NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


JORNAL FOLHA DE SÃO PAULO


Se Congresso aprovar Previdência, juro cairá de forma sustentável


Samuel Pessôa |

A reforma da Previdência tem como principal objetivo introduzir a idade mínima de aposentadoria. Também irá impedir o acúmulo da pensão com a própria aposentadoria. A pessoa terá de escolher com qual benefício irá ficar. Há outros elementos que serão tratados em outras colunas.

As pessoas que são contra a reforma argumentam que o sistema não é deficitário. Essa afirmação não é verdadeira para o RGPS (Regime Geral de Previdência Social), que compreende os benefícios do INSS.

Mesmo já devolvendo para o RGPS a perda de receita em razão da desastrada desoneração da folha de salários, o sistema apresenta deficit desde pelo menos 2000. Em 2016, o deficit foi da ordem de R$ 150 bilhões. Em 2013, antes, portanto, do aprofundamento da crise, o deficit foi de pouco mais de R$ 50 bilhões.

A afirmação de que a Previdência não é deficitária é ainda menos verdadeira para os aposentados do setor público, cujo deficit, incluindo servidores e militares, foi, em 2013, de pouco menos de R$ 63 bilhões.

O sistema previdenciário brasileiro é de repartição: os ativos contribuem para financiar os benefícios dos aposentados.

A contribuição sai da renda dos trabalhadores ativos. Mesmo a contribuição do empregador é na prática paga pelo empregado.

Este é um ponto pouco notado: o fato de a legislação determinar que a contribuição patronal seja paga pelo empregador –como o nome atesta– não tem nenhum significado econômico. Do ponto de vista econômico, a incidência da contribuição é distinta da incidência legal.

Quem paga de fato é o agente cuja renda é reduzida em razão da existência da contribuição. Como o trabalho tem poder de barganha menor do que o do capital, é o trabalhador que sofre redução do salário que vai para o seu bolso em razão da criação da contribuição previdenciária. Seja a contribuição que legalmente é devida pelo trabalhador ou a que legalmente é devida pelo capital: ambas são pagas pelo trabalho.

Não é o deficit a principal motivação da reforma, apesar de ele preocupar muito. A importância da reforma é que, em razão das regras previdenciárias que temos, nosso gasto previdenciário total como proporção do produto total da economia é muito elevado. Gastamos pouco menos de 13% do produto total, quando economias com a mesma demografia gastam de metade a 1/3 deste valor.

O deficit sempre pode ser "zerado". Basta aumentar a carga tributária e jogar a conta para o contribuinte. A discussão de deficit não faz muito sentido.

Alguns críticos da reforma argumentam que não há problema demográfico, pois a população brasileira ainda é relativamente jovem. Essas pessoas confundem o nível da distribuição etária –ainda somos de fato relativamente jovens– com a variação da população nas diversas idades. A taxa de crescimento da população que se aposenta é mais de três vezes maior do que a da população em idade ativa. Já temos um problema demográfico.

O fato de destinarmos tantos recursos para a Previdência limita a capacidade do país de investir e desestimula a poupança. E, efetivamente, nossa poupança é muito menor do que a de países com a mesma renda per capita e a mesma demografia que o Brasil.

Por outro lado, a baixa poupança está na raiz dos elevadíssimos juros.

Assim, podemos estar seguros: se o Congresso Nacional aprovar o projeto de emenda constitucional enviado pelo governo, em alguns anos o juro cairá de forma sustentável. Será uma pequena revolução em nosso país.

 

JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Congonhas não deve ser privatizado e será administrado por "Nova Infraero"

Terminal de São Paulo deve ter ampliada suas operações e integrar nova empresa, da qual também farão parte o Santos Dumont (no Rio), Curitiba e Manaus

Fernando Nakagawa E Anne Warth |

BRASÍLIA - Único grande aeroporto brasileiro com crescimento do número de passageiros nos últimos anos, Congonhas terá aumento na capacidade de voos e não deverá ser privatizado. O secretário de Aviação Civil, Dario Rais Lopes, disse ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que o governo vai manter o aeroporto paulistano dentro de uma “Nova Infraero” que teria capital aberto e também administrará Santos Dumont (no Rio), Curitiba e Manaus.

