Um mistério de 40 anos começou, enfim, a ser respondido no Rio Grande do Sul. Em 28 de julho de 1982, um caça da Força Aérea Brasileira (FAB) pilotado pelo tenente aviador Edson Luiz Chiapetta Macedo desapareceu na Lagoa dos Patos, ao sul de Porto Alegre, durante um treinamento militar. A história, que nunca teve respostas concretas desde então, ganhou materialidade quando uma peça foi "pescada" na laguna.
Após uma operação militar de quatro dias, entre 7 e 10 de setembro, a Aeronáutica confirmou: os destroços encontrados eram mesmo do caça F5E Tiger II, o FAB 4831.
"Foi possível recolher todos os destroços que foram mapeados, nos dando a certeza de pertencerem à aeronave desaparecida há 40 anos", diz o comandante do 5º Comando Aéreo Regional (Comar), major-brigadeiro do ar Marcelo Fornasiari Rivero.

Pescaria e mapeamento
A localização dos restos do avião foi possível graças ao trabalho do velejador e piloto de linha aérea Cristian Yanzer, de 44 anos. "Eu ouvia falar quando ia pescar com o meu pai naquela região. Como eu queria ser piloto de caça, essa história sempre ficou na minha cabeça", conta.

Já adulto, quando se tornou velejador, começou a investigar e a trocar informações com moradores da região. Foi por meio de um deles que Cristian teve sinais concretos de que poderia encontrar o caça. O pescador Josoé Ortiz, de Palmares do Sul, cidade do Litoral Norte a 90 km de Porto Alegre, viu uma peça prender na sua rede. O homem contatou o piloto, que resolveu ir até o local em meados de agosto.
"Eu fui lá, ele me mostrou onde era o local e eu fiz a sondagem. [Eram] vários pedaços pequenos, alguns grandes. Imediatamente, eu entrei em contato com o 5º Comar", afirma Cristian.
O veleiro do piloto, batizado de "Vikyng", é equipado com um sistema de sonar utilizado para busca e detecção de objetos embaixo d’água. Só que, além das imagens, ele conseguiu algo mais.
"Eu fui lá para fazer a imagem e acabei conseguindo, sem querer, puxar um pedaço grande. Era uma seção de um dos motores. Realmente, confirmou a história. Já não tínhamos nenhuma dúvida", relata.

Buscas
Com as autoridades militares informadas, uma operação de buscas teve início no dia 7 de setembro. As equipes saíram em direção à Itapuã, onde o Guaíba desagua na Lagoa dos Patos. "Antes de iniciarmos a missão, fizemos briefings sobre os aspectos técnicos da aeronave F-5, sobre o local dos destroços, além da definição dos procedimentos de busca", explica o chefe da Assessoria de Segurança de Voo da Base Aérea de Canoas, major Aviador Cyríaco Bernardino Duarte de Almeida Brandão Júnior.
O avião foi, então, localizado a uma profundidade de 7,5 metros. Os destroços estavam em uma região da laguna mais distante da costa, ao sul de Viamão e Porto Alegre.
"Foi uma grande surpresa, embora já vinha procurando há muito tempo. Foi crucial o acaso do pescador encontrar os pequenos pedaços", diz Cristian.
No local, foram encontrados motores, trem de pouso, canhão, pilones, pedaços da fuselagem, fragmentos das asas, entre outros componentes do caça.

Piloto desaparecido
O então tenente Edson Luiz Chiapetta Macedo foi promovido, após a morte, ao posto de major. Segundo a FAB, a medida se deu para expressar o reconhecimento ao militar morto no cumprimento do dever ou em consequência disto.

Para Cristian Yanzer, o trabalho na localização do avião pode servir de alento para a família do piloto, que ainda não teve o corpo encontrado.
"A família pôde, finalmente, descansar. Porque, durante todos esses anos, eles não haviam tido informações. Hoje a família tem a certeza de que ele morreu no efetivo cumprimento da missão", fala.
A FAB contou com o apoio da Marinha do Brasil e do Corpo de Bombeiros Militar do RS nas buscas.

Policiais Rodoviários Federais participaram na manhã de hoje (13), em Salvador (BA), de uma palestra sobre UAS (Unmanned Aircraft Systems - em português, Sistemas de Aeronaves Não- Tripuladas), conhecidas popularmente como drones.

A atividade foi promovida pela Seção de Sistema de Aeronave Não Tripulada (OTUA) do Terceiro Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA III), e teve por objetivo estreitar os laços entre as instituições envolvidas de modo a viabilizar o intercâmbio de informações relacionadas às estruturas, às estratégias e ao emprego dos Sistemas de Aeronaves Não Tripuladas em suas respectivas áreas de atuação.

