NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


NOTIMP 044/2018 - 13/02/2018

Publicado: 13/02/2018 - 08:42h
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Escolas do Rio adotam de blindagem a `plano de guerra´ contra tiroteios

Colégios de elite buscam estratégias para proteger estudantes

Luisa Leite | Publicada em 12/02 - 02h00

Escolas de elite do Rio de Janeiro localizadas perto de áreas de conflito começaram este ano letivo adotando medidas de segurança para proteger estudantes e professores contra eventuais tiroteios.

Estou em grupo de WhatsApp com mães. Houve muita apreensão entre os pais durante as operações na Rocinha no fim do ano, diz Letícia Barros Barreto, mãe de Alice, 3, matriculada na Escola Parque, colégio construtivista na Gávea, bairro da zona sul próximo à favela.

ImagemAntes do início das aulas, a instituição, cujas mensalidades superam R$ 2.000, enviou aos pais um comunicado informando que, para este ano, foi contratado um especialista em segurança que elaborará um plano a ser acionado em situações especiais espécie de plano de guerra.

O funcionamento das novas medidas ainda não foi detalhado aos pais e será debatido em reuniões. É planejada também uma transferência de endereço até 2019, conforme antecipou "O Globo".

A contratação do programa de segurança foi feita após a escalada de violência na região, que culminou com operação da Polícia Militar com apoio das Forças Armadas em setembro passado.

Com intensa troca de tiros na favela vizinha, a Escola Parque interrompeu as atividades por três dias. Os pais foram informados, por mensagens de celular, que não deveriam levar os filhos ao colégio.

O mesmo aconteceu com a Escola Americana, colégio bilíngue próximo à Rocinha. No colégio, que cobra mensalidades de até R$ 6.000, os estudantes chegaram a ficar sem aula por quatro dias.

Em outubro, encerradas as operações que levaram à paralisação, a instituição comunicou aos pais que havia iniciado obras para ampliar a área do prédio que recebe blindagem parte dele já possuía proteção contra tiros.

Também é prática proibir a circulação de estudantes em áreas externas quando há qualquer barulho ou incidente que possa significar risco de bala perdida.

Um pouco mais distante, no bairro de Botafogo, a também bilíngue Alemã Corcovado é outra escola privada que possui plano para reduzir danos caso haja tiroteio.

Vizinha do morro Dona Marta, onde os conflitos têm se tornado frequentes, o local conta com uma garagem subterrânea. Em caso de situações adversas, o lugar é usado para realizar a saída de alunos e funcionários.

A escola afirmou, em nota, que as questões de segurança que envolvem a comunidade escolar são contínuas e prioritárias para a instituição. Procuradas, a Escola Parque e Escola Americana preferiram não se pronunciar.

INSEGURANÇA

Na última semana, ao menos cinco menores de idade, entre crianças e adolescentes, foram vítimas de tiros na região metropolitana do Rio.

Entre os atingidos, uma menina de 3 anos que morreu depois de tentativa de assalto à família na zona norte e um garoto de 4 anos que está hospitalizado após bala perdida em São Gonçalo.

Enquanto os colégios privados buscam alternativas para tentar enfrentar a alta da violência, na rede pública a situação é mais dramática.

O prefeito Marcelo Crivella (PRB) anunciou em abril de 2017 um projeto que blindaria muros e paredes de colégios da gestão municipal. Inicialmente ele seria aplicado na região da Maré. Nove meses depois da promessa, ainda não foi executado. A prefeitura afirma que esse processo está em trâmite.

A proposta surgiu depois que a estudante Maria Eduarda Conceição, 13, morreu vítima de bala perdida em março durante uma operação no bairro de Acari, na zona norte. O disparo que atingiu a estudante partiu de um fuzil da Polícia Militar.

Só na região da Rocinha, mais de 3.300 alunos da rede municipal perderam 15 dias de aula em 2017 devido a tiroteios. A Secretaria do Estado, responsável pelo Ciep Ayrton Senna, única unidade estadual na região, não informou a quantidade de dias sem aula por conta dos conflitos, mas disse que os conteúdos perdidos foram repostos e que a escola cumpriu os dias letivos exigidos por lei.

Estado e prefeitura citam normas desde agosto para operações policiais, como evitar horários de fluxo de entrada e saída de alunos e que carros policiais parem na frente das escolas durante as ações.

 

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Brasil dobra controle militar sobre refugiados na fronteira com a Venezuela

Segundo o plano do governo federal, haverá aumento de 100 para 200 homens nos pelotões de fronteira no Estado, com duplicação dos pontos de controle na fronteira, no interior e entre Pacaraima e Boa Vista

Tânia Monteiro | Publicada em 12/02 - 18h09

BOA VISTA - O Brasil criou uma força-tarefa para controlar o ingresso de venezuelanos em Roraima, medida anunciada em visita do presidente Michel Temer a Boa Vista. De acordo com o plano, haverá aumento de 100 para 200 homens nos pelotões de fronteira no Estado, com duplicação dos pontos de controle na fronteira, no interior e entre Pacaraima e Boa Vista. Um hospital de campanha em Pacaraima atenderá atender o fluxo inicial dos venezuelanos.

Depois do anúncio de assinatura de uma Medida Provisória decretando uma espécie de “estado de emergência social” em Roraima, e a criação de uma coordenação nacional, comandada por um general, para orientar a realização de programações que permitam melhorar as condições, os ministros da Defesa, Raul Jungmann, do Gabinete de Segurança Constitucional (GSI), Sérgio Etchegoyen, e da Justiça, Torquato Jardim, detalharam algumas das medidas a serem desencadeadas.

Novos centros de triagem serão instalados para ajudar na recepção dos venezuelanos e serão deslocadas motocicletas com equipes volantes para reforçar. No âmbito do Ministério da Justiça, 32 homens da Força Nacional que estão em Manaus serão deslocados para Roraima, assim como oito caminhonetes serão levadas para ajudar no patrulhamento das cidades.

Haverá também repasse de recursos para auxílio ao Estado e aos municípios. O ministro da Justiça chegou a falar dos primeiros R$ 700 mil para a instalação de centros de referência e anunciou nova reunião conjunta em 14 de março, para tratar especificamente dos problemas com a população indígena na região, atribuindo os entraves existentes a questões meramente ideológicas. Ele reiterou ainda que será iniciado um censo entre os venezuelanos.

Críticas políticas

Em sua fala, o ministro do GSI fez críticas indiretas ao governo venezuelano e aos governos anteriores do Brasil que apoiaram a atuação dos governos Nicolás Maduro e Hugo Chávez. Ao citar os problemas na Venezuela, que acabaram por resultar neste fuga em massa para o Brasil, o ministro Etchegoyen citou que “este êxodo social foi provocado por decisões ideológicas, que levaram ao desastre venezuelano”, lembrando que “boa parte destas posturas foram festejadas até que chegássemos à tragédia que hoje vivemos”.

Jungmann ressaltou a necessidade de distribuição dos venezuelanos pelo País, salientando que, embora a migração de venezuelanos ocorra geograficamente em Roraima, na verdade "este é um problema nacional, que apenas se dá pelo norte do País, por uma questão de fronteiras". E emendou: “Cabe ao Brasil abraçar e assumir as mesmas responsabilidades”.

O general Etchegoyen, por sua vez, apelou para que outros países que queiram ajudar os venezuelanos, no Brasil ou na própria Venezuela, que o façam por meio do nosso país. “O Brasil oferece ajuda aos venezuelanos pela crise que eles enfrentam e abre-se para que outros países que queiram cooperar o façam por meio da gestão do Brasil”, declarou. Ele citou que Canadá, Estados Unidos, União Europeia e países da região manifestaram desejo de cooperar de alguma maneira.

 

Governadora de Roraima pede a Temer atuação do Exército no policiamento

Em discurso, Suely Campos diz que o crime organizado se aproveita da vulnerabilidade dos venezuelanos para trazer drogas e armas ao País

Cyneida Correia | Publicada em 12/02 - 15h27

Boa Vista - A governadora de Roraima, Suely Campos, discursou nesta segunda-feira, 12, pedindo que o governo federal tome várias medidas a favor do Estado e denunciando que o crime organizado está se aproveitando da vulnerabilidade dos venezuelanos para trazer drogas e armas.