Enquanto prepara a nova empresa, o governo iniciou processo para elevar o número de operações em Congonhas em uma solução semelhante à usada em terminais antigos dos EUA.

Considerado a “joia da coroa” da aviação comercial no Brasil pela localização central, o aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, deverá ser o principal ativo de uma nova subsidiária de gestão de aeroportos em estudo no governo. Segundo o secretário de Aviação Civil, essa nova empresa ligada à atual Infraero ficaria responsável pela gestão dos aeroportos de Congonhas, Santos-Dumont, Curitiba e Manaus. A subsidiária seria aberta ao investimento privado, já que teria capital aberto.

“Não podemos abrir mão de gerir alguns terminais e não podemos deixar drenar essas receitas”, disse, ao rechaçar a hipótese de privatizar esses aeroportos. Localizados próximos ao centro das duas metrópoles brasileiras, os aeroportos centrais de São Paulo e Rio de Janeiro são considerados os mais rentáveis do sistema Infraero. Em Manaus, há atrativo pela grande movimentação de cargas. “Não trabalhamos com a possibilidade de concessão desses quatro aeroportos.”

Ampliação. Diante desse plano, o governo estuda ampliar a capacidade de Congonhas. “Estamos concluindo o processo administrativo para que Congonhas receba a certificação de aeroportos antigos”, explicou o secretário de Aviação Civil. O governo já tem conversado com a Agência dos Estados Unidos de Comércio e Desenvolvimento (USTDA) sobre o tema e quer usar a mesma solução adotada nos aeroportos LaGuardia, de Nova York, e Ronald Reagan, em Washington.

Nos EUA, houve readequação dos parâmetros geométricos para aumentar o número máximo de pousos e decolagens dos dois aeroportos. Esses terminais têm características comparáveis com o aeroporto paulistano: abriram comercialmente na década de 1940, estão no meio da zona urbana e não são os maiores aeroportos da região metropolitana.

Mesmo com a ampliação, Dario Rais Lopes diz que “não há condições” para devolver a Congonhas a capacidade recorde, quando o aeroporto chegou a operar com até 52 e 54 movimentos por hora – os chamados “slots”. Para ele, o número deve subir para patamar entre 40 e 45 movimentos por hora. Hoje, é de 33 movimentos por hora.

 

Aeroportos vão a leilão com menos passageiros

Edital de Salvador, Fortaleza, Florianópolis e Porto Alegre previa movimento maior

Anne Warth E Fernando Nakagawa |

BRASÍLIA - Os quatro aeroportos que serão oferecidos à iniciativa privada em março perderam 3,15 milhões de passageiros no ano passado. Juntos, Salvador, Fortaleza, Florianópolis e Porto Alegre encerraram 2016 com quase 4 milhões de passageiros menos do que as estimativas iniciais que constam do edital da licitação. Ou seja, serão privatizados “devendo” movimento. Apesar da reclamação, o governo diz que há interesse pelos aeroportos e não mudará o processo. O secretário de Aviação Civil, Dario Rais Lopes, reconhece, porém, que o ágio tende a ser pequeno.

A crise econômica reverberou com ainda mais força no setor aéreo. Com a recessão, empresas cortaram viagens corporativas e famílias têm reavaliado planos de férias. O resultado desse rearranjo é visto nos aeroportos: o número de passageiros caiu 7,5% em relação a 2015, ritmo duas vezes maior que a contração da economia. Assim, o setor perdeu 7 milhões de passageiros – o dobro da população do Uruguai – e, para minimizar perdas, 65 aviões foram devolvidos pelas companhias aéreas.

“É a economia. Os aeroportos sofrem conforme a atividade econômica da região”, diz o presidente da Associação Brasileira das Empresas Aéreas, Eduardo Sanovicz. “Tivemos queda de quase 45% nos passageiros corporativos, que respondem por 65% do movimento. Entre as famílias, a insegurança com o futuro diminui as viagens a lazer”, explica.

Os quatro aeroportos que serão privatizados, contudo, sofreram um pouco mais. Enquanto o mercado caiu 7,5%, Salvador, Fortaleza, Florianópolis e Porto Alegre perderam 11,9% de passageiros. Só o terminal da capital baiana teve queda de 17,5% em 2016. Lá, cerca de 30 voos diários foram extintos nos últimos dois anos.

