Quatro pessoas morreram na queda de um avião, no início da tarde deste sábado (2), em Belém. As vítimas eram o piloto, dois alunos, e o instrutor de um curso de paraquedismo.

Segundo o aeroclube de Belém, o avião decolou pouco antes das 13h, e o acidente aconteceu 50 minutos depois. Os destroços foram encontrados em uma região de mata, na periferia da cidade.

Testemunhas disseram que, minutos antes da queda, uma pessoa conseguiu saltar usado paraquedas. A Aeronáutica investiga as causas do acidente.

O Primeiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa I) investiga as causas da queda do monomotor que resultou na morte de quatro pessoas neste sábado (2), em Belém. Destroços da aeronave Cessna, de prefixo PT-DJH, foram recolhidos para análise no local do acidente. Testemunhas afirmam que o avião sofreu prolemas mecânicos durante o voo. Quatro ocupantes morreram no acidente.

Para o paraquedista profissional Alberto Costa, pode ter ocorrido uma pane na aeronave. "Isso não foi falha do paraquedista, não foi falha do piloto. Isso foi foi uma pane estrutural. Esse avião perdeu as duas asas, tem asa em cima de árvore", opina o especialista.

Segundo o vigilante Rosivaldo Batista, morador da área, partes da aeronave se soltaram antes da colisão com o solo. "O avião fez um barulho grande e vimos ele se destruindo no ar mesmo. Ele foi para um lado e a asa foi para o outro", conta o morador.

De acordo com o autônomo Pascoal Souza Alves, um dos ocupantes se jogou da aeronave durante a queda. "(A pessoa) vinha se jogando e caiu em cima do mato, não saiu paraquedas não, mas se jogou igual a um boneco.

O acidente

Segundo o Seripa I, o monomotor decolou às 12h50 do aeroclube do Pará com cinco ocupantes. Um dos alunos da aula de paraquedismo conseguiu realizar o salto e chegar em segurança ao solo, antes da queda da aeronave.

O acidente aconteceu 13h38, quando o avião caiu em uma área da Embrapa, em Belém (veja vídeo acima). O piloto Ronaldo Olímpio Oliveira Canavarro, o instrutor de paraquedismo Douglas Dourado e os passageiros Reginaldo Pinheiro e sua filha Lara Pinheiro, não resistiram à queda e morreram no local.

Os corpos de três vítimas foram encontrados ao lado do avião. O quarto corpo só foi localizado por peritos às 16h, a cerca de 300m do local da queda do monomotor. Todos foram removidos e levados para o Instituto Médico Legal, onde chegaram as 17h50. Os corpos passarão por exame de necropsia para, posteriormente, serem identificados pelos familiares. Ainda não há previsão de quando ocorrerá a liberação dos corpos.

De acordo com o Registro Aeronáutico disponível no site da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), consta no cadastro do avião que sua "Situação de Aeronavegabilidade" era "Normal", garantindo as condições de voo da aeronave.

Representantes de órgãos do sistema de segurança pública como Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Centro de Perícias Científicas Renato Chaves e ProPaz participaram de uma coletiva de imprensa sobre o ocorrido. Uma equipe de psicólogo do ProPaz vai prestar apoio às famílias da vítimas.

A empresa Aerotur, dona do monomotor fornecido para as aulas de paraquedismo, foi procurada pela reportagem da TV Liberal, mas ainda não se posicionou sobre o acidente.

Chegou neste sábado (2) a Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, o antigo avião presidencial que, depois de restaurado, ficará exposto na cidade. A viagem da aeronave que mede 30 metros de comprimento e 28 metros de largura, desde Guarulhos (SP) até a fronteira, durou 12 dias. O Boeing 737-200, da Força Aérea Brasileira, precisou ser transportado por dois caminhões: um para o corpo e outro para as asas.

O trânsito na BR-277 precisou ser interrompido para a passagem dos caminhões que transportaram a aeronave cedida pelo Museu Aeroespacial para ficar em exposição em uma empresa de táxi aéreo de Foz do Iguaçu. O morador de Matelândia, também no oeste, Joacir Suzin, fez imagens da passagem do comboio na sexta-feira (1º) pela cidade.

