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CNN BRASIL


Conheça o Projeto 14-X, de tecnologia hipersônica, desenvolvido pela FAB

Projeto PropHiper da Força Aérea Brasileira pode garantir ao Brasil o domínio da tecnologia de motores scramjet para impulsionar veículos hipersônicos

Thiago Vinholes | Publicada em 09/01/2022 04:30

A velocidade de Mach 6 alcançada pelo 14-X S, no entanto, é apenas uma fração do potencial dos motores scramjet.

De acordo com FAB, o sistema em desenvolvimento no Brasil será capaz de voar a Mach 10 (cerca de 12.000 km/h). Como comparação, o Concorde, o último avião comercial supersônico, voava a cerca de Mach 2.04 (2.179 km/h).

“Nesse primeiro ensaio em voo, o objetivo foi o estabelecimento das condições de partida do motor scramjet, isto é, a validação em ambiente relevante das condições em que se observa a ocorrência do processo de queima de combustível pelo motor scramjet, conhecido como combustão supersônica”, informou a FAB em contato com o CNN Brasil Business.

O projeto prevê pelo menos mais três ensaios de voo nos próximos anos para demonstrar o funcionamento e rendimento do motor scramjet brasileiro. Na última etapa, chamada 14-XWP, a FAB espera ter um veículo hipersônico autônomo totalmente funcional, com capacidades de controle e manobra.

Motor relativamente simples

Diferentemente de motores a jato, o scramjet não possui partes móveis, como compressores e turbinas que comprimem o ar nas câmaras de combustão. Esse tipo de propulsor também dispensa sistemas de ignição.

Em vez disso, a queima da mistura de combustível e ar ocorre pelo calor na câmara de combustão, que esquenta por força do atrito gerado pela passagem do ar em alta velocidade. De certa forma, o motor hipersônico tem uma concepção relativamente simples. O difícil é fazer ele funcionar.

Comparativo entre um motor a jato convencional e o scramjet, que não possui partes moveis / Divulgação

O motor hipersônico só “liga” em velocidades altíssimas, pois somente desta forma ele consegue aspirar a quantidade massiva de ar necessário para realizar a combustão supersônica.

Por isso, é comum que veículos hipersônicos tenham dois estágios de propulsão, sendo o primeiro normalmente um foguete convencional que acelera o conjunto até o ponto ideal de acionamento do scramjet, onde ocorre a separação.

O protótipo 14-X S testado no CLA, por exemplo, foi acoplado a um Veículo Acelerador Hipersônico, baseado no foguete de sondagem VSB-30, construído no Brasil pelo Instituto de Aeronáutica e Espaço.

O conjunto voou até a faixa dos 30 km de altitude, onde ocorreu a separação e em seguida a ignição do scramjet, que continuou acelerando até esgotar o combustível (no caso hidrogênio) e alcançar uma velocidade próxima de Mach 6, a cerca de 50 km de altitude.

Segundo a FAB, o demonstrador atingiu o apogeu de 160 km (acima da linha de Kármán, a “fronteira” entre a Terra e o espaço), percorrendo um total de 200 km de distância, e caiu numa área segura no Oceano Atlântico.

“O scramjet apresenta vantagens como ganho de espaço de carga útil, redução do peso total de decolagem e da quantidade de combustível necessário para a operação da aeronave de aplicação civil ou militar em velocidade hipersônica”, relatou a FAB à reportagem. 

Aplicações para o scramjet

Motores scramjets são propostos para um dia impulsionarem os “aviões espaciais”, espaçonaves que serão capazes de decolar da Terra, viajar até o espaço e retornar, algo que os Ônibus Espaciais da Nasa faziam no passado, mas com custos muito menores. A motorização também é sugerida para aviões comerciais hipersônicos, previstos para o fim do século 21.

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Por ora, a tecnologia scramjet está começando a surgir em mísseis de cruzeiro hipersônicos, um tipo de armamento que deve reformular completamente as doutrinas de defesa e ataque nos próximos anos.

Motores hipersônicos também já foram testados em drones, que no futuro podem servir como aeronaves de espionagem ou mesmo de combate.

Os países mais avançados em pesquisas na área hipersônica são a China, Estados Unidos e Rússia, com projetos de mísseis e aeronaves não tripuladas com motores scramjet.

A tecnologia também está em desenvolvimento para aplicações militares na Austrália, França e Japão. O Brasil é o membro mais recente deste seleto grupo de nações que estudam o voo hipersônico.

Questionada sobre quais utilizações o veículo hipersônico brasileiro pode ter, a FAB respondeu que o “objetivo do projeto é essencialmente garantir o domínio da tecnologia” do motor scramjet.

