NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Veja 10 perguntas e respostas sobre as novas regras para uso de drones


No último dia 2, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) divulgou a nova regulamentação do uso de drones – aeronaves remotamente pilotadas no Brasil. As regras tem limitações comparáveis às dos Estados Unidos e da União Europeia, e são mais liberais que as da Suécia, onde hoje só se pode fazer um drone decolar se ele não tiver câmeras, de acordo com o entendimento da Suprema Corte.

Veja abaixo dez pontos sobre a nova regulamentação da Anac.

1. O que a Anac considera um drone?
São pequenas (ou não tão pequenas) aeronaves pilotadas remotamente. Existem dois tipos: os aeromodelos, para fins recreativos, e as Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPA), que têm aplicações na agricultura, fotografia e inspeção de obras, por exemplo.

2. Quem pode operar um drone?
Pessoas maiores de 18 anos, exceto no caso dos aeromodelos, que não exigem idade mínima. As regras também proíbem que o piloto esteja sob o efeito de álcool ou outras substâncias que alterem os reflexos. Ele só pode pilotar um aparelho por vez.

3. Tenho um drone em casa para uso recreativo. Preciso cadastrá-lo na Anac?
Só se ele pesar mais de 250 g, incluindo baterias. Esses aparelhos menores são considerados licenciados desde a compra, mas alguns dos mais populares pesam mais do que isso. Aparelhos com até 25 kg precisam ser cadastrados via internet (o que não é cobrado), e o registro vale por dois anos.

Os drones mais pesados que isso, geralmente com finalidade profissional, demandam que o piloto tenha licença e que o projeto seja autorizado.

4. Quais são os limites que devem ser observados?
A aeronave pode voar a no máximo 120 m de altura. Para voar mais alto, mesmo drones pequenos precisam de registro na Anac e certificado de aeronavegabilidade.

A Força Aérea recomenda voos a no máximo 30 m de altura. A 60 m já existe o perigo de colisão com helicópteros e, quanto mais próximo de 120 m, mais perto se está de aviões. O drone também precisa estar dentro do campo de visão do piloto, ou a no máximo 500 m de distância.

5. Posso fotografar qualquer pessoa?
Desde que você tenha a autorização dela, sim. Caso você não tenha, a aeronave precisa voar a no mínimo 30 m de distância horizontal dela, independentemente da altura do voo.

Só as autoridades podem sobrevoar multidões, exceto se houver autorização expressa ou barreiras que protejam os passantes em caso de queda do aparelho. Sem isso, você pode ser denunciado à Anac e sofrer penalidades previstas no Código Brasileiro de Aeronáutica.

6. Como funciona a produção de imagens em outros locais, fora das multidões?
Se a propriedade for sua e todos tiverem topado, você faz a imagem que quiser, respeitando os limites de altitude e tamanho do drone. Para filmar em propriedade alheia, é preciso autorização dos responsáveis. Em eventos privados, como casamentos, todos os envolvidos devem aprovar.

Em lugares como estádios, ainda é necessário permissão, mas os organizadores podem incluir a autorização de direito de imagem na venda dos ingressos. Para ultrapassar fronteiras nacionais, a Anac deve aprovar o voo.

7. Há restrição de voo em cidades ou lugares?
Mais ou menos. Na prática, a regra dos 30 m impede o uso legal de um drone na rua, já que é muito difícil manter essa distância horizontal de passantes em cidades. Isso pode impedir o trabalho jornalístico com drones.

Em julho, a Força Aérea deve atualizar a resolução que determina as distâncias mínimas em relação a aeroportos, hospitais, escolas, igrejas e áreas densamente povoadas. Hoje não é permitido voar a menos de 5,4 km de aeroportos (ou 9 km, dependendo da altura do voo).

8. Posso usar um drone para transportar pequenas cargas?
Não. Apesar de empresas como a Amazon procurarem desenvolver tecnologia para usar drones em entregas, nenhum lugar do mundo permite isso atualmente.

9. E se eu violar a lei?
Você pode ser denunciado à polícia e estará sujeito a penas do Código Penal e do Código Brasileiro da Aeronáutica.

10. Como são as regras nos Estados Unidos?
Não é permitido voar mais alto que 400 pés (121 m) e é necessário manter distância de áreas povoadas. O drone
não pode pesar mais que 25 kg e precisa estar sempre à vista do operador. É proibido fazer imagens aéreas dentro de parques nacionais e há severas restrições para sobrevoar a capital, Washington. Também é preciso manter distância de 5 milhas (8 km) de aeroportos e existe uma lista detalhada de zonas de exclusão aérea.

 

Limite a uso de drones se assemelha a regra dos Estados Unidos


Marcelo Soares |

A nova regulamentação de drones, as aeronaves remotamente pilotadas, tem limitações comparáveis às dos Estados Unidos e da União Europeia. As novas regras foram divulgadas pela Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) na semana passada.

Por ora, as regras ainda são bem mais liberais que as da Suécia, onde hoje só se pode fazer um drone decolar se ele não tiver câmeras, de acordo com o entendimento da Suprema Corte. Agora, o Parlamento busca aprovar uma lei, que valerá a partir de agosto, permitindo maior uso de drones para captação de imagens.

O principal ponto questionado por fotógrafos na regra brasileira é a distância horizontal que ela determina em relação à pessoa mais próxima que não deu permissão para aparecer em fotos.

A qualquer altura, a câmera deve estar a 30 metros de distância do desavisado mais próximo ou de edificações. A regulamentação da Anac também proíbe o uso de drones para acompanhar aglomerações de pessoas, como na filmagem de protestos, exceto por parte de autoridades.

Isso, na prática, impede a captação de imagens em ruas de cidades, principal uso jornalístico das imagens. Não há exigência de distância mínima para fotos feitas com equipamento tradicional em janelas de prédios, por exemplo, mas nesses casos a câmera não voa.

Já existem empresas que oferecem cursos a quem quiser pilotar drones. Raquel Molina, diretora da escola Futuriste, diz que o seu maior público é formado por fotógrafos e produtores de vídeo. Segundo ela, as questões que envolvem o direito de imagem não mudam quando a câmera voa. O que muda é o risco de acidente. "Muitas pessoas primeiro derrubam seu drone e depois vêm fazer o curso", brinca.

Segundo o texto da regulamentação da Anac, a exigência de anuência se deve à segurança: "A Anac esclarece àqueles que livremente optarem por dar essa anuência que não é possível garantir um nível de risco aceitável de segurança operacional e que o controle da exposição a esse risco é de sua inteira responsabilidade".

No Brasil, a regulamentação do uso de drones é feita por dois órgãos. A Anac trata do registro de aeronaves e da certificação dos pilotos. Cabe a ela dizer quem, o quê e como pode voar. O DCEA (Departamento de Controle do Espaço Aéreo), órgão da Aeronáutica, trata do uso do espaço aéreo, ou quando e onde é possível voar.

Drones que pesem menos de 25 quilos, porém, não precisam ter seus voos informados ao DCEA.

Segundo o tenente-coronel Jorge Vargas, do DCEA, no início de julho o órgão deve atualizar a portaria que determina, entre outras coisas, as condições para o uso de drones no espaço urbano. Estão em estudo, ainda sem prazo para conclusão, regulamentações específicas para o uso de drones por órgãos de segurança pública e pela imprensa.

Os limites da Anac se baseiam nos determinados pela lei dos EUA, com uma diferença: lá, a mesma lei define questões específicas, como a distância mínima em relação a aeroportos (8 km) e a proibição o uso de drones em parques nacionais. Nos EUA, a lei também inclui exceções que permitem licenças especiais para quem produz imagens profissionalmente, incluindo para fins jornalísticos.

Como a regulação do espaço aéreo no Brasil é da competência de dois órgãos diferentes, haverá regulamentações diferentes para aspectos diferentes do uso de drones.