"Existe a conexão com o crime organizado comandado por venezuelanos, entrando na esfera da segurança nacional", disse após se reunir com o presidente Michel Temer.

Suely entregou um documento com 11 medidas que pretendem minimizar o impacto causado pelo alto número de imigrantes venezuelanos que chegaram a Roraima nos últimos meses. Entre as propostas, estão o aumento de efetivo da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), além da atuação do Exército brasileiro no policiamento ostensivo em Pacaraima, cidade que faz fronteira com a Venezuela.

Além disso, foram pedidas ações mais rigorosas de controle de entrada de pessoas pela fronteira e a doação de veículos e equipamentos para aprimorar o trabalho das forças de segurança de Roraima. Mais cedo, Temer chegou à base aérea e seguiu com a comitiva direto para o Palácio Senador Hélio Campos, onde se reuniu com a governadora e autoridades do Estado.

A crise migratória foi um dos principais assuntos da reunião, que aconteceu cinco dias após a visita dos ministros da Justiça, Torquato Jardim, da Defesa, Raul Jungmann, e do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, Sérgio Westphalen.

Esta é a terceira vez que um presidente é recebido pela governadora Suely Campos. Nas duas primeiras vezes, Suely recebeu a então presidente Dilma Rousseff para a entrega de casas do Programa Minha casa, Minha Vida.

 

Briga judicial pode atrasar obra do aeroporto da capital cearense

Início das obras no terminal de passageiros depende de autorização da Justiça para a demolição de obras que antes eram tocadas pela Infraero, segundo a Fraport; estatal nega.

Vinícius Neder | Publicada em 13/02 - 05h00

RIO - A Fraport Brasil- Fortaleza, concessionária do aeroporto da capital cearense, trabalha para conseguir o empréstimo do Banco do Nordeste (BNB) ainda no primeiro semestre, mas as obras do projeto podem atrasar.

A concessionária está em meio a uma disputa judicial e diz que não começará as obras enquanto o imbróglio não for resolvido. O início das intervenções no terminal de passageiros depende de autorização da Justiça para a demolição de obras que antes eram tocadas pela Infraero, segundo a Fraport. A estatal nega.

Segundo a assessoria de imprensa da Infraero, há cinco processos na 14.ª Vara da Justiça Federal do Distrito Federal relacionados às obras de expansão do Aeroporto de Fortaleza, envolvendo a estatal e o Consórcio CPM Novo Fortaleza, contratado para executar obras.

Só que em nenhum dos processos há “decisão judicial que tenha embargado as obras, ou determinado que elas tenham de permanecer no estágio em que se encontram, ou estabelecido que elas não podem ser continuadas”.

A Infraero informou ainda que a Fraport entrou num dos cincos processos judiciais, “postulando autorização judicial a fim de que pudesse realizar estudos, mapeamentos e testes para projetar a retomada da expansão do aeroporto”. Esse pedido foi aceito pela Justiça.

Mesmo assim, a multinacional alemã alega que a autorização judicial foi apenas para a realização de testes técnicos e não incluiria, por exemplo, demolições. “Se não tivermos uma solução de curto prazo da corte, teremos atrasos, sim”, admitiu Andreea Pal, CEO da Fraport Brasil – Fortaleza.

Construção. No fim do mês passado, a concessionária anunciou a contratação do consórcio construtor formado pelas empreiteiras Método e Passarelli para tocar as obras, que somam investimento de R$ 800 milhões.

A Fraport também contratou outro consórcio, formado pelas construtoras HTB, Tedesco e Barbosa Mello, para tocar as obras no Aeroporto de Porto Alegre. A expectativa, no caso do terminal gaúcho, é começar as obras mês que vem.

 

REVISTA VEJA


Coluna Augusto Nunes - Meditando no Carnaval

Muitas coisas, espero, serão resolvidas nas eleições de 2018. Mas há algumas que não podem esperar. A crise de segurança pública é uma delas

Fernando Gabeira | Publicada em 13/02 - 07h16

Fernando Gabeira, publicado no Globo

Andei por Salvador visitando mosteiros, templos e terreiros para um programa de tevê. Encontrei o carnaval duas vezes, em Ondina e no Rio Vermelho. Entrei na multidão para documentá-lo, mas não podia deixar de refletir. Não sou especialista em carnaval, nem mesmo fui um observador atento da festa nos últimos anos. Meditei um pouco sobre ele não no sentido que os budistas dão à meditação: um processo que esvazia a mente. Aliás, tenho dificuldade de alcançar esse estado de concentração e o mais perto que consigo chegar dele é quando estou boiando de costas. Meditação no meu caso é dar voltas sobre o tema.

Os entendidos dizem que o carnaval libera sentimentos reprimidos durante o ano de trabalho. Pensei: mas o que falta mais ser liberado? Na medida em que os costumes tornam-se mais ousados, o que restará aos foliões nos dias de festa?

Homem vestido de mulher, por exemplo, pode ser considerado um tipo de liberação num tempo em que isto é feito com profissionalismo e sucesso pelos artistas? Já vi poucos homens vestidos de mulher, mas prevejo uma certa decadência dessa fantasia de carnaval. Com o feminismo em ofensiva, as mulheres podem duvidar se certo modo de travestir é mais uma zombaria do que propriamente imitação.

No que me parecia um bem policiado carnaval, com PMs e guardas municipais em movimento entre os foliões, pensei no carnaval do Rio. Um motorista de táxi me disse: um estrangeiro deve achar estranho que num país em crise e o Rio em guerra civil, tanta gente saia para o carnaval. Mas um estrangeiro não sabe da força que impulsiona as pessoas, uma alegria que precisa sobreviver nas mais duras circunstâncias.

Mas há algo que me preocupa no carnaval em nosso esforço de fazer uma grande festa, apesar de tudo. No meio da semana, três vias importantes foram interditadas: Avenida Brasil, Linha Vermelha e Linha Amarela. De repente, minha reação foi pensar que alternativas teria caso tivesse de entrar ou sair da cidade. É assim que a gente começa a se acostumar.

Muitos já consultam o aplicativo “Onde tem Tiroteio” antes de se deslocar. Certos lugares, certas horas tornam-se proibidos. E a gente vai se adaptando.

Com o tempo, descobrimos que a vida está mudada e nosso comportamento é o mais ou menos clássico das populações que vivem em longos conflitos: tocar a vida com alguma normalidade apesar do caos em torno.

Há uma sabedoria nisso, mas também uma certa resignação. E se for a única opção, continuamos com o carnaval apesar de tudo, com nossa vida “normal” apesar de tudo, e as coisas podem piorar.

Claro que a situação e os movimentos do governo, o principal responsável pela segurança pública, são desalentadores. Falou-se num plano de segurança no ano passado e até agora não só saiu do papel como sequer o próprio papel saiu. O governador Pezão disse que o recebeu no meio da semana e não teve tempo de lê-lo. É de se esperar pelo menos que o leia nesse feriado de quatro dias.

Tecnicamente, com um método adequado, suponho que seja um tempo suficiente até para se aprender a ler, quanto mais folhear algumas páginas. Apenas uma fração dessa exuberante energia popular no carnaval seria suficiente para forçar os governos a buscar algo menos reativo, a parar de enxugar gelo.

No momento, as autoridades estão meditando em público sobre a crise. O ministro da Defesa, Raul Jungmann, afirma, com razão, que o sistema de segurança está falido. O governador, por sua vez, diz que na Rocinha os policiais são mortos como se mata galinha. O problema é que estão na linha de frente. “Quem mói no aspro não fantaseia”, dizia Riobaldo, personagem de Guimarães Rosa.

Comentários a gente ouve no rádio, lê nos jornais e na rede. O que se espera deles é ação. O sistema está falido, os policiais são assassinados, e daí? O que vão fazer, o que podemos fazer para ajudá-los?, esse é foco. A lentidão com que o plano de segurança para o Rio andou é um sintoma de que há algo errado. O governo não pode ficar chorando, embora a situação seja mesmo de chorar, sobretudo com a morte de crianças.

