NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


NOTIMP 105/2018 - 14/04/2018

Publicado: 14/04/2018 - 07:43h
JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO

JORNAL O GLOBO

PORTAL UOL

REVISTA VEJA

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE

PORTAL G1

AGÊNCIA BRASIL

AGÊNCIA SENADO

PORTAL CAMPO GRANDE NEWS

PORTAL EXAME.COM

JORNAL DIÁRIO DO NORDESTE

PORTAL GLOBO.COM

OUTRAS MÍDIAS

JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Roraima pede ao STF fechamento temporário de fronteira com Venezuela

Estado pede que medida seja tomada até Brasília disponibilizar mais verbas para a questão

Talita Fernandes/ Gustavo Uribe | Publicada 13/04/18, em 14h52

Com o aumento da entrada de estrangeiros no país, a governadora de Roraima, Suely Campos, ingressou nesta sexta-feira (13) com um pedido no STF (Supremo Tribunal Federal) para que seja fechada temporariamente a fronteira com a Venezuela .

Ela alega que o ingresso de venezuelanos sobrecarregou o sistema de saúde de Boa Vista, capital de Roraima, e aumentou os índices de criminalidade. Para ela, o governo federal tem se omitido diante da explosão do fluxo migratório.

Hoje, a média de entrada de imigrantes pela cidade de Pacaraima (RR), que faz fronteira com a Venezuela, é de 500 a 700 pessoas por dia fugindo da crise econômica que assola o país Segundo o governo estadual, desde 2015, cerca de 50 mil entraram pela fronteira terrestre, o que ultrapassa 10% da população de Roraima.

No pedido, a governadora solicita o fechamento até que sejam reforçados os auxílios do governo federal para controle da fronteira e a implantação de uma barreira sanitária. Ela cobra ainda do governo federal repasse de recursos para as áreas de saúde e educação, que, segundo ela, estão sobrecarregadas.

“Além de estar prejudicado financeiramente, Roraima está de mãos atadas pois não pode controlar a fronteira nem implantar barreira sanitária, que são competências da União”, disse mais cedo Suely Campos.

Em Brasília, a governadora tratou do tema pela manhã com o ministro interino da Defesa, Joaquim Luna. Ele terá audiência nesta tarde com a presidente do STF, Cármen Lúcia.

Segundo Suely, hoje, a maior parte dos imigrantes que chegam a Roraima tem se estabelecido em praças e imóveis abandonados.

Os venezuelanos sem ensino superior têm pedido esmola, vendido doces ou lavado para-brisas nos semáforos em Boa Vista.

Na avenida Venezuela, uma das mais movimentadas da capital estadual, estrangeiros carregam placas se oferecendo para serviços de pedreiro e pintura.

No início deste mês, o governo federal iniciou processo de deslocamento de venezuelanos para São Paulo e para Mato Grosso No total, foram transferidos até o momento 266 estrangeiros, número considerado insuficiente pela governadora de Roraima.
 

 

Temer diz que proposta dos EUA de cotas para aço será examinada

Brasil está isento das cotas enquanto negocia uma solução definitiva

Publicada 13/04/18, em 20h41

O presidente Michel Temer afirmou nesta sexta-feira que o Brasil irá examinar proposta norte-americana de adotar cotas de exportação para o aço brasileiro, mas disse que não gostaria de comentar a possibilidade neste momento.

"Isso está sendo examinado pelo MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços), vamos examinar esse assunto. O que queremos é resolver a questão da tarifa muito acentuada. Essa resposta não quero dar agora", disse o Temer em Lima, onde chegou nesta sexta-feira (13) para participar da Cúpula das Américas.

Na quinta-feira, em conversa com o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, o secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, indicou que as cotas seriam o caminho mais rápido para fechar a negociação e tirar o Brasil do risco de ser sobretaxado.

O Brasil foi isentado temporariamente de tarifas de importação de aço (25%) e alumínio (10%) impostas pelos EUA no mês passado até 30 de abril. A isenção vale enquanto os países negociam uma solução definitiva.

O presidente também foi questionado sobre o andamento das discussões em torno de uma potencial aliança entre a Embraer e a Boeing, mas ele afirmou que ainda não recebeu uma nova proposta de combinação que chegou ao governo brasileiro nesta semana.

Duas fontes com conhecimento do assunto afirmaram à Reuters na véspera que a proposta para aliança das empresas chegou ao governo na terça-feira e que Temer vai avaliá-la nas próximas semanas.

 

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


COLUNA DO ESTADÃO


Andreza Matais | Publicada em 14/04/18, em 3h00

Bola nas costas

A governadora de Roraima, Suely Campos (PP), não avisou o presidente Michel Temer que entraria com ação no Supremo para pedir o fechamento da fronteira. "Não adiantaria, ele esteve lá em fevereiro e nada foi feito", reclamou.

Bronca

Sobre Temer considerar a medida "incogitável", a governadora rebateu. "É muito fácil para ele falar a distância". Segundo Suely Campos, dos 50 mil venezuelanos que entraram no Estado, o governo federal só conseguiu transferir 260 para São Paulo e MT.

 

JORNAL O GLOBO


Contra roubos de veículos, Secretaria de Segurança inicia Operação Dínamo

Forças Armadas vão às ruas no Rio, em São Gonçalo e na Baixada Fluminense

Luã Marinatto | Publicada em 14/04/18 - 0h

A Secretaria estadual de Segurança iniciou, na noite de anteontem, uma grande operação integrada com o objetivo de combater os roubos de veículos no Rio. A iniciativa contou com a participação das polícias Militar e Civil, da Polícia Rodoviária Federal, da Força Nacional de Segurança Pública e das Forças Armadas. Os agentes atuaram em patrulhamento ou baseados em pontos da Baixada Fluminense, de São Gonçalo e de diversas localidades da capital.

Atendida pela segunda delegacia com mais roubos de veículos no estado nos dois primeiros meses deste ano — foram 536 ocorrências, ou nove por dia, conforme aponta o Instituto de Segurança Pública (ISP) —, a cidade de Belford Roxo foi um dos focos da chamada Operação Dínamo. Segundo a Secretaria de Segurança, nenhum caso foi registrado na região enquanto o reforço esteve no município, contra cinco assaltos no período equivalente da semana anterior.

O mesmo aconteceu em Neves, em São Gonçalo, ainda de acordo com o balanço divulgado pela secretaria: nenhum roubo de veículo foi computado durante a vigência da operação, que prendeu um homem em um carro roubado. Na semana passada, também considerando o período equivalente, o bairro teve um caso.

A operação foi lançada na Tijuca com a presença do secretário de Segurança, general Richard Nunes; do chefe da Polícia Civil, delegado Rivaldo Barbosa; e do comandante da PM, coronel Luis Cláudio Laviano. Parte do bairro é atendido pela 18ª DP (Praça da Bandeira), uma das dez delegacias do estado com maior aumento percentual de roubos de veículo em janeiro e fevereiro de 2018 numa comparação com o primeiro bimestre do ano passado — o salto foi de 79 para 112 ocorrências (42%).

— A Operação Dínamo é um sinal claro para a sociedade que as coisas estão mudando e vão mudar cada vez mais — afirmou Richard Nunes.

