NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


PORTAL G1


Dia da Mulher: militar da FAB é primeira oficial-general a assumir posto mais alto em 80 anos

Brigadeiro médica Carla Lyrio Martins, de 55 anos, comanda 1,1 mil funcionários em hospital da Força Aérea. Conquistas recentes que precisam ser valorizadas, disse ao G1; conheça trajetória.

Marília Marques | Publicada em 08/03/2021 06:15

Aos 55 anos, a brigadeiro médica Carla Lyrio Martins se tornou a primeira mulher a conquistar o posto de oficial-general da Força Aérea Brasileira (FAB), em 80 anos de história. A patente é a mais alta da carreira militar.

Às vésperas do Dia Internacional da Mulher – celebrado nesta segunda-feira (8) – a militar conversou com o G1 sobre a trajetória que inclui 30 anos de preparação e o pioneirismo de também fazer parte da primeira turma em que homens e mulheres concorreram em igualdade na FAB, em março de 1990.

"São conquistas recentes que precisam ser valorizadas. Relembrar o passado nos motiva a caminhar para frente, mas ainda tem muito a ser conquistado", disse.

Natural de Minas Gerais, atualmente a oficial-general comanda o Hospital Central da Aeronáutica (HCA), no Rio de Janeiro. De personalidade firme, valores humanizados e, como contou à reportagem, com "muito trabalho em equipe", Carla coordena 1,1 mil funcionários da unidade de saúde. "Nós não chegamos sozinhas a lugar nenhum", disse.

"É muita responsabilidade. Me sinto servindo de inspiração e de exemplo. Com coragem, vontade e preparo é possível chegar a qualquer lugar."

Valores femininos

Além da graduação, a militar acumula um currículo extenso, de especialista em medicina aeroespacial, em hematologia e hemoterapia, e possui ainda pós-graduação em vigilância sanitária e epidemiológica.

A formação, claro, contribuiu para conquistar o posto de oficial-general. A patente é dada por meio de indicação do Alto Comando da Aeronáutica e, a nomeação, assinada pelo presidente da República. A escolha, segundo a FAB, considera critérios como tempo de serviço, resultados apresentados e comprometimento com a instituição. Por outro lado, a oficial cita valores que também foram fundamentais para a promoção.

"As mulheres sabem muito bem trabalhar em equipe. A habilidade feminina de saber delegar tarefas, o aspecto de conseguir ter uma visão ampla e de se desdobrar em inúmeras atividades, ajudaram", explica.

"O saber escutar faz parte da liderança legítima. Assim como carregar a humanidade da mulher, a sensibilidade maior para questões e escuta da vida. Isso me facilitou muito a construir bons caminhos."

Conquistas e pioneirismo

Fundada em 1941, a FAB passou a admitir mulheres apenas em 1982. Menos de uma década depois, as portas da instituição se abriram para a oficial Carla. Ela é da primeira turma mista de militares.

"Para mim, durante essa trajetória, tudo ocorreu de forma muita natural e acompanha a evolução natural da sociedade", diz. "Percebo que as mulheres vêm mostrando por meio da qualidade de trabalho, a importância na vida social, política, econômica e militar. Isso contribui para fazer um país melhor."

"Os avanços são reflexo da sociedade, não só nas Forças Armadas. Temos observado a presença da mulher em esferas e postos com mais poder de decisão. Só assim a gente vai caminhar para a igualdade real."

A inspiração para se tornar pioneira veio de casa. A avó, nascida nas primeiras décadas do século XX, em 1918, se tornou professora de crianças carentes aos 16 anos, no sul de Minas Gerais. Além disso, ela escreveu livros e foi precursora de um trabalho com filhos da mulheres diagnosticadas com hanseníase – doença infecciosa crônica que causa lesões na pele.

Com o exemplo em casa, a oficial também se dedicou aos estudos e foi aprovada, em 1990, como praça da Força Aérea. Desde então, os aprendizados e conquistas não pararam. Carla serviu no esquadrão aéreo de Santa Maria (RS), área que ela considera "o coração da FAB". De lá, seguiu para o corpo clínico da Base Aérea de Fortaleza (CE), passou por São José dos Campos (SP) e, por fim, ocupa o cargo de diretora do Hospital Central da Aeronáutica, que atende militares e dependentes.

