NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL AEROIN


Força Aérea encerra com mais de 380 horas de voo o exercício Carranca em Santa Catarina


Murilo Basseto | Publicada em 10/05/2022

A Força Aérea Brasileira (FAB), por meio do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) e do Comando de Preparo (COMPREP), realizou o Exercício Operacional de Busca e Salvamento (EXOP Carranca), de 17 de abril a 7 de maio, na Base Aérea de Florianópolis (BAFL), em Santa Catarina.

O Chefe da Divisão de Busca e Salvamento (DSAR) do DECEA, Major Aviador Bruno Vieira Passos, fez um balanço do Exercício: “Durante os 20 dias de treinamentos sobre a terra e o mar, foram realizadas mais de 150 missões, o que possibilitou treinar e capacitar nossas tripulações e aperfeiçoar os planejamentos dos nossos coordenadores de Busca e Salvamento”, avaliou.

Participaram do Exercício:

– o Primeiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (1º/7º GAV) – Esquadrão Orungan;

– o Segundo Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (2º/7º GAV) – Esquadrão Phoenix;

– o Terceiro Esquadrão do Sétimo Grupo de Aviação (3º/7º GAV) – Esquadrão Netuno;

– o Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT) – Esquadrão Gordo;

– o Segundo Esquadrão do Décimo Grupo de Aviação (2º/10º GAV) – Esquadrão Pelicano; e

– o Esquadrão Aeroterrestre de Salvamento (PARA-SAR).

A FAB contou com o emprego de diversas aeronaves, como P-3 AM Orion, P-95 Bandeirante Patrulha, C-130 Hércules, SC-105 Amazonas, H-60 Black Hawk, além das aeronaves que auxiliaram na mobilização e desmobilização.

O DECEA foi representado por integrantes dos cinco Centros de Coordenação de Busca e Salvamento Aeronáutico (SALVAERO): Amazônico, Recife, Atlântico, Curitiba e Brasília, somados aos militares da Divisão de Busca e Salvamento (DSAR) do DECEA. O Primeiro Grupo de Comunicações e Controle (1° GCC) forneceu o serviço de comunicações, comando e controle a todas as tripulações envolvidas e à Direção do Exercício (DIREX).

Militares da Marinha do Brasil (SALVAMAR) também foram treinados no EXOP Carranca, assim como da Base Aérea de Canoas (BACO), responsável pela DIREX, e da Base Aérea de Florianópolis, que deu suporte e apoio à execução do adestramento. Para o Diretor do Exercício e Comandante da Base Aérea de Canoas (BACO), Coronel Aviador Marcelo Zampier Bussmann, os objetivos do EXOP Carranca foram atingidos com sucesso.

“É um orgulho ver o empenho, o engajamento e o profissionalismo dos militares neste treinamento. A troca de experiências e a interação durante o Exercício agregaram mais conhecimentos e foram muito importantes para a preparação e a evolução das missões”, ressaltou Bussmann.

Segundo o Chefe da Divisão de Busca e Salvamento do DECEA, “o entusiasmo em cumprir esse tipo de missão, em encontrar os alvos propostos, era notório em cada tripulante e em cada militar envolvido nos diversos elos desse Sistema que cresce como um todo, sempre com o mesmo propósito de salvar vidas”, concluiu o Major Vieira.

PORTAL AEROFLAP


Carnaval em Veneza: como uma marchinha virou um hino da FAB


Gabriel Centeno | Publicada em 10/05/2022

Dentro da Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira (FAB), um meio rico em tradições e história, o cancioneiro é um dos aspectos de maior legado, sendo transmitido entre as gerações de caçadores desde a sua própria fundação em meio à Segunda Guerra Mundial. 

Mas dentre as inúmeras canções, uma tem destaque e está entre as mais importantes do conjunto (se não for a mais importante). Carnaval em Veneza, que veio de uma marchinha de carnaval e hoje é o hino oficial da aviação de caça da FAB. Qualquer militar da Aeronáutica, seja piloto, especialista ou um moderno soldado, vai cantar Carnaval em Veneza em algum momento. 

Mas como uma simples marchinha virou uma canção tão importante para a Força Aérea? Para entender isso, precisamos voltar aos últimos dias da Guerra, em 1945. O dia 07 de fevereiro de 1945 caiu numa quarta-feira de cinzas. Naquela manhã, os Jambocks do 1º Grupo de Aviação de Caça (1º GAvCa) decolaram para mais uma missão na Itália, sendo esta a de Nº 207.

