NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


TV RECORD


Capital: Mais de 350 militares estão envolvidos nos treinamentos de busca e resgate da FAB


Da Redação | Publicada em 09/05/2022

Acompanhe os detalhes dos treinamentos da Força Aérea Brasileira na reportagem da jornalista Gabriela Milanezi.

Segundou JR: nova série acompanha o trabalho das equipes de transplantes de órgãos

Nossas equipes mostram que, ainda como reflexo da pandemia, as doações de órgãos estão em queda no Brasil

Da Redação | Publicada em 09/05/2022 19:50

O Segundou JR desta semana mostra os detalhes da nova série de reportagens especiais do Jornal da Record, Corrida Pela Vida. Nossas equipes mostram que, ainda como reflexo da pandemia, as doações de órgãos estão em queda no Brasil. Agora, os transplantes estão sendo retomados e, com eles, o trabalho frenético de quem faz a ponte entre o doador e quem precisa de um órgão para sobreviver. Confira.

 

 

 

 

 

 

 

 

REVISTA MILITAR DIÁLOGO (EUA)


Aviadora da FAB é pioneira como oficial de operações de unidade aérea


Taciana Moury | Publicada em 09/05/2022 12:00

A Major Aviadora Fernanda Kozlowski Görtz tem uma história de pioneirismo na Força Aérea Brasileira (FAB). A oficial formou-se na primeira turma de mulheres da Academia da Força Aérea (AFA), em 2006, e foi pioneira como chefe de operações do Grupo Especial de Inspeção em Voo (GEIV), função que ocupa desde janeiro de 2021. A Maj Fernanda Görtz conversou com Diálogo sobre a sua trajetória profissional e os desafios da função.

Diálogo: Quais os principais desafios de ser a primeira mulher chefe de operações do GEIV?

Major Aviadora Fernanda Kozlowski Görtz, da FAB: Sou responsável pela gestão e pelo acompanhamento da progressão operacional dos pilotos do esquadrão. Gerenciar pessoas por si só já é um desafio; no meu caso, acaba sendo um pouco mais difícil, por se tratar de um ambiente tipicamente masculino, mas aos poucos as mulheres vão ganhando espaço e aumentando a sua participação no meio militar. Vemos um número crescente de mulheres ingressando nas Forças Armadas nos últimos anos, o que é muito bom. Ser chefe do Setor de Operações é o sonho da maioria dos aviadores; eu estou muito feliz por estar aqui hoje, voando em uma unidade aérea tão especializada como o GEIV. É especialmente bom trabalhar com os pilotos, que são pessoas muito bem treinadas e que gostam do que fazem. Só tenho a agradecer essa oportunidade que a FAB me deu.

Diálogo: A senhora é a única mulher a exercer a função de chefe de operações de uma unidade operacional na FAB?

Maj Fernanda Görtz: Atualmente, uma outra oficial, a Major Aviadora Joyce Conceição de Souza, também da primeira turma de mulheres pilotos da FAB, assumiu a mesma função no Primeiro do Primeiro Grupo de Transporte (1º/1º GT), sediado no Rio de Janeiro.

Diálogo: O que a motivou a querer ser piloto da FAB?

Maj Fernanda Görtz: Foi influência do meu pai, que também é piloto. Ele cursou o ensino médio na Escola Preparatória de Cadetes do Ar da FAB, localizada na cidade de Barbacena, em Minas Gerais; depois decidiu ser piloto comercial e trabalhou muitos anos na empresa aérea VARIG. Eu e minha irmã sempre tivemos muito contato com a aviação. Isso fez com que desde cedo eu já me decidisse pela aviação. Já a carreira militar foi uma oportunidade que surgiu depois, não era algo que eu pensava, até porque não havia essa possibilidade para mulheres serem pilotos da FAB até então. Quando a FAB abriu o concurso para mulheres, meu pai logo me avisou e me incentivou, já que ele tinha muitas boas lembranças da escola em Barbacena, então lembro que eu fiquei super empolgada com essa possibilidade de ser piloto militar e fui correndo me inscrever.

Diálogo: Como foi o início da sua formação?

Maj Fernanda Görtz: Quando ingressei na AFA, em 2003, na primeira turma de mulheres aviadoras, éramos 20 meninas. Na formatura, em 2006, apenas 11 formaram-se aspirantes. A formação na AFA dura quatro anos e é bem conhecida por ser um curso difícil e com muitos desligamentos, o que de certa forma é natural, porque a atividade aérea e o militarismo requerem muita disciplina e dedicação dos alunos, e com as meninas não foi diferente. Ao final da formação, eu e mais duas outras alunas fomos indicadas para a Aviação de Caça, enquanto algumas de nossas amigas foram para as demais aviações: asas rotativas, transporte ou patrulha.

Diálogo: De que maneira a sua trajetória profissional a preparou para assumir a função de oficial de Operações do GEIV?

Maj Fernanda Görtz: Passei quatro anos servindo em Campo Grande, Minas Gerais, onde tive minha primeira experiência como piloto de caça, já formada, participando de missões de defesa aérea e interceptando aeronaves ilícitas que sobrevoassem o espaço aéreo brasileiro próximo das fronteiras. Depois disso, tive o privilégio de voar o F-5 modernizado, em uma das unidades mais tradicionais da FAB, o 1° Grupo de Aviação de Caça, muito conhecido por ter participado da Segunda Guerra Mundial ao lado dos aliados na luta contra o nazi fascismo. Foram anos difíceis e de muito trabalho, mas que me fizeram ter a certeza de que eu tinha feito a melhor escolha e estava na carreira certa. De lá para cá, procurei me manter na atividade aérea e hoje me sinto muito realizada por poder contribuir com o GEIV no cumprimento da sua missão, de manter o espaço aéreo brasileiro seguro.

Diálogo: Qual o conselho que a senhora daria para outras meninas que desejam ser pilotos da FAB?

Maj Fernanda Görtz: Eu diria para elas seguirem em frente e não desistirem dos seus sonhos, porque na Força Aérea elas terão muitas oportunidades de crescimento pessoal e profissional e terão uma bela carreira pela frente.