NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


NOTIMP 130/2018 - 08/05/2018

Publicado: 08/05/2018 - 07:56h
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Coluna Painel - Na contramão do Congresso, ministro rejeita suspender intervenção no Rio


Publicado em 08/05/2018 - 01h59

Nem vemO ministro da Segurança, Raul Jungmann, diz que é contra interromper, ainda que brevemente, a intervenção no Rio para viabilizar a votação de emendas constitucionais no Congresso. “Não vejo motivos para suspender algo que está indo bem e que vai apresentar resultados cada vez mais palpáveis”, afirma.

Minha palavra Jungmann diz ainda que a intervenção é “um compromisso com o Rio”.

Tenho dito O ministro afirma que não foi consultado formalmente sobre o assunto, mas que sua posição está fechada. Depois que o STF restringiu o foro de parlamentares, líderes da base aliada pregaram acelerar a tramitação de PEC que acaba com a prerrogativa para todas as autoridades.

 

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Veolia, dona de aterro sanitário em Guarulhos, rebate críticas sobre projeto


Publicado em 07/05/2018 - 17h07

A Veolia Brasil, dona do aterro sanitário CDR Pedreira, questionou informações do Instituto Brasileiro de Proteção Ambiental (Proam) em relação aos seus projetos de ampliação. De acordo com a empresa, o CDR Pedreira não se insere no cone de aproximação do aeroporto de Guarulhos e a distância real do empreendimento é de mais de 9 quilômetros. O Proam argumenta que a distância entre os dois é de cerca de 5 quilômetros.

O CDR Pedreira, de acordo com a Veolia, está devidamente licenciado, com certificação ambiental ISO 14.001, e funcionamento desde 2001 com o recebimento médio de 5.800 toneladas diárias de resíduos, de mais de 20 municípios. Segundo a empresa, o projeto de ampliação consiste em continuar aproveitando o espaço da pedreira que deu origem ao empreendimento e “também utilizar uma área vizinha que já está totalmente impactada por ser o depósito de solo excedente das obras do Rodoanel”.

Na avaliação do Proam, a ampliação vai contra a legislação de segurança portuária, que prevê um perímetro de 20 km para garantir a segurança de operação dos aeroportos. Exceções podem ocorrer a critério do órgão ambiental, mas para Carlos Bocuhy, conselheiro do Conama e presidente do Proam, no caso de Guarulhos, haverá um grave prejuízo não só à segurança do aeroporto como à população que vive nas proximidades.

A Veolia argumenta que, segundo o Plano Básico de Gerenciamento de Risco de Fauna, publicado pelo Departamento do Controle do Espaço Aéreo (Decea), não há proibição de ampliações de aterros sanitários em operação já existente, desde que existam as devidas ações para o controle aviário no empreendimento.

Segundo a Veolia, os procedimentos operacionais da empresa visam a evitar a presença de vetores animais e “os monitoramentos da Cetesb ou da autoridade aeronáutica nunca apontaram a presença de aves”. “Os estudos e projetos foram desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar de mais de 40 especialistas, atendendo rigorosamente aos preceitos técnicos, leis e normas brasileiras e quem decide se há viabilidade ambiental ou não, são os órgãos competentes após uma análise crítica inerente ao processo”.

Segundo Bocuhy, do Proam, “o projeto não possui viabilidade ambiental em função de sua alternativa locacional e deve ser objeto de contestação por parte da comunidade local e das autoridades aeroportuárias, como o Comando da Aeronáutica (Coman) e a Infraero”.

Mas a Veolia destaca, em nota, que “o projeto contempla a recuperação ambiental, com medidas de proteção, cinturão verde com árvores nativas, implantação de futuras tecnologias com o aproveitamento e valorização dos resíduos, respeitando o meio ambiente e a população”.

 

Satélite de R$ 2,8 bilhões vira alvo de disputa judicial

Telebrás fechou contrato com a americana Viasat de forma direta; empresas de telecomunicações do País alegam falta de transparência

Anne Warth | Publicado em 07/05/2018 - 22h44

As empresas de telecomunicações do País entraram na Justiça contra a Telebrás, que fechou contrato com a americana Viasat para explorar o satélite brasileiro, que custou R$ 2,8 bilhões. Elas acusam a Telebrás de quebra de isonomia de mercado e concorrência, ao contratar a Viasat de forma direta para prestar serviços de internet. A estatal afirma que, sem uso, o satélite gera prejuízo diário de R$ 800 mil.

O satélite brasileiro está em órbita desde 4 de maio de 2017. Ele tem duas bandas: uma de uso militar, que é sendo aproveitada; e outra, de uso civil, para internet. Está em funcionamento desde janeiro, mas é necessário construir antenas e infraestrutura em terra para que seja possível fornecer sinal ao País.

Para isso, a Telebrás fez um chamamento público. No dia da disputa, em 30 de outubro, não recebeu propostas. Posteriormente, a Telebrás contratou a Viasat sem licitação, com base em uma modalidade prevista na Lei das Estatais. O contrato foi assinado em 23 de fevereiro. A Viasat, que ainda não atuava no País, deverá fornecer sinal para escolas, prefeituras e para clientes comerciais.

O contrato entre Telebrás e Viasat está suspenso por decisão do Tribunal de Justiça do Amazonas, que atendeu a um pedido da Via Direta Telecomunicações, uma das concorrentes do setor. Com novas ações judiciais, o caso chegou ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, depois, ao Supremo Tribunal Federal (STF).

Ação conjunta. Segundo o diretor jurídico do Sinditelebrasil (que representa as empresas de telecomunicações), José Américo, o contrato com a Viasat não é transparente. “Se a Viasat tinha interesse do contrato, por que não fez proposta dentro do chamamento público e assinou por vias normais? Temos receio fundado de que esse contrato bilionário tenha sido firmado em bases diferentes das inicialmente propostas”, afirmou Américo. O SindiTelebrasil entrou com ação na Justiça Federal em Brasília pedindo uma cópia do contrato.

A Telebrás quer manter sigilo sobre algumas cláusulas contratuais, sob o argumento de que é uma sociedade de economia mista. A estatal alega que a suspensão do contrato “causa danos irreparáveis” e “atrasos sociais” ao País. A Viasat disse que a suspensão do contrato é grave e afirma que os concorrentes fazem “alegações falsas” por estarem “descontentes”.

 

Venezuelanos começam a retomar a vida em São Paulo

Como primeiro passo, três dos 30 refugiados que estão na Missão Paz desde abril já estão empregados

Pablo Pereira | Publicado em 08/05/2018 - 03h00

SÃO PAULO - Venezuelanos refugiados, que chegaram a São Paulo na primeira semana de abril, na fase 1 da operação humanitária do Exército de transporte de imigrantes da fronteira de Roraima, já têm a oportunidade de recomeçar a vida na capital. Do grupo de 30 da Missão Paz, no Glicério, região central, que acolhe 120 imigrantes de 20 nacionalidades, pelo menos três já estão trabalhando. Outros dez venezuelanos chegaram na última sexta-feira ao abrigo, na fase 2 da operação.

“Eu vivia em Pacaraima”, conta Isaid Moisés Pérez, de 23 anos, venezuelano que conseguiu uma vaga de trabalho em um restaurante peruano do Itaim. Com a filha Ishailys, de 4 meses, e a mulher, Rosa, de 18 anos, também venezuelanas, explicou que trabalhou em uma fábrica de calçados em Puerto Ordaz e na estatal de mineração CVG Minerven, de El Callao, departamento (Estado) de Bolívar, antes de emigrar.