DEFESATV


Ministério da Defesa conta com mais de 34 mil mulheres em seus quadros


Isabela Nóbrega E Viviane Oliveira | Publicada em 08/03/2021

Hoje, 8 de Março, o mundo comemora o Dia Internacional da Mulher. Atualmente, 33.960 brasileiras integram as Forças Armadas. Na Marinha, são 8.413 militares, o que representa um crescimento de 4,2% no último ano. O Exército soma 13.009 mulheres no quadro, sendo um aumento de 6,42% entre os anos de 2019 e 2020 e de 11% no período de 2020 para 2021. Na Força Aérea Brasileira (FAB), são 12.538, total que representa 19,23% do efetivo geral. Já na Administração Central do Ministério da Defesa, são 482 mulheres, entre servidoras civis, militares, terceirizadas e estagiárias que trabalham na Pasta.

O ingresso no quadro permanente teve início em 1980, por iniciativa da Marinha, que criou o Corpo Auxiliar Feminino da Reserva da Marinha (CAFRM). Em 1982, foi a vez delas vestirem a farda azul. A FAB formou suas duas primeiras turmas de oficiais em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. No Exército, elas ingressaram em 1992, mediante concurso público para formação da primeira turma feminina da Escola de Formação Complementar do Exército, em Salvador.

Na Administração Central do Ministério da Defesa, Maria do Carmo Cesario Rocha integra o time de mulheres que trabalham a serviço da Pasta. “Quando cheguei em Brasília, eu não me via trabalhando em um órgão público tão importante. Eu recebi essa oportunidade. Iniciei como auxiliar de limpeza e, em 2014, fui promovida à garçonete. Eu me sinto muito valorizada pelo que eu faço”, assegurou. Maria do Carmo trabalha nas dependências da Defesa há 12 anos e atualmente presta serviço no gabinete da Secretaria de Orçamento e Organização Institucional.

Presença feminina

A Capitão de Fragata Carla Daniel entrou na Marinha há 23 anos e conta que o principal desafio é quebrar barreiras para alcançar posições majoritariamente masculinas. “Isso vem gradualmente ocorrendo, mas não será algo tão rápido dado à natureza da carreira militar. Os interstícios entre um posto e outro são bem longos”, afirma. A Comandante foi a primeira militar brasileira embarcada na Força-Tarefa Militar UNIFIL e a primeira no Departamento de Operações de Paz das Nações Unidas, com sede em Nova York.

 

 

Há 25 anos, a Coronel Médica Carla Clausi contribui em diversas missões humanitárias e foi a primeira mulher a assumir uma diretoria hospitalar da Força. Desde o ano passado, ela reforça a equipe de enfrentamento à pandemia de coronavírus, na Operação Covid-19, como coordenadora médica das 16 missões interministeriais de apoio a comunidades indígenas. “As Forças Armadas apoiam tanto órgãos parceiros quanto à população contribuindo para levar atendimento a localidades de difícil acesso”, destaca.

 

 

 

A Brigadeiro Médica Carla Lyrio Martins, que serve na FAB há 30 anos, tornou-se a primeira Oficial General da Força e para ela esse foi o marco da sua carreira. “Em 2020, eu tive o privilégio de ser a primeira mulher a ascender a esse cargo. Tal escolha qualifica e consolida a minha trajetória de trabalho árduo, com comprometimento e com dedicação e, destaco, com amor. Eu percebo que os valores fundamentais da vida militar contribuem diretamente para o acolhimento das mulheres”, conta.

As brasileiras, a partir dos 18 anos, podem se alistar voluntariamente para o serviço temporário na Forças Armadas. Para as que querem seguir carreira, o ingresso é mediante concurso público. As oportunidades são descritas nos sites de cada Força.

https://www.marinha.mil.br/
http://www.eb.mil.br/
http://www.fab.mil.br

PORTAL AEROIN


Jato da FAB leva 16 pacientes de COVID-19 de Rondônia para o Rio de Janeiro


Carlos Ferreira | Publicada em 07/03/2021

A Força Aérea Brasileira (FAB) realizou, na sexta-feira (5), o transporte aéreo de 16 pacientes infectados pela COVID-19 que estavam internados, na rede pública e privada de saúde, no estado de Rondônia. Uma aeronave C-99, operada pelo Primeiro Esquadrão do Segundo Grupo de Transporte (1º/2º GT) – Esquadrão Condor, foi adaptada para receber e transportar os pacientes para a cidade do Rio de Janeiro (RJ). A decolagem ocorreu da Base Aérea de Porto Velho com destino a Base Aérea do Galeão, por voltas das 13h30, horário de Brasília.