CARTEIRA DE VOO

O fotógrafo Luiz Guarniere, 52, vê com bons olhos a regulamentação do setor, esperada há quatro anos por ele. Fotógrafo, tem uma empresa que faz imagens com drones há três anos e é sócio-fundador da ABN (Associação Brasileira de Multirrotores). "Vai ser perfeito se o sistema todo funcionar. Pra quem quer trabalhar sério é muito importante", diz.

Para Guarniere, dono de seis drones, um dos principais pontos das novas regras é a exigência de uma espécie de "carteira de habilitação" para voos acima de 120 metros. "Nós usamos equipamentos remotamente controlados que estão em faixas de voo de helicópteros. Tem pessoas ali, se eu entrar em alguma rota posso causar um problema."

Com a nova regulamentação, os donos de drone que antes se sentiam "pisando em ovos" sem saber o que era permitido, ficam mais tranquilos para utilizar o equipamento.

A única crítica do fotógrafo é o cadastro de voos, que depende de uma aprovação da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) que é demorada. "Estamos com um pouco de problema no sistema, mas já estamos em contato para arrumar o mais rápido possível".

A agência exige o cadastro porque os aparelhos que transmitem imagens emitem radiofrequências que podem interferir em comunicações.

 

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Reforço americano no Afeganistão deve ter avião brasileiro

Modelo Super Tucano, da Embraer, já é utilizado pela Força Aérea afegã no combate a rebeldes do grupo Taleban

Roberto Godoy |

O envio de novas tropas dos Estados Unidos – cerca de 3 mil soldados e fuzileiros – para expandir as ações contra militantes jihadistas no Afeganistão está em fase final de elaboração pelo Comando Conjunto das Forças Armadas, em Washington. 

A junta prepara uma proposta para ser apresentada nas próximas semanas ao presidente Donald Trump, segundo revelou o chefe do grupo, general Joe Dunford. Há dois dias, circularam informações de que os atuais quase 9 mil militares americanos mantidos em território afegão receberiam reforços. Dunford destacou que a “no alto da lista” de prioridades do Pentágono na luta com a Al-Qaeda e o Estado Islâmico estão “a qualificação e o equipamento adequados das forças locais”.

A notícia do general, veterano das guerras do Golfo, do Iraque e do Afeganistão – na fase em que os combatentes dos EUA chegavam a 120 mil – é boa, de certa forma, para o Brasil. A estratégia prevê a aquisição de aviões leves de apoio e interdição para serem entregues em Cabul.

A aviação afegã já usa com sucesso 12 Super Tucanos A-29, turboélice de ataque ao solo da Embraer. A frota realiza em média 65 saídas de fogo por mês. A compra, prevendo o repasse do lote, foi feita pelo governo americano por meio do grupo Sierra Nevada, associado da empresa aeronáutica brasileira.

O contrato de US$ 427 milhões cobre 20 aeronaves – oito delas permanecerão na Base Aérea Moody, um centro de treinamento no Estado da Geórgia. O A-29 leva até 1,5 tonelada de bombas, mísseis e foguetes, mais duas metralhadoras .50 orgânicas do avião.

Para o general John Nicholson, comandante da operação das forças americanas no Afeganistão, a situação no momento “é a de um impasse que precisa ser destravado”. Em informe ao Congresso, Nicholson lembrou que o Exército afegão, embora tenha conseguido neutralizar várias lideranças radicais, “42 delas em uma única ação”, também sofreu muitas baixas na luta com o Taleban. Ele considerou a relação “um péssimo equilíbrio”.

 

REVISTA ISTO É


Força Nacional vai começar operação no Rio na segunda-feira


O reforço de 300 policiais da Força Nacional, que chegou ao Rio há dois dias, vai às ruas na segunda-feira (15). As operações vão focar, em um primeiro momento, o combate ao roubo de cargas e a repressão ao crime organizado. As primeiras ações vão se concentrar na zona norte da cidade, junto aos complexos do Chapadão e da Pedreira, onde ocorrem a maior parte dos ataques a caminhões.

As informações foram divulgadas pelo subsecretário de Segurança do Rio, Roberto Alzir. Ele se reuniu, na tarde desta quinta-feira (11), com o diretor da Força Nacional , coronel Joviano Conceição Lima, com o comandante da Força Nacional na operação no Rio, coronel Benedito Pereira, além de representantes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), da Polícia Civil e da Polícia Militar.

“A ideia é aplicar esse efetivo no controle da criminalidade violenta, do crime organizado, com foco no roubo de veículos, na letalidade violenta e no roubo de cargas. Esse efetivo vai atuar nas manchas criminais, em cima de análises que realizamos, que apontam pontos críticos de criminalidade. Vias expressas também serão reforçadas”, disse Alzir.

O subsecretário deixou claro que, em uma primeira fase, os integrantes da Força Nacional não vão entrar em favelas, realizando cerco no entorno. “O planejamento é dinâmico. Num primeiro momento a ideia é que a Força Nacional nos ajude no patrulhamento dessas vias expressas, no cerco dessas regiões, e que o policial local, mais acostumado com essa dinâmica de incursões, faça essa ação”, explicou.

Alzir comentou também a possibilidade do estado receber efetivo das Forças Armadas, como ocorreu no passado, durante processos prévios de implantação de unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). “Nenhum apoio está descartado por parte do estado. O governador sinalizou ao presidente Temer a necessidade de apoio do governo federal. Havendo o apoio das Forças Armadas, se somará a esse esforço nosso no controle da criminalidade”, disse Alzir, que cogitou pedir a prorrogação da Força Nacional por mais 90 dias.

Além dos 300 integrantes recém-chegados, a corporação tem mais 125 agentes que já estavam no estado desde fevereiro, convocados durante movimento de paralisação da Polícia Militar e para garantir as votações de medidas fiscais impopulares na Assembleia Legislativa.

A PRF não definiu o número de agentes que reforçarão a segurança no Rio nem quando chegam. Entre a missão prioritária da entidade está a de combate ao tráfico de armas nas estradas.

 

JORNAL VALOR ECONÔMICO


"Aplauso na vida pública não está nada fácil", diz Temer


Por Bruno Peres |

BRASÍLIA - O presidente Michel Temer afirmou nesta quinta-feira (11) “contar enormemente” com as Forças Armadas para a atuação da União no reforço à segurança pública nos Estados. Segundo o presidente, não há “titubeio” por parte dos militares quando são convocados para conter crises na área que ultrapassam fronteiras territoriais e jurídicas.

Temer destacou que o reforço militar em geral é aplaudido pela população quando chega aos Estados que solicitam apoio da União. “E aplauso na vida pública, nos dias de hoje, não está nada fácil”, disse ele, durante cerimônia restrita do Exército em Brasília.

"Raivosidade"


O pemedebista, que completa amanhã (12) um ano de gestão, após o início do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT), voltou a criticar o que classificou como “certa raivosidade” entre setores da sociedade no debate político em curso no Brasil e afirmou que tem procurado, à frente de seu cargo, pacificar o país.

“A obrigação que tenho feito ao longo do tempo é exata e precisamente a pacificação entre os brasileiros, eliminar uma certa raivosidade existente entre setores da sociedade”, disse o presidente, ao destacar o papel das Forças Armadas na garantia da paz, ainda que o país não passe por períodos de guerra.

“Vivemos nos últimos tempos uma certa animosidade entre brasileiros, o que é inteiramente condenável, não me canso de repetir”, afirmou.

 

Trava negociação em torno de aposentadoria de militares


Edna Simão |

O impacto fiscal que a reestruturação dos planos de carreiras dos militares pode trazer para as contas públicas está emperrando as negociações em torno de mudanças nas regras de aposentadoria das Forças Armadas. Segundo técnicos ouvidos pelo Valor PRO, serviço de informação em tempo real do Valor, a reestruturação da carreira significa "algum impacto fiscal de curto prazo em troca de uma reforma estruturante no longo prazo".