Sem mudança. Esse cenário nada positivo não fará o governo rever as condições estabelecidas no edital do leilão dos quatro aeroportos, marcado para 16 de março. “Não vemos sinais de grandes problemas. Não é o momento mais promissor em termos macroeconômicos, mas esses aeroportos são uma possibilidade de lucro para os investidores”, afirmou o secretário de Aviação Civil. Lopes diz que o governo tem sido procurado por interessadas no Brasil e exterior e ressalta que o número de passageiros citado no edital é apenas referência e não compõe uma “promessa” de tráfego em cada terminal.

Mas o secretário reconhece que os números exuberantes vistos em leilões passados não se repetirão. “Nossa expectativa não é de grandes ágios. Não vivemos mais momento de bonança”, diz Lopes. Além da crise, o secretário nota que o modelo desse leilão – que prevê pagamento do ágio à vista – também pressiona preços para baixo.

Entre os interessados, a principal preocupação tem sido a solução para o problema financeiro dos aeroportos já concedidos à iniciativa privada, principalmente o Galeão, no Rio de Janeiro. O consórcio que administra o terminal carioca, controlado pela construtora Odebrecht e a Changi de Cingapura, já está inadimplente com os pagamentos da outorga de R$ 19 bilhões – valor que teve ágio de 294% sobre o lance mínimo.

O secretário indica que a saída para os terminais já concedidos não virá rápido. “Não haverá solução customizada para cada aeroporto. É melhor esperar e ter uma solução ampla do que correr para resolver o problema de um consórcio.”

 

PORTAL UOL


Forças Armadas deixam as ruas da Grande Natal neste sábado


ImagemCerca de 1.850 militares da Marinha, Exército e Força Aérea Brasileira vão deixar as ruas da Grande Natal, no Rio Grande do Norte, neste sábado (4), depois de reforçar a segurança pública e carcerária por 16 dias durante a Operação Potiguar II. A ação, que começou no dia 20 de janeiro, começou depois do clima de insegurança instaurado devido aos ataques ao transporte coletivo e à depredação aos órgãos públicos do estado. Assim que houve a transferência de cerca de 220 integrantes de facções criminosas da Penitenciária de Alcaçuz, também na Região Metrolitana de Natal, para outras unidades prisionais, o pânico foi instaurado pelos internos que fugiram durante as rebeliões.

Ao todo, 3,8 mil operações foram realizadas pelas três forças de segurança entre patrulhamento fluvial (nos rios), a pé e motorizado, revistas de pessoas, veículos e embarcações, além de reconhecimentos de helicópteros, escoltas e controle de pontos estáticos. A segurança também deu apoio às ações dos órgãos estaduais de segurança pública, entre outros.

A operação estava prevista para terminar no dia 30 de janeiro, porém o governo federal prorrogou a ação por mais cinco dias. O comando da "Força Tarefa Guararapes", composto pelas três forças de segurança, considerou a atuação como positiva.

Avaliação do ministro da Defesa

O Ministro da Defesa, Raul Jungmann, deve apresentar um balanço final da operação na Grande Natal, nesta segunda-feira (6), por volta das 11h, em uma entrevista coletiva à imprensa. O evento está marcado para acontecer no Centro de Coordenação de Operações da 7ª Brigada de Infantaria Motorizada, onde haverá uma apresentação dos resultados da Operação Potiguar II.
Situação agravada

A situação no Estado do Rio Grande do Norte se agravou após o motim que deixou 26 mortos na Penitenciária Estadual de Alcaçuz, localizada na Grande Natal. A Polícia Militar voltou a entrar no presídio para transferir 220 homens ligados à facção Sindicato do Crime (SDC), que prometeu retaliações.

 

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


"Baseado" acabou com grupo de resistência que lutava contra ditadura no DF

De acordo com os documentos, os militantes foram encarcerados em unidades policiais distintas e todos sofreram algum tipo de tortura

A prisão por porte de maconha na Asa Sul levou ao desmantelamento de uma das células de grupos de esquerda que lutavam contra a ditadura militar no Brasil. A partir de uma usuária flagrada com um “baseado”, agentes da repressão chegaram aos endereços dos “inimigos” e prenderam 20 pessoas no Plano Piloto sob a acusação de integrar o que denominaram Grupo Caratinga. Encarcerados em unidades policiais distintas, todos sofreram algum tipo de tortura. Inclusive quem não teve relação comprovada com a resistência.