A ação integra a Operação COVID-19, deflagrada pelo Ministério da Defesa que, nesta etapa, visa realizar o transporte de pacientes infectados pelo novo Coronavírus até localidades com leitos disponíveis.

Para o aeronavegante da Unidade Aérea, Sargento Rafael Mathias Coelho dos Santos, é gratificante contribuir para o País nesse momento de pandemia. “Tenho a honra em ajudar a nação, dando apoio às Secretarias de Saúde. Anteriormente, estávamos participando da Operação COVID-19 na Base Aérea de Manaus, onde transportamos mais de 500 pacientes da capital manauara e da cidade de Boa Vista para outros destinos. Posso dizer, por mim e por todos os meus companheiros, que é uma emoção participar dessa missão e ajudar a salvar vidas”, comentou.

Operação COVID-19

Por meio do Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE), a FAB cumpre as missões que têm como objetivo minimizar os impactos do novo Coronavírus no sistema de saúde. O Transporte Aéreo Logístico da FAB integra as ações da Operação COVID-19, acionada pelo Ministério da Defesa, em uma cooperação com o Ministério da Saúde.

O Comando da Aeronáutica está dedicando permanentemente o esforço do seu efetivo e de suas aeronaves, 24 horas por dia e sete dias por semana, em atendimento às necessidades da sociedade brasileira no enfrentamento à pandemia da COVID-19.

PORTAL AEROFLAP


Força Aérea transporta pacientes para Manaus e Rio de Janeiro


Gabriel Centeno | Publicada em 07/03/2021

Na última sexta-feira (05), a Força Aérea Brasileira realizou o transporte de 21 pacientes com coronavírus para Manaus e Rio de Janeiro. 

Na primeira ação, 16 pacientes foram levados de Porto Velho (RO) para o Rio de Janeiro (RJ). Os enfermos, que, segundo a FAB, estavam hospitalizados na rede pública e privada de saúde, foram transportados em uma aeronave Embraer C-99 do Esquadrão Condor (1º/2º GT).

A decolagem ocorreu da Base Aérea de Porto Velho com destino a Base Aérea do Galeão, por voltas das 13h30, horário de Brasília.

O Sargento Rafael Mathias Coelho, membro do esquadrão, comentou a ação: “Tenho a honra em ajudar a nação, dando apoio às Secretarias de Saúde. Anteriormente, estávamos participando da Operação COVID-19 na Base Aérea de Manaus, onde transportamos mais de 500 pacientes da capital manauara e da cidade de Boa Vista para outros destinos. Posso dizer, por mim e por todos os meus companheiros, que é uma emoção participar dessa missão e ajudar a salvar vidas.”

Na mesma tarde, uma aeronave SC-105 Amazonas do Esquadrão Pelicano (2°/10° GAv) realizou o transporte de cinco pacientes com COVID-19 da cidade de Coari, no interior do Amazonas, para Manaus, capital do estado.

As transferências de pacientes auxiliam na diminuição da pressão dos sistemas de saúde das cidades e estados mais afetados pela pandemia do Novo Coronavírus. As ações fazem parte da Operação COVID-19.

FAB destaca atuação de mulheres militares em Missões de Paz da ONU


Da Redação | Publicada em 07/03/2021

Em comemoração ao mês da mulher, a Força Aérea Brasileira destacou o trabalho da Major Intendente Luanda dos Santos Bastos, primeira mulher da FAB a servir como Staff Officer (do inglês, Oficial Administrativo) em uma missão de paz. 

Entre agosto de 2017 e e agosto de 2018, a militar representou o Brasil na Missão das Nações Unidas no Sudão (UNAMID), atuando na no monitoramento e controle da operação militar.  

“Na UNAMID, fiquei muito emotiva quando acompanhei uma comitiva na entrega de material escolar em uma escola carente para filhos de refugiados, onde as paredes e o teto eram de palha e não havia nada mais além de um quadro negro, medindo aproximadamente 1mx1m, nas salas de aula. Apesar de toda a simplicidade, percebemos que eles estavam muito ansiosos com a nossa chegada, pois colocaram suas melhores roupas e ensaiaram algumas canções para nos recepcionar. É claro que não consegui conter as lágrimas”, comentou a Major.

