NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL UOL


Blog do Sakamoto - Falta um presidente para explicar que Exército não deve tratar de eleições


Leonardo Sakamoto | Publicada em 09/09/2018 16:06

As Forças Armadas de hoje não são as mesmas do período da última ditadura, da mesma forma que os contextos nacional e internacional são outros. Seus comandantes têm confirmado que a liderança do país é e será civil. Segundo os oficiais da ativa, o respeito às liberdades individuais e às instituições continuará, sem intervenções ou golpes.

Isso não exime seus quadros de críticas, principalmente quando dão declarações que nada contribuem com o bom funcionamento das instituições democráticas.

O comandante do Exército afirmou que o atentado contra Jair Bolsonaro pode levar o futuro governo a ter dificuldade em garantir estabilidade e governabilidade, ''podendo até mesmo ter sua legitimidade questionada'', em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo.

''Ele não sendo eleito, pode dizer que prejudicaram a campanha dele. E, ele sendo eleito, provavelmente será dito que ele foi beneficiado pelo atentado, porque gerou comoção. Daí, altera o ritmo normal das coisas e isso é preocupante'', disse o general Eduardo Villas Bôas.

Mesmo que ele, ao longo da entrevista, tenha confirmado que as Forças Armadas continuarão a desempenhar seu papel democrático, independentemente do resultado das eleições, a conjectura em sua declaração apenas lança mais combustível no contexto incendiado em que estamos. A declaração do general não é uma sentença do que acontecerá, mas ajuda na formação do entendimento de que se o resultado das eleições não for o que alguns grupos esperam, elas poderão ser questionadas. Isso em nada contribui para a ''necessidade de pacificação do país'', que ele afirma ser sua preocupação.

Pelo contrário, extrapola as funções constitucionais das próprias Forças Armadas, que não incluem opinar sobre a validade de eleições, mas atender a demandas dos Três Poderes.

Em 3 de abril, às vésperas do julgamento do habeas corpus solicitado pela defesa do ex-presidente Lula no Supremo Tribunal Federal, o general afirmou em sua conta no Twitter: ''Asseguro à Nação que o Exército Brasileiro julga compartilhar o anseio de todos os cidadãos de bem de repúdio à impunidade e de respeito à Constituição, à paz social e à Democracia, bem como se mantém atento às suas missões institucionais''.

Depois completou o raciocínio em uma segunda mensagem: ''Nessa situação que vive o Brasil, resta perguntar às instituições e ao povo quem realmente está pensando no bem do País e das gerações futuras e quem está preocupado apenas com interesses pessoais?'' Sua declaração, além de representar inadmissível pressão indevida, foi vista como uma chantagem à corte.

Uma das diferenças entre um governo militar e um civil é que no civil, os militares que desejam participar do jogo político, atuando dessa forma, devem fazê-lo pela via eleitoral. Pois palavras como essas, ao invés de trazer tranquilidade, apenas acrescentam mais ansiedade a uma já tensa situação.

Como temos um ex-presidente em Exercício, ele não repreendeu o general em abril e também não se manifestou sobre as declarações de agora. O que era de se esperar. Afinal, diante dos baixos índices de aprovação, o presidente da República fez um movimento temerário, trazendo as Forças Armadas para perto de si. E antes mesmo de entregar o comando da intervenção federal na área de segurança do Rio de Janeiro a um general, ele já havia colocado militares em outros postos-chave e áreas sensíveis de seu governo.

Repito: ninguém questiona a importância das Forças Armadas e o papel que elas cumprem em uma democracia. Mas os governos civis pós-1988 distanciaram os militares do processo decisório do país não apenas por traumas do passado, mas também por uma visão de democracia próxima do voto e distante dos quartéis. Ao buscar neles fiadores para ajudar a manter seu governo impopular, Temer correu o risco de jogar esse esforço no lixo. E isso contribui para declarações como essas.

Como já disse aqui, Villas Bôas faz parte do grupo moderado do Exército, não acredita em ''tutela'' da sociedade por parte das Forças Armadas, acha que intervenção militar é coisa de maluco e disse que só agiria em caso extremo a pedido dos Poderes constituídos da República. Mesmo sofrendo de uma grave doença degenerativa, permaneceu em seu posto para garantir que a transição no Exército ocorresse da maneira mais suave possível. Em outras palavras, que a ala mais radical não herdasse o comando logo na época das eleições.

As declarações podem, nesse sentido, ter o objetivo de responder às pressões internas de grupos pouco democráticos, na ativa e na reserva. De qualquer forma, o general deveria ter mais cuidado com o que fala.

Até porque, na prática, suas palavras causam mais impacto em nosso futuro de curto prazo do que as do presidente.

PORTAL G1


Exército leva venezuelanos em situação de rua para Centro de Triagem após conflito entre brasileiros e imigrantes em Boa Vista

Ação já estava programada, diz Exército. Imigrantes serão realocados a abrigos e devem participar do processo de interiorização. Desde abril, 1.507 pessoas foram levadas em 10 voos para outros estados do Brasil.