O rapaz chegou ao Brasil pela fronteira com Roraima quando tinha 19 anos, em busca de trabalho, porque a situação econômica de seu país estava se deteriorando. “Vim para o Brasil para trabalhar e ajudar minha família. Estão na Venezuela”, disse. Com o aumento no movimento de fuga dos venezuelanos para Boa Vista, a capital de Roraima, autoridades brasileiras abriram a porta para interiorização e vinda ao Sudeste.

Jornada. A jornada de trabalho de Pérez em São Paulo é puxada. Ele sai do abrigo pela manhã, toma um ônibus no bairro do Glicério e outro no Terminal da Praça da Bandeira, início da Avenida 9 de Julho. O expediente no restaurante como ajudante de cozinha vai das 10h30 às 15h30 e, depois, das 18h30 às 22h30. Tem um dia de folga por semana. “Isaid está indo bem. Ele está aqui há duas semanas”, disse Yesica Palomino, que dirige o bar.

Para meter-se com ceviches, causas e piscos, Isaid contou com um empurrãozinho de um amigo. O trabalho foi repassado pelo venezuelano Robert Dias, de 37 anos, também imigrante. Ex-morador no departamento de Maturín, Estado de Monagas, e também abrigado na Missão Paz, Robert foi selecionado para a vaga de auxiliar de cozinha.

Na quinta-feira, o venezuelano contou que, por não entender nada de cozinha e achar que não se adaptaria à função, indicou o colega refugiado. Pérez aceitou na hora. “Estou esperando por outra vaga”, contou Dias, ao lado do compatriota e acompanhado pela mulher, Saray, de 30 anos, e pela filha, Isabela, de 4 meses. Ele chegou a São Paulo no mesmo grupo conduzido pelo Exército.

Dias afirma que em Boa Vista “está havendo xenofobia” (rejeição aos imigrantes) – na realidade, as condições sociais se deterioraram e a governadora chegou a solicitar o fechamento da fronteira. Com parentes no Uruguai, Dias planejava seguir para a capital, Montevidéu, ou para a cidade de Rivera, na fronteira com a brasileira Santana do Livramento (RS). Mas o casal mudou de ideia e preferiu ficar em São Paulo.

Os planos deles são de trabalhar no comércio de roupas ou na construção civil. Dias admite que precisa também se empenhar para aprender português. “Quero trabalhar para fazer cursos e estudar a língua”, diz ele, em espanhol, auxiliado pelo coordenador do abrigo, padre Paolo Parisi.

Barreira. “É preciso superar a barreira da língua”, explica Parisi, na Casa do Imigrante. O local é um anexo da Igreja e normalmente acolhe 110 estrangeiros. Segundo o religioso, o abrigo tem ainda outros dois venezuelanos que já estão trabalhando, uma mulher, em uma confeitaria, e um homem, que conseguiu vaga em loja no comércio da Rua 25 de Março, também na região central.

Mostrando uma área do pátio interno da Missão Paz, Parisi conta que já tem projeto aprovado na Prefeitura para a construção de mais um anexo que deverá ser destinado para as famílias de imigrantes. “Agora vamos batalhar para conseguir o dinheiro para a construção dessa parte”, relata. Nas acomodações atuais, os imigrantes homens ficam separados da ala das mulheres.

Na sexta-feira, a Missão do Glicério recebeu mais dez venezuelanos. São refugiados de um grupo de 60 transportado para São Paulo pelo Exército. O trabalho federal tem apoio da Agência das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR), da Organização Internacional de Migração (OIM) e do Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA). De acordo com a ONU/Brasil, na primeira fase da operação conjunta para atender a refugiados da Venezuela, em 5 e 6 de abril, foram transportados 265 venezuelanos. Para São Paulo, vieram 199.

Na semana passada, mais 230 imigrantes, que optaram por tentar a vida no Brasil e estavam em Roraima, foram transportados pelo voo especial da Força Aérea Brasileira.

 

JORNAL O GLOBO


Coluna Poder em jogo


Lydia Medeiros | Publicado em 08/05/2018

Efeito dominó

O governo acha que o Ministério da Segurança, até agora, deu mais prejuízo do que lucro político. Além de esvaziar o Ministério da Justiça, transformou a pasta da Defesa em apêndice. A Defesa continua com um ministro interino, e os principais projetos militares, como o Sisfron ( monitoramento de fronteiras) e a Amazônia Azul (patrulhamento da costa) estão paralisados, sem dinheiro, enquanto operações de garantia da lei e da ordem nos estados, como no Rio, consomem mais recursos a cada dia. Na origem, a precipitação política, o improviso em relação à ação militar no Rio e a disputa burocrática nas Forças Armadas pelo comando da Defesa.

 

JORNAL VALOR ECONÔMICO


Cresce apoio à hipótese de golpe militar, diz pesquisa


Ricardo Mendonça | Publicada em 07/05/2018 - 05h00

Diante de um quadro de "muito crime no país" ou diante de "muita corrupção", há mais brasileiros que concordam com a hipótese de um golpe de Estado liderado por militares do que discordam. Em onze anos em que esse tipo de pesquisa quantitativa tem sido feita por diferentes instituições, mas com o mesmo método científico, é a primeira vez que o desapreço pela democracia atinge tal estágio.

Os dados são de um levantamento feito entre 15 e 23 de março, com 2,5 mil entrevistas em 26 estados (exceção foi o Amapá), pelo Instituto da Democracia e da Democratização da Comunicação, parte do Programa de Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia (INCT). O Instituto é composto por representantes de quatro instituições acadêmicas principais (UFMG, Iesp/Uerj, Unicamp e UnB) e a pesquisa será material de estudo a ser destrinchado o ano todo.

Conforme o estudo, obtido com exclusividade pelo Valor, 53,2% dos pesquisados afirmaram apoiar um golpe militar "em que o país fosse palco de muitos crimes "quando há muito crime", de acordo com a pergunta do questionário. Os que discordam disso somam 41,3%. Outros 5,6% não responderam ou não souberam responder.

Em relação a um quadro de muita corrupção, o golpe de Estado seria justificado para 47,8%. Os que divergem desse entendimento são 46,3%. Há 5,8% que não responderam ou não souberam responder.

Esse padrão de comportamento não ocorre quando os entrevistadores alteram a premissa da pergunta. Diante de uma situação de muito desemprego ou de muitos protestos sociais, a ideia de um golpe militar recebe menos apoio popular. Nesses dois casos, quase 7 de cada 10 brasileiro não concordam que o ato antidemocrático seria justificado (confira nos gráficos).

Liderada pelo cientista político Leonardo Avritzer, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a pesquisa captou uma série de outros indícios de enfraquecimento da democracia no Brasil. O percentual de brasileiros que afirmam estar satisfeitos ou muito satisfeitos com a democracia, por exemplo, é o mais baixo de uma série que começa em 2002: apenas 19,4%.

Em 2014, os satisfeitos ou muito satisfeitos com o regime democrático eram 38,9%. O auge do contentamento com a democracia ocorreu em 2010, quando 44,4% manifestaram algum grau de satisfação. Anteriormente, o pior resultado havia sido apurado em 2002 e era um terço maior que o atual: 30,3%.

Uma forma tradicional de medir o apreço das pessoas pela democracia é solicitando concordância ou discordância com a frase "A democracia é preferível a qualquer outra forma de governo". Desde 2002, o percentual de brasileiros que concordam com a afirmação também é o mais baixo da série, embora ainda seja majoritário: 56,1%. Em 2010, no auge, 77,4% concordavam.