A ideia do governo é finalizar um texto com a contribuição das Forças Armadas para a Reforma da Previdência Social ainda em maio para encaminhá-la à Câmara dos Deputados entre junho e julho. O envio, no entanto, dependerá do ambiente político pois não pode contaminar as discussões para garantir a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287, que trata da reforma da Previdência Social.

O problema para retirar do papel o projeto das regras de "aposentadoria" dos militares, ou seja de reserva e reformado, é que, atualmente, não há folga no orçamento para conceder benesses, como a reestruturação das carreiras, que implicam aumento salarial num momento de forte restrição fiscal.

Nos bastidores, uma fonte disse que o impacto da reestruturação do plano de carreira dos militares, seria de bilhões ao longo de quatro anos. Um dos números mencionados é de algo em torno de R$ 30 bilhões. Esse montante pode variar dependendo dos termos da reestruturação das carreiras. O temor de alguns dentro do governo é de que esse custo inviabilize as mudanças.

Outro técnico disse que "esses valores ou quaisquer outros não procedem", pois a proposta ainda não está fechada. "Estamos fazendo as contas", contou. Além disso, ainda não está descartada a possibilidade de se fazer apenas as mudanças na Previdência Social, ou seja, todas as possibilidades estão sendo consideradas. "Garanto que as negociações estão evoluindo para que saia mais uma medida estruturante", ressaltou o técnico. "O mais importante é que os militares sabem de suas responsabilidades em relação aos desafios fiscais que temos no curto e no longo prazos."

Representantes do governo têm reforçado que as Forças Armadas, assim como acontece em vários países, devem ter um regime diferenciado de aposentadoria. A intenção é aproximar, ao máximo, as regras dos militares daquelas que serão exigidas da maior parte da população.

Dentre as propostas em estudo estão o aumento do tempo de serviço do militar de 30 para 35 anos, a idade mínima para passarem para a reserva e a cobrança de uma alíquota de 11% de contribuição para os pensionistas, que hoje são isentos. Também pode haver aumento no percentual descontado dos salários para contribuir com a Previdência.

O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, por exemplo, já disse que os militares serão atingidos pela reforma que estabelece idade mínima de aposentadoria de 65 anos para homens e 62 anos para mulheres, mas haverá especificidades inerentes à categoria. No geral, as aposentadoria dos militares seriam limitadas por exemplo, ao teto de aposentadoria do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), que atualmente é de R$ 5.531,31, deixando de passar para a reserva com o benefício equivalente ao salário dos militares da ativa.

Quando encaminhou a PEC 287 foi encaminhada ao Congresso, em dezembro, o governo Temer foi alvo de inúmeras críticas por deixar de fora os militares, cujo déficit com aposentadorias e pensões é expressivo.No ano passado, o regime de previdência dos militares teve um rombo de R$ 34,069 bilhões, ante R$ 32,506 bilhões de 2015, segundo o Relatório Resumido da Execução Orçamentária, divulgado pelo Tesouro Nacional.

Se considerado o regime dos servidores civis, o resultado negativo foi de 43,082 bilhões em 2016, ante R$ 40,007 bilhões de 2015. Consolidando os dados, o Regime Próprio de Previdência dos Servidores Públicos federais, incluindo militares, fechou o ano de 2016 com um déficit de R$ 77,151 bilhões, o que representa um aumento de 6,4% ante 2015 (R$ 72,514 bilhões).

 

JORNAL ZERO HORA


"Se o piloto cumprir as regras, não tem problema", diz especialista sobre voo baixo de avião na Capital

Para o diretor da Faculdade de Ciências Aeronáuticas da PUCRS, apesar de provocar curiosidade e assustar moradores, manobra foi normal

Rodrigo Lopes |

Apesar de provocar surpresa entre os porto-alegrenses, o voo baixo realizado por um Airbus-330 da Avianca na manhã desta quinta-feira é uma manobra habitual, segundo o diretor da Faculdade de Ciências Aeronáuticas da PUCRS, Elones Ribeiro. Os locais por onde sobrevoou, bairros como Menino Deus, Bom Fim, Centro e Rio Branco, entretanto, não são comuns.

Na entrevista a seguir, o professor explica que, uma vez autorizado pelo controle de tráfego aéreo, o chamado voo panorâmico pode ser realizado pelo piloto. Para tanto, é preciso seguir as regras estabelecidas na Instrução do Comando da Aeronáutica, que exige que a aeronave fique no mínimo 300 metros distante do ponto mais alto da área — um prédio, por exemplo. Leia os principais trechos da entrevista:

Essa manobra é comum?

A aeronave, geralmente comercial, se aproxima de Porto Alegre seguindo as regras de voo por instrumentos. Caso o piloto solicite uma autorização à torre de controle, ao controle de aproximação de Porto Alegre, para fazer um voo panorâmico sobre a cidade, se as condições estiverem boas, de visibilidade e teto, isso pode ser autorizado. Desde que o piloto cumpra determinadas regras. A nossa legislação, ICA 10012 (Instrução do Comando da Aeronática), diz no seu item 514 que, exceto em operação de pouso e decolagem, o voo visual não poderá ser efetuado sobre cidades, povoados, lugares habitados ou sobre grupo de pessoas ao ar livre em altura inferior a 300 metros, ou seja mil pés, acima do mais alto obstáculo existente e em um raio de 600 metros em torno da aeronave. Se essa aeronave (da Avianca) foi autorizada, não teria problema nenhum, desde que estivesse cumprindo a legislação: acima do mais alto obstáculo, ela deveria estar voando a no mínimo 300 metros do mais alto obstáculo, e em torno de 600 metros em torno da aeronave. Se o piloto cumpriu essa determinação, não tem problema. A gente não saberia, não tenho como medir a altura neste momento. Às vezes, como a aeronave é grande, dá a impressão de que está muito baixa.

Chamou a atenção dos moradores porque o avião passou pelo Menino Deus, pela Redenção... Essa rota não é comum.

Não é comum. Com certeza, o piloto pediu autorização ao controle de tráfego aéreo. Se eles autorizaram, não tem problema, desde que cumpra essas determinações.

No entorno do Beira-Rio, Menino Deus e Redenção há obstáculos que poderiam causar problemas ao voo?

Se há um edifício de 200 metros de altura, a aeronave deveria estar acima desse edifício mais 300 metros. E esse obstáculo precisa estar no mínimo a uma distância de 600 metros de raio da aeronave.

Qual o motivo de se fazer esse tipo de manobra?Às vezes é uma cortesia aos passageiros. Era muito comum na época da Varig, em dias bonitos, o piloto fazer um voo panorâmico sobre Porto Alegre. Às vezes, à noite. Desde que cumprindo as regras.

Essa aeronave estava sem passageiros. Só tripulantes. Pode ter sido uma brincadeira do piloto?

Às vezes, o piloto é gaúcho. E às vezes a base dele é Rio de Janeiro ou São Paulo e ele sente saudade de Porto Alegre. O pessoal gosta de fazer o voo panorâmico. Desde que não haja prejuízo ao tráfego aéreo ou coloque em risco as pessoas nos prédios, não há problema. Às vezes, pode acontecer casos de o avião decolar, ter uma pane e precisar pousar em Porto Alegre. O avião estaria muito pesado, com combustível e passageiros. Então, o piloto pode ficar voando para gastar combustível antes de pousar.

O fato de ter voado por locais incomuns causa curiosidade e até medo entre os moradores.

Esses lugares não são comuns para rotas de aviões comerciais, mas todos os dias são sobrevoados por aviões dos aeroclubes. Esse avião é maior. Ainda mais um Airbus 330, que faz viagens transcontinentais, pelo tamanho dele e pela altitude mais baixa, fora da rota de aproximação, a pessoa pensa: "Está muito baixo". Não é.