Oito caças P-47D Thunderbolt, formando duas esquadrilhas, partiram da base aérea de Pisa, tendo como alvo uma ponte do entroncamento ferroviário na comuna de Ponte de Piave, na província de Treviso, região de Vêneto. Nos comandos dos caças estavam os seguintes pilotos:

Capitão Aviador Newton Lagares da Silva, líder da primeira esquadrilha 

Tenente Aviador José Rebelo Meira de Vasconcelos, ala do Cap. Lagares

Tenente Aviador Luiz Felipe Perdigão Medeiros da Fonseca

Tenente Aviador Paulo Costa, ala do Ten. Perdigão 

Capitão Horácio Monteiro Machado, líder da segunda esquadrilha

Tenente Pedro de Lima Mendes, ala do Cap. Horácio

Tenente Rui Barbosa Moreira Lima

Tenente Alberto Martins Torres, ala do Ten. Lima

Às 10h10 as aeronaves chegaram no alvo, e despejaram um total de 16 bombas de demolição de 500 libras, em bombardeio picado (mergulho), destruindo a ponte em cinco pontos diferentes. Após o bombardeiro, os aviadores saíram à caça de alvos de oportunidade para engajá-los com suas metralhadoras AN/M2 calibre .50.Um veículo foi destruído ao sudeste de Pádua, além de outros três ao leste de Veneza, com danos contra uma carroça e um barco a vapor de 100 pés (cerca de 30 metros). Mas ao atacarem duas posições de artilharia antiaérea, os alemães responderam com fogo pesado de diversos pontos. 

“Foi justamente próximo a Maestre, pequena vila situada na área de Veneza, que o Lima Mendes viu, atacou e destruiu uma posição de Artilharia Antiaérea alemã. A reação dos tedescos foi violenta, só não atingindo a esquadrilha por pura sorte desta”, contou o Major-Brigadeiro Moreira Lima, falecido em 2013.Os aviadores brasileiros cumpriram a missão e retornaram à base em Pisa. E é lá que nasce a nossa canção. Após o pouso, os Jambocks se reuniram no Albergo Nettuno, um bar da histórica cidade que também era o alojamento dos aviadores do 1º Grupo de Caça. 

“Ao regressarmos a Pisa, paramos no Bar do Albergo Nettuno para uma cerveja. Nesse instante os músicos do hotel estavam tocando “Funiculi Funicula”, música semelhante ao nosso “Carnaval em Veneza”, marcha de grande sucesso em sua época”, relatou o Brigadeiro. A marcha a qual o Brigadeiro Rui se refere é “A Dança do Funiculi”, cuja melodia composta por Herivelto Martins e Benedito Lacerda era inspirada na canção música napolitana Funiculì funiculà, composta em 1880 por Luigi Denza e Peppino Turco. Funiculì funiculà ainda é uma das canções mais famosas da Itália, junto com a Tarantela napolitana.

Para celebrar os resultados da missão, Lima convidou seus colegas Perdigão, Meira, Aspirante Fernando Correa Rocha e o Capitão Roberto Pessoa Ramos para criarem a sua própria versão da marchinha carnavalesca, contando a história da missão Nº 207. “Daí por diante não nos foi difícil colocar a letra na música. Procuramos apenas descrever a missão, com naturalidade e, como tudo que nasce espontaneamente, as palavras se ajustaram à canção, tornando-se o Hino do 1o Grupo de Caça na Itália. No dia seguinte lançamos o “Carnaval em Veneza” no “Clube Senta a Pua” com entusiásticos ADELFIS (saudação do Grupo de Caça) e tilintar de copos de diferentes bebidas”.

E assim ficou a letra de “Carnaval em Veneza”. 

Passei o Carnaval em Veneza
Levando umas bombinhas daqui
Caprichei bem o meu mergulho
Foi do barulho, o alvo eu atingi

Bingo!

A turma de lá atirava
Atirava sem cessar
E o pobre jambock pulava
Pulava e gritava sem desanima, assim:
Flak, flak, este é de quarenta
Flak, flak, tem ponto cinquenta

Um Bug aqui um Bug” lá
Um Bug aqui um Bug lá
Senta a Púa minha gente
Que ainda temos que estreifar.

Um Bug aqui um Bug” lá
Um Bug aqui um Bug lá
Senta a Púa minha gente
Que ainda temos que estreifar!

Mesmo diante dos horrores da guerra, “uma matança cruel e injusta”, como descreveu o Brigadeiro Rui, os Jambocks ainda mantinham o bom humor e levavam consigo as tradições do Brasil. 

A letra do hino dos pilotos de caça brasileiros é recheada de referências à missão, e até hoje é cantada com muita vibração por militares e até mesmo entusiastas. 