Muitas coisas, espero, serão resolvidas nas eleições de 2018. Mas há algumas que não podem esperar. A crise de segurança pública é uma delas. Por favor, um plano, articulação entre as forças de segurança, foco, aliança com a sociedade — essa é a forma um pouco mais elaborada que tenho para escrever SOS.

A situação das Forças Armadas é diferente da do governo do Rio, composto por um partido que arruinou o Estado e cujos líderes estão na cadeia. É dela que pode vir um nível de organização maior, aproveitando o que ainda há de combativo na polícia local.

É um abacaxi para quem se preparou para guerras entre países? Talvez. Mas é de onde pode surgir a capacidade de reação. Não se trata nem de achar a solução para o problema, mas trazê-lo apenas a um nível suportável, para que outras dimensões, como a política social, o crescimento econômico e a própria educação entrem com sua parte.

 

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Apesar da onda de violência, Congresso Nacional prioriza outros temas

Mesmo com os altos índices de assassinatos no país e diante de um cenário de total descontrole, o Congresso tem priorizado outros temas. Agora, em ano eleitoral, a promessa é de aprovação de projetos que facilitem a destinação de verbas para o setor

Renato Souza | Publicada em 12/02 - 08h00

ImagemEnquanto balas disparadas por traficantes cruzavam os céus das favelas do Rio de Janeiro e massacres aconteciam dentro de penitenciárias do país, deputados e senadores votavam projetos bem distantes da solução do problema — a maior parte das leis aprovadas no ano passado se refere a honrarias. A violência urbana avança a cada dia pelas unidades da Federação e o Congresso apresenta dificuldades em lidar com o tema. Agora, em ano eleitoral, o assunto volta à tona no Legislativo, que promete prioridade. E o que não falta é incentivo. Por meio de um cruzamento de dados a partir de uma série de relatórios produzidos pelo Tribunal de Contas da União (TCU), o Correio confirma o que especialistas afirmam há anos: a segurança pública está fora de controle.

Facções criminosas ampliam a influência, como é o caso do Primeiro Comando Capital (PCC), que já conta com 20 mil integrantes, enquanto o investimento em segurança definha. Uma das principais falhas está na proteção da juventude. Levantamento do TCU, com dados da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), aponta um aumento de 326,1% da taxa de homicídios de jovens, entre 1980 e 2011. O envolvimento com gangues e com o tráfico de drogas é o principal motivo do aumento. Outros temas também estão diretamente ligados ao aumento da violência, entre eles, a facilitação do acesso às armas de fogo, o acúmulo de vulnerabilidades sociais e a ausência do Estado nas cidades. A morte de milhares de pessoas por ano no Brasil — a maioria homens, jovens e negros — causa impacto econômico que representa perdas equivalentes a 6,1% do Produto Interno Bruto (PIB), de acordo com o TCU.

Segundo informações do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), 50 milhões de brasileiros, um quarto da população, são atingidos diretamente pela violência. A abragência do tema mostra a força que o assunto tem no debate social e o peso na hora de determinar o voto dos eleitores. O professor Eurico Figueiredo, diretor de núcleo de estudos de ciência política da Universidade Federal Fluminense (UFF), destaca que a violência atinge todas as classes, o que eleva a demanda da sociedade por uma solução política. “Não tenho dúvidas de que esse será um dos temas mais importantes da campanha. A situação da segurança pública no Brasil chega ao limite da tolerância. É um tema que atinge tanto as camadas mais pobres da sociedade quanto as mais ricas”, ressalta.

Dados do aplicativo SigaLei mostram que o Congresso Nacional aprovou, no ano passado, 172 projetos que se transformaram em lei. As propostas se dividem em 37 temas e o que é mais contemplado, com 19 propostas, se refere a honrarias feitas a pessoas e cidades. É o caso da lei 13.584, que transformou a cidade de Castro, no Paraná, na capital do leite. Ou da lei 13.537, que conferiu à Terra Rocha, também no Paraná, o título de capital da moda bebê.

O professor destaca que o combate à violência não pode ocorrer sem o envolvimento dos representantes do povo. “A solução passa por mudanças sociais. As comunidades mais pobres devem ter acesso aos serviços da classe média. Esgoto, transporte decente, saúde, educação. Os políticos têm competência para aprovar bons projetos nesse setor, pois são capazes de legislar em causa própria. O que eles não têm é vontade”, critica Figueiredo.

Agenda

Para especialistas em segurança pública, um dos principais problemas é a falta de integração entre os diversos órgãos, como as policiais Civil e Militar, o Ministério da Justiça, a Polícia Federal e o Poder Judiciário. Além de dificultar o levantamento de dados que podem nortear políticas públicas, o descompasso impede uma ação permanente de combate à violência. O Plano Nacional de Segurança Pública tem a intenção de suprir essa demanda, mas, reapresentado em janeiro do ano passado, ainda não saiu do papel. Procurado pela reportagem, o Ministério da Justiça não se pronunciou sobre os motivos de o plano estar empacado.

Essa integração é uma das promessas para o ano feitas pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (MDB-CE), na abertura dos trabalhos legislativos. A intenção do emedebista é desengavetar propostas que já deveriam estar aprovadas, entre elas, a que instala bloqueadores de celulares em presídios — texto aprovado por unanimidade na semana passada. Para a próxima terça-feira, dia 20, está na pauta do plenário a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 118/2011 que impede o bloqueio de recursos orçamentários destinados aos fundos de segurança.

Uma das propostas na fila é a PEC que cria o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Segurança Pública, do senador João Capiberibe (PSB-AP). O autor da proposta destaca que a falta de recursos é um dos entraves para ações permanentes para o setor. “O descaso com a segurança hoje é tão grande que nem a União tem dados sobre a violência. É necessário manter um orçamento fixo para garantir uma política continuada de segurança. Sei que esse tema deve nortear as eleições, e é a hora de fazer a diferença”, afirma Capiberibe. Apesar do momento, o senador se diz pessimista. “Os últimos governantes prometeram uma coisa e fizeram outra.”

Imagem

Mais de 3 mil militares e policiais fizeram operação em favelas no Rio no início deste mês: 146 homicídios só em janeiro. Forças Armadas têm atuado de forma permanente no estado

Colaborou Natália Lambert

 

Aeroporto de Londres é fechado após descoberta de bomba da Segunda Guerra

Todos os vôos foram cancelados, e um perímetro de segurança de 214 metros foi criado por precaução

Af Agência France-presse | Publicada em 12/02 - 10h55

Londres, Reino Unido - O aeroporto de Londres-City, o mais próximo do centro da capital britânica, permanecia fechado nesta segunda-feira, após a descoberta de uma bomba da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), declarou seu diretor, Robert Sinclair.

"Todos os vôos foram cancelados, e um perímetro de segurança de 214 metros foi criado por precaução", assinalou. Ele pediu aos passageiros que entrem em contato com as companhias aéreas e evitem se dirigir a esta zona da cidade.

A bomba, não detonada, foi descoberta ontem, durante obras realizadas perto de um cais do rio Tâmisa, localizado próximo à única pista do aeroporto.

"O aeroporto coopera com a polícia e a Royal Navy, e está trabalhando incansavelmente para garantir a remoção do artefato com segurança, para que a situação seja resolvida o mais rapidamente possível", disse Sinclair.

O aeroporto Londres-City fica no leste de Londres e atende a companhias que realizam voos curtos.

 

JORNAL VALOR ECONÔMICO


Temer quer distribuir refugiados venezuelanos para outros Estados


Folhapress | Publicada em 12/02 - 18h15

ImagemO presidente Michel Temer (MDB) defendeu nesta segunda-feira (12) que os milhares de refugiados venezuelanos em Roraima sejam distribuídos em outras unidades da federação.

Em reunião em Boa Vista, ele afirmou que o grande fluxo de imigrantes tem causado problemas, mas que não impedirá a entrada dos estrangeiros.

A ideia do governo federal é fazer um censo dos refugiados e distribuí-los como foi feito com a entrada de haitianos no Acre, em 2015.

"O fluxo de venezuelanos cria problemas para Roraima e poderá se estender para outras Unidades da Federação se não tomarmos medidas de natureza federal. É necessário avaliar a possibilidade de conduzi-los a outros Estados, diversificando a entrada", disse.