Outra evidência do processo de enfraquecimento da democracia no Brasil é a queda da confiança nas instituições. A mesma pesquisa captou um conjunto de dados nessa direção.

Um dos mais impressionantes é o da avaliação do desempenho de deputados e senadores, que tradicionalmente sempre foi baixo e, ainda assim, cai sucessivamente desde 2002. Dezesseis anos atrás, o trabalho dos congressistas em Brasília era aprovado por 34,3% dos brasileiros. Essa taxa recuou para 26,2% em 2006, caiu para 19,3% em 2010, 15,8% em 2014 e, próxima do chão, é de apenas 5,4% hoje.

Tendência ainda mais acentuada foi observada em relação à Presidência da República. A aprovação de 43% em 2006-ano em que Luiz Inácio Lula da Silva, presidente de então, se reelegeu- despencou para 9,6% em 2018. Combina com a baixíssima aprovação do presidente Michel Temer captada por outras pesquisas. Algo sempre próximo a 5%.

Taxas que podem ser consideradas baixas - com menos de 40% na soma das respostas "confio muito" e "confio mais ou menos" - também foram observadas para os partidos políticos, 8,5%; para o Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra, o MST, 20,6%; para os sindicatos, 27,8%; para as organizações empresariais, 29,2%; para os movimentos sociais, 35,7%; e para o Poder Judiciário, 39,4%. No polo oposto, as instituições com as melhores taxas de confiança foram as igrejas em geral, com 63,8%; a Polícia Federal, com 63,7%; e as Forças Armadas, que alcançaram 61,1%.

"O que há é um quadro de desconfiança radical e absoluta nas instituições e nas pessoas", disse Avritzer em entrevista ao Valor. "O marco inicial disso é junho de 2013, quando jogaram a desconfiança em cima de todos. Agora, a crise joga a institucionalidade nessa vala comum."

Para o pesquisador, uma das consequências do clima geral de desconfiança é o que chama de "imprevisibilidade absoluta" para as eleições marcadas para outubro. "Não há precedente e não há um padrão que permita imaginar o que esse eleitor irá fazer nas eleições".

Perfis como o do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL) e o de Joaquim Barbosa (PSB), ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), tendem a ser favorecidos, avalia. Ambos devem ser reconhecidos como personagem de fora do sistema político, embora o primeiro exerça mandado parlamentar desde 1989.

A cientista política Rachel Meneguello, da Unicamp, foi coautora de um relatório sobre a pesquisa chamado "A cara da democracia no Brasil". Ela tem avaliação parecida. Afirma que a baixa confiança dos brasileiros nas instituições não é um padrão recente de comportamento. "O que preocupa é que cada vez diminui mais", completa.

Para ela, as pesquisas sobre o tema mostram que os brasileiros estão "perdendo a capacidade cognitiva sobre o sistema". Como evidência disso, cita o aumento no número de brasileiros que simplesmente declaram não saber o que é uma democracia.

Recorrendo a levantamentos mais antigos, Meneguello lembra que em 1989, logo após a promulgação da Constituição e no ano da primeira eleição direta para presidente após a ditadura, 38,6% dos brasileiros diziam não saber o que é democracia. Essa taxa foi caindo ao longo dos anos até chegar a 25,3% em 2010. Em 2014, na pesquisa mais recente sobre o tema, subiu para 49%.

No período mais recente, completa, o apoio geral à ideia de uma ditadura "em certas circunstâncias" cresceu. Variou de 8,2% em 2010 para 10,5% em 2014. E saltou para 21,1% hoje, mais que o dobro da taxa observada quatro anos atrás.

"Os governos Fernando Henrique Cardoso e Lula tiveram avanços e práticas democráticas que merecem ser destacados. Mas as pessoas não enxergam isso como referência de democracia. É uma situação que abre espaço para apoiarem soluções que não são democráticas", alerta.

Ela lembra ainda a baixa posição do Brasil em comparações internacionais quando a assunto é satisfação com a democracia.

Pesquisa Latinobarómetro de 2017 mostrou que a média de satisfação com a democracia na América Latina é de 30%. Nesse ranking, o Brasil ficou em último lugar, com apenas 13%, atrás inclusive da conturbada Venezuela (22%). O país da região campeão por esse critério foi o Uruguai, com 84% da população satisfeita.

Um dado da pesquisa INCT que chamou muito a atenção dos pesquisadores é em relação à baixa confiança na contagem de votos das eleições. Conforme o levantamento, 54,1% dos brasileiros afirmam que não acreditam que a apuração seja feita de maneira honesta. Os que confiam muito ou um pouco somam 27,4%. Outros 18,5% declaram que confiam "mais ou menos".

"Parece que há um descompasso entre a forma como as instituições funcionam e a forma como as pessoas entendem que as instituições funcionam", diz Meneguello. "Esse dado da contagem de voto é especialmente grave porque diz respeito à legitimidade do sistema. Temos agora que 67% desconfiam do processo eleitoral".

De certa forma, é outra constatação da pesquisa que parece ter conexão com Bolsonaro. Há meses ele vem pregando em discursos, entrevistas e, principalmente, em seus canais nas redes sociais que a apuração das eleições em urnas eletrônicas realizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não é confiável. O deputado e seus seguidores fizeram campanha pelo voto impresso. Um dispositivo que imprime o voto e o deposita automaticamente numa urna de lona foi aprovado pelo Congresso e começará a ser adotado nessas eleições. Mas de forma residual.

Outro evento que contribuiu para desacreditar a apuração, segundo a pesquisadora, foi o comportamento do senador Aécio Neves (PSDB) logo após a sua derrota para a ex-presidente Dilma Rousseff em 2014. Ele pediu recontagem de votos e entrou com ações no TSE com o objetivo de anular o pleito.

Com entrevistas domiciliares, a pesquisa INCT foi feita em 179 municípios. As comparações com dados anteriores foram feitas com dados retirados de diferentes edições do Estudo Eleitoral Brasileiro (Eseb) e do Barômetro das Américas.

O INCT conta com financiamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), da Coordenadoria para Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) e da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapeming).

 

Sindisat rebate argumentos da Telebras


Ivone Santana | Publicado em 08/05/2018 - 05h00

O Sindicato Nacional de Empresas de Telecomunicações por Satélite (Sindisat) rebateu, ontem, os argumentos da Telebras de que a empresa estatal está tendo prejuízos decorrentes da suspensão do contrato assinado com a americana Viasat. A entidade culpa a própria Telebras pelas perdas.

A polêmica é em torno do Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicação (SGDC-1) da Telebras, lançado há um ano. O contrato com a Viasat foi assinado em fevereiro de 2018. No dia 25 de abril, o Sindisat ajuizou uma ação na 9ª Vara Federal Cível da Seção Judiciária do Distrito Federal para suspender o contrato. Seguiu os passos da Via Direta Telecomunicações por Satélite e Internet Ltda, de Manaus, que entrou na Justiça para cancelar o contrato, que está suspenso por liminar.

A Telebras contratou a Viasat para instalar equipamentos e prestar serviços de banda larga em projetos do governo. Segundo a estatal informou ao Valor, na sexta-feira, em abril as perdas somaram R$ 100 milhões só no caso de projetos sociais como Internet para Todos. A cada dia de suspensão no uso do satélite, são mais R$ 800 mil, segundo a empresa. Em cinco anos, a perda pode chegar a R$ 2,4 bilhões.