A ação contra o Grupo Caratinga ocorreu em 1973, mas só agora, 44 anos depois, é possível saber os detalhes da investigação. Elaborado pelo Exército, o dossiê confidencial faz parte do acervo de documentos da SSP-DF que teve o sigilo quebrado na semana passada. Compartilhado com 18 órgãos de segurança, incluindo o Serviço de Inteligência da PMDF, o dossiê concluído em 10 de setembro de 1973 identifica o trabalho como “Infiltração subversiva no meio universitário em Brasília”.

O documento mostra os passos dos investigadores até a queda do grupo. O batismo da ação se deu em função de sete integrantes terem nascido em Caratinga (MG). Eles foram presos por militares na terra natal, em Vitória (ES) e em Brasília. E quem estava com eles no momento acabou levado e mantido encarcerado, por semanas, sem acusação formal e sem a família sequer ser comunicada.

A derrocada do Grupo Caratinga no DF começou em 15 de junho de 1973, quando policiais federais flagraram uma menina fumando maconha embaixo do Bloco F da 409 Sul. Obrigada a subir ao apartamento, acabou revelando alguns segredos da resistência. Com mandado de busca e apreensão, os agentes vasculharam o imóvel e encontraram “material subversivo remetido do exterior (Suécia) por Marcos Santilli, filho de deputado federal Santilli Sobrinho (MDB-SP)”.

Por isso, os federais prenderam quatro pessoas no apartamento e uma quinta na entrada do prédio. Todas moravam em endereços diferentes no Plano Piloto. Os agentes concluíram que o apartamento do Bloco F da 409 Sul era o ponto de encontro do “grupo subversivo”. Após arrancar informações de alguns presos, outra equipe foi mandada ao Bloco F da 408 Sul, pertencente a um dos detidos na 409. Agentes do DOI-CODI monitoraram o imóvel do Bloco F da 408 Sul de 16 a 18 de junho de 1973.

Torturas

Os suspeitos foram levados à carceragem da Superintendência da PF, em Brasília. Após os primeiros depoimentos, uma equipe do serviço secreto do Exército deu continuidade à operação do DOI-CODI. Meses depois da investida nas quadras 408 e 409, o Bloco I da 312 Norte amanheceu cercado em uma sexta-feira de agosto de 1973. Agentes prenderam seis suspeitos. No mesmo momento, outras ações ocorriam no Plano Piloto, com mais quatro detidos. A partir de então, os 20 presos no segundo semestre de 1973, em Brasília, acusados de envolvimento com o Grupo Caratinga, foram fichados e torturados. Familiares de alguns os deram como desaparecidos, pois não sabiam das prisões.

Após as operações, estavam nas mãos dos agentes da ditadura os sete que os militares acreditavam ser integrantes da cúpula do Grupo Caratinga. São eles: Gustavo do Vale, José Lourenço Cindra, Maria das Graças de Sena, Miriam Leitão, Romário César Schettino, Valtair Almeida e Selma Sena. “Era fim de tarde. Eu saía do Banco Central, onde trabalhava. Quando cheguei perto do meu Fusca, fui cercado por policiais armados até os dentes. Arrancaram os meus óculos, cobriram a minha cabeça com um capuz preto e me jogaram no chão do Fusca, entre os bancos. Alguém assumiu a direção e fui parar onde suponho ser o subsolo do Ministério do Exército, na Esplanada. Fiquei desaparecido por 25 dias”, lembra o ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas do DF Romário Schettino, à época estudante de história da UnB.

Nos porões da ditadura, ele enfrentou 10 dias de interrogatório sob extrema violência para que revelasse a relação com os colegas de república — ele dividia o imóvel do Bloco I da 312 Norte com outros jovens. Depois, o transferiram para uma cela, no Setor Militar Urbano (SMU), onde ficou 15 dias. “Tive uma forte dor nos rins. Gritava e ninguém aparecia. Até outros presos mandarem gritar mais alto. Enchia os pulmões e gritava. Veio um médico militar e aplicou uma injeção de Buscopan”, conta.