A promessa é que a operação continue nas próximas semanas — “pode ocorrer em diversos períodos do dia e não tem prazo para terminar”, detalhou, em nota, a Secretaria de Segurança. As áreas com reforço no policiamento, de acordo com o órgão, serão definidas a partir de dados do ISP.

 

PORTAL UOL


Para especialista, chance de descobrir autor de áudio em voo de Lula é quase nula


Luciana Amaral | Publicado em 13/04 - 11h53

A probabilidade de se descobrir o autor das frases proferidas contra o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em voo da Polícia Federal de São Paulo para Curitiba é quase nula. A opinião é do engenheiro aeronáutico e especialista em aviação civil Adalberto Febeliano, ex-executivo da Associação Brasileira de Aviação Geral e da Azul Linhas Aéreas. 

No último sábado (7), foram registradas ofensas a Lula na transferência dele da capital paulista para Curitiba, onde está preso. O ex-presidente foi levado para a capital paranaense em avião da PF do aeroporto de Congonhas para o de Afonso Pena, em São José dos Pinhais.

Algumas das frases eram "leva e não traz nunca mais" e "manda esse lixo janela abaixo". Elas foram registradas na frequência aberta de comunicação entre as torres dos aeroportos de São Paulo e Curitiba e os pilotos do avião da PF.

Ainda não se sabe quem proferiu as frases. A FAB (Força Aérea Brasileira) confirmou a autenticidade do áudio e negou que as frases tenham sido ditas por controladores de voo, pois fogem da "fraseologia padrão" do tráfego aéreo e não há identificação prévia, como determinam as regras do setor. No áudio, é possível perceber que controladores repreendem os autores das falas. Tanto o PT quanto o PCdoB pediram que se abra investigação sobre o episódio.

Para Adalberto Febeliano, entre outros postos no setor de aviação civil, mesmo que se apure o caso, dificilmente se descobrirá o autor das declarações.

Isso porque, como de costume e como determina o procedimento de controle aéreo, a frequência de rádio utilizada estava disponível não apenas aos pilotos da PF e as torres de comando, mas também a todos os pilotos de aviões no pátio de Congonhas e de aeronaves próximas à aterrissagem no aeroporto.

"É praticamente impossível descobrir, a chance é quase nula, zero. Não dá para dizer a característica da pessoa que falou aquilo só pela voz registrada no áudio e, naquele horário, de sábado à noite, Congonhas devia ter pelo menos 15 aeronaves em solo, fora as que estavam se aproximando para aterrissar. Qualquer um dos pilotos ou copilotos pode ter entrado na frequência e ter dito aquelas frases", afirmou.

Segundo ele, ainda é possível que outra pessoa não autorizada a falar na frequência utilizada tenha se intrometido de propósito para fazer as declarações. Neste caso, a atitude pode ser configurada como crime, mas raras vezes resulta em punição, informou.

"Qualquer pessoa pode ouvir a frequência. Isso é normal e é tido como hobby por muitos. Não tem nada de errado aí. O problema é quando alguém tem um transceptor e coloca na mesma frequência da comunicação aérea e fala nela. Nesse caso, é um problema de segurança de aviação", explicou Febeliano.

Um transceptor deve ser inscrito na Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) com o registro de dados como modelo e faixa, e o dono tem de pagar uma taxa ao governo. "Pessoas contrabandeiam, mas, em geral, não transmitem. É mais raro que alguém fale. No episódio do Lula, alguém fez de propósito, se aproveitando da ocasião para fazer uma piada, uma brincadeira, ao seu ver", disse.

Na avaliação dele, de acordo com a conversa registrada entre tripulação da PF e torre de controle, o áudio foi interrompido com as frases contra Lula no momento em que o avião estava na cabeceira da pista, pronto para decolar. Apesar da interferência, Febeliano defende que não houve risco à integridade do avião da PF nem à segurança de Lula.

Procurada pelo UOL, a Polícia Federal informou, por telefone, que não se manifestará sobre as falas nem fornecerá a lista da tripulação do voo. A corporação se recusou a responder formalmente aos pedidos da reportagem por e-mail.

A Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) informou que, até esta quinta-feira (12), ainda não havia chegado ao órgão questionamentos de partidos políticos a respeito do episódio. A Anac pediu que o UOL procurasse a FAB devido às comunicações aeronáuticas serem tema de competência do Departamento de Controle do Espaço Aéreo.

A FAB reiterou que o conteúdo dos áudios gravados não comprometeu a segurança das operações aéreas em São Paulo e Curitiba, "não cabendo assim qualquer ação investigativa" por parte da instituição.

"Em ambos os casos, os controladores de tráfego aéreo agiram de acordo com as normas, orientando os usuários das frequências de rádio na ocasião. Por fim, a FAB assegura que as mensagens de conteúdo estranho à fraseologia padrão não foram emitidas pelos controladores de tráfego aéreo", informou.

 

ONU escolhe general brasileiro para chefiar sua maior operação na África


Luis Kawaguti | Publicada em 13/04/18 - 16h18

A ONU anunciou nesta sexta-feira (13) a escolha de um general brasileiro para chefiar sua maior missão de paz na República Democrática do Congo, a maior operação das Nações Unidas na África. O general Elias Rodrigues Martins Filho ocupará o cargo de comandante da força, o posto militar máximo da missão.

O anúncio ocorre na mesma semana em que o Brasil negou pedidos da ONU para enviar tropas para duas missões no continente: na República Centro-Africana e na própria República Democrática do Congo. O motivo foi a restrição orçamentária num momento em que ocorrem a intervenção federal no Rio de Janeiro e a recepção de refugiados venezuelanos em Roraima.

Em entrevista ao UOL, o general Elias Martins Filho disse que é possível que o Brasil mande um contingente de tropas ao Congo no futuro. "No momento não estamos com capacidade financeira, mas nada impede que na virada do ano mandemos um contingente. Um adoraria receber um batalhão brasileiro na República Democrática do Congo", disse.

Martins filho chefiará um força de mais de 16.500 militares da ONU de quase 50 nacionalidades diferentes. Sua missão prioritária, afirmou, será organizar eleições presidenciais em dezembro deste ano. O atual ciclo eleitoral deveria ter acontecido no fim de 2017, mas vem sendo adiado.

O presidente Joseph Kabila, que está no poder desde 2011 (apos suceder o pai na Presidência) não deve concorrer. Mas o país sofre com a ação de dezenas de milícias e grupos rebeldes - alguns deles financiados, armados e treinados secretamente por nações vizinhas.

Entre esses grupos os mais fortes são o ADF (sigla para Forças Democráticas Aliadas), de Uganda, o FDLR (siglas das Forças Democráticas para a Libertação de Ruanda) e coalizões de grupos Mai-Mai (milícias regionais de autodefesa). Eles lutam pelo controle territorial, para desestabilizar o governo e por uma gama de recursos minerais como diamantes, ouro, petróleo e urânio. Alguns também usam o Congo para organizar ataques contra outros países.