Dos 500 pontos previstos para conexão em abril, só quatro foram instalados - três em escolas e um em posto de fronteira, em Pacaraima (RR). Em maio, está prevista a instalação de mil pontos no Brasil, informou ontem a Telebras.

"A própria Telebras é a responsável por decisões internas que levaram ao fracasso de licitações para a contratação de equipamentos e é também a responsável pelo fracasso do chamamento público nº 002/2017, que elaborou formulando exigências indevidas", afirmou o Sindisat, em nota. "Agora, está sendo responsável também por prejuízos que decorrem de uma contratação na qual ela e o Estado brasileiro deixam de buscar os benefícios próprios das licitações e de procedimentos competitivos."

Para a entidade, não há sentido em se alegar que as ações contra a parceria sejam a origem do prejuízo. "A pressa [...] não pode justificar a assinatura de um acordo que pode durar 15 anos sem licitação".

A entidade não aceita o argumento da estatal de que houve chamamento público sem interessados para o SGDC-1.

"No chamamento público, a Telebras formulou exigências incompatíveis com os custos envolvidos", afirmou o Sindisat. Segundo a entidade, "não foram atendidas sugestões imprescindíveis para permitir uma oferta minimamente viável do ponto de vista de resultado do negócio e análise de risco". O resultado é que ninguém apresentou propostas, "nem as associadas ao Sindisat, nem a própria Viasat".

O SindiTelebrasil, que representa as operadoras de telecomunicações, acusa, também em nota, a Viasat de recorrer a cláusulas sigilosas do contrato com a Telebras para esconder irregularidades na exploração do SGDC-1. "Mais grave é o fato de uma empresa americana estar tentando executar no Brasil contrato secreto firmado com a Telebras e obtido sem licitação", argumentou. O SindiTelebrasil questiona na Justiça contrato entre a Telebras e o Ministério das Comunicações para levar banda larga pelo programa Governo Eletrônico - Serviço de Atendimento ao Cidadão, sem licitação. (Rafael Bitencourt, de Brasília)

 

PORTAL G1


Helicóptero que caiu em Vinhedo pousou sem autorização da Anac; empresa não tinha licença para táxi aéreo

Segundo o órgão federal, empresa não tinha autorização para exercer atividade remunerada com a aeronave. Após susto, a noiva Simone Farias postou fotos nesta segunda rumo à lua de mel do casal.

Publicado em 07/05/2018 - 14h58

O helicóptero que transportava uma noiva e caiu em Vinhedo (SP) no fim de semana não tinha autorização da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) para pousar no local do evento, um espaço com um castelo cenográfico em um bairro de chácaras no município. De acordo com o órgão, a empresa também não tinha licença para usar a aeronave em atividade remunerada.

"A empresa envolvida na operação da aeronave não detinha autorização para realizar a atividade de táxi-aéreo nem obteve autorização prévia, com antecedência mínima de 30 dias, para pousar no local do evento, que não é homologado para pousos."

A Anac informou que abriu processo administrativo contra a empresa que, além de eventual sanção administrativa, pode provocar "denúncia ao Ministério Público e à Polícia para que sejam tomadas medidas no âmbito criminal".

Em nota, o órgão federal explica que "de acordo com o Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica (RBHA) nº 91, para manobras em que haja a possibilidade de pessoas (público) próximas à área não homologada ou não registrada, é necessário solicitar autorização da ANAC para o pouso eventual de helicóptero."

O G1 não conseguiu contato com representates da empresa para comentar a informação da Anac.

O pouso

Um drone percorreu o caminho feito pelo helicóptero que caiu com a noiva em Vinhedo (SP). As imagens mostram a proximidade com as torres do castelo cenográfico.

No local do evento, outros helicópteros já pousaram em outras épocas e com outras rotas, mas nunca houve acidente como o de sábado, segundo a reportagem da EPTV apurou no local. O drone registrou a vista aérea do espaço.

Nas imagens feitas por celular instantes antes do acidente é possível ver quando a cauda do helicóptero esbarra no mastro de uma bandeira do castelo e se quebra, fazendo com que o piloto perca o controle da direção.

Lua de mel

Os noivos Simone e Felipe Correa de Freitas não quiseram falar com a imprensa após o casamento, mas fizeram postagens no Facebook com fotos da cerimônia. Ela postou que amou o evento e foto do início da viagem para Punta Cana, onde passarão a lua de mel, nesta segunda-feira (7).

O noivo compartilhou um post da cerimonialista com foto do casal onde ela diz "testemunhamos um grande milagre".

O casamento de Simone e Felipe estava sendo planejado havia dois anos. A cerimonialista Izabel Gibim se impressionou com a reação da noiva de prosseguir com a programação e a cerimônia mesmo após o acidente.

"Ela sentiu o milagre. Quando ela percebeu que o piloto perdeu a segurança do helicóptero, ela falou assim: `Eu sabia que a gente ia cair, mas eu tinha certeza que ia sair todo mundo bem´", conta.

Na rede social, entre mensagens de felicitações, um dos amigos do casal mencionou "obstáculos" ao comentar o casamento no Facebook. "Depois de enfrentar os obstáculos, agora sim FELIZ PARA SEMPRE", escreveu.

Amigo da família, o churrasqueiro José Aparecido Neves estava na festa e falou sobre o desespero no momento da queda.

"A gente fica com aquela agonia de saber se está tudo bem, se não, aquela correria, ninguém sabendo informação. [...] Todo mundo correndo, o pessoal passando mal"

"Aconteceram duas festas, a festa de casamento e a festa da vida", completa o amigo do casal.

O acidente

A noiva, o fotógrafo, um menino de 6 anos e o piloto, vítimas da queda do helicóptero em Vinhedo (SP), tiveram menos de 1 minuto para sair da aeronave antes da explosão, segundo mostra um vídeo do acidente que viralizou nas redes sociais.

Em uma sequência sem cortes - entre 0m32s e 1m36s -, é possível ver desde a aproximação do helicóptero ao local do casamento - um castelo estilo medieval - até a explosão da aeronave segundos após a saída de todos os tripulantes.

A noiva saiu ilesa e os demais três tripulantes tiveram ferimentos leves. Mesmo com o susto, a noiva subiu ao altar e a festa aconteceu.

Viagem rápida

A viagem começou no Aeroporto de Jundiaí (SP) com o embarque das quatro pessoas às 17h23, segundo informações da concessionária Voa São Paulo, que administra o local. O percurso foi de cerca de 20 km até a festa, no bairro Altos do Morumbi.

No boletim de ocorrência registrado na Polícia Civil, como lesão corporal culposa, consta que o acidente ocorreu às 17h30. Veja como foi a sequência dos fatos no infográfico, abaixo.

A reportagem da EPTV apurou que a programação do voo do helicóptero previa que pétalas de rosas fossem jogadas antes da aterrissagem, o que não ocorreu devido ao acidente.

O menino que estava no voo levaria as alianças até os noivos na cerimônia. Com a queda, ele teve sangramento no nariz e ficou em observação no hospital até a manhã de domingo (6), quando teve alta.

Cenipa investiga

Técnicos do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) estiveram no espaço do evento na manhã de domingo (6) para fotografar cenas, retirar partes da aeronave para análise, reunir documentos e ouvir relatos de pessoas que serão usados na investigação.

A empresa Buffet Imagem, responsável pelo local, disse ao G1 que não houve danos à estrutura do prédio e que os convidados estavam a uma distância segura da área onde o helicóptero deveria pousar.