O fim do cárcere e da tortura ocorreu de forma semelhante à captura. Com um capuz preto, agentes colocaram o jornalista em um carro e o abandonaram em um matagal, no fim da Asa Norte. Os militares devolveram o Fusca. Até hoje Romário não sabe quem foram seus algozes. Antes de ser liberado, foi advertido de que deveria deixar Brasília. Ele perdeu o emprego no banco, vaga conquistada com concurso público. Partiu para o exílio na França, onde morou um ano e meio. Também passou seis meses na Alemanha. Quando voltou ao Brasil, o general Ernesto Geisel iniciava um processo de abrandamento das atrocidades cometidas contra setores da população. “Voltei para a UnB, mas no curso de jornalismo. Durante muito tempo tive pesadelos. Acordava molhado de suor. Vivia com a sensação de ser perseguido.”

Absolvidos

Jornalista do grupo Globo, Miriam Leitão não é citada no dossiê do Grupo Caratinga produzido por militares do DF e disponíveis no Arquivo Público local. Mas era uma das integrantes e também acabou presa na manhã de 3 de dezembro de 1972, um ano antes do desmantelamento do grupo. Ela e o companheiro à época, Marcelo Netto, estudante de medicina, moravam em uma favela de Vitória (ES), o Morro da Fonte Grande. O casal era filiado ao PCdoB. Foram detidos no centro da cidade, a caminho da praia, e levados ao quartel do 38º Batalhão de Infantaria do Exército.

Miram levou mais de 40 anos para revelar em detalhes as torturas sofridas. Em 2014, ela fez o relato ao Observatório da Imprensa. Então com 19 anos e grávida, Miriam ficou trancada nua em um cômodo, tendo uma cobra como companhia e ameaça. Em 2 meses de prisão, chegou aos 39kg, 11 a menos do que quando chegou. Marcelo passou nove meses em uma solitária.

Os dois e outros presos se encontraram em junho de 1973, na 2ª Auditoria da Aeronáutica, para o que os militares chamavam de sumário de culpa, o único momento em que o réu falava. Miriam estava no sétimo mês de gravidez. O processo, que envolvia 28 pessoas, a maioria jovens, os acusava de tentativa de organizar o PCdoB no Espírito Santo, de aliciamento de estudantes, panfletagem e pichações. No fim, Miriam e a maioria conseguiram absolvição.

Marcelo foi condenado a 1 ano de cadeia e acabou expulso do curso de medicina. Solto, virou jornalista. Outro integrante do Grupo de Caratinga, Gustavo do Vale também perdeu o curso de medicina. Ficou mais de um ano preso. Quando ganhou a liberdade, teve de ficar por três anos parado, sem poder dar continuidade aos estudos, devido a uma das normas da mais pesada lei da ditadura, o AI-5.

 

PORTAL G1


Após 16 dias, militares encerram ação para conter ataques em Natal

Operação Potiguar II chega ao fim na noite deste sábado (4). Ação foi deflagrada para combater onda de ataques criminosos em janeiro.

Fred Carvalho - Do G1 Rn |

ImagemApós 16 dias, chega ao fim neste sábado (4) a Operação Potiguar II, que contou com a atuação de cerca de 1,8 mil homens da Marinha do Brasil, do Exército Brasileiro e da Força Aérea Brasileira nas ruas da Grande Natal. A ação foi iniciada em 18 de janeiro passado, com o objetivo de combater uma onda de ataques criminosos no Rio Grande do Norte registrada após a matança de pelo menos 26 presos na Penitenciária Estadual de Alcaçuz.

A Operação Potiguar II se encerra à meia-noite deste sábado. Na segunda-feira (6), o ministro da Defesa, Raul Jungmann, vai apresentar um balanço da ação durante uma entrevista coletiva no 16º Batalhão de Infantaria Motorizada, em Natal. A vinda dos militares foi uma determinação do presidente Michel Temer para que as Forças Armadas atuassem na Garantia da Lei e da Ordem (GLO) na Grande Natal.

Na sexta-feira (20), o ministro da Defesa, Raul Jungmann, esteve na capital potiguar e afirmou que o governo federal "não iria admitir descontrole".

De acordo com o Ministério da Defesa, foram disponibilizados 650 homens do Exército, Marinha e Aeronáutica nas ruas no primeiro dia da ação. No sábado (21), 1,4 mil já atuavam na região Metropolitana. E no domingo (22), 1.846 integravam a operação.