A aeronave foi usada em viagens de oito presidentes da República entre 1976 e 2010 e também transportou o Papa João Paulo 2º durante a visita ao Brasil, em 1980.

A aeronave Cessna de prefixo PT-DJH, que caiu neste sábado (2) em Belém, tinha condições de voo, de acordo com a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac): em uma consulta ao Registro Aeronáutico disponível no site da agência, consta no cadastro do avião que sua "Situação de Aeronavegabilidade" era "Normal".

O monomotor saiu às 12h50 do aeroclube do Pará. O acidente aconteceu 13h38, quando o avião caiu em uma área da Embrapa, em Belém. O piloto Ronaldo Olímpio Oliveira, o instrutor de paraquedismo Douglas Dourado e os passageiros Reginaldo Pinheiro e sua filha Lara Pinheiro, não resistiram à queda e morreram no local. As autoridades investigam se uma quinta pessoa teria decolado com o grupo, mas conseguido saltar antes do acidente.

Os corpos de três vítimas foram encontrados ao lado do avião. O quarto corpo só foi localizado por peritos, às 16h. Todos foram removidos e levados para o Instituto Médico Legal, onde chegaram as 17h50. Os corpos passarão por exame de necropsia para, posteriormente, serem identificados pelos familiares. Ainda não há previsão de quando ocorrerá a liberação dos corpos.

O acidente está sendo investigado pelo Primeiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa I) que, preliminarmente, acredita que a queda da aeronave pode ter sido provocado por falha mecânica.

De acordo com um paraquedista que pediu para não ser identificado e esteve no local do acidente, o instrutor de paraquedismo Douglas Dourado era bastante cuidadoso durante os saltos. "A preocupação com segurança dele (instrutor) era grande. Se tu vier aqui no local vai perceber que não foi questão de salto, foi pane no avião. O avião está sem as asas", disse.

Começa nesta segunda-feira (4/7), a primeira etapa da Operação Centro Presente. A base ficará localizada na Praça Mauá onde, às 9 horas, será apresentado para a imprensa o modelo do patrulhamento que contemplará a área que vai da Praça Mauá até a Igreja da Candelária, na Presidente Vargas. Nesta região, a operação vai contar, diariamente, das 6h30 às 22h30, com 168 agentes - incluindo policiais militares da ativa e da reserva e agentes civis egressos das Forças Armadas. 

O patrulhamento será realizado com 27 bicicletas, nove motos, três viaturas e uma van. A Operação será implantada em três etapas: a primeira inicia dia 4/7 na região da Praça Mauá, em 15 dias avança para a Praça XV e, dez dias depois, é expandida até a Cinelândia. A ação tem como objetivo coibir roubos e furtos, consumo e comércio de drogas, e promover o ordenamento urbano nas áreas patrulhadas.

Além disso, também serão realizadas ações sociais como o acolhimento de pessoas em situação de vulnerabilidade. A Operação Centro Presente é uma parceria entre a Secretaria de Estado de Assistência Social e Direitos Humanos, com a Fecomércio RJ e a Prefeitura do Rio.

 
Após a troca, haverá um desfile militar
Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

A cerimônia de substituição da Bandeira Nacional será realizada, neste domingo (3), a partir das 9h, na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Uma vez por mês, a bandeira hasteada é substituída em solenidade executada pela Marinha, Exército ou pela Força Aérea, além do Governo do Distrito Federal (GDF), que se revezam na organização do evento. Desta vez, a responsabilidade pela cerimônia é da Força Aérea Brasileira (FAB). O rodízio é coordenado pelo Ministério da Defesa.

O hasteamento da bandeira será acompanhado do Hino Nacional e, na sequência, acontece um desfile militar.

Serviço

Troca da Bandeira

Dia: 03/07/2016
Hora: 09h
Local: Praça dos Três Poderes

A 33 dias do início dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, um assunto permeou o noticiário nacional e internacional nos últimos dias: o medo do terrorismo. A volta ao debate se deu após o atentado em Istambul na Turquia e ao forte esquema de segurança montado para a Eurocopa, na França. No Brasil, a Agência Brasileira de Inteligência – ABIN interceptou mensagens de células terroristas e alertou para o risco de ações durante as Olimpíadas. Preocupado, o governo lançou uma cartilha para que a população possa ajudar os órgãos de segurança através de denúncias.