`Piloto experiente´

De acordo com Rui Garcia, proprietário da empresa dona do helicóptero, Alter Aviation, o piloto é experiente e está chocado com o que aconteceu. A companhia responsável fica em São Paulo.

Garcia informou que a aeronave decolou para fazer um voo fotográfico, que percorre um trecho pequeno. Ele disse que o piloto estava tentando pousar no local correto e indicado no gramado do espaço onde acontecia o casamento.

 

Fronteira do AP com Guiana Francesa deve ter Forças Armadas até julho, prevê Marinha

Órgão pretende criar destacamento em Oiapoque ainda em 2018 para fiscalizar transporte e promover profissionalização marítima. Exército e FAB já têm destacamentos no município.

Fabiana Figueiredo | Publicado em 07/05/2018 - 08h11

A fronteira do Brasil com a Guiana Francesa deve ter até julho a presença das Forças Armadas brasileiras. A previsão é da Marinha, que pretende criar um Destacamento da Capitania dos Portos em Oiapoque, município fronteiriço do Amapá, a 590 quilômetros de Macapá.

A proposta é contribuir para a ampliação da segurança do tráfego nas águas do mar e dos rios, da prevenção da poluição hídrica e do combate aos crimes transfronteiriços e ambientais que acontecem na região.

“A Marinha, a partir talvez de julho deste ano, vai criar um destacamento. Estamos só aguardando que a Receita Federal entregue uma área. Inicialmente será um destacamento, com cerca de 10 militares, e mais em breve, talvez no ano que vem, teremos uma agência da Capitania dos Portos no Oiapoque”, detalhou o comandante do 4º Distrito Naval, o Vice-Almirante Edervaldo Teixeira de Abreu Filho, em entrevista à Rede Amazônica.

Oiapoque já tem sede para equipes do Exército Brasileiro e Força Aérea Brasileira (FAB). De acordo com a Marinha do Brasil, o que gerou a necessidade da presença mais forte na região transfronteiriça foi o alto índice de embarcações trafegando sem registro, principalmente ligadas à pesca.

A proposta é facilitar o acesso da comunidade marítima à regularização das embarcações e à realização de cursos básicos para habilitação de condutores da região. Até julho, a Marinha prevê assumir um imóvel da Receita Federal no município, porque o órgão terá as atividades transferidas para a Alfândega, próxima à Ponte Binacional.

“Um previlégio que aquela cidade terá de ter as 3 forças armadas, poucas são as cidades do Brasil que têm as 3 forças armadas presentes. E nós estaremos lá, chegando em Oiapoque em julho. O crime transfronteiriço é prejudicial para a França e é prejudicial para o Brasil, então nós temos que trabalhar juntos”, reforçou o comandante da Marinha.

Oiapoque tem cerca de 25 mil habitantes, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (Ibge), numa região onde o acesso é pela Rodovia BR-156, num trecho sem asfalto, sendo a cidade mais distante da capital, com dificuldades no fornecimento de energia elétrica e comunicação.

Na fronteira, é constante o flagrante de crimes como o contrabando, tráfico de drogas e de pessoas, e o garimpo ilegal, atos combatidos pelas forças armadas.

Atualmente em Oiapoque existem duas bases do Exército Brasileiro: a Companhia Especial de Fronteira no distrito de Clevelândia do Norte; e o Destacamento Especial de Fronteira no distrito de Vila Brasil. As duas são administradas pelo Comando de Fronteira Amapá, do 34º Batalhão de Infantaria de Selva (BIS), responsável por operações militares em terra.

ImagemA FAB, que cuida da defesa aeroespacial do país, tem um Destacamento de Controle do Espaço Aéreo (DTCEA) em Oiapoque desde 1989, sendo um dos 26 que funcionam na Amazônia.

A instituição presta os serviços de tráfego aéreo, telecomunicações, informação aeronáutica e meteorológica. A presença na região foi provocada para a realização segura de voos, transporte de passageiros e cargas de áreas de difícil acesso, vigilância aérea da fronteira e combate a crimes transnacionais.

De acordo com a FAB, recentemente foi implantado no destacamento em Oiapoque um projeto-piloto de Serviço de Informação de Voo de Aeródromo Remoto, para prestar serviço de informação aeronáutica, como parte do projeto de modernização do controle do espaço aéreo.

A FAB reforça que a presença militar faz com que serviços como saúde, apoio às comunidades indígenas, medicamentos e exercício do poder de voto cheguem a esses locais.

 

AGÊNCIA BRASIL


Itamaraty terá setor dedicado à segurança na América do Sul


Renata Giraldi | Publicado em 07/05/2018 - 16h41

O ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes Ferreira, determinou a implantação imediata de um setor dedicado exclusivamente aos assuntos de segurança e defesa na América do Sul. A iniciativa atinge 11 países: Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile, Peru, Equador, Colômbia, Bolívia, Venezuela, Suriname e Guiana.

Em nota, o Itamaraty informou que: “A medida reflete a elevada prioridade atribuída pelo governo brasileiro, e pelo Itamaraty em particular, ao combate aos ilícitos transnacionais e deverá reforçar a cooperação com os países vizinhos”.

A disposição é para efetuar ações conjuntas entre Brasil e países vizinhos nas áreas operacional entre agências de segurança e inteligência.

De acordo com o Itamaraty, a iniciativa faz parte de uma série de ações de combate aos crimes transfronteiriços. “Em articulação com os órgãos competentes do Governo Federal, ao anseio da sociedade brasileira por melhoras prontas e eficazes no campo da segurança pública.”

 

Pedidos para realização de concurso público serão padronizados


Mariana Tokarnia | Publicado em 07/05/2018 - 19h43

A ferramenta digital Seleção de Pessoas, lançada hoje (7) pelo Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão, irá padronizar os pedidos de realização de concurso público em 2019.

A previsão da Secretaria de Gestão de Pessoas da pasta é disponibilizar o novo módulo no Sistema de Gestão de Pessoas (Sigepe) para os dirigentes dos órgãos federais amanhã (8).

Para que a previsão dos concursos públicos faça parte do Orçamento do ano seguinte, os pedidos precisam ser feitos pelo Sistema Eletrônico de Informações (SEI) ou por protocolo até o dia 31 de maio, como previsto no Decreto nº 6.944 de 2010, e cadastrados no Sigepe até 30 de junho. Até este ano, o pedido era feito exclusivamente via SEI ou protocolo.

Segundo a diretora de Legislação e Provimento de Pessoas, Neleide Ábila, os pedidos feitos por SEI continuarão válidos e seguirão o mesmo prazo, até o dia 31 de maio. A nova ferramenta trará, segundo ela, uma padronização dos pedidos, o que facilitará a análise pelo ministério.

"Excepcionalmente vamos trabalhar com os dois modelos. Aconselho [os dirigentes de gestão] a apresentarem no modelo tradicional, via SEI, e inclusão no Sigepe. Vamos atender prioritariamente no modelo novo, mas sem prejudicar alguém que não conseguiu [fazer o pedido nesse modelo], vamos analisar", explicou.

A intenção é que os pedidos sejam feitos integralmente via Sigepe a partir do ano que vem.

Postos de Trabalho e Aprendizagem

O Ministério do Planejamento lançou também hoje (7) o módulo Postos de Trabalho e Aprendizagem, no Sigepe, voltado para a gestão das tabelas de cargos e carreiras dos órgãos e entidades da administração pública federal e órgãos do Governo do Distrito Federal, organizados e mantidos pela União.