O presidente ressaltou que os estrangeiros estão tirando empregos da população roraimense e prometeu que o problema será resolvido até o final de seu mandato.

"Em onze meses, vamos solucionar essa questão. Ninguém vai impedir os refugiados de virem para cá. Nós vamos ordenar a entrada", disse.

Sem recursos

No encontro com autoridades regionais, na sede do governo estadual, ele anunciou que na próxima quinta-feira (15) será editada uma medida provisória com ajuda federal para Roraima, que incluirá alimentos e remédios.

Segundo ele, as Forças Armadas coordenarão a ação federal. Questionado pela reportagem, contudo, não detalhou qual será o montante repassado.

"Quanto seja necessário, nós vamos destinar", respondeu.

No encontro, o presidente ressaltou ainda que os refugiados são obrigados a deixar seu país porque "não há condições de vida" na Venezuela.

"Não viria aqui para fazer um palanque politiqueiro e a situação do Brasil é muito grave. Não tenho nenhuma preocupação de natureza eleitoral", disse.

No encontro, a governadora Suely Campos (PP) apresentou uma lista de pedidos para o presidente, como a obrigação de que os refugiados sejam vacinados na fronteira, aumento do efetivo da Polícia Federal e o aumento dos recursos para segurança pública.

Sem estrutura, Boa Vista acolhe hoje mais de 40 mil venezuelanos, que saturaram a rede de saúde pública. Após a entrada deles, cresceu o desemprego e a violência na cidade.

Os que não possuem ensino superior têm pedido esmola, vendido doces ou lavado para-brisas nos semáforos.

Na avenida Venezuela, uma das mais movimentadas de Boa Vista, estrangeiros carregam placas se oferecendo para serviços de pedreiro e pintura.

 

JORNAL ESTADO DE MINAS


Caixa-preta de avião que caiu em Antonov, na Rússia, é encontrada


Afp | Publicada em 12/02 - 16h30

Autoridades russas encontraram, nesta segunda-feira, a caixa-preta do avião comercial que caiu no domingo perto de Moscou, após buscas em condições difíceis, devido à densa camada de neve, esperando esclarecer as causas do acidente que provocou a morte dos 71 ocupantes.

Centenas de homens uniformizados continuavam a vasculhar vários hectares cobertos de neve, em busca de corpos ou restos do avião. A área também era percorrida por veículos e sobrevoada por helicópteros.

A caixa-preta com os dados do voo foi encontrada nesta segunda, indicou o Comitê Intergovernamental de Aviação (MAK), acrescentando que "especialistas começaram a abri-la e analisar as informações".

"Mais de 400 destroços do avião foram encontrados em 27 hectares", afirmou o MAK.

O Antonov An-148 caiu perto da capital russa, após decolar do aeroporto de Domodedovo rumo a Orsk, nos Urais, fronteira com o Cazaquistão.

Ele desapareceu dos radares às 14h48 locais deste domingo, quatro minutos após a decolagem, e caiu no distrito de Ramensky, a 70km de Moscou, perto do povoado de Stepanovskoye.

"O tempo estava muito nublado e a neve caía com força. Quando o avião caiu, vimos uma enorme bola de fogo surgir no local, achamos que fosse um meteorito", contou à AFP Tatiana Yukova, que assistiu à tragédia da janela de sua casa.

Autoridades russas estudam todas as hipóteses como possíveis causas, citando as condições climáticas, fator humano ou possível problema técnico, mas não mencionaram a pista terrorista.

"Ficou demonstrado que o aparelho estava inteiro no momento da queda, que não havia se incendiado, e que a explosão ocorreu apenas após a queda", informa o Comitê de Investigação.

As buscas, que mobilizaram mais de mil pessoas e 200 veículos, vão se estender "por volta de uma semana", apontou o ministro de Transporte Maxime Sokolov.

São empecilhos para as buscas "a superfície muito vasta sobre a qual os detritos se espalharam, a neve e o relevo local", destacou o ministro de Situações de Emergência, Vladimir Poutchkov, no local do acidente.

- Revisão em janeiro -

A maioria dos passageiros era originária da região de Orenburgo, onde fica Orsk.

Uma investigação foi aberta formalmente para identificar possíveis violações das normas de segurança, anunciou o Comitê de Investigação russo.

Seus agentes começaram a interrogar ontem funcionários da Saratov Airlines, funcionários do aeroporto que preparam o avião para a decolagem e controladores aéreos. Não foi detectado nenhum problema técnico antes da partida do avião, segundo o Comitê.

O Antonov-148 estava em operação desde 2010, segundo a Saratov Airlines. Uma revisão realizada em janeiro não revelou nenhuma falha ou problema técnico.

A companhia decidiu suspender temporariamente os voos com este modelo, que tem capacidade para 85 passageiros e autonomia de 3.500 km.

Desde a sua entrada em operação, este tipo de aeronave teve pelo menos cinco incidentes envolvendo o trem de pouso, o sistema elétrico e o sistema de orientação.

A Saratov Airlines usa principalmente aviões Antonov ou Yakovlev. A empresa, que não se envolvia em um acidente fatal desde o fim da URSS, em 1991, tem como principais destinos cidades da província russa, bem como capitais do Cáucaso.

O presidente Vladimir Putin cancelou uma viagem prevista para hoje até Sochi, sul do país, onde receberia o presidente palestino, Mahmud Abas, indicou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado pelas agências russas. A reunião vai acontecer em Moscou.

O último acidente fatal com um avião em território russo remontava a dezembro de 2016, quando um aparelho militar Tu-154 caiu logo após a decolagem em Adler, quando se dirigia à base aérea russa de Hmeimim, na Síria. Entre as vítimas estavam mais de 60 membros do Exército Vermelho.

 

PORTAL G1


Avião que caiu na Rússia tinha passado por revisão completa em janeiro

Companhia aérea suspendeu os voos de todos seus AN-148 após acidente que matou 71 pessoas que estavam a bordo.

Publicada em 12/02 - 10h10

O avião modelo Antonov AN-148 que caiu neste domingo (11) nos arredores de Moscou, matando 71 pessoas a bordo, tinha passado por uma revisão completa de manutenção em janeiro, segundo informou nesta segunda-feira a companhia russa Saratov Airlines.

ImagemA revisão, conhecida como "tipo C", é realizada a cada dois anos e inclui, entre outras coisas, "a revisão do motor, da fuselagem e das asas", afirma um comunicado divulgado pela companhia aérea baseada na cidade de Saratov, que suspendeu os voos de todos seus AN-148.

A aeronave passou, além disso, pela revisão de manutenção obrigatória que se deve fazer antes de cada voo "sem que se detectasse nenhuma falha", acrescentou a companhia aérea.

O avião, que caiu minutos depois de decolar do aeroporto Domodedovo, em Moscou, tinha completado outras três rotas durante o domingo (11).

 No entanto, a tripulação do voo regular 6W 703 entre Moscou e a cidade de Orsk, no sul dos Urais, acabava de começar seu turno.

Cerca de mil pessoas, 191 veículos e nove aviões não pilotados participam dos trabalhos de busca dos corpos das vítimas do acidente e dos destroços da aeronave acidentada.

 "Por enquanto foram encontrados mais de 200 fragmentos dos corpos dos falecidos", disse à imprensa local Sergei Poletikin, chefe do Ministério de Situações de Emergências para a região de Moscou.

Por sua vez, a ministra de Saúde, Veronika Skvortsova, afirmou que será necessária uma semana para coletar todos os restos mortais do local da tragédia.

Caixas pretas

Poletikin também anunciou a localização das duas caixas-pretas do AN-148, que serão analisadas por especialistas do Comitê de Aviação Estatal russo, encarregado de investigar as causas do acidente.

A grande dispersão dos fragmentos da aeronave, sobre uma superfície de pelo menos 30 hectares, a neve e as caraterísticas do terreno dificultam os trabalhos de busca.

Por enquanto, as autoridades russas não anteciparam nenhuma hipótese sobre as possíveis causas da queda do avião e se limitaram a assinalar que estão abertas todas as linhas de investigação.

