) tem lance mínimo de R$ 1,240 bilhão o Pinto Martins (Fortaleza) tem pedida inicial de R$ 1,440 bilhão.

Os outros dois aeroportos, localizados na região Sul, possuem lances bastante baixos. O Salgado Filho (Porto Alegre) tem lance inicial de R$ 123 milhões enquanto o Hercílio Luz (Florianópolis) parte de R$ 211 milhões. O prazo de concessão é de 30 anos com exceção de Porto Alegre (25 anos), ou seja, os vencedores deverão operar esses aeroportos até 2042 e 2047.

Na visão do governo federal, nessa época Florianópolis deverá movimentar 13,9 milhões de passageiros, 276% a mais do que hoje. Porto Alegre, após 25 anos, chegará à 22,84 milhões de passageiros/ano, um crescimento de 17,2%. Maior tráfego deverá ser visto tanto em Fortaleza (29,2 milhões, crescimento de 363%) e Salvador: 36,9 milhões (310%), quase o mesmo que Guarulhos, o maior aeroporto brasileiro.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, apenas quatro grupos devem participar da concorrência. São eles o Fraport, da Alemanha, o Vinci, francês, a Inframerica (operadora de Brasília e São Gonçalo do Amarante, em Natal) e Avialliance, também da Alemanha. Ao contrários dos outros dois leilões, as grandes construtoras brasileiras não devem fazer parte de nenhum deles.

Aeroporto Luís Eduardo Magalhães (Salvador)

Investimento mínimo: R$ 2,35 bilhões.

Fase 1B: ampliação do terminal de passageiros e estacionamento (1.630 vagas), ampliação do pátio de aeronaves com 17 pontes de embarque e 10 posições remotas.

Fase 1C: ampliação do terminal de passageiros e estacionamento (2.010 vagas), ampliação do pátio de aeronaves com 19 pontes de embarque e 8 posições remotas, construção de nova pista de pouso e decolagem com 2.160 metros.

Uma das portas de entrada de turistas internacionais no Brasil, o aeroporto de Salvador é atualmente o de pior avaliação do público, segundo pesquisa da ANAC. Não é só: o terminal foi o segundo que mais perdeu passageiros no ano passado, só ficando à frente de Manaus.

Aeroporto Pinto Martins (Fortaleza)

Investimento mínimo: R$ 1,401 bilhão

Fase 1B: ampliação do terminal de passageiros e ampliação do pátio de aeronaves com 12 pontes de embarque e 5 posições remotas.

Fase 1C: ampliação do terminal de passageiros, ampliação do pátio de aeronaves com 14 pontes de embarque e 7 posições remotas e ampliação a pista de pouso e decolagem opara 2.755 metros.

Durante a Copa do Mundo de 2014, o aeroporto de Fortaleza simbolizou o descaso com as obras públicas no Brasil. Um novo terminal, contíguo ao atual, deveria ter sido construído a tempo do evento de futebol, mas apenas um enorme canteiro de obras restou de uma licitação mal conduzida pelo governo. É esse o ‘legado’ que o operador privado assumirá no dia 16.

Aeroporto Salgado Filho (Porto Alegre)

Investimento mínimo: R$ 1,902 bilhão

Ampliação do terminal de passageiros e estacionamento (4.300 vagas), ampliação do pátio de aeronaves com 14 pontes de embarque e 8 posições remotas e ampliação da pista de pouso e decolagem para 3.200 metros.

O aeroporto Salgado Filho será leiloado sem que as polêmicas que o envolvem sejam resolvidas. Até não muito tempo, a intenção era que Porto Alegre ganhasse outro aeroporto já que o atual terminal está espremido dentro da cidade. Mesmo com a construção do atual terminal, inaugurado em 2001, nove anos depois o velho terminal foi reativado.

Aeroporto Hercílio Luz (Florianópolis)

Investimento mínimo: R$ 960,7 milhões.

Construção de novo terminal de passageiros com novo estacionamento (2.530 vagas), ampliação do pátio de aeronaves com 10 pontes de embarque e 6 posições remotas, ampliação da pista de pouso e decolagem com 2.400 metros e construção de pista de táxi paralela à pista com ligação direta em suas cabeceiras.