Nesse módulo, estarão disponíveis todos os dados de cada um dos cargos públicos, como ponto de ingresso, requisitos de ingresso, atribuições legais e infra-legais, possibilidade de cadastrar mais de uma jornada, carreira e tabela remuneratória para um mesmo cargo, regime e sub-regimes de contratação, órgão de contratação, rol de órgão de lotação do cargo, órgãos de exercício descentralizado e parametrização para redistribuição.

A intenção, segundo a pasta, é possibilitar um maior controle e facilitar a gestão dos órgãos, inclusive a análise da necessidade de concursos públicos.

Entenda

Compete ao Ministério do Planejamento autorizar a realização de concursos públicos nos ministérios, autarquias e fundações, exceto nas empresas públicas e sociedades de economia mista, que contam com autonomia para formar os próprios quadros.

Para que novas vagas sejam autorizadas são levadas em conta as prioridades de governo, as necessidades de pessoal e as condições orçamentárias. Os gastos com contratações são conciliados também com as demais despesas e investimentos que o governo precisa fazer em áreas como saúde, educação, segurança e outras.

 

AGÊNCIA CÂMARA


Desporto militar será tema de audiência na Câmara


Publica em 07/05/2018 às 18h45

A Comissão do Esporte realiza audiência pública nessa quarta-feira (9) para conhecer o plano de trabalho do Departamento de Desporto Militar do Ministério da Defesa. A apresentação será feita pelo diretor do órgão, o general de divisão Jorge Antonio Smicelato.

O deputado Alexandre Valle (PR-RJ), autor do requerimento para realização da audiência, lembra que Ministério da Defesa, em parceria com os ministérios do Esporte e do Desenvolvimento Social e Agrário, está à frente de dois bem-sucedidos projetos federais: os programas “Atletas de Alto Rendimento” e “Forças no Esporte”, sendo que este último beneficia cerca de 21 mil crianças e jovens em situação de vulnerabilidade social.

Horário e local
A reunião será às 15 horas, no plenário 4.

A audiência pública será interativa pelo e-Democracia.

 

JORNAL O DIA


Artigo: Alxandre Knoploch: até quando nossos heróis vão morrer?

O Rio de Janeiro vive uma guerra civil. Passamos o mês de abril e o ano de 2018 já registra pelo menos 110 policiais baleados - sendo que 45 não resistiram

Alexandre Knoploch | Publicado em 08/05/2018 - 03h00

Rio - Os policiais do Rio de Janeiro estão na mira. Basta ligar a TV ou acessar as redes sociais e constatamos que os bandidos estão matando cada vez mais, sem dó nem piedade, nossos homens da lei. O Rio de Janeiro vive uma guerra civil. Passamos o mês de abril e o ano de 2018 já registra pelo menos 110 policiais baleados - sendo que 45 não resistiram. Do total, mais de cem eram PMs. Destes, ao menos 58 estavam de serviço, 49 estavam de folga, um estava de férias fora do Estado do Rio, quatro eram reformados e um estava adido a outro órgão. Diante destes números alarmantes, além da dúvida se irão voltar para casa após um dia de trabalho, eles questionam inclusive a legitimidade de ser um policial.

Existem regras básicas para ser um policial: respeito, recurso e legitimidade. O que se vê é que parte da sociedade não respeita a Polícia como instituição, e muito menos o policial. Através de dogmas impetrados após o Governo Militar, boa parte da sociedade afronta, humilha e desabona a instituição. Assim, se o Estado deve nos proteger, como poderemos ser protegidos se a própria sociedade quebra o escudo de confiança e validação? Alguém vê publicidade dos nossos governos falando da importância de nossos policiais? O respeito tem de ser restaurado urgentemente! E isso deve ser feito para que esta legitimidade volte a fazer parte do dia a dia de cada policial que arrisca a sua vida por nós.

Outro ponto que deve ser abordado é o seguinte: qual a legitimidade de reagir a um assalto, de defender a sua vida ou de um cidadão, se o policial sofre com a falta de segurança jurídica, pois quem o acusa e julga sempre pergunta "por que atirou, por que reagiu"?. Tais perguntas são feitas sem embasamento da realidade, já que o policial deve proteger a sociedade. Leis como a PLS 352/2017, denominada erroneamente como `Lei do Abate´, que entrou em vigor em 2004 após pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB) terem disparado tiros de advertência contra um monomotor que transportava 176 quilos de cocaína, em Rondônia, na região de fronteira do Brasil com a Bolívia, fazem parte de ações imediatas que devem ser tomadas para garantir a legitimidade das ações de defesa da Polícia Militar.

Existem, ainda, as péssimas condições de trabalho às quais os policiais estão submetidos. O policial militar anda em viaturas sucateadas, usa armas da Imbel ou Taurus que não apresentam confiabilidade e coletes balísticos de qualidade duvidosa, e recebe péssimos salários. Sem contar que os batalhões estão caindo aos pedaços.

Outro absurdo: os policiais, quando saem de suas jornadas, têm de portar sua própria arma, taxada com imposto de 200%. Assim, este policial usa a arma mais barata, que em países de Primeiro Mundo é considerada arma sobressalente. Fazendo uma comparação bem simples, em uma guerra onde uma ponta está com os melhores recursos, a outra está de estilingue.

Portanto, defendo que, enquanto o Estado brasileiro não der condições mínimas, inclusive financeiras capazes de criar isenções a policiais, até mesmo a de impostos, viveremos à margem de uma sociedade doente e que não valoriza nem mesmo seus próprios heróis.

Alexandre Knoploch é empresário e presidente da Associação de Moradores da Tijuca

 

PORTAL AIRWAY


FAB abre licitação para comprar Boeing 767

Força Aérea Brasileira já opera um jato do mesmo modelo para missões de transporte, mas alugado

Thiago Vinholes | Publicado em 07/05/2018

A Comissão Brasileira de Aeronáutica em Washington (BACW, na sigla em inglês) abriu um processo de licitação internacional para a aquisição de um Boeing 767-300ER (versão com alcance estendido) para a Força Aérea Brasileira (FAB). Além do avião, o anúncio também pede suporte logístico e de MLU (processo de manutenção de meia vida) para a aeronave e seus equipamentos por um período de 36 meses. Interessados devem apresentar suas propostas até terça-feira (8).

A FAB já opera um 767-300ER desde julho de 2016 alugado pela empresa Colt Aviation. O contrato prevê a utilização da aeronave por três anos com opção de prorrogamento por mais um ano. A aeronave, designada C-767, voa com o Esquadrão Corsário, baseado no Rio de Janeiro (RJ), em missões de transporte de carga e pessoal – o modelo também já foi utilizado para evacuação médica e como avião-presidencial.

O 767 requisitado para a FAB pode transportar cerca de 40 toneladas de cargas ou então 257 passageiros. Outro atributo importante da aeronave é seu longo alcance, de aproximadamente 11.000 km. A Aeronáutica, no entanto, ainda não definiu para quais propósitos a nova aeronave deve servir.

Antigo sonho da FAB

Não é de hoje que a FAB busca jatos Boeing 767. Em 2008, a Aeronáutica lançou o programa KC-X2 que previa a aquisição de dois 767 configurados para reabastecer outros aviões em voo. A modificação das aeronaves para essa função seria realizada pela IAI, de Israel. O processo, porém, foi suspenso em 2013 e ainda não há uma previsão de retomada.