O piloto pode ser punido por essa atitude?

Ele pode ser punido se estiver abaixo desses níveis da legislação.

Mas advertido, de repente?

Não, com certeza ele não fez isso sozinho. Ele solicitou aos órgãos de controle e recebeu autorização. Ele teve anuência do controle da torre de Porto Alegre.

O piloto tem autonomia para tomar decisão de fazer essa manobre sem avisar à empresa?

Sim, ainda mais que o avião estava sem passageiros. Não trouxe prejuízo ou problemas a passageiros.

Mas gasta mais combustível, né?

Aí é problema da Avianca (risos).

 

Voo baixo de avião sobre Porto Alegre surpreende moradores

Antes de pousar no Salgado Filho, aeronave da Avianca foi vista na Redenção e em bairros como Rio Branco e Menino Deus

Por volta das 8h30min desta quinta-feira, um avião que parecia estar voando mais baixo do que o normal surpreendeu e assustou moradores de Porto Alegre. A aeronave da Avianca, que fazia manobras antes de pousar no Aeroporto Salgado Filho, passou por bairros como Menino Deus, Bom Fim, Centro e Rio Branco.

O ruído e a altura incomuns fizeram com que dezenas de ouvintes mandassem mensagens à Rádio Gaúcha com relatos sobre o voo, em bairros desacostumados a ver aviões descendo no aeroporto, que fica na Zona Norte da cidade.

"O barulho foi assustador aqui no Centro. Parecia que estava caindo", escreveu o ouvinte Dionatan para os apresentadores do Gaúcha Atualidade.

Eduardo Ressini, de Gravataí, afirmou que avistou o comportamento incomum da aeronave desde a Freeway.

— Ele deu uma volta estranha, vi da Freeway. Quando passei ali na frente do aeroporto, na Avenida dos Estados, e vi ele descendo, filmei — afirmou.

"Estava vindo da Zona Sul em direção ao Centro e, na Avenida Diário de Noticias, avião passou bem baixo, em cima do Beira-Rio. Mais tarde, quando eu estava na Avenida Edvaldo Pereira Paiva, ele fez o caminho inverso, como se fosse pousar em Guaiba", relatou por WhatsApp a relações públicas Denise Dias.

Segundo a Avianca, o avião, um A330-200, é o segundo Airbus da companhia aérea. Vinha de Toulouse, na França, para ser nacionalizado no Brasil. Contatada, a empresa ainda não informou os motivos da rota incomum realizada pela aeronave.

O Airbus A330-200 tem cerca de 58 metros de comprimento e capacidade máxima para 238 pessoas, mas estava sem passageiros.

 

O dia em que um voo causou alvoroço em Porto Alegre

Avião que passou em altura baixa por bairros da Capital na manhã desta quinta-feira deixou alguns moradores preocupados

Rodrigo Lopes |

Denise estava a caminho da cozinha para preparar o café da manhã em seu apartamento no Centro Histórico quando ouviu um ronco assustador no céu:

— Bum!

Perto dali, na Avenida Mauá, também no Centro, Cleber viu as duas asas de um avião gigante praticamente na vertical, passando por trás da chaminé da Usina do Gasômetro.

— Fez a curva totalmente de lado.

José Dirlei espiou pela janela da guarita onde trabalha como porteiro, no bairro Santo Antônio: a aeronave estava muito perto dos prédios de quatro andares da sua rua. Deoclesio, que dirigia pela Avenida Protásio Alves, perto da Ramiro Barcelos, não teve dúvidas:

— É um avião sequestrado.

Imagem

Denise, Cleber, José Dirlei e Deoclesio não se conhecem. Mas, entre as 8h30min e as 9h desta quinta-feira, compartilharam a preocupação de outros tantos porto-alegrenses ao olhar para o céu nublado do início da manhã e avistar um Airbus A330-200 da companhia Avianca voando baixo sobre vários bairros de Porto Alegre.

Do sexto andar de seu edifício, Denise Brose, 61 anos, bióloga, observou apavorada o avião tirar fininho do Palácio Piratini e da cúpula de bronze da Catedral Metropolitana:

 

— Quase morri de medo. Achei que ia cair.

Cleber Muller, 38 anos, motorista profissional, recém havia passado pela Rodoviária:

— Passou por cima do Guaíba muito baixo.

José Dirlei Silveira, 45 anos, calcula uns cem metros de onde estava:

— Muito perto dos prédios.

Deoclesio Grilo, 30 anos, aquele que pensou tratar-se de um avião sequestrado, mora perto do aeroporto Salgado Filho. Conhece de cor as rotas e os sons emitidos pelos aviões em pousos e decolagens. Uma aeronave comercial ali, sobre o Hospital de Clínicas, só podia ser algo ruim.

Provavelmente sem imaginar o pânico que causaria aqui embaixo, por volta das 8h30min, o piloto do Airbus, falando em português, fez contato com a torre de controle do Salgado Filho.

— Diga 9587 — respondeu a voz da controladora de voo.

— Há possibilidade de voarmos direto a proa do aeroporto, cruzar sobre o mesmo e sobrevoo sobre a cidade perna do vento da 11?

Por volta das 8h30min de quinta(11), quando fazia aproximação para o pouso, o voo One 9587 da Avianca pediu autorização à torre de controle do Salgado Filho para realizar um voo panorâmico sobre Porto Alegre. O avião vinha de Toulouse, na França, para se integrar à frota da Avianca no Brasil.

No trecho do diálogo, captado pelo estudante de Ciências Aeronáuticas da PUCRS Lucas Fernandes e obtido por ZH, não é possível ouvir se a torre autoriza a rota peculiar. Mas presume-se que sim, uma vez que o Comando da Aeronáutica informou em nota que o "voo esteve todo tempo dentro das regras de tráfego aéreo". Tudo correto, mas pouco habitual, conforme as próprias autoridades aéreas afirmam: "A aeronave efetuou um perfil previsto nas regras de tráfego aéreo, contudo pouco usual na localidade para as aeronaves de grande porte, estando o tempo todo sob coordenação do órgão de controle."

Quando estava sobre o delta do Jacuí, o avião, em vez de fazer a curva habitual à esquerda para tomar a rota para pouso, seguiu no sentido Sul, cruzando o Guaíba e sobrevoando o Centro, onde estavam Denise e Cleber, os bairros Menino Deus, Santo Antônio, onde estava José Dirlei, e Partenon. Em seguida, retornou no sentido Norte, cruzando as avenidas Ipiranga e Protásio Alves, por onde dirigia Deoclesio, sobrevoando, por fim, o bairro Moinhos de Vento. Depois de provocar alvoroço, o avião pousou em segurança no Salgado Filho por volta das 9h.

A aeronave havia saído da sede da Airbus, em Toulouse, na França, na noite anterior. Seria "nacionalizada" em Porto Alegre. Trata-se de um termo técnico para a entrega da documentação no país onde o avião irá operar. É como um carro, que precisa de liberação do Detran para rodar. Novinho em folha, o avião estava sem passageiros — apenas a tripulação. Passado o susto, com o avião já no pátio do Salgado Filho para deleite dos spotters de plantão (amantes de aviação que ficam horas no aeroporto para registrar pousos e decolagens), começaram as especulações. O que, afinal, levou o comandante a voar a tão baixo?

— É uma gracinha do piloto — disse um internauta.

— De certo, ele é gaúcho e estava com saudade das ruas de Porto Alegre — afirmou outro.

Diretor da Faculdade de Ciências Aeronáuticas da PUCRS, o professor Elones Ribeiro lembrou que manobras semelhantes eram feitas por comandantes da Varig quando uma nova aeronave era integrada à frota:

— O pessoal gosta de fazer o voo panorâmico. Desde que não haja prejuízo ao tráfego aéreo ou coloque em risco as pessoas nos prédios, não há problema.