Diogo Menezes, G1 Rr*, Boa Vista | Publicada em 09/09/2018 14:24

Ainda era madrugada quando militares do Exército Brasileiro deram início a mais uma fase da Operação Acolhida em Boa Vista. Cerca de 200 venezuelanos, entre crianças de colo e adultos, foram retirados de um acampamento improvisado em Boa Vista debaixo de forte chuva neste domingo (9), por volta das 4h. Todos foram levados ao Centro de Triagem, montado próximo à sede da Polícia Federal.

Os crimes geraram comoção e indignação no bairro e a Polícia Civil está investigando os crimes. Até o momento, ninguém foi preso. A Força Nacional passou monitorar a região para evitar uma nova confusão generalizada, semelhante ao que ocorreu em Pacaraima, cidade brasileira que faz fronteira com a Venezuela, em agosto.

No processo de retirada dos imigrantes promovido pela Força Tarefa Humanitária, todos os pertences foram condicionados, catalogados e levados em ônibus ao Centro de Triagem. No local, os estrangeiros tem a documentação atualizada, além de receber atendimento médico, kits de higiene pessoal e alimentação.

Conforme o Major Tássio de Oliveira, chefe da Comunicação da Operação Acolhida, a ação Exército já fazia parte da programação da Operação e não tem ligação com os crimes registrados na última semana.

"É um processo que já vem sendo planejado e é uma operação contínua. Desde o processo de interiorização foram abertas vagas, foi sendo planejado, então as pessoas com maior vulnerabilidade vem sendo mapeadas e assim são trazidas para preencher as vagas nos abrigos. Não tem uma relação direta com os acontecimentos nesse período", afirma.

Em meio aos dias de tensão, Mary Cruz Rincones temia pela segurança da filha, de 4 anos. No Brasil há três meses, ela vivia acampada de forma improvisada em uma barraca com a irmã e o cunhado a espera de vagas no abrigo Jardim Floresta.

"Indo para o abrigo, espero viver em paz para poder recomeçar. Gostaria de ir para Santa Catarina ou o Pará no processo de interiorização", conta.

De acordo com Pablo Matos, oficial de Relações Institucionais da Acnur, a Agência da ONU para Refugiados, a triagem dos imigrantes em situação de rua vai ocorrer naturalmente, conforme os estrangeiros são transferidos para outros estados do país.

"Essas vagas que se abrem através dos voos são realocadas pessoas que estão em situação de rua, em situação de vulnerabilidade, para os abrigos e podem ficar em uma situação de proteção", resume Pablo Matos.

No sábado (8), outro processo de repatriação foi registrado. O embarque foi acompanhado por representantes do Consulado da Venezuela em Roraima, que garantiram que a transferência foi realizada por ônibus fretados pelo governo de Nicolás Maduro "por livre e espontânea vontade".

Após as mortes do pintor brasileiro, Manoel Siqueira de Sousa, e do venezuelano Jose Antonio Gonzalez, a convivência entre moradores do bairro Jardim Floresta e estrangeiros ficou tensa.

Os moradores reclamam da falta de atuação da polícia no bairro desde a instalação do abrigo e, consequentemente, do acúmulo de imigrantes ao redor dele. Depois dos assassinatos, os estrangeiros que vivem na favela onde também morava Jose Gonzalez passaram a ser ameaçados.

Eles afirmam que o acampamento em que vivem foi atacado a tiros na madrugada de sábado (8). Apesar de marcas em barracas e parede, a polícia não confirma a ocorrência.

Brasileiro é enterrado em meio a protestos

Ainda no sábado, o corpo de Manoel Siqueira foi enterrado após um cortejo escoltado pela Polícia Militar por ruas e avenidas de Boa Vista. Carros, motos e até um micro ônibus levaram familiares e amigos da vítima.

Para Jordânia Peixoto, amiga de Manoel, os governos federal e estadual são responsáveis pelos crimes. "Deixaram chegar a esse ponto. Estamos nos sentindo amordaçados, injustiçados. É preciso que uma providência seja tomada pra controlar isso".

Há três semanas, aproximadamente 1,2 mil venezuelanos foram expulsos das ruas de Pacaraima, ao Norte de Roriama, e tiveram os pertences queimados após o assalto a um comerciante local. Três venezuelanos teriam sido responsáveis pelo crime.

Após a confusão, o presidente Michel Temer assinou um decreto para Garantia da Lei e da Ordem (GLO). A medida, válida até 12 de setembro, aumenta a fiscalização das Forças Armadas na fronteira com a Venezuela e a Guiana e concede poder de polícia aos militares em caso de novos conflitos envolvendo brasileiros e venezuelanos.