Essa é a segunda vez que um general brasileiro assume um comando na missão, conhecida pela sigla de Monusco. Entre 2014 e 2016, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz liderou a então recém-criada Brigada de Intervenção -a primeira força de caráter ofensivo das Nações Unidas. A unidade é armada com artilharia, blindados e aviação de combate para fazer frente ao tipo de armamento usado pelos grupos rebeldes.

Ao lado do Exército da República Democrática do Congo, ele venceu em uma série de batalhas o grupo rebelde M23 (Movimento 23 de Março), apoiado de forma velada por Ruanda e que tentava dominar o leste do país militarmente. Santos Cruz era subordinado ao comandante da força, posto que será ocupado a partir de agora pelo general de divisão Martins Filho. Santos Cruz hoje é secretário executivo do Ministério da Segurança Pública do Brasil.

O general Martins Filho tem uma longa carreira no Exército, onde entre outras tarefas reformulou a estrutura da Escola de Comando e Estado-Maior, que lida com estudos táticos e estratégicos do Exército.

Ele ainda serviu como chefe do escritório de Organizações Internacionais do Ministério da Defesa do Brasil. Também trabalhou no departamento de missões de paz da ONU entre 2005 e 2008, na representação do Brasil na ONU entre 2001 e 2003 e em uma missão das Nações Unidas em Angola entre 1995 e 1996 - trabalhos que fizerem dele um dos maiores especialistas do Exército em operações de paz.

"Pessoalmente eu recebo a missão com muita alegria. Ela significa o reconhecimento de quase 40 anos de carreira militar. É um motivo de muita alegria por um lado e por outro lado preocupação por não poder contar com tropas brasileiras", disse.

Martins filho levará um pequeno grupo de assessores pessoais, mas não há previsão oficial para que tropas brasileiras sejam mandadas. Ele atribui a indicação a um esforço do comandante do Exército, general Eduardo Villas Boas, à boa reputação que o Brasil tem em missões de paz e ao grande desempenho de seu antecessor, general Santos Cruz, na República Democrática do Congo.

 

REVISTA VEJA


A Venezuela é aqui

O colapso do regime de Maduro empurrou 4 milhões de pessoas para fora do país — 70 000 delas para dentro do Brasil. As consequências são dramáticas

Leonardo Coutinho | Publicada em 13/04 - 06h00

A venezuelana Mariana tem 14 anos e pesa 14 quilos — o equivalente à média prevista para uma criança de 3 anos. Ela chegou com os pais ao Brasil em fevereiro, fugindo da fome que assola a população de seu país. Quando sua família se recostou à sombra de uma árvore em uma calçada de Boa Vista, a capital de Roraima, seus ossos pontudos apareciam sob a pele ressecada pelo sol e pela desidratação, e as rugas do rosto faziam com que ela parecesse uma senhora já entrada em anos. Mariana chegou ao Hospital Geral de Roraima com um quadro de desnutrição aguda. Os exames mostraram ainda que ela sofria de tuberculose e que seus intestinos estavam tomados por parasitas. Em uma área de isolamento, Mariana virou uma causa. Médicos, nutricionistas e enfermeiros se revezaram na missão de salvá-la. Em meados de março, ela reagiu. Hoje está com 4 quilos a mais. Se tivesse ficado mais uma semana na Venezuela, teria morrido.

Na franja norte do Brasil, não há uma guerra nem catástrofe ambiental. Mas os efeitos do regime ditatorial iniciado por Hugo Chávez e intensificado por Nicolás Maduro só podem ser comparados aos de países destroçados por conflitos armados. A crise venezuelana levou a população do país a um êxodo com dimensões jamais vistas na região. Em sete anos de guerra civil na Síria, 5 milhões de pessoas foram expulsas de casa e cidades inteiras foram destruí­das em meio aos embates entre as tropas leais ao ditador Bashar Assad e fanáticos do grupo terrorista Estado Islâmico. A Venezuela já perdeu 4 milhões de pessoas. O país que mais sofre o impacto da migração em massa é a Colômbia, mas o Brasil vem ganhando importância no mapa de fuga dos venezuelanos. Só nos dois primeiros meses do ano, a Polícia Federal registrou a entrada de 30 000 deles, que atravessaram a fronteira brasileira a pé.

A Praça Simón Bolívar, em Boa Vista, é o retrato dessa tragédia. No local, que leva o nome do maior herói da Venezuela, chegou a haver 1 500 venezuelanos dormindo ao relento e comendo o que a generosidade dos brasileiros lhes provê. Até pouco tempo atrás, Boa Vista desconhecia a mendicância e a prostituição de rua. A chegada de milhares de venezuelanos mudou a paisagem local. Hoje, praticamente em todos os semáforos da cidade veem-se estrangeiros oferecendo-se para limpar para-brisas. Ruas residenciais transformaram-se em ponto de reunião de mulheres que cobram 80 reais por encontro sexual. Por causa do preço-padrão, elas ficaram conhecidas como “as ochenta”. Essas mulheres, em sua maioria estreantes na atividade, valem-se do sexo para juntar os recursos para comprar alimentos que mais tarde levam até a fronteira para seus familiares. VEJA ouviu de algumas delas que esse percurso virou uma operação de risco. Sabendo do trânsito de alimentos brasileiros, militares da Guarda Nacional Bolivariana passaram a interceptar e “depenar” aqueles que chegam à fronteira com suprimentos brasileiros. Para evitarem ser furtadas pelas tropas de Nicolás Maduro, as venezuelanas têm de se sujeitar a pagar um pedágio a criminosos que comandam rotas alternativas pela mata.

A chegada dos venezuelanos a Roraima exauriu a já precária rede pública do estado. O número de atendimentos a esses estrangeiros aumentou 23 vezes desde o início da crise migratória. Segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde, em 2014, quando começaram a chegar os primeiros imigrantes, os hospitais e postos de saúde locais registraram 766 atendimentos. No ano passado, foram mais de 18 000 prontuários. Parte importante desse contingente é formada por crianças, quase todas desnutridas.

Outro efeito do desabastecimento que assola a Venezuela são as gestantes que vêm ao Brasil para poder ter os filhos em condições minimamente seguras. Somente em janeiro, 200 crianças filhas de mulheres venezuelanas nasceram em Roraima. Depois de deixarem a maternidade, esses bebês seguem com a mãe para as barracas armadas na Praça Simón Bolívar. “É tenebroso pensar que o primeiro endereço dessas crianças seja uma barraca de lona no meio da rua”, diz o secretário de Saúde de Roraima, Marcelo Batista. Filhas de mães desnutridas, essas crianças nascem, na maioria das vezes, prematuras e com as mesmas deficiências nutricionais da mãe.

