NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

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JORNAL ESTADO DE MINAS


Nanossatélite chega ao campo para monitorar produção agropecuária

Subsidiária da Embraer faz parceria com a Embrapa para colocar equipamento de última geração a serviço do monitoramento preciso da produção

Publicada em 07/12/2018 08:54

São PauloA Visiona, subsidiária da Embraer que desenvolve satélites e faz a integração de sistemas espaciais, acaba de anunciar parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que poderá levar a agricultura brasileira à era do big data e da internet das coisas, abrindo espaço para o surgimento de novas agrotechs, empreendimentos inovadores do agronegócio.

Joint-venture formada pelas empresas Embraer Defesa (51%) e Telebras (49%), a Visiona nasceu em 2012 para executar o programa de desenvolvimento do primeiro satélite geoestacionário brasileiro, o SGDC, lançado no ano passado e que hoje é utilizado para a comunicação estratégica do governo brasileiro. O programa de quase R$ 2 bilhões ganhou impulso depois das revelações de que a NSA (a Agência Nacional de Segurança, dos Estados Unidos) estava espionando a ex-presidente Dilma.

A Visiona foi a beneficiária das transferências de tecnologia durante o desenvolvimento do SGDC e hoje está desenvolvendo o primeiro nanossatélite para fins comerciais brasileiro: o VCUB1, previsto para ser colocado em órbita em 2020. O país tem outros nanossatélites, desenvolvidos em universidades, como o Itasat, do Instituto Tecnológico da Aeronáutica (ITA).

Pelo acordo, a Embrapa vai estudar e desenvolver possibilidades de aplicações para a montanha de dados que pode ser captada pelo satélite. O investimento do VCUB1 é de R$ 14 milhões, sendo R$ 4 milhões financiados pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), estatal de inovação do Ministério de Ciência e Tecnologia.

O VCUB terá 10 quilos e ficará posicionado a 600 quilômetros de altura. Dará uma volta na Terra a cada 90 minutos. Para efeito de comparação, o CGDC pesa 7 toneladas e fica a 36 mil quilômetrosda Terra. O nanossatélite estará equipado com aparelhos e sensores de altíssima tecnologia, capazes de monitorar com precisão áreas de produção agropecuária e de preservação ambiental.

Regiões remotas 

A Embrapa deve desenvolver algoritmos que permitirão interpretar as imagens captadas pelo satélite para diversos tipos de aplicações. Entre outros usos, como identificar regiões mais ou menos produtivas, o satélite também vai permitir levar sinal a regiões remotas para conectar maquinários equipados com internet das coisas.

O plano de futuro da Visiona é ter uma constelação de nove nanossatélites – o que permitiria fotografar e monitorar qualquer canto do Brasil com periodicidade diária. O ritmo do lançamento dos satélites vai depender da demanda pelos serviços em terra.

Além da Embrapa, a Visiona tem parceria para desenvolvimento de aplicações com o uso de satélites feitas com o governo de Santa Catarina.

A subsidiária da empresa brasileira ainda é nano em termos de faturamento para a Embraer – com receitas recorrentes estimadas entre R$ 15 milhões e R$ 40 milhões – , mas o negócio tende a ganhar relevância dentro do portfólio.

OUTRAS MÍDIAS


AEROFLAP - Depois de passar por 39 países, Embraer encerra turnê com o E190-E2


Publicada em 07/12/2018

O Embraer E190-E2, ostentando a pintura de um tubarão na fuselagem, completou a turnê mundial de demonstração de cinco meses.

Iniciada no Farnborough Airshow, no Reino Unido, em julho deste ano, a turnê do jato E190-E2 passou por 39 países, sendo exibido para 120 empresas aéreas em 68 cidades, percorrendo mais de 125 mil milhas náuticas (231 mil quilômetros), ou o equivalente a quase seis voltas ao redor na Terra, em mais de 350 horas de voos de demonstração.

Além de estar presente em Farnborough, o jato esteve na 12ª China International Aviation & Aerospace Exhibition (Exposição Internacional de Aviação & Aeroespacial da China), em Zhuhai, na China, e no evento ALTA Leaders Forum, no Panamá, além de visitar empresas aéreas nas Américas, Europa, Oriente Médio, África, China e na Ásia-Pacífico.

Durante a turnê, o E190-E2 realizou pousos em alguns aeroportos que apresentavam diversos desafios operacionais, como pistas curtas, a exemplo de London City, em Londres, e em grandes altitudes, como no Tibet e no Nepal. Além disso, a aeronave visitou pontos extremos do planeta, como o Kiribati, na Oceania.

“O objetivo principal era demonstrar às companhias aéreas as características que tornam o E190-E2 um avião único na categoria”, disse Rodrigo Silva e Souza, Diretor de Marketing da Embraer Aviação Comercial. “A turnê permitiu que as empresas aéreas vissem o que o E190-E2 pode oferecer em termos de desempenho operacional, mantendo o mesmo espaço na cabine de passageiros que consagrou a primeira geração de E-Jets. Importante também dizer que a turnê ocorreu sem interrupções, com uma operação sem falhas e 100% de disponibilidade do E190-E2.”

O E190-E2 é o primeiro de três novos E-Jets E2s que a Embraer está desenvolvendo para suceder seus E-Jets da primeira geração. Comparado com a primeira geração do E190, o E190-E2 oferece uma redução de 17,3% em termos de consumo de combustível e quase 10% menos que o concorrente direto (aqui a Embraer oculta que o concorrente é o A220-100, agora fabricado pela Airbus). Isso a torna a aeronave mais eficiente de corredor único no mercado.

O E190-E2 traz mais flexibilidade com alcance máximo de até 5300 km, ou cerca de 1000 km a mais do que o E190 de primeira geração.

O E190-E2 também oferece economias significativas para as companhias aéreas em termos de custos de manutenção, com uma redução de até 25%. A aeronave possui os maiores intervalos de manutenção, com 10.000 horas de voo para verificações básicas e sem limite de calendário na utilização típica de E-Jets. Isso significa 15 dias adicionais de utilização de aeronaves em um período de dez anos.

Os pilotos da primeira geração de E-Jets precisam de apenas 2,5 dias de treinamento e sem a necessidade de um simulador de voo completo para pilotar o E2, o que diminui a carga de treinamento e economiza tempo e dinheiro para as companhias aéreas.

O cockpit do E2 apresenta avançada aviônica integrada Honeywell Primus Epic 2. Juntamente com os controles fly-by-wire, os sistemas trabalham juntos para melhorar o desempenho da aeronave, diminuir a carga de trabalho do piloto e reforçar a segurança de voo.