Meios de comunicação locais publicaram nesta segunda-feira (12) imagens, captadas por uma câmera de vigilância, do momento no qual avião se choca contra o solo e ocorre uma grande explosão.

Inicialmente, as autoridades comunicaram que todos os ocupantes do avião eram cidadãos russos, mas depois informaram que havia três passageiros estrangeiros, um cidadão suíço, um azerbaijano e um cazaque.

O AN-148 é um avião projetado pela empresa aeronáutica ucraniana Antonov para cobrir rotas de média distância, com uma autonomia de voo de entre 2.200 e 4.400 quilômetros, em dependência da sua configuração.

O acidente aéreo deste domingo é o mais grave ocorrido na Rússia desde 25 de dezembro de 2016, quando um Tupolev Tu-154 da força aérea russa caiu no mar Negro, causando a morte de seus 96 ocupantes.

* Com EFE

 

Aeroporto de Campina Grande registra 17,9 mil passageiros e bate recorde, diz Infraero

Recorde foi registrado em dezembro de 2017. Número representa um aumento de 45,89% em relação ao mesmo período em 2016.

G1 Pb | Publicada em 12/02 - 09h11

O Aeroporto Presidente João Suassuna, em Campina Grande, quebrou o próprio recorde de movimentação e recebeu 17,9 mil passageiros em dezembro de 2017. De acordo com a Infraero, órgão responsável pela administração do aeroporto, o número representa um aumento de 45,89% em relação ao mesmo período em 2016. O último marco registrado pela Infraero no aeroporto foi em janeiro de 2014, com 17,3 mil passageiros.

Ainda de acordo com os dados da Infraero, o ano de 2017 registrou um total de 150.274 passageiros atendidos, superando 2016 em 17,26%, quando foram transportados 128.149 usuários.

O superintendente do aeroporto, Raphael Gaeski, explica que o aumento no número de passageiros mostra o potencial de expansão do terminal e estima que um dos fatores determinantes para o crescimento está relacionado ao funcionamento do Posto de Abastecimento de Aeronaves (PAA) no aeroporto, que antes operava com restrições.

“Com o PAA funcionando, possibilitamos às empresas aéreas reprogramarem as rotas dos voos, que antes tinham escalas em outros aeroportos para abastecimento. Com isso, nos tornamos mais atrativos para o público e mais seguros para as operadoras”, explica.

Atualmente, o Aeroporto Presidente João Suassuna tem voos diretos entre Campina Grande e as cidades do Rio de Janeiro e São Paulo.

 

Temer anuncia força-tarefa para cuidar do fluxo migratório de venezuelanos em Roraima

Ele afirmou que medida provisória sobre o assunto será editada até quinta-feira (15) e que não faltarão recursos para solucionar o problema. Ministro Raul Jungmann disse que efetivo na fronteira será dobrado e que haverá instalação de hospital de campanha e centros de triagem no estado.

Emily Costa, Inaê Brandão E Valéria Oliveira | Publicada em 12/02 - 22h00

O presidente Michel Temer (PMDB) disse nesta segunda-feira (12) que vai criar uma força-tarefa para lidar com a imigração em massa de venezuelanos para Roraima. Durante discurso, feito em reunião em Boa Vista, Temer afirmou que será feito um comitê de acompanhamento, com uma coordenação nacional para lidar com a questão.

No discurso, o presidente falou sobre os impactos da imigração desordenada de venezuelanos para o estado, afirmou que deve editar uma medida provisória sobre o assunto até quinta-feira (15) e que vai garantir recursos para o estado. Ele não precisou quanto de dinheiro irá destinar para Roraima.

"Será uma coordenação federal em conjunto com estado para solucionar essa questão que aflige Roraima e todo o território brasileiro. Para tanto, quero editar talvez na quarta, ou no mais tardar na quinta, uma MP que tratará desse assunto. Não faltará recursos para solucionar essa questão dos venezuelanos tanto no aspecto humanitário como a solução pro estado de Roraima", declarou o presidente.

Temer também disse que o objetivo é levar os imigrantes que estão em Roraima a outros estados brasileiros. Porém, ele não detalhou de que forma será feita a transferência dos imigrantes venezuelanos para outros estados, nem quando ela será realizada. A comitiva de Temer chegou a capital às 10h47 (hora local).

"A ideia é que os possa conduzir a outros estados brasileiros. Vejo que esse afluxo intenso de venezuelanos cria problemas para o estado de Roraima e vai criar para outros estados brasileiros se não tomarmos algumas medidas e providência de natureza federal".

O encontro, que durou quase três horas, foi a portas fechadas e ocorreu no Palácio Senador Hélio Campos, sede do governo de Roraima. Lá estavam presentes os ministros Raul Jungman (Defesa), Torquarto Jardim (Justiça), Moreira Franco (Secretaria-geral da Presidência), e o general Sergio Etchegoyen (GSI). Do lado de fora, manifestantes protestaram.

Também participaram da reunião a governadora de Roraima Suely Campos (PP), a prefeita da capital Teresa Surita (PMDB), o senador Romero Jucá (PMDB), Juliano Torquato (PRB), prefeito de Pacaraima - cidade na fronteira -, deputados, secretários e demais autoridades locais.

Após o discurso do presidente, o ministro Raul Jungmann disse que as Forças armadas vão duplicar os postos de controle no interior de Roraima, particularmente, entre Pacaraima e Boa Vista, que um hospital de campanha será deslocado à fronteira, e que serão construídos centros de triagem em conjunto com municípios e governo.

"Se o problema é fisicamente localizado em Roraima, ele é um problema nacional, e o presidente entendeu que nesse sentido teremos uma coordenação da ação humanitária federal que ficará ao encargo das Forças Armadas", declarou. Ele não disse quando o hospital será instalado.

A crise migratória venezuelana foi a principal pauta da reunião. A prefeitura de Boa Vista estima que tenham 40 mil venezuelanos vivendo na capital. Autoridades locais cobraram ajuda para lidar com a situação. Nos últimos três anos já foram feitos mais de 20 mil pedidos de refúgio de venezuelanos em Roraima.

Foi anunciado na reunião:

Dobrar efetivo do exército na fronteira;
Hospital de campanha na fronteira;
Centros de triagem em conjunto com municípios e estado;
Recursos para Roraima lidar com a imigração;
Medida Provisória sobre a questão;
Deslocamento dos imigrantes para outros estados;

Na frente do palácio, manifestantes fizeram um protesto contra a privatização do setor elétrico, reforma da previdência e demais privatizações propostas pelo governo federal. Eles também gritaram "Fora, Temer". A organização disse que 300 pessoas estiveram no ato que terminou às 13h. A Polícia Militar, que fez a segurança no local, não informou estimativa de participantes.

Depois da reunião, o presidente falou brevemente com a imprensa, mas não respondeu perguntas. Em seguida, ele e a comitiva que o acompanhou seguiram para a Base Aérea de Boa Vista. De lá, o presidente embarcou para o Rio de Janeiro, às 14h53 (hora local).

Em coletiva ao fim do encontro, a governadora Suely Campos disse que ficou satisfeita com os anúncios feitos pelo presidente. A governadora também disse que tratou com Temer sobre pautas locais, como a transferência de terras para o estado e acerca do linhão de Tucuruí. O governo do estado pediu R$ 15 milhões para todas as ações relacionadas ao fluxo migratório.

"Finalmente o governo federal entendeu a gravidade do que Roraima está passando. Tínhamos há muito tempo solicitado que o governo federal viesse assumir a questão que é de responsabilidade dele [...] Foi uma reunião muito proveitosa", declarou Suely.

Ainda de acordo com o estado, na reunião foi anunciado que a interiorização dos imigrantes para outros estados deve ser feita em dois grupos - um de homens e outro de famílias com crianças. Também foi dito que haverá revalidação de diplomas de médicos, enfermeiros e professores venezuelanos que estão no estado e que um censo dos imigrantes no estado será iniciado na próxima semana.

Imigração em massa e casas incendiadas

Roraima lida desde 2015 com a chegada desenfreada de venezuelanos, cujo êxodo é motivado pela crise política, econômica e social do país. Em 2017, foram registrados 17.130 pedidos de refúgio pela Polícia Federal.