Em 1961, a Venezuela foi o primeiro país a erradicar a malária. Hoje, quase seis décadas depois, vive uma epidemia de dimensões bíblicas. Em 2017, registrou mais de 1 milhão de casos da doença — número que agora transbordou para o Brasil. Além da esperança e da pouca bagagem, os refugiados trouxeram a malária para Roraima. Em Pacaraima, nove em cada dez exames para a detecção do mal tiveram resultado positivo nos três primeiros meses do ano. A análise do genoma do parasita confirmou a importação da doença. O desespero dos venezuelanos é tamanho que os doentes que conseguem receber medicamentos do lado brasileiro da fronteira acabam trocando o kit de tratamento por 1 grama de ouro nos garimpos de seu país. Lá, os cerca de 120 reais que obtêm com a venda do metal no Brasil são suficientes para garantir o sustento da família por mais de um mês. A migração descontrolada fez o Brasil regredir duas décadas também no controle do sarampo. À exceção de um único caso registrado em 2015, o país estava havia dezessete anos livre da doença. Neste ano, 59 ocorrências foram confirmadas e outras 166 estão sob investigação. Seguindo o mapa da migração, a doença já atravessou os limites de Roraima e chegou ao Estado do Amazonas, onde foram confirmados seis casos.

Na fronteira entre a brasileira Pacaraima e a venezuelana Santa Elena de Uairén, as autoridades brasileiras instalaram um posto de vacinação. Mas ninguém que entra é obrigado a ser imunizado contra o sarampo e outras doenças. Questionados, os funcionários da Organização Pan-Americana de Saúde que visitavam o local afirmaram à reportagem de VEJA que “tomar vacina é um ato voluntário”. Mas o princípio não funciona na mão oposta. Para ingressar na falida Venezuela, os militares no posto de fronteira exigem dos brasileiros a apresentação do certificado internacional de vacinação contra a febre amarela — um cuidado básico para evitar que o vírus chegue lá.

Na capital do Amazonas, onde a falta de barreiras sanitárias permitiu a volta do sarampo, índios venezuelanos da etnia warao perambulam pelas ruas do centro pedindo alimentos. O cacique Orlando Martinez perdeu recentemente uma filha recém-nascida, vítima de catapora. “Não há mais como viver no meu país”, afirma.

O medo das epidemias tem levado moradores locais a tratar com animosidade os estrangeiros. Na última semana de março, as manifestações de xenofobia atingiram níveis alarmantes. Brasileiros invadiram um abrigo na cidade de Mucajaí, no sul de Roraima, onde estava um trio de venezuelanos acusados de ter matado um brasileiro a pauladas. Os refugiados foram expulsos do local e as instalações, destruídas. O número de crimes atribuídos a venezuelanos tem crescido e inflamado o sentimento de que, além de “invasores”, os estrangeiros são perigosos.

As prisões de Roraima já abrigam cerca de meia centena de venezuelanos. Segundo fontes da administração penitenciária local, a maioria deles já foi recrutada pelo PCC. A facção paulista que tem hegemonia nos presídios roraimenses viu na “internacionalização” de seus filiados uma boa oportunidade de negócios. Com a promessa de sustentarem seus familiares na falida Venezuela, os novos membros do PCC estimulam parentes e amigos a incorporar-se à rede do tráfico — transformam-se em mão de obra barata para o crime organizado do lado de cá da fronteira.

Mas o interesse do PCC nos venezuelanos não tem a ver com cocaína — o carro-chefe da organização criminosa. Na última década, pelo menos 50 000 fuzis Kalashnikov foram parar nas mãos de milicianos por iniciativa de Hugo Chávez, morto em 2013. Sob o pretexto de armar a população civil para defender a nação de uma suposta invasão iminente dos Estados Unidos, o líder venezuelano transformou o país em um ativo provedor no mercado negro. No Brasil, um fuzil vale entre 50 000 e 60 000 reais.

Sob o chavismo, a Venezuela também se transformou na maior fábrica de identidades falsas do planeta. Segundo denúncias apresentadas por ex-oficiais venezuelanos, fazia parte da política de Estado oferecer documentos falsos a aliados estratégicos do chavismo. Extremistas islâmicos foram registrados às centenas. Em 2016, o jornal espanhol ABC publicou uma reportagem na qual revelava que autoridades dos Estados Unidos investigavam a suspeita de que, entre os refugiados que estavam sendo recebidos por países da América Latina — sobretudo Colômbia, Peru e Brasil —, se encontravam membros do grupo extremista Hezbollah.

Essa não é a primeira onda migratória que o Brasil enfrentou nas últimas duas décadas. Em 2010, teve início o êxodo haitiano. Nos dois anos seguintes ao terremoto que varreu o Haiti, mais de 60 000 pessoas chegaram pelas mãos de coiotes — criminosos que movimentam as redes de tráfico de pessoas. Vieram sobretudo pelo Acre, estado que faz fronteira com o Peru e a Bolívia. Com os refugiados em petição de miséria, instalados em ginásios insalubres, a pequena Brasileia (AC) esteve à beira de uma tragédia sanitária. Naquele episódio, autoridades tomaram a decisão de “espalhar” os refugiados pelo país. Apesar da falta de coordenação com os estados receptores, o governo da então presidente Dilma Rousseff acertou em reduzir a pressão sobre o Acre e as cidades fronteiriças. Hoje, o atual governo ensaia repetir a iniciativa. Mas, diferentemente dos haitianos, muitos venezuelanos relutam em deixar a fronteira por causa da proximidade com os parentes.

Enviar alimentos aos familiares que ficaram para trás é a principal preocupação de muitos dos vene­zuelanos que chegam ao Brasil. O ex-funcio­nário público Armando Astudillo abandonou o emprego em uma repartição do seu país depois que a filha de 14 anos morreu, vítima de leucemia. Traumatizado pela experiência de ver a menina agonizar sem ter acesso sequer a morfina, Astudillo deixou a Venezuela para realizar pequenos trabalhos no Brasil. Todo o dinheiro que recebe ele usa para comprar alimentos, os quais são levados a um intermediário na fronteira, a fim de que cheguem às mãos de sua família, que vive a mais de 1 000 quilômetros de distância, no litoral. Astudillo perde parte importante do pouco que consegue arrecadar contratando os serviços de atravessadores que pagam pedágio a militares.

Tanto no caso dos haitianos quanto na recente onda migratória dos venezuelanos, as “portas de entrada” do Brasil estiveram abertas. A fragilidade e a insuficiência da infraestrutura para acolher essas populações, contudo, apenas transferiram de lugar as tragédias humanitárias que se desenrolam nas franjas do país. Sem perspectivas de melhoria da situação na Venezuela, a onda migratória deve aumentar.

Segundo a Superintendência da Polícia Federal em Roraima, nas últimas semanas, cerca de 700 estrangeiros passaram a entrar diariamente no Brasil. A crise venezuelana já ultrapassou a fronteira.

 

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Governo formaliza nomeação de Braga Netto como interventor federal no Rio

A formalização da nomeação ocorre quase dois meses depois da decretação da intervenção pelo presidente Michel Temer, ocorrida em 16 de fevereiro

Publicada em 13/04 - 09h08

O Diário Oficial da União (DOU), desta sexta-feira (13/4), traz a nomeação do general Walter Souza Braga Netto no cargo de interventor federal na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro. A formalização da nomeação ocorre quase dois meses depois da decretação da intervenção pelo presidente Michel Temer, ocorrida em 16 de fevereiro. 

Segundo a portaria de nomeação, o cargo a ser exercido por Braga Netto tem caráter transitório e é lotado na Casa Civil da Presidência da República. Nessa quinta-feira (12/4), o governo publicou medida provisória e decreto para criar cargos, incluindo o do interventor, para compor o Gabinete da Intervenção Federal no Estado do Rio de Janeiro. A vigência da intervenção vai até 31 de dezembro de 2018.