Atualmente, os únicos aviões da FAB capazes de realizar reabastecimentos aéreos são os turbo-hélices C-130 Hercules. Essa missão em breve também poderá ser executada pelos novos Embraer KC-390, que serão incorporados a frota da Aeronáutica até o final deste ano.

 

OUTRAS MÍDIAS


EBC - Aeronáutica vai selecionar profissionais para trabalhar na Amazônia

Serão 637 vagas temporárias para servidores públicos civis

Publicado em 07/05/2018 - 07h20

A Aeronáutica vai abrir 637 vagas temporárias para servidores públicos civis na Amazônia. Os trabalhadores vão atuar em obras e serviços executados pela Comissão de Aeroportos da Região Amazônica.

As vagas serão destinadas a arquitetos e engenheiros. Mas também haverá postos de trabalho para nível intermediário e auxiliar, como serventes e cozinheiros.

Estão previstas ainda oportunidades para técnicos em áreas como arquivo, laboratório e manutenção.

De acordo com a Aeronáutica, para confirmação no cargo será necessária aprovação em processo seletivo simplificado ou, quando for possível, análise curricular.

O edital com outras informações sobre os contratos temporários será divulgado em breve pelo Comando Militar.

 

O ANTAGONISTA - Os generais nas urnas


Publicado em 07/05/2018 - 08h33

Os militares querem conquistar o poder pelo voto.

O ministro da Defesa, general Silva e Luna, defendeu as candidaturas de oficiais aposentados.

Ele disse para o Valor:

“O que a gente vê hoje é que a sociedade está se ressentindo de valores. Como as Forças Armadas têm um elevado índice de credibilidade e aceitação na sociedade, as pessoas começam a identificar no militar os seus valores, seu potencial de conhecimento.”

E mais:

“As pessoas que lançaram candidaturas foram buscadas, procuradas, estimuladas a participar. O entendimento disso tudo é de que não era mais o momento de se omitir.”

 

O CORREIO NEWS (MS) - Avião agrícola cai em Chapadão do Céu - piloto teve diversas fraturas e foi transferido para o HUGO


Publicado em 07/05/2018

Maxuel Lessa, o piloto que tripulava o avião modelo Ipanema Embraer que caiu numa propriedade rural de Chapadão do Céu, será transferido para o Hospital Santa Helena em Goiás, uma referência em traumatismo na região. Ele foi resgatado com múltiplas fraturas pelo Corpo de Bombeiros logo após o acidente. As informações foram confirmadas pelo empresário da Walter Tenório da Costa, proprietário da empresa de aviação, por volta das 11 horas (MS) da manhã de hoje. Entre os ferimentos mais graves estão fraturas nas pernas e bacia. A Tenoar tem sede em Chapadão do Sul e há vários anos presta serviço de pulverização e aplicação de defensivos agrícolas em propriedades rurais da cidade e região.

A aeronave já estava com o compartimento de carga vazio no momento do acidente. Após aplicar o produto sobre a plantação o piloto fez a manobra para retornar e caiu há cerca de 8 metros da pista de pouso. O caso passa a ser investigado pelo Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos). O avião tem seguro e a saúde do piloto é tratado com prioridade pela empresa, destacou Tenório.

Os técnicos do Cenipa fazem a análise para a identificação dos fatores contribuintes da ocorrência, visando a formulação de recomendações sobre a segurança. A investigação de acidente aeronáutico é de grande importância para melhorar o máximo possível a segurança de voo, seja militar ou civil. Por causa disso, existem convenções e resoluções internacionais para padronizar procedimentos de apuração, análise e recomendações.

 

PODER AÉREO - Gripen no Brasil: Saab apresentará instalações de fábrica

Evento para apresentar ‘próximos passos do projeto’ da Saab Aeronáutica Montagens, em São Bernardo do Campo, será nesta quarta-feira, 9 de maio

Publicado em 07/05/2018

A Saab, por meio de sua assessoria de imprensa, informou que nesta quarta-feira (9/5/2018) apresentará a convidados as instalações de sua fábrica de aeroestruturas em São Bernardo do Campo (SP), denominada SAM (Saab Aeronáutica Montagens), engajada no programa para atender à encomenda de 36 caças Saab Gripen pela Força Aérea Brasileira (FAB).

No convite à imprensa, além de informar que serão conhecidos “os próximos passos do projeto da nova fábrica de aeroestruturas da Saab em São Bernardo do Campo”, a empresa também mencionou que os convidados irão “conhecer de perto os progressos do Programa Gripen Brasileiro”.

Ainda segundo a assessoria de imprensa, estarão presentes ao evento os executivos Marcelo Lima, diretor-geral da SAM, Mikael Franzén, chefe da Unidade de Negócios Gripen Brasil na Saab, Bengt Janér, diretor Gripen Brasil da Saab e Jonas Hjelm, vice presidente senior da Saab Aeronautics.

Aeroestruturas Segundo informe da Saab feito em outubro do ano passado para anunciar o diretor da SAM, Marcelo Lima, as instalações da fábrica em São Bernardo do Campo deverão “produzir aeroestruturas, como cone de cauda, freios aerodinâmicos, asas, fuselagem dianteira (tanto da versão monoposto quando da biposto) e fuselagem traseira para os caças Gripen da Força Aérea Brasileira.” Essas partes serão enviadas a Gavião Peixoto (SP), local da linha de montagem final dos componentes de 15 dos 36 caças Gripen da encomenda da FAB. Em Gavião Peixoto, onde a Embraer realiza a montagem final de suas aeronaves da área de Defesa, já existe o Centro de Projetos e Desenvolvimento do Gripen (GDDN).

Segundo cronograma divulgado pela FAB, a partir de de 2020 começará a produção do primeiro dos 15 caças a serem feitos no Brasil, neste caso um monoposto (Gripen E) previsto para entrega em agosto de 2022. O primeiro biposto (Gripen F) deverá deixar a linha de montagem no ano seguinte. Antes disso, ficará a cargo da fábrica da Saab na Suécia produzir as primeiras aeronaves da encomenda brasileira. O exemplar que abre as entregas do Gripen E para o Brasil no ano que vem, e que atualmente se encontra em produção, será empregado nos testes da versão da FAB (que, entre outros diferenciais, terá painel com tela única de grande área). A partir de 2021 serão entregues aviões de série para esquadrões operacionais da FAB baseados em Anápolis (GO).

Logística – Segundo a Saab, a escolha de São Bernardo do Campo para a SAM foi devido à cidade ter “longa tradição em receber empresas suecas”, assim como pela “qualidade de sua força de trabalho industria”, proximidade de “universidades, indústrias e centros de pesquisa”, e também pela facilidades logísticas, como o acesso a portos, aeroportos, rodovias, ao polo aeronáutico de São José dos Campos e ao GDDN em Gavião Peixoto.

 

CORREIO LAGEANO (SC) - Voos por instrumento podem ser autorizados no próximo dia 10 de maio


Por Susana Küster | Publica em 07/05/2018

Com o objetivo de esclarecer o que está acontecendo para impedir os voos por instrumento (àqueles em que ocorrem mesmo que o piloto não tenha visibilidade), no aeroporto de Lages, o Cindacta II, prefeitura, Acil e a empresa Infracea, administradora do aeroporto se reuniram nesta segunda-feira (7) de tarde, no gabinete do prefeito Antonio Ceron.