Por certo, não era sequestro. Nenhuma situação de perigo foi relatada pela Infraero, que disse que apenas a Avianca poderia se manifestar sobre as razões do voo insólito. Procurada desde o início da manhã, a empresa não havia se manifestado até as 22h. Porto Alegre foi dormir sem saber o motivo de tamanho susto. Alheio a preocupação dos conterrâneos, Vinicius Costa, 24 anos, um dos adoradores de aviação, estava de prontidão desde cedo para registrar a chegada do avião ao Salgado Filho. Viu beleza onde outros sentiram medo.

— Não esperava que fosse fazer um voo panorâmico pela cidade, me surpreendi quando avistei ele na proa do Beira-Rio. Logo em seguida, já com o trem de pouso baixado, ele fez uma linda curva à esquerda — disse.

Quando finalmente a aeronave pousava, ele garantiu a foto, mas não deu tempo para gravar um vídeo:

— Só fiquei admirando.

 

AGÊNCIA BRASIL


Temer volta a criticar animosidade e a defender pacificação do país


Pedro Peduzzi – Repórter Da Agência Brasil |

Em um discurso em que destacou o papel das Forças Armadas para a segurança pública, o presidente Michel Temer voltou a defender a pacificação do país e a criticar a “animosidade” entre os brasileiros. Temer pediu novamente a “eliminação” da raivosidade entre setores da sociedade e fez elogios à “autoridade moral” dos militares brasileiros para garantir a paz interna. As declarações foram feitas hoje (11) em evento fechado no Quartel General do Exército em Brasília, onde assinou o decreto de criação do Comitê para Revitalização do Parque Nacional dos Guararapes, localizado em Jaboatão dos Guararapes, região metropolitana do Recife.

O presidente ressaltou “o papel extraordinário” das Forças Armadas que, apesar de "preparadas para a guerra", representarm "o sintoma da paz” e o “respeito absoluto às tradições da nossa história”. Temer disse que o país vive um momento conturbado e que, nesse contexto, as Forças Armadas têm muito a contribuir. “Tomo a liberdade de salientar esse aspecto porque nós vivemos, nos últimos tempos, um momento de certa animosidade entre brasileiros, o que é inteiramente condenável. Não me canso de repetir esse fato porque me parece importante que, sendo eu presidente da República, eu possa fazer alguma pregação.”

“E a pregação que eu tenho feito ao longo do tempo é exata e precisamente a pacificação enter os brasileiros. Eliminar algo que eu disse no dia de ontem - talvez com certo neologismo - uma certa raivosidade existente entre setores da sociedade brasileira. Por isso, volto a dizer que as Forças Armadas representam exatamente o primar da paz”, acrescentou.

Na visita que fez ao quartel general, Temer falou sobre a empolgação que sentiu ao ver os documentos históricos que estão expostos no Palácio do Planalto. Segundo o presidente, em diversos momentos, o Brasil precisou passar por batalhas inclusive internas, para, em seguida, retomar a paz que lhe é característica. “Verifiquei que o Brasil foi se formando pouco a pouco com a ideia da paz e da harmonia. De todos os atos, como a própria Lei Áurea e a do Ventre Livre, e batalhas em que o Brasil eventualmente se envolveu internamente, imediatamente fez-se uma conjugação, uma conexão, eliminando o passado belicoso para inaugurar sempre um momento presente e futuro de muita paz”, acrescentou.

“Quero dizer que tenho contato enormemente com as Forças Armadas para o exercício dessa tarefa que, convenhamos, é dificílima que nos caiu nas mãos. Não são momentos fáceis, nem administrativa, nem politicamente”, acrescentou Temer, ao comentar que sempre recebeu o apoio das autoridades militares para as tarefas na área de segurança pública.

Temer falou também sobre o apoio que os militares têm recebido da população, em especial no caso do Espírito Santo, onde atuaram na época da greve dos policiais militares. “Nós ficamos extremamente sensibilizados quando verificamos casos como o do Espírito Santo, com o povo em casa aplaudindo a chegada das Forças Armadas. Vossas Senhorias exercitam um papel moderador de equilíbrio extraordinário para o nosso país”, afirmou Temer.

“Os senhores servirão sempre de exemplo para que eu os invoque para revelar que o país precisa de muita paz e muita tranquilidade. Por isso, quero, com as vossas figuras, revelar que este momento é o momento simbólico que marca o dia de hoje, mas marcará o futuro quando todos se lembrarem e recordarem desta homenagem”, completou.
 

AGÊNCIA SENADO


Aprovado acordo entre Brasil e Itália para cooperação na área de defesa


Foi aprovado em Plenário nesta quarta-feira (10) o Projeto de Decreto Legislativo (PDS) 88/2016. O texto ratifica o Ajuste Complementar Técnico do acordo entre o Brasil e Itália, sobre cooperação na área de defesa, relacionado ao campo aeroespacial. O acordo foi assinado em Roma, em 30 de setembro de 2014. O projeto vai à promulgação.

O tratado tem como objetivo gerar benefícios recíprocos resultantes da criação de parcerias estratégicas entre as indústrias brasileiras e italianas. Pelo texto, o acordo vai permitir o desenvolvimento conjunto, a transferência ou a cessão de tecnologias decisivas de segurança e a troca das capacidades industriais de defesa nacional. As principais áreas para o desenvolvimento da cooperação serão as de veículos aéreos não tripulados, guerra eletrônica, espaço, treinamento de pilotos e pesquisa-inovação.

O instrumento prevê também intercâmbio de pessoal entre os dois países, por meio de organização de visitas para troca de informações e participação de pessoal das Forças Aéreas nos cursos de formação e treinamentos nas estruturas da Defesa.

O texto institui ainda o Comitê de Coordenação (CC), que será responsável pela aprovação, supervisão e controle da implementação dos projetos do Ajuste Complementar Técnico. Esse comitê será constituído por representantes das Forças Aéreas do Brasil e da Itália e, quando necessário, por membros de outras organizações.

Por fim, o acordo trata da segurança das informações sigilosas, estipulando que os países notificarão, por meio do CC, sobre a necessidade de preservar o sigilo da informação ou de outros dados relacionados à cooperação.

— A temática do Ajuste em análise reveste-se de extrema relevância. Suficiente ressaltar que entre seus objetivos encontram-se: o desenvolvimento e produção de sistemas de satélite; o desenvolvimento conjunto de um veículo lançador de satélites; a implementação de um centro de suporte operacional de guerra eletrônica para gestão de banco de dados, a geração e validação das bibliotecas; o estudo, desenvolvimento e produção conjunta de sistemas táticos não pilotados — explicou o relator do PDS 88/2016, senador Pedro Chaves (PSC-MS), ao defender a aprovação em plenário.

 

AGÊNCIA CÂMARA


Projeto prevê sanções para desordem de passageiros durante voo

Sanções incluem imobilização de passageiro; multa e proibição de embarcar durante um ano

A Câmara dos Deputados analisa o Projeto de Lei 6932/17, do deputado Marcos Soares (DEM-RJ), que prevê sanções para quem comprometa a boa ordem, a disciplina ou ponha em risco a segurança da aeronave ou das pessoas e bens a bordo.

A proposta altera o Código Brasileiro de Aeronáutica (Lei 7.565/86), prevendo a possibilidade de imobilização de passageiro que comprometa a boa ordem. Hoje o código já prevê que esse passageiro seja desembarcado.