*com apoio de Felipe Medeiros, Rede Amazônica Roraima

JORNAL CORREIO DO ESTADO (MS)


Tempo quente não diminui solidariedade e campo-grandenses lotam Ala 5

Expectativa de 40 mil pessoas e arrecadação de 14 toneladas de alimentos

Renan Nucci E Izabela Jornada | Publicada em 09/09/2018 12:00

Ala 5 da Força Aérea Brasileira (FAB), em Campo Grande, realiza neste domingo a edição 2018 do evento "Portões Abertos". Apesar do tempo quente e seco, civis fazem fila para entrar na unidade militar e acompanhar o dia de atividades que vai até às 17 horas, e que conta com apresentação da Esquadrilha da Fumaça

A expectativa de público é de 40 mil pessoas e o objetivo é arrecadar 14 toneladas de alimentos que serão doados para instituições assistencialistas. A entrada é franca, mas foi incentivada a doação dos produtos. Os visitantes têm mostrado solidariedade e estão contribuindo, em média, com um quilo de alimento não perecível. 

Os portões foram abertos às 10 horas e ao longo do dia serão oferecidos serviços como orientações de saúde e higiene bucal, emissão de documentos, cortes de cabelo e brincadeiras para as crianças. A demonstração com as sete aeronaves A-29 Super-Tucano da Esquadrilha da Fumaça está prevista para às 15h30.

PORTÕES ABERTOS

Os alimentos arrecadados serão entregues a 30 instituições de Campo Grande como asilos, abrigos e hospitais. Todos os convidados que doarem alimentos vão receber um cupom para participar de sorteio que acontece ao meio-dia, oportunidade em que serão distribuídos 10 kits, entre conjuntos de churrasco e materiais escolares. No local há praça de alimentação com arroz carreteiro, pastel, doces e sorvetes.

Muita gente chegou cedo com o objetivo de almoçar na Ala 5 e passar o dia conhecendo mais de perto o trabalho desempenhado pela Força Aérea, bem como aeronaves e veículos militares. Este é o caso do representante comercial Roberto Luís, de 37 anos, que estava com a esposa e os dois filhos. "Vim trazer os meninos para conhecer o ambiente e participar das atividades da comunidade. Também acho importante nos mobilizarmos nessa arrecadação".

Celma Costa Leite, de 40 anos, promotora de vendas, disse que sempre participa do evento, mas que desta vez achou importante contribuir com as doações. "Venho todo ano. É um momento de lazer muito bom. Acho bonito ver os aviões e gostei demais dessa campanha de doação". Assim como ela, o armador de ferragens João Corrêa da Silva, de 77 anos, também quis ajudar. "Eu vim desta vez mais por causa da campanha de arrecadação. Quero ajudar de alguma forma", pontuou.

VENDAS E MAIS ARRECADAÇÕES

A grande movimentação de pessoas também é oportunidade de lucro para vendedores e artesãos, como o Luiz Carlos, 52, que oferecia miniaturas de aviões e tanques do exército artesanais de madeira. A expectativa dele era boa. "Todo mundo que esta passando aqui, está parando para ver porque acha o trabalho interessante".

Além dos alimentos, também é possível doar livros à Organização Não Governamental (ONG) Gibiteca, que existe desde 1995 e tem pontos nos terminais rodoviários da cidade.

OUTRAS MÍDIAS


CAVOK BRASIL - Helicópteros Black Hawk da FAB participam de treinamento SAR na Colômbia


Fernando Valduga | Publicada em 09/09/2018

Militares do Esquadrão Pantera (5°/8° GAV) e do Esquadrão Hárpia (7°/8° GAV) participam, até o próximo dia 14, do Exercício Multinacional Angel de Los Andes 2018, na cidade de Rionegro, na Colômbia. Um militar do Comando de Preparo (COMPREP), como Observador nas ações de Operações Especiais, e uma aeronave H-60L BlackHawk também representam a Força Aérea Brasileira (FAB).

“O objetivo do exercício é treinar a condução de operações aéreas de recuperação de pessoal e de pronta resposta a situações de emergência e de desastres em um ambiente combinado e interagências, com o fim de fortalecer a interoperabilidade e as capacidades operacionais das Forças Aéreas participantes”, destacou o Comandante do Esquadrão Hárpia, Major Aviador Ivan Fernandes Faria.

O exercício permite o treinamento em cenário de Busca e Resgate (SAR, do inglês search and rescue) e de Busca e Resgate em Combate (CSAR, do inglês, combat search and rescue). Os três cenários SAR (acidente aéreo de uma aeronave comercial com 60 passageiros; terremoto de magnitude 6,5º na escala Richter, com réplicas; e incêndio florestal de grandes proporções com danos à infraestrutura petrolífera local) compreendem o atendimento pré-hospitalar dos feridos pelos homens de resgate e a evacuação aeromédica de feridos e mortos pelo H-60L.

Já os cenários CSAR – resgate a um comboio humanitário atacado pelo país vermelho; resgate, em águas confinadas, de uma tripulação abatida em combate; e resgate diurno e noturno de pilotos em território inimigo – são uma oportunidade para a atuação em ambientes de conflito simulado, além de permitir o contato com a Doutrina CSAR utilizada pelo demais países.

Essa é a segunda edição do exercício (a primeira foi em 2015) e conta com a participação de 12 países: Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Equador, EUA, França, Panamá, Peru, República Dominicana e Uruguai.