 

PORTAL G1


Ministério dos Transportes autoriza governo a conceder aeroporto de Ilhéus, na Bahia, à iniciativa privada

Portaria com decisão foi publicada na edição de quinta-feira (12) do Diário Oficial da União, mas ainda não há data definida para realização do leilão.

Pbulicada em 13/04/2018 - 15h

O Ministério dos Transportes autorizou o governo da Bahia a conceder à iniciativa privada o Aeroporto Jorge Amado, que fica no município de Ilhéus (BA), no sul do estado. A portaria com a decisão foi publicada na edição de quinta-feira (12) do Diário Oficial da União.

Construído na década de 30, período da Segunda Guerra Mundial, o aeroporto é um dos mais antigos do estado e o terceiro maior em número de passageiros.

Segundo a Secretaria Estadual de Infraestrutura, a proposta é disponibilizar 100% da gestão do aeroporto, mas ainda não há uma data definida para a realização do leilão. Segundo o órgão, antes, será realizada uma audiência pública para discutir a concessão e somente depois a data deve ser definida.

Em agosto de 2017, o aeroporto de Ilhéus foi repassado da Infraero para o governo do estado, para que fosse iniciado o processo de concessão do terminal à iniciativa privada.

Durante mais de 40 anos, o aeroporto de Ilhéus foi administrado pela Força Aérea Brasileira (FAB). Já nos anos 80, a Infraero passou a ser responsável pela gestão. Até o ano passado, no entanto, o Ministério dos Transportes informou que a operação do aeroporto era deficitária para a Infraero em cerca de R$ 6 milhões por ano.

Com a concessão, a outorga a ser paga pela concessionária vai indenizar a empresa em R$ 12 milhões ainda antes da assinatura do contrato. Esse recurso, ainda segundo o Ministério, será utilizado exclusivamente para custear os programas de adequação de efetivo da empresa.

Conforme o governo baiano, quem ganhar a licitação, além de ampliar o terminal de passageiros, realizar obra de recuperação da pista e a obra de tráfego aéreo, terá como obrigação fazer o estudo de localização, o projeto e o licenciamento ambiental para o novo aeroporto de Ilhéus.

São estimados investimentos, por parte do futuro concessionário do aeroporto, de R$ 100 milhões ao longo dos 30 anos da concessão. Nos cinco primeiros anos do contrato estão previstos R$ 30 milhões para ampliação do terminal de passageiros, estacionamento de veículos, restauração do pavimento da pista de pouso/decolagem, pátios, taxiways e vias de serviço e a reforma e ampliação da Seção de Combate a Incêndio.
 

 

Prefeitura de Curitiba pede à Justiça Federal que Lula seja transferido da PF

Procuradoria-Geral do município alega que o fato de Lula estar preso na sede da Polícia Federal tem gerado transtornos aos moradores e a funcionários.

José Vianna, Aline Pavaneli E Erick Gimenes | Publicado em 13/04 - 17h02

A Procuradoria-Geral da Prefeitura de Curitiba solicitou nesta sexta-feira (13) à Justiça Federal a transferência do ex-presidente Lula da sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba para um outro local, não sugerido.

A procuradora-geral do município, Vanessa Volpi Bellegard Palácios, alega que o fato de Lula estar preso na sede da PF tem gerado transtornos aos moradores e a funcionários da PF.

Segundo a Polícia Militar (PM), cerca de 400 militantes favoráveis a Lula acampam no entorno da Polícia Federal, na tarde desta sexta-feira.

No documento, a prefeitura diz que já "exauriu as providências administrativas e judiciais para o cumprimento da ordem judicial, mas não tem atribuição legal para o seu cumprimento, dependendo da Polícia Militar para tanto".

Também cita que o bairro no entorno da prisão, o Santa Cândida, tem moradores antigos e que a Superintendência da PF não tem estrutura para custodiar um ex-presidente da República.

A procuradora finaliza a petição solicitando a transferência para "o cumprimento da pena em local seguro e adequado às circunstâncias do caso, restabelecendo-se a ordem, o direito de ir e vir e a segurança da população, por ser medida de justiça!".

A Justiça Federal ainda não se manifestou sobre o pedido.

Delegados também pedem transferência

O Sindicato dos Delegados de Polícia Federal do Paraná (SINDPF/PR) entregou na quarta-feira (11) ao superintendente da PF no estado, Maurício Valeixo, um pedido para que o ex-presidente Lula seja retirado da sede da corporação, levado para uma unidade das Forças Armadas.

Alegam, entre outras coisas, que a prestação de serviços da PF está prejudicada com a movimentação no local decorrente da prisão - especialmente por conta do acampamento dos manifestantes e o consequente perímetro de segurança. Dizem que os policiais e moradores da região se sentem ameaçados.

 

Marinha suspende buscas ao velejador argentino que desapareceu no mar de Angra, RJ

Barco dele foi encontrado na segunda-feira (9) à deriva no mar de Angra, por pescadores da região.

G1 Sul Do Rio E Costa Verde | Publicada em 13/04/18 - 19h56

A Marinha do Brasil, por meio do Comando do 1º Distrito Naval, suspendeu nesta sexta-feira (13) as buscas ao velejador argentino Erwin Rosenthal, de 83 anos, em Angra dos Reis, na Costa Verde do Rio de Janeiro. Elas começaram na noite de domingo (8), quando foi registrado o desaparecimento nas proximidades da Restinga da Marambaia.

Erwin velejava de Angra dos Reis para Búzios, na Região dos Lagos. O barco dele foi encontrado na segunda-feira (9) à deriva no mar de Angra, por pescadores da região. Durante seis dias, a Marinha conduziu uma Operação de Busca e Salvamento onde foram empregados: o Navio Patrulha "Guaporé", a aeronave SH-16 da Marinha e a aeronave H-36 "Caracal" da Força Aérea Brasileira.

De acordo com a Marinha, no decorrer das ações, foi feita uma varredura de 5.048 km² na área marítima compreendida entre o Sul da Ilha Grande e o Arquipélago das Cagarras (RJ), mas, o tripulante não foi encontrado e não houve nenhum dado novo que pudesse reorientar a procura ao desaparecido.

O incidente continua sendo divulgado para os navios e embarcações que transitam na área do desaparecimento, e as buscas poderão ser retomadas caso surjam novas informações. A Marinha instaurou o inquérito para apurar as causas e responsabilidades do ocorrido.

Polícia Civil investiga desaparecimento

A Polícia Civil de Angra dos Reis disse que está investigando o desaparecimento do velejador argentino, mas até o momento, não há nenhum indício do que pode ter ocorrido. De acordo com o delegado Bruno Gilaberte, a perícia do barco foi feita pela Polícia Federal, mas o laudo oficial ainda não foi entregue.
 

 

Temer diz que é "incogitável" fechar fronteira com a Venezuela

Mais cedo, governo de Roraima entrou com ação no Supremo Tribunal Federal solicitando fechamento temporário da fronteira. Presidente disse esperar que STF não acate pedido.