Além disso, o projeto tipifica as condutas que caracterizariam comprometimento da boa ordem, da disciplina ou da segurança da aeronave ou das pessoas e bens a bordo, incluindo: embarcar alcoolizado ou sob efeito de entorpecente; ameaçar, intimidar ou agredir membro da tripulação ou passageiro; cometer assédio sexual a membro da tripulação, a passageiro ou molestar criança; fumar; operar aparelho eletrônico cuja operação seja proibida a bordo; causar tumulto; não seguir a orientação dos tripulantes em relação à segurança do voo.

Conforme o projeto, essas condutas, entre outras previstas no texto, serão registradas no Diário de Bordo e sujeitarão o passageiro a procedimento administrativo conduzido pela autoridade aeronáutica. As sanções administrativas previstas incluem multa; e o impedimento de embarque em aeronave que preste serviço de transporte aéreo público doméstico por até um ano.

Casos de desordem

Segundo o deputado Marcos Soares, dados da Associação Internacional de Transporte Aéreo mostram que as empresas de transporte aéreo registraram mais de 49 mil casos em que o passageiro não observou regras ou padrão de conduta adequada nos aviões, entre 2007 e 2015.

“Em vista disso, a comunidade internacional, reunida no âmbito da Organização de Aviação Civil Internacional (agência da ONU), vem trabalhando para que os países incorporem à sua legislação dispositivos que sejam capazes de prevenir e punir as condutas irregulares a bordo”, afirma.

Tramitação

A proposta será analisada, em caráter conclusivo, pelas comissões de Viação e Transportes; e de Constituição e Justiça e de Cidadania.

 

PORTAL BRASIL


Decreto presidencial viabiliza transporte de 263 órgãos para transplante

Na área de Saúde, esforços do governo federal também se concentram na ampliação de programas, novas políticas para garantir humanização do atendimento e combate ao mosquito Aedes

De junho de 2016 até abril deste ano, a Força Aérea Brasileira (FAB) transportou 263 órgãos para transplante no País. As 192 missões realizadas no período só foram possíveis graças ao decreto nº 8.783, assinado pelo presidente da República, Michel Temer.

Por meio dele, uma aeronave da FAB está sempre à disposição na capital federal para realizar o transporte de órgãos doados. A Força Aérea também utiliza outros aviões lotados pelo País, a depender do trajeto.

De acordo com a FAB, no período, foram transportados 70 corações, 113 fígados, 12 pâncreas, 49 rins, nove pulmões, seis tecidos, dois linfonodos (gânglios linfáticos) e dois baços.

Em agosto de 2016, os ministérios da Saúde e Defesa (Comando da Aeronáutica) assinaram um Termo de Execução Descentralizado (TED) no valor de R$ 5 milhões. A medida tinha como objetivo ressarcir a Força Aérea Brasileira (FAB) dos voos realizados para transporte de órgãos em todo o Brasil e garantir a continuidade desse trabalho.

Para entender como funciona a operação de transporte de órgãos no País, todas as etapas e órgãos envolvidos, acesse a página Transplantes, do governo federal.

Em um ano de trabalho, houve mais avanços na área da Saúde. Confira:

Ministério da Saúde declara fim da emergência nacional para zika

O Ministério da Saúde declarou o fim da Emergência Nacional em Saúde Pública por conta do zika vírus e sua associação com a microcefalia e outras alterações neurológicas. A decisão ocorre 18 meses após decretação de emergência.

Neste período, o governo federal também priorizou ações de combate ao mosquito Aedes Aegypti, na pesquisa e desenvolvimento de testes para identificar as infecções causadas pelo mosquito e também na assistência a mães e bebês com microcefalia. Mesmo com o fim da emergência, as ações de enfrentamento ao Aedes e a assistência às crianças e mães serão mantidas no Brasil.

Governo distribui 3,5 milhões de testes de zika vírus

Cerca de 3,5 milhões de testes rápidos para identificar o zika vírus estão sendo adquiridos pelo Ministério da Saúde. A tecnologia confirma, em 20 minutos, se o paciente está ou já foi infectado pelo zika vírus em algum momento da vida.

A produção do insumo será feita pelo laboratório público Bahiafarma. O teste será realizado em pessoas que tiverem sintomas da doença e com indicação médica, sendo que as gestantes e crianças terão preferência.

Governo repassa R$ 125,2 milhões para tratamento de crianças com microcefalia

Por meio do Ministério da Saúde, o governo federal repassou cerca de R$ 125,2 milhões, em março, para serviços de saúde destinados à assistência de crianças com a síndrome congênita do zika. Os recursos estão sendo utilizados para a abertura de Centros Especializados em Reabilitação (CER) e novas equipes de Núcleos de Apoio de Saúde da Família.

A iniciativa está de acordo com as medida adotadas pela pasta para combater o Aedes aegypti. O órgão também alocou mais R$ 10 milhões para financiar pesquisas relacionadas às doenças causadas pelo mosquito.


Adesão de brasileiros ao Mais Médicos chega a 99%

No âmbito do programa Mais Médicos, o Ministério da Saúde implementou ações para ampliar a participação de profissionais da área de saúde do País.

A primeira chamada do novo edital do Programa Mais Médicos, que prioriza candidatos com CRM do Brasil, preencheu 99% das vagas. Esse é o maior registro de adesão de brasileiros à iniciativa. Além da reposição de rotina, foram disponibilizadas vagas antes ocupadas por profissionais da cooperação com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS).

Novas políticas para mulheres garantem parto humanizado e acesso ao DIU

O Ministério da Saúde lançou, em março, duas políticas que beneficiarão as brasileiras. Uma delas prioriza o parto normal e humanizado e possui diretrizes que orientam profissionais de saúde sobre o atendimento qualificado de mães e bebês.

A outra medida tem como objetivo garantir os direitos sexuais e reprodutivos das mulheres, com maior acesso ao Dispositivo Intra-Uterino (DIU) de cobre.

Começa vacinação contra o HPV para meninos

A vacina contra HPV passou a ser oferecida, neste ano, aos meninos na faixa etária de 12 a 13 anos em todo o Brasil. A imunização, que já é destinada às meninas, pode prevenir os cânceres do colo do útero, vulva, vagina, pênis, ânus e orofaringe, refletindo diretamente na redução dos casos de HPV, bem como nas mortes provocadas pelo vírus.

O Brasil é o primeiro país da América do Sul e o sétimo do mundo a oferecer esse tipo de vacina para meninos em programas nacionais de imunizações. A faixa-etária será ampliada gradativamente, até 2020, quando serão incluídos os meninos com 9 anos até 13 anos.

Governo oferta medicamento mais eficaz para tratamento do HIV/Aids

Em setembro de 2016, o Ministério da Saúde anunciou que, a partir do ano que vem, o medicamento antirretroviral Dolutegravir será fornecido pelo SUS. O remédio é o mais indicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para o tratamento. Cerca de 100 mil pacientes portadores do vírus receberão o tratamento.

Cerca de 12 milhões de doses da vacina contra febre amarela reforçam estoque do País

O Ministério da Saúde adquiriu cerca de 12 milhões de doses da vacina para febre amarela para distribuir aos estados brasileiros. De acordo com a pasta, essa quantidade reforçará o estoque estratégico para atender à demanda do País.

Desse total, 8,46 milhões foram produzidas por Fiocruz/BioManguinhos (subordinada ao ministério) e outras 3,5 milhões serão enviadas pelo Grupo de Coordenação Internacional (GCI).

Cooperação ampliará vacinação de crianças e adolescentes

Uma parceria entre os ministérios da Saúde e da Educação possibilitará ampliar a vacinação em crianças e adolescentes. Para isso, escolas atuarão com equipes de atenção básica de saúde para atualizar a caderneta dos estudantes brasileiro.

A ação será fundamental para a adesão de adolescentes na campanha de vacinação contra HPV e Meningite C, divulgada em março. Uma das propostas é que os estudantes apresentem, já na matrícula, a caderneta com registro de vacinas e as escolas comuniquem, ao sistema de saúde, sobre as doses prioritárias para os seus alunos.