De acordo com dados da prefeitura de Boa Vista, 40 mil venezuelanos vivem hoje na cidade, o que representa mais de 10% dos 330 mil habitantes da capital. Com isso, autoridades do estado cobram ações e recursos do governo federal para administrar a chegada dos venezuelanos.

Estado e município cobram apoio do governo federal e querem um plano para interiorizar os imigrantes, ou seja, levá-los a outras cidades ou estados com maior oferta de trabalho já que no estado prevalece o funcionalismo público.

No estado, os imigrantes fogem da fome, falta de emprego, hiperinflação e da instabilidade política no país governado por Nicolás Maduro. Três dos quatro abrigos do estado estão lotados, há milhares de venezuelanos em situação de rua e muitos dividindo casas alugadas. Em dezembro, estado decretou situação de emergência.

Na última semana, duas dessas residências ocupadas por venezuelanos foram incendiadas. Cinco pessoas ficaram feridas, incluindo uma menina de 3 anos. No domingo (11), o guianense Gordon Fowler, de 42 anos, foi preso em flagrante suspeito dos ataques. Em audiência de custódia, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva e ele foi mandado para a Penitenciária Agrícola de Monte Cristo.

No dia 8, os ministros Torquato Jardim, Raul Jungman e Sergio Etchegoyen estiveram no estado para buscar soluções para enfrentar a imigração desordenada. Eles também se reuniram com a governadora Suely Campos.

Em visita à praça Simón Bolivar, na zona Sul da cidade, que está ocupada por mais de 300 venezuelanos recém-chegados a Roraima, o ministro da Defesa disse que a situação é preocupante: `choca muito´.

Durante a visita dos ministros, foi apresentado um plano semelhante ao anunciado por Temer nesta segunda. As medidas apontadadas foram: reforço na segurança da fronteira, projeto piloto para absorver a mão-de-obra venezuelana, revalidação de diplomas para professores e médicos venezuelanos e censo de venezuelanos que estão no Brasil.

 

Sobrevivente de queda em ultraleve no Acre passa por terceira cirurgia e está em coma, diz família

Luiz Alberto respira com ajuda de aparelhos, segundo o primo. Ele está internado no Pronto-Socorro de Rio Branco. Acidente ocorreu no domingo (11), no km 9 da BR-364.

Quésia Melo, G1 Ac, Rio Branco | Publicada em 12/02 - 15h00

Luiz Carlos Alberto, de 40 anos, que sobreviveu a uma queda de ultraleve trike, na tarde de domingo (11), passou por uma terceira cirurgia, e permanece internado em coma e respira com ajuda de aparelhos.

Alberto está no Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb). O estado de saúde dele foi confirmado nesta segunda-feira (12) pelo primo dele, Juraci Nogueira.

Alberto ficou ferido e Geliton Roque, de 41 anos, morreu durante o acidente que ocorreu no quilômetro nove da BR-364, próximo ao posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF-AC), na capital acreana.

“Ele [ Alberto] não melhorou. Está em coma, o quadro é o mesmo. O estado é grave. O médico deu 48 horas, a partir de ontem [domingo, 11], para que ele tenha alguma reação. Ele também precisou tomar sangue ontem à noite. Estamos todos acompanhando a situação”, afirma o primo.

Ao G1, a Aeronáutica informou que o acidente está sendo apurado pelo Sétimo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa 7), órgão subordinado ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Força Aérea Brasileira (FAB).

Video minutos antes de acidente

Um vídeo mostra Alberto e Roque voando no ultraleve minutos antes de caírem com o veículo. As imagens foram gravadas por Euzir Costa, que também é piloto e vice-presidente da Federação Acreana de Paramotor (Fapmotor).

Costa relatou que, ao perceber o acidente, ficou nervoso e parou a gravação. Nas imagens é possível ver o passageiro e o condutor se organizando no ultraleve e, em seguida, decolando em um voo aparentemente normal. A dupla já estava com ao menos um minuto de voo quando aconteceu o acidente.

Voo de treinamento

Nogueira relatou que Alberto tem prática com paramotor. No entanto, o primo e o condutor estavam em um aparelho chamado trike ultraleve, que é um tipo de asa delta com triciclo motorizado e faziam um voo de treinamento e reconhecimento do aparelho.

“Esse é um aparelho bem maior e com a asa grande e que não tem a segurança de um paramotor, mas, como ele [Alberto] tinha comprado, estava fazendo o voo de treinamento. Esse instrutor veio de Roraima para dar esse treinamento. Veio para dar essas aulas e acabou acontecendo essa tragédia”, lamentou Nogueira.

 

AGÊNCIA BRASIL


Governo reabre prazo para emissoras de rádio AM pedirem migração para FM


Publicado em 11/02 - 12h00

O governo federal vai reabrir o prazo para que os proprietários de rádios que ainda operam na faixa AM solicitem a migração para a FM. Segundo o ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTIC), Gilberto Kassab, nos próximos dias o governo publicará um decreto dando prazo de 180 dias para que os interessados façam a solicitação.

“Todos terão a oportunidade de fazer a migração a partir de agora”, disse o ministro no programa Por Dentro do Governo, da TV NBR, emissora da EBC.

Das 1.781 rádios AM no Brasil, 1,5 mil solicitaram a mudança. Na primeira etapa, cerca de 960 emissoras poderão operar na faixa atual de FM, de 88 megahertz (MHz) a 108 MHz. As demais candidatas terão que esperar a conclusão do processo de digitalização da televisão, que vai liberar espaço para a modificação.

Segundo Kassab, com a migração, as emissoras poderão prestar melhores serviços com qualidade de som aperfeiçoada. “A comunicação cada vez mais é local, as empresas são locais e, quando migra da AM para a FM, o sinal atinge menores distâncias, mas melhora sensivelmente a qualidade, há bem menos interferências”, explicou. “Além disso, o custeio da rádio é mais baixo, os equipamentos mais baratos, sobra [mais recursos] para a rádio contratar mais profissionais e fazer uma programação melhor”, acrescentou o ministro.

Após a assinatura do termo com o Ministério, as rádios devem apresentar uma proposta de instalação da FM e solicitar à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) a permissão de uso da radiofrequência. Depois da liberação da Anatel, os veículos já podem começar a transmitir a programação na faixa de FM.

Para fazer a migração, os radiodifusores terão que pagar entre R$ 8,4 mil e R$ 4,4 milhões, que é o valor da diferença entre as outorgas de AM e de FM. As emissoras também precisarão adquirir equipamentos para a transmissão do novo sinal. Segundo Kassab, o governo abriu linhas de financiamento para que as empresas comprem esses equipamentos e consigam fazer a migração.

A migração de faixa é uma antiga reivindicação dos radiodifusores e foi autorizada por um decreto presidencial em 2013. As rádios AM têm enfrentado queda de audiência e de faturamento devido a interferências na transmissão de sua programação. Além disso, não podem ser sintonizadas por dispositivos móveis, como celulares e tablets.

Marco legal

Durante o programa, o ministro Gilberto Kassab revelou que nos próximos dias será assinado o Marco Legal da Ciência, Tecnologia e Inovação. “É uma lei inovadora. Esse decreto regulamenta toda a legislação e nos dá oportunidade de ter uma operação muito mais inteligente e racional de todo o sistema da ciência brasileira”, disse.

Segundo o ministro, há anos a legislação nessa área precisava ser atualizada. “Ela consolida uma retaguarda do governo brasileiro para que a ciência do país, seja ela vinculada aos investimentos públicos ou privados, possa continuar avançando e gerando importantes ações que promovam o desenvolvimento do país”, argumentou.

O texto, por exemplo, vai desburocratizar a importação de insumos. “Todos sabem quanto é burocratizada a importação, o quanto às vezes atrapalha ou faz com que uma pesquisa seja perdida”, disse Kassab, explicando que, a partir do novo marco legal, os processos com a Receita Federal serão mais ágeis.

Internet para Todos

O ministro Kassab também falou sobre o lançamento do programa Internet para Todos, que vai possibilitar a chegada da banda larga em todos os lugares do país. As conexões do programa serão feitas por meio do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas (SGDC), em órbita desde maio de 2017.