G1, Brasília | Publicada em 13/04 - 18h50

O presidente Michel Temer declarou nesta sexta-feira (13) que é "incogitável" fechar a fronteira do Brasil com a Venezuela, como solicitado ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo governo de Roraima.

O país vizinho passa por uma severa crise política, econômica e social. O Brasil tem sido um dos principais destinos de quem deixa a Venezuela em busca de melhores condições de vida.

Nesta sexta, a governadora de Roraima, Suely Campos, afirmou à TV Globo que o estado não está conseguindo lidar com a quantidade de imigrantes venezuelanos e que, por dia, chegam ao estado de 500 a 700 imigrantes da Venezuela.

"Não é hábito do Brasil [fechar fronteiras]. O Brasil não fecharia fronteiras e nem espero que o Supremo venha a decidir dessa maneira. O contrario. Quando fomos lá [a Roraima], nós dissemos: "haverá fiscalização [...]". Então fechar fronteira é incogitável", afirmou o presidente, que está no Peru para participar da Cúpula das Américas.

Na ação, o governo de Roraima alega que é o estado mais pobre da federação e que não tem condições de oferecer serviços obrigatórios, como saúde e educação, diante do "aumento descontrolado do fluxo migratório".

Temer, por sua vez, disse que o governo federal vem tomando medidas que, segundo ele, foram pleiteadas pelo governo do estado.

"Acabei de verificar a petição e percebi o seguinte: muitas das medidas lá pleiteadas estão sendo tomadas – recursos, pessoas que vão para lá para dar assistência social, assistência médica. Eu mesmo estive lá. Eu creio que esse pleito não sei se ele tem, com a devida vênia, muita significação", disse o presidente.

 

AGÊNCIA BRASIL


Forças Armadas ajudarão no combate a roubo de veículos no Rio


Douglas Corrêa | Publicada em 13/04 - 11h44

A Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro informou hoje (13) que a operação Dínamo, iniciada na noite de ontem em vários pontos da cidade, será realizada de forma constante. 

A operação tem a característica de ações simultâneas e integradas em regiões onde os dados do Instituto de Segurança Pública (ISP) indicam a concentração de ocorrências como roubos de veículos. Ontem, o patrulhamento foi realizado nas zonas norte, sul e oeste da cidade do Rio e também na Baixada Fluminense e em São Gonçalo, na região metropolitana.

Segundo a assessoria da Secretaria de Segurança as ações podem ocorrer a qualquer momento, mas não necessariamente serão diárias e sempre se darão de forma conjunta, com as Forças Armadas, polícias civil e militar, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança.

A secretaria não divulgou um balanço sobre o primeiro dia da operação e informou ainda que a meta é prevenir os crimes de roubo, de acordo com a mancha criminal que indica as principais regiões onde ocorrem com maior incidência.

O secretário de Segurança, general Richard Nunes, disse que “este é um momento de virada. Nós precisamos ter um comportamento que indique claramente que queremos sair dessa situação de criminalidade". Para ele, "o crime de roubo de veículos é emblemático. A operação é um sinal claro para a sociedade de que as coisas estão mudando e vão mudar cada vez mais. Essa operação vai ser trabalhada com planejamento criterioso, no momento e local oportunos. Vamos atuar onde se indica claramente que a nossa presença evita que esse crime ocorra", disse Nunes.

 

AGÊNCIA SENADO


Comissão mista que trata do socorro a venezuelanos fará três audiências esta semana


Publicada 13/04/18, em 18h46

A comissão mista que analisa a Medida Provisória (MP) 820/2018 agendou três audiências públicas para esta semana: uma na terça (17), uma na quarta (18) e outra na quinta-feira (19), sempre a partir das 14h. A MP tem objetivo de garantir uma estrutura de assistência emergencial voltada ao fluxo migratório de venezuelanos, que fogem da crise econômica, política e social no país vizinho.

Segundo dados da Polícia Federal, cerca de 40 mil imigrantes da Venezuela estão na capital, Boa Vista, e em Pacaraima, que faz fronteira com a nação vizinha, mantém-se uma média de 350 novos migrantes a cada dia. Este contingente populacional tem pressionado fortemente a demanda por serviços públicos. Somente na capital, os venezuelanos abrigados já correspondem a 12% da população.

Governo e entidades internacionais

A MP criou o Comitê Federal de Assistência Emergencial, responsável pela gestão de atendimento e definição de políticas e ações voltadas a esse fluxo migratório. Na terça-feira, a comissão ouvirá representantes dos ministérios da Justiça, da Saúde, da Defesa e dos Direitos Humanos, que fazem parte do Comitê criado pela MP 820.

Já na quarta-feira, a audiência será com representantes do Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), da Organização Internacional do Trabalho (OIT), da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), da embaixada do Canadá e do Ministério Público do Trabalho (MPT).

E na quinta-feira, a reunião será com representantes da Procuradoria Geral da República (PGR), da Defensoria Pública da União (DPU), da Universidade Federal de Roraima (UFRR) e de ONGs que atuam na defesa dos direitos humanos.

 

PORTAL CAMPO GRANDE NEWS


Após queda no número de doações Santa Casa faz 2ª captação de órgãos na semana


Adriano Fernandes | Publicada em 13/04/18 - 21h03

Depois de um mês de março com queda no número de doações de órgãos a Santa Casa, aos poucos, retoma a quantidade de captações. Só esta semana, a OPO (Organização de Procura de Órgãos) da Santa Casa de Campo Grande realizou, na manhã desta quinta-feira (12), a segunda captação de órgãos da semana. Completando 12 doações neste ano. 

Desta vez, a doadora de 53 anos, vítima de traumatismo craniano, doou os rins, fígado e córneas. O fígado da paciente foi encaminhado para Brasília e um dos rins foi para Belém. As córneas da doadora permaneceram no Banco de Olhos do hospital e o outro rim permaneceu na Santa Casa para transplante, ainda hoje, em um homem de 61 anos que passava por tratamento de hemodiálise em Campo Grande.

Até o momento, foram captados 16 rins, sete fígados e um coração no hospital. “Mesmo em um momento difícil e triste estas famílias optaram por ajudar outras famílias não só de Mato Grosso do Sul, mas do Brasil. Quando o assunto doação de órgãos volta a ser comentado as famílias acabam conversando mais sobre o assunto e a aceitação para a doação é maior”, comenta a enfermeira e coordenadora da OPO, Ana Paula Silva das Neves.

A equipe responsável pelo transplante contou com o apoio de uma aeronave da FAB (Força Aérea Brasileira) que transportou o órgão a tempo de transplantar. O órgão só pode permanecer fora do corpo por apenas 12 horas. O rim foi encaminhado por meio de um voo comercial.

 

PORTAL EXAME.COM


Temer chega a Lima para participar da Cúpula das Américas

Presidente terá encontros com os presidente de Honduras e do Chile, além de reuniões com empresários e parlamentares dos EUA

Publicada em 13/04/18 - 17h28

O presidente Michel Temer chegou nesta sexta-feira a Lima para participar da 8ª Cúpula das Américas, onde terá encontros bilaterais com o presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, e do Chile, Sebastián Piñera, assim como com representantes empresariais e parlamentares dos Estados Unidos.