A militar também destacou outro momento de emoção, quando a ONU autorizou o retorno de algumas famílias de refugiados, que estavam em Campos de Concentração, para suas cidades de origem.

“Você vê as pessoas voltando para casa apenas com uma trouxa na cabeça, seus olhos agarrados nas suas roupas, mas com um ar de esperança nos olhos e força para recomeçar tudo de novo.”

Missão no Congo

Nesse ano, a Major Luanda participa da Missão das Nações Unidas na República Democrática do Congo (MONUSCO), atuando na função de Gender Adviser (do inglês, Conselheira de Gênero). 

“É uma função de bastante relevância para a ONU, por defender a igualdade de gênero e atuar na prevenção de abuso e violação sexual na área da Brigada de Força de Intervenção da MONUSCO, na cidade de Beni, área considerada mais tensa da missão”, explica Luanda.

A FAB, citando a própria ONU, destaca os maiores contingentes de mulheres nas tropas estão na MONUSCO, e na Missão da ONU no Sudão do Sul, UNMISS.

A Major Luanda esclarece que as Forças Armadas não estão em missão de paz com o objetivo de erradicar a pobreza e acabar com a fome no local em conflito, como muitos pensam.

“A finalidade é implantar, em conjunto com os demais componentes da missão e o governo do País, táticas operacionais que permitam eliminar os grupos armados que estão aterrorizando a população vulnerável daquela região e garantir a manutenção dessa paz.” 

Também em comemoração ao mês da mulher, da FAB criou um álbum em seu perfil no Flickr, destacando o trabalho e as ação das militares da instituição. Confira as imagens aqui

PORTAL CAMPO GRANDE NEWS


Únicas pilotos da Força Aérea em MS, sonho fez Débora e Laura irem longe

As duas revelaram as glórias e dificuldades de serem as únicas pilotos em um ambiente em que a maioria é homem

Raul Delvizio | Publicada em 08/03/2021 07:00

Em Campo Grande, duas mulheres mostram que, quando se trata de alcançar sonhos, nem o céu é o limite. Únicas pilotos femininas da FAB (Força Aérea Brasileira) em MS, major Débora Ferreira Monnerat, 36 anos, e a segundo-tenente Laura Cabral Cruz Lopes da Silveira, 25, nunca quiseram outra coisa a não ser se tornarem aviadoras. Mais do que trabalho, foi sobre as nuvens onde encontraram seu lugar e também se posicionaram como as "caçadoras" do ar. Juntas, elas fazem parte do Esquadrão Pelicano, na qual tem a missão de busca e salvamento de aeronaves perdidas no tráfego aéreo nacional.

Ao Lado B, as duas aeronautas contaram sobre suas vidas, revelaram as dificuldades no caminho já que o ambiente militar ainda é predominantemente masculino e mostraram que o pioneirismo fez jus não só na profissão delas, mas como de muitas outras.

"Na minha infância em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, eu assistia a Esquadrilha da Fumaça fazer suas apresentações sem nunca ao menos imaginar que algum dia eu pudesse estar lá em cima, pilotando um avião, fazendo também parte daquela história. Na minha família isso era algo distante, mas na típica dúvida de ensino médio – 'o que vou fazer pra minha vida?' – o militarismo virou uma certeza. Na época, a AFA (Academia da Força Aérea) era a única academia das Forças Militares que aceitava cadetes femininas. Resolvi trilhar, sabendo que outras mulheres já tinham feito aquilo pouco antes de mim, se tornado aeronautas e me inspirando a fazer o mesmo", diz Laura.

A gaúcha revela que prestou as provas em três anos seguidos, até conseguir entrar para a academia em 2015. Ela até chegou a cursar a faculdade de Engenharia Cartográfica como um plano B, mas não foi preciso. Em janeiro do ano seguinte já estava se apresentando à AFA.

"Descobri o interesse pela aviação de asas rotativas (helicóptero) logo de cara, principalmente pela capacidade de resgatar e salvar vidas. Mas foi o Esquadrão Pelicano, aqui de Campo Grande, que me abriu os olhos para a atividade, assim como outras localidades que também atuam com helicóptero, inclusive na minha terra natal. Quando me formei em final de 2019, a próxima etapa era fazer essa especialização. De Natal (RN), fiz o meu melhor para chegar a Mato Grosso do Sul", garante. Atualmente, Laura faz um curso de instrução para pilotar o Black Hawk da FAB.