O Hercílio Luz é o aeroporto mais precário dos quatro a serem leiloados. É o único entre os maiores terminais brasileiros a não ter um terminal novo e com pontes de embarque. A obra, inclusive, chegou a ser licitada pela Infraero, mas não saiu do papel.

 

OUTRAS MÍDIAS


REVISTA ENCONTRO


Tirolesa fechada, agora, por causa da febre amarela

Inaugurado no fim de 2016, a tirolesa instalada entre o mirante e o Parque das Mangabeiras não está tendo sorte. Dia 16 de janeiro, os saltos tiveram que ser paralisados, já que o equipamento necessitava de sinalização especial, exigida pelo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta).

De acordo com a Aeronáutica, o local foi regularizado dia 24 de fevereiro, às vésperas do Carnaval. Contudo, no dia anterior a maior área verde de BH havia sido interditada por risco de transmissão da febre amarela. A interdição segue por tempo indeterminado, segundo a Fundação de Parques Municipais.

Trata-se da maior tirolesa em extensão do estado, com 800 metros e velocidade que pode chegar a 100 Km/h. O trajeto começa no Mirante do Mangabeiras e termina na Praça de Esportes do Parque das Mangabeiras. O vão da torre até a chegada terá 70 metros de altura – da torre até o parque. Os aventureiros que tinha agendado os saltos antes da paralisação receberam o dinheiro de volta.

 

JORNAL DIA A DIA (MS)


MULHERES NA AVIAÇÃO É TEMA DE DEBATE NO RIO DE JANEIRO

Pela primeira vez no Brasil o Women in Aviation é parte do IBAS – International Brazil Air Show

Ray Santos

Durante décadas, o setor da aviação foi um segmento exclusivamente ocupado por homens, oferecendo pouca, ou nenhuma, oportunidade para as mulheres, que eram vistas apenas emfunções administrativas e de atendimento.

Com o passar do tempo, a participação feminina cresceu, não apenas no setor de aviação como em diversas outras áreas econômicas. Apesar das mulheres terem alcançado muito espaço na aviação, no Brasil elas ocupam apenas 1,88% dos assentos de comandantes e de copiloto e representam apenas 0,8% de todas as licenças válidas atualmente em comparação com os homens, segundo dados da ANAC.

Para debater este tema e evidenciar a importância de mudanças no cenário, o IBAS – International Brazil Air Show, traz ao Brasil um workshop inteiramente dedicado ao assunto. O Women In Aviation acontecerá dia 29 de e trará painéis dedicados a discussões para estimular a participação de mulheres no setor, as oportunidades e possibilidades de contribuir.

O principal apoiador é a Womenin Aviation International (WAI), uma organização sem fins lucrativos que visa auxiliar e preparar mulheres para entrar na indústria da aviação, além de promover conhecimento público sobre as realizações e contribuições das mulheres na aviação.

“A WAI tem o orgulho de oferecer apoio institucional a esse primeiro evento internacional para reunir os setores aeroespacial e aeroportuário do Brasil. Esperamos que nossos programas de networking e tutoria inspirem mais mulheres a perseguir seus sonhos de ter uma carreira na aviação” afirma a Dr. Peggy Chabrian, Presidente da WAI.

A organização oferece parcerias, bolsas de estudo, notícias especializadas e convenções anuais para seus membros, além de possuir diversos capítulos espalhados pelo mundo para dar apoio às suas participantes.

“Nós felicitamos a criação do capítulo WAI Brasil, nosso primeiro capítulo na América do Sul. Com sede no Rio, o capítulo oferecerá inúmeras oportunidades para que as mulheres locais da aviação de todas as idades se conectem e se relacionem entre si e façam parte do nosso maior grupo internacional de 14.500 pessoas ” continua a Dra. Peggy Chabrian.

“Fazer parte das atividades da Women in Aviation neste primeiro evento do IBAS é uma ótima oportunidade para compartilhar informações sobre os benefícios de ser um membro da WAI. Nosso objetivo é ajudar a educar as mulheres no Brasil e na América Latina sobre o vasto número de oportunidades de carreira na aviação e oferecer nossos recursos que a WAI vem fornecendo aos nossos membros desde que formalmente estabelecida em 1994 como uma organização sem fins lucrativos. ”completa Dra. Peggy.