Temer aterrissou na capital peruana por volta das 14h (horário local, 16h de Brasília) em um avião da Força Aérea Brasileira e foi recebido na pista por autoridades do governo peruano.

O encontro com Hernández está previsto para hoje, enquanto os demais acontecerão no sábado, em paralelo à Cúpula das Américas, que tem como tema a “governabilidade democrática frente à corrupção”.

A cúpula de Lima, no entanto, está esvaziada pelas ausências já confirmadas dos presidentes dos EUA, Donald Trump, da Venezuela, Nicolás Maduro, e de Cuba, Raúl Castro.

 

JORNAL DIÁRIO DO NORDESTE


Ceará se prepara para a chegada do hub


Yohanna Pinheiro | Publicada em 14/04/18, em 0h

 Faltam pouco menos de três semanas para começarem as operações do hub das companhias aéreas Gol e Air France/KLM no Aeroporto Internacional Pinto Martins, ou Fortaleza Airport, momento que marca o início da ampliação da oferta de voos nacionais e internacionais na Capital. Para tirar o melhor proveito e proporcionar uma experiência agradável aos visitantes, o poder público e a iniciativa privada devem tomar providências.

De acordo com Arialdo Pinho, secretário de Turismo do Estado, espera-se um incremento de 20% no volume de turistas estrangeiros no Ceará em 2018 e de 50% em 2019, ambos em relação ao ano passado, de forma que se deve chegar ao patamar de 330 mil visitantes de fora do País neste ano e de mais de 400 mil no próximo. Em 2017, segundo dados da Polícia Federal, a maior parte dos estrangeiros eram de Portugal (15,4%), França (14,2%) e Itália (13,7%).

A perspectiva reflete não só o início dos voos à Paris, pela Joon (marca da Air France), e à Amsterdã, pela KLM, a partir de 3 de maio, mas também dos novos voos e frequências de operações internacionais existentes que já foram confirmados para este ano. Entre os novos destinos estão Cidade do Panamá, pela Copa Airlines; Orlando, nos EUA, pela Gol e pela Latam; e a substituição de Praia pela Ilha do Sal, em Cabo Verde, com a TACV.

Ao todo, já são 12 destinos internacionais conectados a Fortaleza em 36 frequências semanais confirmadas neste ano. Há, pelo menos, ainda mais três rotas no radar: Marrocos, com a Royal Air Maroc (RAM), Rosário e Córdoba, ambas na Argentina, pela Gol. O secretário Arialdo Pinho também já afirmou estar pleiteando a operação de novas rotas, para as cidades de Nova York (EUA) e Londres (Inglaterra), a médio prazo.

Novo momento

Na avaliação de Alessandro Oliveira, pesquisador do Núcleo de Economia do Transporte Aéreo do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (Nectar-ITA), a implantação do hub em Fortaleza é como um momento de "coroação" da cidade como importante centro de conexões aéreas da América do Sul. "Não é uma coisa que acontece todo dia. Há efeitos para os próximos 10, 20, 30 anos em diversos segmentos".

Destacando a operação do Aeroporto pela Fraport, empresa experiente no setor para dar seguimento aos investimentos necessários no terminal, além da presença de grandes linhas aéreas e do espectro de turismo que envolve a cidade e toda a região, Oliveira avalia que "muitas coisas bacanas ainda estão para acontecer". "Há um grande potencial para novas alavancagens", ressalta o pesquisador.

No entanto, cabe também ao poder público e à iniciativa privada oferecer meios para que os visitantes tenham uma boa experiência no Estado, contribuindo para aumentar sua atratividade. "A cidade precisa abraçar o aeroporto, as autoridades precisam eliminar gargalos como do sistema viário, de maneira que haja uma fluidez, investir no transporte público, garantir a eficiência do transporte privado, entre outros", pondera.

Para Oliveira, todos os agentes da cadeia de turismo precisam de reconectar e se preparar para um novo ciclo de crescimento do turismo que vem no bojo do crescimento econômico do País, nos próximos cinco a dez anos. "Estamos batendo recorde de atração de turistas estrangeiros, então a gente precisa saber atraí-los e ao mesmo tempo o ter qualidade internacional, porque atração muitas vezes vem pelo desconhecido", argumenta.

Expectativas

De acordo com Jean-Marc Pouchol, diretor-geral do grupo Air France-KLM para a América do Sul, o hub em Fortaleza já apresenta resultado positivos e deixa o grupo otimista para os próximos anos. "Esta rota é uma porta de entrada não só entre a Capital cearense com Paris e Amsterdã, mas também entre estados importantes do País e mais de 400 destinos no mundo. A instalação do hub é um passo decisivo para nos aproximarmos do nosso objetivo - em conjunto com a Gol - que é o de nos tornarmos a primeira opção para viajar entre o Brasil e a Europa, tanto para o lazer como para o corporativo".

 

PORTAL GLOBO.COM


Relatório indica falta de combustível como possível causa da queda de avião em Rio Preto

Cenipa chegou ao reporte preliminar por meio de indícios buscados no local do acidente. Caso foi em outubro de 2017 e não há previsão para conclusão da investigação.

Heloísa Casonato | Publicada em 13/04/18 11h

ImagemUm relatório preliminar indica que a possível causa da queda do avião que matou três pessoas em Rio Preto (SP), em outubro de 2017, foi falta de combustível. A informação sobre o andamento da ocorrência está disponível no site do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

A assessoria de imprensa da Força Aérea Brasileira (FAB) informou que no reporte preliminar as informações são superficiais e coletadas a partir das evidências do acidente.

“A pane seca foi informada no reporte preliminar como uma tipificação. Foi a primeira evidência do acidente, mas isso pode mudar. Os reportes preliminares são divulgados apenas para dar transparência ao processo de investigação, mas não é conclusivo”, explica a assessoria.

Ainda segundo a FAB, o Cenipa chegou a este reporte através de indícios buscados no local do acidente, entrevistas com testemunhas da queda da aeronave e também análise da fuselagem do avião.

A investigação não tem previsão para ser finalizada porque depende da complexidade do acidente, segundo a FAB.

Em nota, a assessoria de imprensa da Força Aérea Brasileira disse que “o objetivo da investigação realizada pelo Cenipa é prevenir que novos acidentes com características semelhantes ocorram. A necessidade de descobrir todos os fatores contribuintes garante a liberdade de tempo para a investigação. A conclusão de qualquer investigação conduzida pelo Cenipa terá o menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade do acidente.”

O monomotor, de prefixo PT-DDB, saiu de Tangará da Serra (MT) na manhã de segunda-feira (9) com destino a Rio Preto, mas caiu a 300 metros do aeroporto, por circunstâncias ainda desconhecidas.

Nele estavam o piloto William Rayes Sakr, de 58 anos, o médico Allyson Lima Verciano, de 33, e o empresário Caique Caciolato, de 25. Os três morreram com o impacto da aeronave no solo.

O avião se chocou "de bico" no quintal da residência. Parte da asa ficou dentro da piscina da casa.

Técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) retiraram o motor e algumas peças do monomotor no dia seguinte ao acidente para investigar o caso.
 