 

Ministério assume gestão de 450 imóveis em aeroportos

Medida facilitará processo de concessão dos aeroportos, assim como investimentos nos aeroportos regionais

Mais de 450 imóveis da União, localizados em 150 aeroportos, que estavam sob gestão formal do Comando da Aeronáutica (Comaer) passarão a ser administrados pelo Ministério dos Transportes.

A medida foi autorizada por Instrução Normativa assinada, nesta quinta-feira (11), pelos ministros dos Transportes, Portos e Aviação Civil, Maurício Quintella, e o do Planejamento, Dyogo Oliveira.

A medida vai facilitar e acelerar os processos de concessão de áreas aeroportuárias, estratégicas para o setor por questões operacionais e de expansão aeroportuária (pista, pátio, terminal de passageiros, carga etc.), mas também pelo grande potencial para exploração imobiliária e comercial, que estão entre as principais fontes de receita dos aeroportos.

“A gestão e conhecimento da situação patrimonial desses bens facilitará os processos de concessão dos aeroportos, bem como investimentos nos aeroportos regionais”, informa o ministro Quintella. Entre esses imóveis, há endereços em todos os grandes terminais do País.

Parte significativa dessas áreas é utilizada para o desenvolvimento de empreendimentos imobiliários (hotéis, shoppings, estacionamentos, hospitais, lojas etc.), o que desperta grande interesse do mercado pelo setor aeroportuário, viabiliza investimentos nos aeroportos e melhora a qualidade dos serviços prestados ao passageiro.

“Os aeroportos modernos são administrados assim, são grandes centros de convivência e de gestão de negócios no mundo todo. O aeroporto precisa reunir alternativas de alimentação, compras, hospedagem, negócios e diversas facilidades e serviços. O grande objetivo de criar aeroportos mais modernos é ter passageiros mais satisfeitos”, afirma o ministro Quintella.

 

REVISTA MILITAR DIÁLOGO (EUA)


Conhecendo o KC-390 por dentro

A Embraer Defesa & Segurança apresentou a aeronave KC-390, que já está em fase final de certificação.

Roberto Caiafa |

Resultado de uma encomenda colocada pela Força Aérea Brasileira com requerimentos exigentes, o KC-390 é uma aeronave com célula robusta, dotado de asas altas equipadas com motores posicionados para evitar a ingestão de detritos, cauda em “T” com porta-rampa de carga automatizada, trens de pouso principais acondicionados dentro de grandes estruturas aerodinâmicas com portas de desenho exclusivo, portas laterais de lançamento de paraquedistas equipadas com defletores aerodinâmicos especiais, um nariz amplo (que abriga um moderno radar) com trem de pouso de rodas duplas.

Projetado para transportar até 26 toneladas, o KC-390 atinge esse desempenho graças a um par de motores V-2500, o mesmo tipo utilizado em diversos jatos comerciais. Um bônus adicional dessa popularidade é a ampla oferta de peças, serviços e facilidades de manutenção para esse modelo de propulsor.

“A moderna e espaçosa cabina do piloto tem janelas de grande área, que permitem uma grande consciência de situação para a tripulação”, declarou Valtécio Alencar, executivo da Embraer Defesa & Segurança (EDS), responsável por apresentar a aeronave durante a LAAD Defence and Security 2017. “O painel, dominado por grandes telas coloridas, emprega tecnologia de aviônica digital Pro Line Fusion. Os controles de voo por fios são do tipo sidestick, com ergonomia avançada e grande conforto para a tripulação, que dispõe inclusive de ar condicionado e assentos reguláveis eletricamente”, explicou.

O compartimento de carga, que é a razão de ser do avião, é muito bem equipado. Sua plataforma de piso, totalmente multifuncional, faz uso dos conceitos: girar, abrir, clicar, travar, fechar, embutir e ancorar, levados ao máximo das possibilidades. Para converter um piso liso em auto rolante, basta apenas girar as guias e está feita a conversão. O mesmo é feito para o lançamento de carga em paletes: basta abrir, travar e deixar em posição as guias, e os paletes deslizam para fora do avião. Para ancorar cargas e mantê-las estáveis, existem diversos tipos de pontos de ancoragem e presilhas para veículos, paletes ou fardos.

Para lançar infantaria paraquedista, existem as provisões de cabo de ancoragem do gancho de paraquedas, luzes de sinalização e demais equipamentos. As portas laterais permitem um salto seguro, livre de pancadas ao sair no fluxo de ar. Tal efeito é obtido com o uso de defletores aerodinâmicos que ficam embutidos na fuselagem quando não estão sendo usados.

O Sistema de Controle de Lançamento de Cargas é usado para manter, monitorar e executar lançamentos aéreos de precisão de carga, veículos e tropas em uma variedade de métodos táticos. Ele inclui uma estação para o mestre de cargas e uma rede de unidades de controle de bloqueio e painéis de controle para detectar, medir a força, ativar e liberar bloqueios. Desse modo, os militares têm ao seu dispor uma série de modernas ferramentas de engenharia e as medidas da fuselagem (largura x altura x comprimento) facilitam o embarque de um sem número de configurações de carga, paletes, contêineres, viaturas, veículos especializados, blindados, equipamentos de engenharia e muito mais.

Adicionalmente, e para aumentar seu alcance operacional, o KC-390 dispõe de uma sonda para ser reabastecido em voo; dessa forma, ele pode receber combustível de outro avião com as mesmas capacidades, estendendo enormemente sua autonomia e raio operacional.

Novos testes do KC-390

O KC-390 deverá efetuar em breve testes transportando blindados do modelo 6x6 VBTP-MR Guarani. Esse é um antigo requerimento colocado pela Brigada de Infantaria Paraquedista e pelas Forças de Reação Rápida, ambas tropas profissionais do Exército Brasileiro.

Serão empregados tanto o blindado na sua configuração padrão quanto as versões equipadas com torres de armamento REMAX, REMAN e UT-30BR. A versão armada com a torre TORC30 (canhão de 30 mm) deverá ser submetida aos mesmos testes assim que for integrada ao veículo blindado Guarani e estiver disponível.

Esse testes visam dirimir quaisquer dúvidas sobre a capacidade do avião em prover à Brigada de Infantaria Paraquedista o transporte imediato de blindados prontos para o combate, sem a necessidade de qualquer tipo de intervenção como a montagem e desmontagem de torres e estações de armamento. Na prática, esse testes irão comprovar a correta comunicação e troca de informações entre os gestores de projetos estratégicos vitais de duas forças armadas brasileiras.

Segundo o General-de-Brigada Edson Henrique Ramires, gerente do Programa VBTP-MR 6x6, “o Guarani é fundamental para garantir a mobilidade e o poder de choque das Forças Expedicionárias brasileiras e o KC-390 é a ‘bala de prata’ dessa estratégia, pois entrega blindados, veículos, suprimentos, munições, tropas e demais equipamentos de campanha diretamente em pistas semipreparadas em poucas horas”.

Para sobreviver nesse ambiente perigoso de linha de frente, o avião está equipado com uma avançada suíte defensiva composta por sensores de alerta para aproximação míssil, lançadores de pirotécnicos despistadores e pelo sistema de contramedidas direcional infravermelho, capaz de interferir na cabeça de guiamento de mísseis guiados por calor.

O modelo também emprega sensores de aumento de visão sob mau tempo, sendo projetada a imagem nos enormes visores instalados ao nível dos olhos na cabina do piloto. Essa funcionalidade de pouso sob baixa visibilidade permitirá ao KC-390 operar seguramente sob condições climáticas adversas. Uma câmera colorida, instalada na cabina, gravará a visão do piloto sobreposta com as informações geradas pelo sistema de sensores, para análise das missões.