O ministro Raul Jungmann explicou que as tropas não substituíram nenhuma ação da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, mas sim auxiliaram na manutenção da ordem com o objetivo de impedir novos ataques a ônibus, instituições ou prédios públicos.

 

OUTRAS MÍDIAS


EDITAL CONCURSOS BRASIL.COM


Aeronáutica – Exame de Admissão para 2018

Aeronáutica publica editais para Exames de Admissão com 55 vagas para profissionais de nível superior em diversas áreas de formação.

Redação ECB

A Aeronáutica do Brasil acaba de publicar cinco novos editais de números 6 a 10/2017, contendo extratos de exames de admissão. Nos documentos constam as informações gerais para a realização de Exames de Admissão e de Seleção, gerenciados pelo Departamento de Ensino da Aeronáutica.

Todas as 55 vagas ofertadas são para candidatos de nível superior, distribuídas entre os cargos citados abaixo.

Edital n° 6/2017 – EA CADAR 2018

Oferta 10 oportunidades para o Curso de Adaptação de Dentistas, assim distribuídas entre as especialidades abaixo indicadas:

Duas vagas para Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial (CBM); uma vaga para Clínica Geral Odontológica (CGO); duas vagas para Endodontia (ENT); uma vaga para Odonto Geriatria (OGR); uma vaga para Prótese Dentária (PDN); uma vaga para Periodontia (PER); e duas vagas para Radiologia Odontológica e Imagenologia (ROI).

Edital n° 7/2017 – EA CAFAR 2018

Define a abertura de 4 chances para o Curso de Adaptação de Farmacêuticos, sendo uma vaga para Farmácia Bioquímica (BIO); e três vagas para Farmácia Hospitalar (HOS).

Edital n° 8/2017 – EA EAOAP 2018

Já neste documento são disponibilizadas 17 vagas para o Exame de Admissão ao Estágio de Adaptação de Oficiais de Apoio da Aeronáutica do ano de 2018. A divisão das chances está assim definida:

Três vagas para Administração (ADM); uma vaga para Análise de Sistemas (ANS); uma vaga para Ciências Contábeis (CCO); uma vaga para Enfermagem (ENF); uma vaga para Fisioterapia (FIS); duas vagas para Pedagogia (PED); uma vaga para Psicologia (PSC); cinco vagas para Serviços Jurídicos (SJU); e duas vagas para Serviço Social (SSO).

Edital n° 9/2017 – EA EAOEAR 2018

As 20 vagas disponíveis neste documento são para o Exame de Admissão ao Estágio de Adaptação de Oficiais Engenheiros da Aeronáutica do ano de 2018, e foram distribuídas da seguinte maneira entre as especialidades:

Uma vaga para Engenharia Civil (CIV); uma vaga para Engenharia Cartográfica (CGR); três vagas para Engenharia de Computação (CMP); duas vagas para Engenharia Elétrica (ELT); cinco vagas para Engenharia Eletrônica (ELN); cinco vagas para Engenharia Mecânica (MEC);

E ainda: uma vaga para Engenharia Metalúrgica (MTL); uma vaga para Engenharia Química (QUI); e uma vaga para Engenharia de Telecomunicações (TEL).

Edital n° 10/2017 – EA EIAC 2018

O último edital abre 4 oportunidades para o Exame de Admissão ao Estágio de Instrução e Adaptação para Capelães da Aeronáutica do ano de 2018. São duas vagas para Sacerdote Católico Apostólico Romano e duas para Pastor Evangélico.


Inscrições

Para se candidatar à vaga de qualquer um dos editais acima, o profissional deve se inscrever entre os dias 20 de fevereiro a 21 de março de 2017, por meio de um dos seguintes endereços eletrônicos:

www.fab.mil.br
www.ciaar.com.br

Outras informações sobre os processos também podem ser encontradas nos sites acima, ou nos editais, publicados no DOU do dia 3 de fevereiro de 2017, em: https://goo.gl/XcKQSc

Informações completas sobre os Exames de Admissão da Aeronáutica 2018 podem ser encontradas nos editais, pelo link: https://goo.gl/M030LL

 

PORTAL MEON (SP)


Ozires Silva se reúne com mulheres empreendedoras em São José

Academia de Líderes fará mais sete encontros com empresários na cidade

O engenheiro Ozires Silva, um dos responsáveis pela criação da Embraer (Empresa Brasileira de Aeronáutica) compartilhou experiências e falou sobre liderança e empreendedorismo durante encontro na noite desta sexta-feira (3), com ao menos 60 pessoas ligadas ao Conselho da Mulheres Empreendedoras de São José dos Campos.