 

Brasileiro irá chefiar missão da ONU na República Democrática do Congo

General Elias Rodrigues Martins Filho foi nomeado para substituir sul-africano na MONUSCO. Pais da África Central sofre com violentos conflitos políticos, fome e deslocamento de população.

Publicada em 13/04/18 - 18h25

O general de divisão brasileiro Elias Rodrigues Martins Filho foi nomeado nesta sexta-feira (13) como novo comandante militar da Missão de Estabilização das Nações Unidas na República Democrática do Congo, a MONUSCO.

O anúncio foi feito pelo secretário-geral da ONU, António Guterres. Martins Filho substitui o sul-africano Derrick Mbuyiselo Mgwebi, que ocupou o cargo durante dois anos. Antes dele, outro brasileiro já chefiou a missão, o general Carlos Alberto dos Santos Cruz, no período entre 2013 e 2015.

A MONUSCO reúne mais de 18 mil pessoas e recebe contribuições de mais de 30 países.

Martins Filho foi nomeado após mais de 35 anos de carreira militar e deixa o cargo de subchefe do Escritório de Organismos Americanos do Ministério da Defesa do Brasil. Também já atuou como vice-conselheiro militar da Missão Permanente do Brasil junto às Nações Unidas (2001-2003) e oficial de Equipe da Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola em 1995 e 1996.

A República Democrática do Congo, localizada na África Central, é rica em recursos naturais, mas enfrenta graves conflitos e a maior parte de sua população vive em situação de pobreza extrema.

Segundo a BBC, ao longo de 2017, 1,7 milhão foram forçados a abandonar suas casas, de acordo com grupos de ajuda humanitária - que ressaltam que a República Democrática do Congo é um dos países mais afetados pelo chamado deslocamento em decorrência de conflitos (“conflict displacement”, na expressão em inglês).

Uma grande guerra civil entre 1997 e 2003 ceifou milhões de vidas como resultado dos combates, de doenças ou da fome.

Muitos outros países vizinhos foram atraídos para essa guerra civil, que ficou conhecida como a Grande Guerra da África. Depois que ela terminou, os conflitos não pararam, com grupos armados ainda espalhando violência.

Em 2015, pessoas foram mortas em protestos contra mudanças na lei que opositores do governo afirmavam que serviriam para tornar mais fácil a permanência do Presidente Joseph Kabila no poder. A recusa dele em deixar o cargo após o fim do seu mandato também é apontada como ponto crucial para que as tensões e a violência permaneçam na área.

A segunda gestão de Kabila – que seria, portanto, a gestão final – terminou oficialmente em dezembro de 2016, mas não foram realizadas eleições para decidir quem assumiria seu lugar.

Um acordo político foi alcançado, o que significava que Kabila permaneceria até o final de 2017, contanto que trabalhasse em conjunto com outras pessoas.

Mas as eleições foram remarcadas para o final de 2018.
 

 

OUTRAS MÍDIAS


REVISTA NEWS - Produtos brasileiros são protagonistas na FIDAE 2018


Publicada em 13/04 - 11h

Cerca de 50 empresas brasileiras estiveram na Feira Internacional do Ar e do Espaço (FIDAE), no Chile. O evento é um dos mais importantes da indústria aeroespacial da América Latina e aconteceu na semana passada, reunindo mais de 60 países. Mais uma vez o Brasil foi um dos protagonistas, com um pavilhão exclusivo organizado pela Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Defesa e Segurança (ABIMDE), em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), com apoio do Ministério da Defesa.

Durante os seis dias de feira, o Pavilhão Brasil recebeu diversas delegações internacionais, além dos representantes das instituições civis e militares brasileiras. Destaque para as presenças do embaixador do Brasil no Chile, Carlos Sérgio Sobral Duarte, do comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato, do chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, Almirante Ademir Sobrinho, e do diretor do Departamento de Promoção Comercial do SEPROD/MD, Vice-Almirante Marcelo Francisco Campos.

O evento também foi importante para estreitar relacionamento entre empresários do setor. Algumas empresas fecharam acordos e negócios ainda durante a FIDAE e outras iniciaram conversas com potenciais compradores.

 

AEROFLAP - FAB recebe visita de militares da Força Aérea Americana


Publicada 13/04/18, em 21h

A Ala 10, sediada em Parnamirim, região metropolitana de Natal (RN), recebeu a visita de uma comitiva da Força Aérea Americana (USAF) nesta sexta-feira (13). Acompanhado por outros militares da USAF, o comandante da 9ª Força Tarefa Expedicionária Aérea e Espacial do Afeganistão, Major General – posto equivalente a Brigadeiro do Ar – James Hecker , conheceu as instalações da Ala e do Esquadrão Joker, responsável pela formação dos pilotos de caça da Força Aérea Brasileira (FAB).

Em 2019, dois instrutores de voo da FAB serão enviados aos Estados Unidos para ajudar na formação de pilotos que vão operar aeronaves A-29 Super Tucano no Afeganistão. “Essa visita é extremamente importante, principalmente para agradecer à Força Aérea Brasileira por disponibilizar os instrutores e pela ajuda no aumento das habilidades dos nossos pilotos em combate”, disse o General Hecker.

Durante a visita, houve troca de experiências entre as Forças, quando representantes do esquadrão Joker apresentaram a formação e as missões dos pilotos e receberam informações sobre o esquadrão de caça do Afeganistão. Os militares americanos também tiveram a oportunidade de conhecer o simulador de A-29.

Sobre as instalações da Ala 10, o General Hecker lembrou da utilização do local pelos americanos e da relação com os brasileiros durante a Segunda Guerra. “Eu não sabia de toda a história que havia aqui e dessa proximidade entre nossas Forças. Foi muito bom conhecer o local que serviu de base para nossas aeronaves durante a Segunda Guerra Mundial. Andar por aqui e ver alguns desses prédios foi quase como voltar aos anos 40. E agora nós vamos levar pilotos brasileiros para os EUA, é como se um ciclo se completasse”, comentou o oficial-general.

Visita ao Comandante da Aeronáutica

Na quinta-feira (12), a comitiva da USAF esteve em Brasília (DF) e reuniu-se com o Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro Nivaldo Luiz Rossato. Na ocasião, o General Hecker agradeceu o apoio da FAB relacionado ao treinamento de seus pilotos na aeronave A-29.

A história dos militares americanos em Natal

A Base Aérea de Natal (BANT) – hoje Ala 10 – foi criada em 1942. Em novembro do mesmo ano, passaram a conviver no mesmo aeródromo, em “Parnamirim Field”, duas bases aéreas. A brasileira, localizada no Setor Oeste do aeródromo, e a americana, no Setor Leste, conhecida como “Trampolim da Vitória”, assim chamado por ser ponto obrigatório de passagem das aeronaves aliadas que se destinavam ao Teatro de Operações da África e da Europa.

No período da Segunda Guerra, a Força Aérea Brasileira e a Marinha atuavam nas missões de patrulhamento e de cobertura a navios ou comboios, em cooperação com as forças navais e aéreas norte-americanas. Em 1946, com o término do conflito, a BANT passou a ocupar as instalações da base americana.