Seja qual for a escolha de sua aplicação, o resultado final do projeto 14-X será a máquina mais rápida projetada e construída no Brasil.

PORTAL AEROFLAP


Base Aérea de Santa Cruz (BASC) e Ala 12 tem novo comandante


Gabriel Centeno | Publicada em 08/01/2022

O Coronel Aviador Alessandro Barbosa Arrais de Oliveira assumiu, nessa sexta-feira (07/01), como Comandante da Base Aérea de Santa Cruz (BASC) e Comandante da Ala 12, ambas Organizações Militares localizadas no Rio de Janeiro (RJ). A cerimônia militar de transmissão de cargo foi presidida pelo Comandante da Aeronáutica, Tenente-Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior.

A solenidade contou, também, com a presença do Diretor-Geral do Departamento de Controle do Espaço Aéreo, Tenente-Brigadeiro do Ar João Tadeu Fiorentini; do Comandante de Operações Aeroespaciais e Comandante de Preparo, Tenente-Brigadeiro do Ar Sérgio Roberto de Almeida; do Chefe do Gabinete do Comandante da Aeronáutica, Major-Brigadeiro do Ar Ary Soares Mesquita; do Vice-Secretário de Economia, Finanças e Administração da Aeronáutica, Major-Brigadeiro do Ar Valter Borges Malta; do Diretor de Administração do Pessoal da Aeronáutica, Major-Brigadeiro do Ar Fernando César da Costa e Silva Braga; do Diretor de Ensino da Aeronáutica, Major-Brigadeiro do Ar Sérgio Rodrigues Pereira Bastos Junior; do Presidente da Comissão de Implantação do Sistema de Controle do Espaço Aéreo, Major-Brigadeiro do Ar Sergio Barros de Oliveira; do Subdiretor de Logística e Saúde Operacional da Diretoria de Saúde da Aeronáutica, Brigadeiro Médico Julio Cesar da Gama Apolinario; da Diretora do Hospital de Força Aérea do Galeão, Brigadeiro Médica Carla Lyrio Martins; do Presidente da Associação Brasileira de Pilotos de Caça, Brigadeiro do Ar Teomar Fonseca Quírico; além de Comandantes, Chefes, Diretores e Coordenadores das Organização.

O Coronel Aviador Marcelo da Costa Antunes deixou o cargo de Comandante da Ala 12, passando ao Coronel Aviador Alessandro Barbosa Arrais de Oliveira. O ato foi presidido pelo Comandante de Operações Aeroespaciais e Comandante de Preparo, Tenente-Brigadeiro Almeida, que se dirigiu aos Oficiais substituído e substituto Militares.

“Prezado Coronel Soares, parabenizo e agradeço pelos serviços prestados como Comandante desta base aérea nas diversas de ações de apoio e ações executadas. Prezado Coronel Antunes, que esteve à frente deste complexo operacional liderando seus subordinados e conduta exemplar de compromisso com a missão. Prezado Coronel Arrais, sua indicação para comandar a Base Aérea de Santa Cruz dentro da nova estrutura idealizada é consequência da sua capacidade de liderança e gestão, constatada em toda sua carreira na Força Aérea”, disse o Oficial-General.

Emocionado, o Coronel Antunes disse que, ao deixar o cargo, chega também o fim sua atuação como piloto de combate na Força Aérea. “Resta-me apresentar as despedidas, afiançado-lhes que dos longes da minha saudade jamais esquecerei os dez anos vividos aqui nessa histórica e lendária Base Aérea de Santa Cruz”, afirma.

Transmissão de cargo da BASC

O Coronel Aviador Marco Aurélio Soares Garcia entregou o cargo de Comandante da Base Aérea de Santa Cruz ao Coronel Aviador Arrais. O ato de transmissão de cargo foi presidido pelo Vice-Secretário de Economia, Finanças e Administração da Aeronáutica, Major-Brigadeiro do Ar Valter Borges Malta. Para o Coronel Soares, que discursou durante a despedida, o tempo em que esteve na função foi expressivo. “Foi apenas um ano, mas intenso, desafiador e já saudoso. Apesar de todas as agruras, o sentimento de amor que passei a nutrir por Santa Cruz faz com que a despedida se torne difícil”, destacou.

O Coronel Arrais, que assume como Comandante da BASC e da Ala 12, destacou o momento em sua carreira militar. “Espero, ao longo desses dois anos, poder retribuir essa confiança que o Alto-Comando e a Força Aérea estão depositando em mim para que possamos continuar mantendo e elevando o nome da Força Aérea”, finaliza o Oficial.