“Temos que trabalhar para que a internet seja mais barata e mais acessível, porque isso é uma questão de justiça social”, defendeu.

Segundo Kassab, 30% da capacidade do satélite será usada pelo Ministério da Defesa, no monitoramento das fronteiras brasileiras. O Ministério da Educação também fará uso da tecnologia para levar banda larga a todas as escolas do país. A meta, por meio da operação desse satélite, em quatro ou cinco anos, é zerar levar internet às instituições de ensino públicas que não têm internet. Um convênio semelhante foi feito com o Ministério da Saúde, para levar internet às unidades públicas de saúde.

A disponibilização da banda larga será feita por meio de convênios com as prefeituras, e todas as operadoras terão a oportunidade de participar, em parceria com a Telebrás, disse Kassab. A expectativa é que sejam firmados convênios com as 300 primeiras prefeituras até o final de janeiro.

Ainda no mês de janeiro, começou o prazo para o credenciamento das empresas interessadas em participar do programa Internet para Todos. Para isso, elas devem encaminhar um documento com a solicitação para a Secretaria de Telecomunicações (Setel) do MCTIC. Além do Imposto Sobre Serviços (ISS), as operações serão isentas do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) e contarão com infraestrutura local. O programa não oferecerá o serviço gratuito, mas a preços reduzidos.

A empresa deve indicar a localidade de interesse, demonstrar capacidade para atendê-la e apresentar proposta de atendimento indicando velocidades, cronograma, estimativa de preço, tecnologia e serviço a ser ofertado, além de comprovar que atende aos requisitos previstos pela Anatel para a prestação do Serviço de Comunicação Multimídia.

Caberá ao município selecionar um terreno na localidade indicada para a instalação de uma antena pela empresa de internet credenciada para prestar o serviço. Além de garantir a segurança desse terreno, a prefeitura também deverá arcar com as despesas de energia elétrica que essa antena vai consumir.

 

PORTAL EXAME.COM


Colômbia abre campo de refugiados para venezuelanos em fuga

Quase 96.000 venezuelanos entraram na Colômbia em novembro e cerca de 60.000 foram para Roraima, no Brasil

Por Andrew Rosati, Samy Adghirni E Matthew Bristow | Publicada em 12/02 - 6h00

A Colômbia instalou um abrigo junto à sua fronteira oriental para amparar a multidão de venezuelanos que fogem do desastre econômico e do governo autocrático de Nicolas Maduro e da devastação econômica. Políticos no Brasil pedem que o governo brasileiro também monte estrutura para receber os venezuelanos.

Os campos de refugiados, um elemento trágico comum na África e no Oriente Médio, são raros na América do Sul. No entanto, a migração de venezuelanos é de um volume inédito na região desde os conflitos armados que a assolaram há mais de duas décadas.

“Não há nada comparável, em termos de resposta a uma crise, desde os conflitos da Guerra Fria”, disse Geoff Ramsey, especialista em Venezuela na ONG The Washington Office on Latin America.

Quase 96.000 venezuelanos entraram legalmente na Colômbia em novembro, mais do dobro do número registrado no mesmo mês do ano anterior. Cerca de 60.000 venezuelanos estão atualmente em Roraima, no Brasil, de acordo com deputados do Estado.

Nos dois países, autoridades têm tido dificuldade para lidar com esse fluxo de pessoas. O governo colombiano desalojou no mês passado centenas de venezuelanos que haviam ocupado um campo de esportes na cidade fronteiriça de Cúcuta, que se tornou um centro para os migrantes que se dirigem para outros lugares da América do Sul em busca de uma vida nova. Entre os desalojados, cerca de 130 foram deportados, a maioria de volta para o outro lado da fronteira.

“Estamos sendo o mais generosos possível com a situação dos venezuelanos”, disse a ministra colombiana das Relações Exteriores, María Angela Holguín, a jornalistas em Bogotá na semana passada. “Mas é preciso haver ordem.”

No sábado, o governo colombiano abriu o chamado Centro de Serviços Temporários nos arredores de Cúcuta. A instalação, que fornece comida e alojamento para 120 pessoas por até 48 horas, é administrada pela Cruz Vermelha e pela Agência das Nações Unidas para as Migrações.

“Este é um centro de atendimento para as pessoas que estão em viagem, que descansam ali enquanto conseguem transporte”, disse Pepe Ruiz, prefeito do distrito. “Eu acho que eles não deveriam permanecer lá porque isso seria desastroso”.
 

Roraima

A abertura do abrigo colombiano ocorreu dias depois de quatro deputados de Roraima terem se reunido em Brasília com o presidente Michel Temer, a quem entregaram uma carta cobrando a instalação de um centro de refugiados na fronteira ocidental do Brasil.

“As praças e ruas estão cheias de venezuelanos”, disse o deputado Remídio Monai (PR) em entrevista à Bloomberg na segunda-feira. “Isso cria animosidade em relação aos venezuelanos. O governo federal está vendo tudo de longe, tranquilo.”

Monai disse que a ONU poderia ajudar autoridades brasileiras a instalar acampamentos, mas isso poderia encorajar ainda mais pessoas a fugirem. O deputado relatou ter pedido que o governo brasileiro envie dinheiro, reforce o controle das fronteiras e transfira os venezuelanos para outros Estados.
 

Assunto local

O ministro brasileiro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, disse à Bloomberg News na segunda-feira ser contra a instalação dos migrantes em campos de refugiados e que, até o momento, o governo federal não está considerando essa opção. Os venezuelanos precisam “é de assistência social, especialmente assistência médica” por parte das autoridades em Roraima.

Monai disse que a situação de emergência em seu estado não irá diminuir em breve.

“A situação na Venezuela é de grande desespero e provavelmente esse fluxo vai continuar”, disse ele. “As pessoas estão dispostas a caminhar grandes distâncias para chegar a Roraima.”

 

PORTAL PALÁCIO DO PLANALTO


Temer: não faltarão recursos para resolver a situação dos venezuelanos no Brasil

Em Roraima, o presidente da República, Michel Temer, anunciou uma atuação conjunta para o problema da imigração venezuelana no estado

Publicada em 12/02 - 22h06

Em reunião com líderes políticos de Roraima, o presidente da República, Michel Temer, assegurou nesta segunda-feira (12) que não faltarão recursos para a situação dos venezuelanos no estado. “Todos os recursos necessários serão encaminhados para solucionar a questão dos venezuelanos, no aspecto humanitário, mas também a solução para o estado de Roraima”.

Em Boa Vista, o presidente também anunciou a edição de uma medida provisória, ainda esta semana, que vai contribuir com a liberação de recursos para o estado. Além disso, o governo vai criar uma coordenação conjunta de diferentes esferas do governo, um comitê nacional entre União, estado e municípios. “Significa uma ação federal em conjunto com o estado de Roraima para solucionar essa questão que aflige o estado de Roraima e hoje também o Brasil”.

De acordo com a prefeitura de Boa Vista, cerca de 40 mil venezuelanos vivem em abrigos na capital, fugindo de forte crise econômica do país vizinho.

Entre as ações desenvolvidas pelo Governo do Brasil para ajudar no fluxo migratório, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, sinalizou a criação de uma coordenação humanitária comandada pelas Forças Armadas, a instalação de hospital de campanha e centros de triagem, além de reforço nas fronteiras.

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, reforçou a criação de uma força-farefa para apoio logístico e comentou sobre a necessidade da liberação de recursos imediatos em caso de fluxo migratório.

A reunião contou com a presença dos ministros da Defesa, Raul Jungmann; da Justiça e Segurança Pública, Torquato Jardim; da Secretaria-Geral da Presidência da República, Moreira Franco, do ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, Sérgio Etchegoyen, além de líderes políticos de Roraima.

 

PORTAL SPUTNIK BRASIL


Empresa espacial russa e Boeing poderão se tornar coproprietárias da EEI?

O jornal The Washington Post informou, citando fontes da NASA, que a administração estadunidense pretende transformar a Estação Espacial Internacional (EEI) em um projeto privado atraindo grandes empresas. Especialista acredita que a empresa estadunidense Boeing e a companhia espacial russa S7 poderão se tornar no futuro coproprietários da EEI.