Bombinhas — as bombas de 500 libras usadas para atacar a ponte. 
A turma de lá — os alemães, também chamados de tedescos. 
Bingo — Expressão enérgica usada para indicar acerto no alvo.
Jambock — Era o código-rádio usado pelo 1º GAvCa na Itália. A palavra tem origem na Indonésia e se refere a um chicote feito de couro de rinoceronte, chamado de “sjambok”. A palavra ainda é usada como callsign pela unidade e se tornou o nome do 1º Esquadrão do 1º GAvCa, apesar da unidade ser mais referida e conhecida pelo seu grito de guerra: “Senta a Púa!”
Pulava — atitude dos pilotos em manobrar os P-47 para “desviar” da artilharia alemã.
Flak — Sigla para Fliegerabwehrkanone ou Flugzeugabwehrkanone, que significa Canhão para Defesa contra Aviões, em alemão. 
Este é de quarenta; tem ponto cinquenta — Referência ao calibre das flaks alemães. No entanto, o Exército Alemão não empregava artilharia antiaérea em calibre .50, como acreditavam os aviadores brasileiros. 
Bug — Um código usado pelas forças aéreas aliadas durante a Segunda Guerra, indicando uma aeronave inicialmente não identificada. Caso o avião fosse inimigo, deixava de ser Bug e passava a ser chamado de Bandit.
Senta a Púa — Grito de guerra do 1º GAvCa.
Estreifar — Aportuguesamento do inglês “Strafing” ou “Strafe”, que é a ação de atacar alvos em solo usando as metralhadores ou canhões de uma aeronave.  

 

 

 

OUTRAS MÍDIAS


CORREIO DOS CAMPOS - Milhares de pessoas assistiram a Esquadrilha da Fumaça, em PG

Quase uma tonelada de alimentos foi arrecadada para a Campanha PG Sem Fome

Da Redação | Publicada em 10/05/2022 08:18

COM ASSESSORIAS – No último domingo, em pleno Dia das Mães, Ponta Grossa parou para assistir a demonstração da Esquadrilha da Fumaça, da Força Aérea Brasileira (FAB). O evento realizado pela Prefeitura no Jockey Club, contou com milhares de espectadores no local. No entanto, o show foi assistido e filmado em diversos pontos da cidade, encantando o ponta-grossense que ficou com o olhar voltado para o céu para contemplar o show aéreo.

Maria Lurdes de Oliveira, moradora da Vila Liane comentou que o evento foi muito emocionante. Segundo ela, ver os aviões dando rasantes próximos do público foi uma experiência inesquecível. “Não apenas pelos aviões, mas por toda a estrutura montada para receber a população e alegrar as crianças. Há muito tempo não via um evento tão bonito”, disse.Já, Sergio Kaiser, que reside na Maria Otília, foi ao evento com dois filhos adultos para prestigiar a Esquadrilha da Fumaça, enquanto o terceiro filho estava a trabalho pelo Exército Brasileiro, no local. Kaiser ressalta a importância de eventos como este, que promovem o civismo e a família. “O evento foi muito bem feito e organizado, valeu muito a pena ter vindo. Ponta Grossa precisa de mais e ações como estas”, falou o munícipe.

O evento contou com estandes de diversas forças de segurança, barracas de artesanato e gastronomia da Feira da Barão, além de apresentações musicais tanto da banda do Programa Educacional de Resistência às Drogas e à Violência (PROERD) da 5ª Companhia da Patrulha Escolar, como também da Guarda Civil Municipal de Ponta Grossa, além de recreação para as crianças realizada pela Secretaria Municipal de Esportes. A prefeita Elizabeth Schmidt esteve no local e disse que ficou admirada tanto pela destreza dos pilotos da Esquadrilha da Fumaça, quanto com o público presente. Ela destaca que o evento auxiliou diversas famílias, pois foi arrecadado quase uma tonelada de alimentos não perecíveis para a Campanha PG Sem Fome, doados pelo público, como também, vendedores ambulantes cadastrados na Prefeitura tiveram espaço para comercializar seus produtos. “Foi um evento sensacional, que encantou não apenas as pessoas que compareceram no Jockey Club, mas de diversos pontos da cidade que viram e filmaram as manobras das aeronaves da Força Aérea Brasileira”, avalia Elizabeth.

O organizador do evento e vice-prefeito, Capitão Saulo, comemora a presença do público. Ele agradeceu a Força Aérea Brasileira pelo espetáculo realizado no céu de Ponta Grossa, como também de todos os que contribuíram para o sucesso da demonstração dos aviões e das realizadas em terra firme, por outras forças de segurança da cidade. “Missão cumprida! Foi uma grande satisfação estar à frente deste evento e ver a alegria das famílias reunidas em um momento cívico tão importante para a sociedade”, finaliza Saulo. O evento foi gratuito e as doações arrecadadas, no último domingo, de alimentos não perecíveis, serão destinadas para as famílias em vulnerabilidade social, através da Campanha PG Sem Fome, realizada pela Secretaria Municipal da Família e do Desenvolvimento Social.