ImagemA palestra abordou temas ligados à economia, os desafios do desenvolvimento da cidade, o poder da mulher no mercado e na inovação, além de sua história e a criação de uma das empresas mais importantes do mercado de aviação de jatos executivos. O encontro aconteceu na Faap (Fundação Armando Alvares Penteado).

Num tom descontraído e bem-humorado sobre o pedido para conversar com as convidadas sentado em uma cadeira. “Meu trem de pouso não está funcionando tão bem, por isso peço a licença para conversar com vocês sentado”, disse. O engenheiro deu início ao bate-papo falando sobre o menino que sonhava em construir aviões na década de 40 e alguns anos depois tornou-se coronel da Aeronáutica e engenheiro pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica).

Segundo ele, muitos desafios e críticas surgiram ao longo do ano, mas fez com que as "situações" e a busca pelo sonho agregassem, ainda mais, ao desejo de idealizá-lo.“A oportunidade de ouro surgiu quando consegui falar com o presidente da República e consegui convencê-lo de que criar uma instituição aeronáutica era viável, um sonho possível, e que poderia crescer. Cresceu e muito: hoje, a companhia fabrica e opera em mais de 90 países, com engenheiros brasileiros, formados no país”, contou.

Ozires pretende a partir dos próximos meses ampliar a discussão sobre a Universidade do Ar.

Academia de Lideranças

ImagemResponsável por promover o encontro entre Ozires e as convidadas, a presidente do Conselho das Mulheres Empreendedoras de São José dos Campos, Janaina Dias, afirma que a ação contribui para o desenvolvimento, orientação e estimula empreender e conquistar o sucesso nos negócios.

“Precisamos compartilhar, criar relacionamento e estimular ações multiplicadoras. Quando decidimos pelo tema "Liderança: Academia de Líderes" foi justamente para dar mais ênfase e ferramentas às empresárias para que possam fortalecer seus empreendimentos”, disse.

“Não poderia haver compartilhamento mais genuíno, um homem com um sonho grande, ousado, mas leve o suficiente para voar. Assim começa a história dele, que é sem dúvida um dos maiores líderes de nosso país”, completou.

Público

A atleta e empresária Fabíola Molina, presente na palestra, explicou a conexão dessas disciplinas. “Temos valores de determinação, de garra, de respeito e confiança. Pilares que se assemelham. Como o empreendedor, o atleta tem que tomar decisões na nossa carreira e que podem determinar o sucesso ou o fracasso”, disse.

 

PARAÍBA ON LINE.COM


MPF/PB investiga possíveis falhas na fiscalização de pousos de helicópteros

Da Redação com Ascom

O Ministério Público Federal na Paraíba (MPF/PB) investiga possíveis falhas na fiscalização de pousos de helicópteros que vêm ocorrendo na Grande João Pessoa, em pistas não homologadas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).

De acordo com o MPF, ao longo das apurações surgiram indícios das referidas falhas na fiscalização, observados a partir de informações prestadas à Polícia Federal por um servidor da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).

A Anac informou que o Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica (RBHA 91.327) prevê hipótese de pousos de helicópteros em locais não homologados ou registrados, deste que, entre outros requisitos, a operação não seja rotineira.

No entanto, já chegaram ao conhecimento do MPF relatos de aterrissagens frequentes em restaurantes da capital paraibana, motel e em Areia Vermelha, área de grande circulação de banhistas e de embarcações.

Consta no inquérito que a competência para fiscalização das operações de helicópteros nessas áreas é da Anac, que deve averiguar requisitos previstos na norma, como a existência de características físicas no local de pouso (área de pouso, área de segurança, superfície de aproximação, de decolagem e transição).

O MPF/PB já solicitou à Agência Nacional de Aviação Civil uma avaliação de pousos em locais não homologados nos últimos cinco anos na Paraíba, a fim de que sejam constatados eventuais abusos e tomadas providências cabíveis.