Publicada em 12/02 - 13h55

Anteriormente, a edição The Verge comunicou que os Estados Unidos deixarão de financiar o projeto da EEI após 2024.

Segundo Andrei Ionin, especialista da Academia Russa de Cosmonáutica, o projeto da EEI deveria chegar ao fim um dia, especialmente agora, quando o principal investidor do programa, os EUA, tem outro objetivo para financiar — o programa lunar.

"Mesmo o orçamento da NASA não pode sustentar estes dois programas ao mesmo tempo. Por isso os EUA avisaram com antecedência sobre a intensão de terminar o financiamento por volta de 2024", comentou Ionin.

Agora, Washington, como investidor principal, tem duas opções: afundar a EEI ou encontrar investidores privados, que possam financiar parcialmente o funcionamento da estação. Os Estados Unidos escolheram a segunda, pois é mais prática.

"Que me perdoe Elon Musk [dono da empresa aeroespacial SpaceX], mas no momento há apenas uma grande empresa capaz de `puxar´ este projeto do ponto de vista financeiro. É a Boeing", explicou, acrescentando que podem aparecer outras companhias interessadas no projeto e então a Boeing encabeçaria a cooperação.

Quanto a propostas russas, o especialista indicou a empresa espacial russa S7 Space, que possui o cosmódromo flutuante Sea Launch. Anteriormente, a S7 Space propôs criar com base na parte russa da EEI um hub orbital que serviria de plataforma de carga intermediária para realizar voos à Lua. Tal projeto, segundo Ionov, permitiria reduzir as despesas com voos interplanetários.

No entanto, avança, a transformação da EEI em um projeto privado depende das decisões dos países-participantes do programa, em primeiro lugar da Rússia e EUA, além dos parceiros europeus.

"É importante que a Rússia já tem uma proposta de uma grande empresa. É uma boa proposta porque, caso seja concretizada, a estação se tornará uma plataforma importante para voos ao espaço longínquo e não apenas uma atração para turistas ricos", concluiu.

 

OUTRAS MÍDIAS


FOZ DO IGUAÇU DESTINO DO MUNDO (PR) - Foz do Iguaçu busca novos voos na Routes Americas 2018


Publicada em 11/02/2018

Em pleno feriado de Carnaval, o secretário de Turismo, Indústria, Comércio e Projetos Estratégicos, Gilmar Piolla, participa da 11ª edição da Routes Americas 2018, a mais importante feira da indústria da aviação civil do continente americano, que acontecerá entre os dias 13 e 15 de fevereiro, em Quito, capital do Equador. Evento reunirá representantes de 80 companhias aéreas, 150 aeroportos e 35 destinos turísticos.

De acordo com o secretário, que estará acompanhado de representantes da Infraero e da Promo Inteligência Turística, consultoria contratada pela Gestão Integrada do Turismo, participação na Routes Américas será "uma oportunidade de estreitar relacionamento com as companhias aéreas, negociar acordos de codeshare e captar novos voos para o destino".

Foz do Iguaçu é o único destino turístico brasileiro a marcar presença no evento.

"Temos 14 reuniões marcadas com companhias aéreas que demonstram interesse em conhecer o nosso potencial", afirma Piolla.

Atrair mais voos de países da América do Sul e América Central para o Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu é um dos maiores desafios para incrementar o fluxo de turistas estrangeiros. Segundo Piolla, a ampliação da oferta de assentos resultará na diminuição do custo das passagens aéreas e, consequentemente, possibilitará a vinda de mais turistas estrangeiros para o destino. Com o aumento do fluxo turístico, haverá impacto positivo na economia local.

"Foco é melhorar nossa conectividade aérea com países da América do Sul e da América Central. É o que a pista atual do nosso aeroporto nos permite neste momento. Mas já iniciaremos contatos de prospecção de voos para América do Norte e países europeus, pois temos a perspectiva de ampliação da pista do aeroporto de 2.195 para 3 mil metros", afirma.

Piolla está otimista com as negociações envolvendo a Copa Airlines para lançamento, ainda este ano, de voo direto ligando Foz do Iguaçu à Cidade do Panamá. "Hub da Copa no Panamá nos conectará diretamente com Canadá, Estados Unidos, México e o Caribe. Com a implantação do visto eletrônico para os turistas dos Estados Unidos e do Canadá, será um importante elo de ligação para esses mercados", acredita.

Potencial

De acordo com a Infraero, o Aeroporto Internacional de Foz do Iguaçu registrou movimentação recorde no ano passado, com crescimento de 17,64% do número de embarques e desembarques em relação a 2016, sendo o maior dentre os 30 principais aeroportos do Brasil. Foram 2,1 milhões de passageiros em 2017. Este número mostra um crescimento acima da média entre os aeroportos brasileiros, que registraram crescimento de 2% a 5%.

Atualmente o terminal opera com uma média de 27 voos diários e possui capacidade para receber até 2,8 milhões de passageiros por ano. Terminal de passageiros será repaginado este ano e vai receber os tão esperados fingers.

 

DIÁRIO DO SERTÃO (PB) - Senador da Paraíba faz pouso arriscado em Cajazeiras e técnicos apontam pane no motor

O avião bimotor sofreu pane em um dos motores e a suspeita é de entupimento em uma das bombas.

Luzia De Sousa | Publicada em 12/02 - 09h01

Esse sábado (11) foi repleto de emoção para o senador José Maranhão (MDB), que é pré-candidato ao Governo do Estado. De acordo com informações da imprensa, o senador realizou um pouso dramático no aeroporto regional Pedro Vieira Moreira, em Cajazeiras, Sertão da Paraíba, onde prestaria coletiva com à imprensa.

O avião bimotor sofreu pane em um dos motores e a suspeita é de entupimento em uma das bombas. O senador contava com sete minutos de combustível, mas ele conseguiu pousar no tempo limite em segurança.

Impossibilitado de voltar no mesmo bimotor, outro avião foi buscá-lo para que o senador continuasse cumprindo sua agenda durante o carnaval. Técnicos já estão a caminho de Cajazeiras para identificar o que causou a falha mecânica.

Entrevista

Durante uma hora e meia, o senador respondeu aos radialistas presentes na câmara municipal de vereadores, e foi enfático ao ressaltar que seu nome está à disposição dos paraibanos nas eleições deste ano.

Cajazeiras

Inaugurado em 28 de novembro de 2016 pelo governador Ricardo Coutinho (PSB), após quase duas décadas de espera, o aeroporto regional, Pedro Vieira Moreira, com sede da Terra do Padre Rolim continua sem nenhuma proposta para operar linhas comerciais.

 

CORREIO 24 HORAS (BA) - Drones são apreendidos pela polícia nos três primeiros dias de Carnaval

Os equipamentos não possuíam liberações necessárias para funcionamento

Publicada em 11/02 - 16h22

Dois drones que operavam de forma irregular foram apreendidos pelas polícias Militar e Civil durante os três primeiros dias de Carnaval em Salvador. Os equipamentos estavam sendo utilizados no circuito Dodô (Barra/Ondina).

Os operadores dos drones recolhidos não possuíam as liberações emitidas pelas agências Nacional de Aviação Civil (Anac) e Nacional de Telecomunicações (Anatel). Outros dois equipamentos foram apreendidos, mas liberados depois que os policiais constataram que os responsáveis portavam a documentação dos dispositivos e estavam regularizados.

"Além das irregularidades junto aos órgãos competentes, as aeronaves não possuíam autorização junto ao sistema de controle de acesso ao espaço aéreo, cedida pelo Departamento de Controle do Espaço Aéreo (Decea)", explicou o coordenador do Centro de Controle Operacional da Polícia Civil no Carnaval, delegado Jorge Figueiredo, por meio de nota da Secretaria de Segurança Pública do estado (SSP-BA).

Também por meio de nota, o tenente-coronel da PM Renato Lima, comandante do Grupamento Aéreo da PM, informou que a fiscalização da utilização de drones deve ser feita quando a operação do equipamento coloca em risco a segurança de um voo tripulado. "Desde 2015 que promovemos anualmente um encontro com operadores de drones para esclarecer sobre as regras e regulamentações para a utilização dos equipamentos de forma segura e responsável”, contou o tenente-coronel.