O evento aconteceu no auditório do Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Salvador (DTCEA-SV) e durante a palestra foram tratados assuntos relacionados a operação de drones em ações de segurança pública, bem como foram disseminados conceitos da cultura aeronáutica, controle do espaço aéreo, seus regulamentos, instruções e normas, que os operadores devem conhecer e seguir.

Além da PRF, estiveram presentes representantes de diversas instituições. A ideia é formar multiplicadores na Difusão da Doutrina UAS.

A Esquadrilha da Fumaça anunciou mais datas de apresentações. A primeira dela acontecerá no próximo dia 18, na base aérea de Brasília, às 16h, durante evento portões-abertos.
Na sequência, nos dias 24 e 25, a Esquadrilha da Fumaça fará demonstrações no Museu Aeroespacial (Musal), na base aérea dos Campos dos Afonsos, no Rio de Janeiro.
O grupo vem realizando uma extensa agenda de apresentações pelo Brasil, em alusão ao Bicentenário da Independência, além de atender a demandas locais, como aniversário de cidades ou eventos importantes do calendário nacional.

A demonstrações do Bicentenário começaram na capital baiana, Salvador, no dia 25 de agosto. Depois o time seguiu para Teresina, no Piauí; Fortaleza, no Ceará; Natal, no Rio Grande do Norte e, por fim fechando o nordeste brasileiro, os Super Tucanos passaram pelas cidades de Caruaru e Recife, ambos em Pernambuco.
No dia 3 de setembro foi a vez de Palmas, no Tocantins, receber a Esquadrilha. O grupo seguiu para os shows de maior destaque do Bicentenário, voando em Brasília e Rio de Janeiro, no dia 7 de Setembro.
Em Brasília os sete A-29 abriram o desfile cívico-militar realizando dois rasantes sobre a Esplanada dos Minsitérios. O destaque foi a fumaça nas cores da bandeira nacional, novidade com os Super Tucanos.
Na parte da tarde, a Esquadrilha seguiu para o Rio de Janeiro, onde realizou uma apresentação na praia de Copacabana, incluindo a realização de uma manobra inédita. Por fim, no dia 9, a cidade de Aparecida de Goiânia, em Goiás, encerrou a lista de apresentações ligadas a independência.

Uma réplica em tamanho real do caça Saab F-39 Gripen, novo caça da Força Aérea Brasileira (FAB), será exposta em Porto Alegre (RS) neste mês. A maquete estará em exposição em um shopping da capital.

A réplica do Saab Gripen já esteve em exposições em cidades como Brasília (DF), Rio Branco (AC), Ribeirão Preto (SP) e Rio de Janeiro (RJ), mas esta será a primeira vez que o modelo “pousa” em Porto Alegre. 

A informação foi confirmada ao portal AEROFLAP nesta terça-feira (13) por um oficial da FAB e a assessoria do BarraShoppingSul, onde a réplica do jato de combate será exposta ao público. Tanto a FAB quanto o shopping confirmaram ao portal que o Gripen estará no espaço entre os dias 15 e 29 de setembro. 

Conforme o militar nos contou, a exposição ocorre nos mesmos horários de funcionamento do shopping. A ideia é apresentar para a população os detalhes do mais novo avião de caça da FAB, inclusive com visitas ao cockpit (cabine) da réplica. 

Em Porto Alegre está localizada a AEL Sistemas, companhia responsável pelo desenvolvimento dos displays panorâmicos sensíveis ao toque, um dos destaques do avião. A tela de tecnologia brasileira também foi selecionada pela Força Aérea Sueca para seus próprios Gripens.

A AEL também produz o TARGO II, um capacete com display integrado que será usado pelos pilotos do Gripen. 
O Gripen foi selecionado pela FAB em 2013, superando o francês Dassault Rafale e o F/A-18 Super Hornet da Boeing. No ano seguinte o governo assinou a compra de 36 aviões, sendo 28 da versão F-39E, de um assento, e oito da variante F-39F com dois lugares.
A FAB revelou neste ano que recebeu autorização para adicionar mais quatro caças Gripen ao contrato inicial, ao mesmo tempo em que negocia um 2º lote de 26 aeronaves.
Atualmente existem três Gripens no país, sendo um para testes e dois para serviço operacional. A expectativa é de que a Força Aérea receba mais quatro F-39, fechando 2022 com seis aviões, todos operando a partir da Base Aérea de Anápolis (GO).