Já Débora trilhou um caminho semelhante à colega. "Entrei para a Força Aérea em 2004, isso na segunda turma de mulheres aviadoras na AFA de Pirassununga, São Paulo. Não conhecia nenhum militar nem tinha noção da vida no militarismo. Muitas pessoas diziam que eu nem iria conseguir, mas provei o contrário. Desde menina, sempre quis me tornar piloto. Tive o incentivo dos meus pais que acreditaram nesse sonho junto comigo, e isso fez a maior diferença", ressalta.

Tinha 20 anos quando pilotou pela primeira vez, uma aeronave modelo T-25. Após quatro anos em regime de internato, só sendo liberada aos finais de semana, Débora se formou em 2007 e escolheu trabalhar na aviação de busca e salvamento. Foi aí que veio parar em Campo Grande. Por aqui, se apaixonou pela cidade, pelo esquadrão e pela missão imposta.

"É um trabalho silencioso mas de muita relevância. Praticamente todos os meses somos acionados para buscar aeronaves de pequeno porte, que muitas vezes nem são noticiadas nos jornais. Também atuamos durante situações de enchentes, incêndios em locais de difícil acesso, assim como de ajuda humanitária. Em janeiro, por exemplo, pude participar do transporte de enfermos graves com covid-19, de Manaus à Brasília. Talvez poucas pessoas saibam, mas esse suporte nacional vem, na maioria das vezes, daqui mesmo de Campo Grande", se orgulha. Major com 1.500 horas de voo, hoje ela é também instrutora da aeronave SC-105.

Meio masculino – Por mais que a profissão escolhida seja predominantemente masculina, as duas mulheres da FAB cumprem escalas, atribuições e têm responsabilidades da mesma maneira que os homens. "A diferença existe, é claro, afinal somos entre homens e mulheres de diferentes hierarquias. Porém, aqui somos tratadas com muito profissionalismo e respeito. Para mim, o maior empoderamento é nós mulheres fazermos um trabalho bem feito, com competência e dedicação. É assim que nos colocamos em posição de admiração", reflete a major.

Já para a tenente Laura, adaptação é a palavra da vez. "A FAB foi pioneira em permitir mulheres na academia. Muitos passos já foram dados e outros ainda precisam vir também. Requer adaptação de ambos os lados. O que posso dizer é que o relacionamento interpessoal entre nós mulheres com os homens é como outro qualquer. Acredito que as dificuldades são as mesmas no mundo civil, apenas o extra da rigidez na instrução aérea, o salto de emergência, os exercícios de campanha, as sobrevivências na selva ou no mar. Em todas essas horas, o respeito é fundamental", confirma.

"O céu não é o limite, mas nosso meio. Não importa gênero, cor ou classe social, busque sempre persistir em seus sonhos".

Para as duas, quando se trata do próprio potencial, não existe "se superar" – apenas fazer. "Seja homem ou mulher, todos nós podemos alcançar voos tão altos quanto o tamanho do sonho. Hoje e cada vez mais mulheres assumem posições relevantes na sociedade. No militarismo não é diferente. Cabe a nós mesmos a consistência, dedicação e perseverança", afirma Débora.

"Sonhar é bom, mas ficar só no desejar não é prático. Não só imagine, mas esteja no seu 'lá'. Corra atrás, esteja pronta. Às vezes a vida não sai da forma como a gente planeja, mas podemos realizar nosso sonhos de diversas maneiras. Saiba que é possível, e vale a pena investir".

Para as mulheres que um dia dia tiverem o interesse de entrar para a FAB como elas o fizeram, aqui vão algumas dicas: "estude muito! Se prepare não só fisicamente, mas trabalhe sua inteligência emocional também. Os desafios são intensos, e esses atributos são necessários para o sucesso durante toda a carreira. Agora, caso não consiga ser uma aviadora militar, tudo bem, você pode ser por outras Forças Armadas ou pelas Forças Auxiliares. Na Escola de Especialistas de Aeronáutica, por exemplo, você pode se tornar tripulante. Ou ainda buscar a carreira de piloto civil. Existem muitas mulheres com histórias incríveis que estão dispostas a dar o braço e ajudar a alcançar voo nos céus do Brasil", finalizam.