IMPORTÂNCIA DO DEBATE

Mundialmente, o ativismo feminino tem ganhado contornos significativos. São diversas frentes em destaque que lutam por direitos e igualdade em variados setores, desde educação até o mercado de trabalho.

Como a primeira Secretária-Geral da International Civil AviationOrganization (ICAO), a Dra. Fang Liu reforça este importante momento. “ A igualdade de gênero é um objetivo que é importante para mim pessoalmente, e ressalto que isso é algo que as Nações Unidas estão buscando em todo o seu sistema e em todo o mundo. Isto foi formalizado no âmbito do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5, como parte dos nossos esforços da Agenda 2030 da ONU”.

A copiloto Patricia Ramanauskas da Azul Linhas Aéreas que começou sua carreira aos 16 anos, sabe o quão difícil ainda é galgar posições tidas como tipicamente masculinas. “Antigamente o preconceito era bem maior, mas ele ainda continua latente. Já vivi episódiosque minha competência foi colocada em cheque por ser mulher e por ser relativamente nova”, conta. “Mas vejo com bons olhos o futuro das mulheres na aviação, aos poucos temos conquistado espaço e respeito”, completa.

Histórias como a de Patricia Ramanauskas evidenciam a urgência de ações de conscientização. Para dra. Fang Liu, “Estratégias e ações concretas precisam ser tomadas por governos, organizações internacionais, bem como reguladores e operadores de companhias aéreas e aeroportuárias. Como primeira Secretária-Geral da ICAO, serei guiada por esta Resolução e assegurarei que a nossa Organização tome medidas concretas para melhorar a igualdade de gênero internamente e a nível mundial”.

O workshop Women in Aviaton acontece no dia 29 de março das 14h às 16h:30 como parte da programação do International Brazil Air Show – IBAS.

SERVIÇO:

International Brazil Air Show (IBAS)

www.internationalbrazilairshow.com.br

Data: 29 de março a 2 de abril de 2017
29 a 31 de março (quarta a sexta-feira)
FEIRA: das 12h às 20h | SEMINÁRIOS: das 09h às 19h
01 e 02 DE ABRIL (sábado e domingo): das 10h às 18h

Local: Aeroporto Internacional Tom Jobim / Rio de Janeiro

 

FORÇA MILITAR


Brasil poderá ter acesso a sinal de GPS militar

Pesquisas na área já são desenvolvidas no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA)

O sucesso das operações aéreas militares em tempos modernos envolve dois conceitos em sistema GPS: localização precisa e proteção às informações. Esse é o tema de um estudo conduzido por cerca de três anos no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), em São José dos Campos (SP).

O Brasil poderá receber essa tecnologia desenvolvida pelos Estados Unidos. No entanto, é preciso aguardar o nome ser incluído na lista de países elegíveis para acesso ao GPS militar, do tipo PPS (Precision Positioning System).

Enquanto isso, o Estado-Maior da Aeronáutica criou um grupo de trabalho para analisar oportunidades e ameaças do uso desse sinal nas aeronaves da Força Aérea Brasileira (FAB). As pesquisas do ITA integram o parecer sobre o assunto.

De acordo com o Coronel Aviador Lester de Abreu Faria, especialista da Divisão de Projetos do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), “o GPS de uso militar oferece mais robustez ao sistema usado atualmente. Isso se deve à precisão na condução de aeronaves e mísseis até o alvo e, principalmente, na criptografia de dados, o que evita interferências ilícitas”.

Ele afirma que o GPS tornou-se essencial para aplicações civis e militares. O uso em aeronaves de combate é voltado para localização, navegação e sincronização de tempo. No entanto, características de transparência e previsibilidade dos sinais de GPS civis os tornam fáceis de imitar e de falsificar. Por isso, “a criptografia prevista no sistema de uso militar é tão oportuna contra possíveis fraudes do inimigo”, defende.

Além de superar os requisitos de precisão, continuidade, disponibilidade e integridade dos sistemas GPS civis, “as principais vantagens do GPS militar são o uso de contramedidas eletrônicas e uma visão prospectiva do cenário operacional futuro”, destaca o Coronel Lester.

Os estudos – alguns já consagrados em artigos científicos – são fruto do Curso de Especialização em Análise de Ambiente Eletromagnético, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), realizado por pilotos de esquadrão que se tornam peritos em guerra eletrônica.