Segundo Paulo Gastão, gerente do projeto KC-390 pela EDS, “o avião KC-390 foi criado para fornecer mobilidade e robustez às Forças Armadas brasileiras, contendo um altíssimo nível de tecnologia agregada ao produto. O projeto foi pautado pela alta flexibilidade operacional e pela facilidade de manutenção ao longo do ciclo de vida útil do modelo, inclusive com relação ao custo da hora de voo. O avanço dos testes e as próximas etapas do desenvolvimento servirão para coroar essas expectativas depositadas nesse produto”, finalizou.

 

OUTRAS MÍDIAS


SÓ NOTÍCIAS (MT)


Entidades se unem e lançam hoje movimento pró-aeroporto de Sinop

O encontro será às 19h, na CDL, vai reunir representantes de 25 entidades, poderes executivo, legislativo, comunidade e também de uma companhia aérea. A União das Entidades de Sinop (Unesin) está buscando alternativas para, a curto prazo, a estrutura do aeroporto ser melhor. O empresário Nilson Ribeiro, que faz parte da Unesin, disse ao Só Notícias, que hoje vai ser apresentado para sociedade o trabalho feito pelas entidades, "algumas soluções que serão implantadas nessa nova fase. Um dos maiores problemas é que aqui na cidade ninguém tem conhecimento técnico do assunto (instalação de equipamentos para melhorar segurança de voos). Por isso, vamos apresentar uma empresa de Maringá (PR), que vai dar consultoria técnica para ajudar nesses problemas. Inicialmente, a empresa será paga com recursos privados. Depois, a prefeitura deve licitar uma empresa para dar continuidade ao trabalho”, explicou.

Nilson disse ainda, que com essa participação conjunta de poderes, entidades e sociedade em geral, a expectativa é de que em um curto período as exigências da Aeronáutica, de ajustes nos projetos técnicos, sejam atendidas. “Já tem todo um checklist de prioridades básicas, são coisas técnicas como projetos e licenças que devem ser executados. O nosso maior problema é o tempo. Precisamos resolver todas as pendências ante de voltar o período chuvoso. Se tudo correr como planejado antes da volta das chuvas vamos estar com nosso aeroporto homologado”. Nos últimos meses, por ainda não terem sido homologados e liberados alguns equipamentos já instalados, diversos voos foram cancelados, causando inúmeros transtornos para passageiros.

Na terça-feira (9), a prefeita Rosana Martinelli, empresários representante da UNESIN e o vereador Luciano Chitolina, representando a câmara municipal, se reuniram com diretores da SAC -Secretaria de Aviação Civil- do Ministério dos Transportes e obtiveram garantia que vão ser liberados R$ 8 milhões, no segundo semestre, para obras de infra-estrutura no aeroporto municipal. Uma delas é a ampliação da pista. As demais serão definidas a partir da readequação do projeto que está sendo feita pela secretaria estadual de Infraestrutura.

A prefeitura e as entidades estão trabalhando para atender as exigências legais e ajustes técnicos no projeto para que os equipamentos PAPI (instalados no aeroporto e que ajudam pilotos nos pousos noturnos e em dias de adversidades climáticas) e na montagem da EPTA (Estação de Serviço de Telecomunicação e Tráfego Aéreo), equipamentos viabilizados na gestão passada e que estão no aeroporto. A aeronáutica está esperando os ajustes no projeto, que estão sendo feitos pela empresa contratada anteriormente e segundo prefeita Rosana Martinelli, a expectativa é de que até setembro os equipamentos possam estar funcionado e homologados para que o aeroporto possa operar por instrumentos.

 

AGORA VALE (SP)


Últimas tropas da Força de Paz do Haiti embarcam nos próximos dias

Dentro dos próximos dias, estarão seguindo para o Haiti as últimas tropas que representam o Brasil na Força de Paz naquele país do Caribe. São os militares que compõem o 26º Batalhão Brasileiro de Força de Paz (26º BRABAT) que embarcam a partir do Aeroporto Internacional de Viracopos (Campinas-SP) nos dias 16, 22e 27 de maio e 1º de junho.

O 26º BRABAT é composto por 639 militares do Exército Brasileiro, 30 da Força Aérea Brasileira e 181 da Marinha do Brasil, totalizando 850 homens e mulheres das Forças Armadas. O contingente é formado, em sua maior parte, por militares da 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel) do Exército Brasileiro, com sede em Caçapava-SP.

Após praticamente um ano, o 26º BRABAT concluiu sua preparação, sob a coordenação da 12ª Brigada de Infantaria Leve (Aeromóvel), Grande Unidade do Exército Brasileiro responsável por adestrar e capacitar os integrantes do BRABAT em um contexto operacional de missão de paz no Haiti, criando situações simuladas semelhantes às vividas hoje no país caribenho.

Segundo a Organização das Nações Unidas, o 26º BRABAT encerrará as atividades militares do contingente brasileiro naquele país, após mais de 13 anos da Missão das Nações Unidas para a Estabilização para o Haiti. Resumindo-se em números, 505 integrantes do 26º BRABAT trabalham em quartéis paulistas, sendo que: 12 na Capital; 161 em Caçapava; 9 em Taubaté; 20 em Pindamonhangaba; 82 em Pirassununga; 82 em Barueri; 73 em Lorena e 66 em Osasco.

 

JORNAL CORREIO (BA)


Pergunte ao Comandante

Além dos pilotos, o restante da tripulação é treinada para pousar o avião?

Você falou que é quase impossível um passageiro aterrissar um avião sem ter tido um treinamento anterior. Gostaria de saber então se o restante da tripulação tem esse treinamento. Caso negativo, o que é feito com o avião, supondo que possa cair em alguma cidade?

A tripulação comercial (comissários) não tem treinamento para pilotar o avião. Se a razão para a incapacitação dos pilotos não afetou os passageiros e os comissários, então é seguro dizer que os controladores tentariam (com ajuda do centro de emergência do país sobrevoado) trazer o avião para pouso com a ajuda do passageiro ou comissário mais qualificado (um piloto privado, por exemplo). No caso de um avião fantasma (um avião em que não haja sobreviventes em voo, normalmente causado por despressurização), a força aérea irá interceptar, verificar se há algum sobrevivente visualmente e, em caso negativo, escoltar o avião até o local da queda por falta de combustível. Caso haja alguma possibilidade de queda em área povoada, o avião será abatido em um local apropriado para evitar vítimas no solo.

Que risco pode causar a turbulência para o avião?

Já passei por turbulências violentíssimas sem maiores consequências para a estrutura do avião. Claro que não posso falar por todas as turbulências do mundo, nem por todos os aviões, mas acredito que o risco de dano por turbulência seja próximo de zero nos aviões comerciais. O maior risco para o avião seria granizo, presente em algumas nuvens causadoras de turbulência. Mesmo assim, caso haja algum dano, o resultado seria o para-brisas trincado, alguns faróis quebrados e, possivelmente, o nariz do avião. Perderiam-se alguns sistemas, mas o avião pousaria com segurança. Entretanto, essas nuvens aparecem no radar e podemos desviar delas quase sempre.

Há alguns meses, fui impedido de despachar minha mala enquanto não tirasse uma bateria de dentro e colocasse na bagagem de mão. A bateria estando no avião, o risco não é o mesmo?

A bateria a qual você se se refere deve ser de lítio. Há relatos de combustão espontânea envolvendo tais baterias. Se isso acontecer dentro da sua mala no porão, o sistema de combate ao fogo do avião será ineficiente para combater o incêndio, já que o fogo proveniente de tais baterias necessita de rescaldo para ser extinto. Sendo assim, o lugar mais seguro para essas baterias é na bagagem de mão, por poder permitir ação direta e rápida em caso de fogo ou explosão. Também é válido lembrar que baterias de lítio de capacidade maior que 160mw/h são proibidas a bordo de aeronaves de passageiros.