O prefeito ficou satisfeito com a reunião e acredita que no dia 10, quando acontecerá outro encontro, desta vez, em Curitiba, tudo esteja pronto para o aeroporto funcionar integralmente. “Foi feita uma vistoria em um aparelho e ele estava irregular, e, também não tínhamos barômetro reserva. Na troca de instrumentos, houveram problemas de procedência. São coisas simples que serão resolvidas para que o aeroporto funcione 100% e o passageiro voe com segurança”.

O coronel comandante, Marcos Kentaro Adachi, do Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindacta II), afirma que a prefeitura não sabia da troca intensa de documentos entre o órgão e a Infracea. Além disso, ele destaca que a reunião foi motivada por conta de um procedimento administrativo instaurado pelo Ministério Público Federal, que pedia explicações do motivo dos voos por instrumento não estarem funcionando.

Ele justifica que a morosidade do processo de regulação dos voos foi por conta da demora de entrega de documentos e da falta de procedimentos e correções por parte da Infracea. O comandante destaca que o foco é a segurança dos passageiros, por isso, as 36 não conformidades encontradas no início do processo geraram preocupação no Cindacta.

“Geralmente quando nos chamam para a vistoria não há nenhuma não conformidade e haviam 36, uma delas era falta de desempenho no barômetro e anemômetro, equipamentos fundamentais para os voos por instrumento”, explica.

Na reunião do dia 10, serão pontuadas as não conformidades e se a Infracea comprovar que resolveu as pendências, os voos podem voltar rapidamente. “Não é um processo demorado de se resolver”.

Sobre a falta de comunicação que a Infracea divulgava que estava acontecendo entre o Cindacta II e eles, o comandante mostrou uma pasta cheia de documentos trocados entre os dois, em três meses. “Normalmente trocamos dois ofícios e os problemas são resolvidos”.

O sociodiretor da Infracea, Fernando Siqueira, afirma que quando a administração do aeroporto foi transferida da prefeitura para a empresa, foram vistas algumas não conformidades e ele destaca que isso é comum. “Hoje não existe nenhuma pendência, o Cindacta II está analisando a documentação. Esperamos que na reunião de quinta-feira tudo seja esclarecido”.

Ele acredita que com o empenho da prefeitura, Cindacta II e a Infracea tudo será resolvido. “O que depender de mim e da minha empresa, esse voo não sai do aeroporto de Lages”.

 

CAVOK BRASIL - USAF: Começam os voos da segunda fase do programa OA-X


Fernando Valduga | Publicado em 07/05/2018

Hoje, 7 de maio de 2018, começaram os voos da segunda fase do Experimento de Aeronaves de Ataque Leve (OA-X) para Força Aérea dos EUA, na Base Aérea de Holloman, Novo México.

Os pilotos estão voando com as aeronaves Sierra Nevada/Embraer A-29 Super Tucano e a Textron Aviation AT-6B Wolverine durante um experimento de três meses para coletar informações adicionais sobre a capacidade das aeronaves, bem como a interoperabilidade do país parceiro, antes de um potencial compra das aeronaves de ataque leve.

“Esta segunda fase de experimentação é para informar o rápido processo de aquisição à medida que nos aproximamos de investir em aeronave de ataques leves”, disse o tenente-general Arnie Bunch, deputado militar do Gabinete do Subsecretário da Força Aérea para Aquisição. “Se pudermos ter aeronaves de ataque leve operando em ambientes de combate permissivos, podemos aliviar a demanda em nossas aeronaves de 4ª e 5ª geração, para que elas possam estar treinando para as missões que elas foram planejadas.”

A Força Aérea dos EUA também está avaliando a interoperabilidade e os recursos de rede para, um dia, realizar operações de ataque leve lado a lado com os parceiros da coalizão. De acordo com a Declaração de Postura da Força Aérea dos EUA de 2018, “manter a guerra irregular como uma competência central a um custo menor e fortalecer nossas alianças são elementos-chave da nossa Estratégia de Defesa Nacional”.

O chefe do Estado-Maior da Aeronáutica, David Goldfein, disse a membros do Comitê de Serviços Armados do Senado: “Estamos olhando para uma aeronave de ataque leve através das lentes dos aliados e parceiros. Uma grande parte do Experimento de Ataque Leve (OA-X) é uma arquitetura comum e uma rede de compartilhamento de inteligência, para que aqueles que se juntarem a nós possam fazer parte da campanha contra o extremismo violento”.

Durante esta fase de experimentação, os tripulantes incluem pilotos de caça, ataque ou de operações especiais, além de pilotos de testes e engenheiros de voo da Força Aérea, da Guarda Aérea Nacional e da Reserva da Força Aérea dos EUA. Coletivamente, eles possuem em média mais de 1.000 horas de voo e mais de 100 missões de combate, e todos os pilotos foram instrutores em uma ou mais aeronaves.

Os cenários de voo consistirão em missões diurnas e noturnas em interdição aérea, apoio aéreo aproximado, vigilância armada e combate à busca e salvamento. Os observadores de manutenção se concentrarão na manutenção em linha de voo e em depósitos, para informar sobre os requisitos de manutenção e suporte ao produto.

O experimento faz parte de um esforço mais amplo da Força Aérea dos EUA para explorar opções de plataformas de ataque econômicas sob a Campanha de Experimentação de Ataque Leve liderada pelo Escritório de Planejamento e Experimentação Estratégica da Força Aérea dos EUA na Base Aérea Wright-Patterson, Ohio.

A primeira fase do OA-X (Light Attack Experiment) aconteceu em agosto de 2017 na Base Aérea de Holloman, com quatro modelos de aeronaves de ataque leve (o A-29 e o AT-6 finalistas, além do Scorpion Jet e o OA-802 Longsword que foram descartados).

 

AEROFLAP - Força Aérea Brasileira vai modernizar 50 aviões T-27 Tucano


Publicado em 05/05/2018

A Força Aérea Brasileira realmente vai modernizar os seus aviões T-27 Tucano, apesar de muitos já terem 20 anos de uso pelo menos.

A atualização será feita em três etapas, respeitando os conceitos de licitação do Governo Brasileiro.

A primeira é uma proposta que foi aberta em março, nos moldes de uma licitação, para as empresas apresentarem suas ideias e mostrarem as tecnologias que vão equipar os sistema de aviônica do T-27. A FAB vai avaliar cada caso para verificar uma adequação ao Tucano.

A segunda etapa é composta da instalação desses componentes na aeronave, e a adequação da eletrônica ao sistema totalmente digital do Glass Cockpit.

A terceira etapa é a entrega dos aviões, que serão atualizados aos poucos. Todas as atualizações deverão ser feitas em 24 meses, de acordo com o prazo estipulado pela FAB, dois locais serão disponibilizados para as atualizações, a BASP e o PAMA-LS.

De acordo com a Força Aérea Brasileira o valor de R$ 42,5 milhões deverá ser pago para atualizar os 50 aviões, incluindo os dois protótipos. A FAB dará preferência aos sistemas que já estão totalmente desenvolvidos e testados, então a empresa interessada precisará fornecer um sistema Glass Cockpit que já existe, com telas entre 6 a 10 polegadas e sensibilidade ao toque.

Os novos aviônicos deverão dar a possibilidade de voos com procedimentos RNP e RNAV, e também manobras com alta força G, de acordo com o projeto do T-27.

A motivação dessa atualização é manter esses aviões voando por pelo menos mais 15 anos, e melhorar o treinamento dos pilotos que depois serão encaminhados ao A-29 Super Tucano. A nova designação será T-27M, para indicar os aviões com Glass Cockpit.