Na quinta-feira passada (30), representantes das forças de segurança pública, defesa civil, trânsito, inteligência e forças armadas que trabalharão durante os Jogos Rio 2016 se reuniram no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) para apresentar os seus planos operacionais. Secretaria de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional de Segurança Pública, Polícia Militar do Rio de Janeiro, Polícia Civil do Rio de Janeiro, Corpo de Bombeiros Militares do Rio de Janeiro, CET-Rio e Guarda Municipal do Rio de Janeiro, além da ABIN e Forças Armadas formam a força integrada sob o comando da Secretaria Extraordinária de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça e Cidadania (SESGE/MJC).

Um dos grandes problemas na área a ser enfrentado diz respeito aos “Lobos Solitários”. A ameaça é mais difícil de se identificar, como afirmam autoridades de segurança e se inspiram em facções organizadas que as agências de inteligência conhecem, mas não necessariamente estão ligados a elas. Tais ameaças são mais escondidas, dizem agentes de inteligência, porque menos pessoas, e menos conhecidas, estão envolvidas, o que pode disparar menos alertas. “Uma pessoa pode fazer uma situação muito ruim”, disse o secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame, em entrevista ao UOL. “A inteligência tem que procurar muito para analisar, estudar e fazer um micro relatório.”

O delegado da Polícia Federal, Carlos Eduardo Sobral, presidente Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal e que antes fazia parte da Secretaria Extraordinária de Grandes Eventos, na função de Coordenador Geral de Projetos de Tecnologia da Informação acredita, ao contrário do senso comum, que o Brasil está preparado para repelir ações terroristas no período dos Jogos.

Qual a expectativa para a segurança nos Jogos Olímpicos?

Os Jogos Olímpicos de 2016 é a conclusão de um longo processo de preparação na área de segurança, que começou em 2010 com a definição das responsabilidades, uma vez que são diversos atores, estatais e não estatais, houve diversas ações de capacitação, de equipamentos, desenvolvimentos de soluções, além dos muitos eventos testes como por exemplo a Jornada Mundial da Juventude, a Copa das Confederações e um evento grande que foi a Copa do Mundo e a Rio 2016 é o final desse processo.

Quanto tempo ao todo nesse processo?

Foram seis anos de preparação, seis anos de estudo e agora fecha com a competição para a qual já está tudo pronto. As instituições estão capacitadas, preparadas e adequadas para promover uma boa segurança pública para quem vier ao Rio de Janeiro agora em agosto.

A mudança de governo próximo dos Jogos causa problemas para a segurança?

Não. Não influencia, não afeta, porque os projetos começaram já há muito tempo. Estamos agora já na fase de detalhes e as equipes foram mantidas. Então, a instabilidade política não causa nenhum tipo de instabilidade na promoção da segurança pública.

A PF investiga os implicados na Lava Jato e muitos dos investigados estarão nos Jogos, assistindo e até como autoridades. Isso causa constrangimento?

Não, a equipe está à frente da segurança é técnica, da Secretaria Extraordinária de Grande Eventos. Temos as áreas militares, a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal, então essas equipes são as mesmas que estão à frente dos processos e evidentemente que a política tem a sua dinâmica, toda a questão da Lava Jato, mas isso não afeta as organizações e nem a segurança das Olimpíadas.

Diante de tudo que você apresentou, podemos falar que a segurança está garantida na Rio 2016?

O que podemos falar é que, riscos sempre há. Ainda mais em um evento internacional, mas também nós adotamos todas as cautelas, todas as medidas para reduzir e anular os riscos. Então, estamos prontos para evitar que algo aconteça.

A PF está na luta pela autonomia e por uma série de mudanças. Estar à frente da segurança nas Olimpíadas é uma boa forma para tornar essa luta pública?

As Olimpíadas é o maior evento esportivo do mundo. Como a Polícia Federal tem um papel importantíssimo na promoção da segurança, na área de antiterrorismo, investigação de crimes, ela fica ainda mais em evidência e é o momento sim importante e oportuno para nós demonstrarmos como a Polícia Federal deve ser valorizada, fortalecida e reconhecida, e a autonomia da Polícia Federal, através da Emenda Constitucional 412 é a forma de nós garantirmos, no futuro, que a PF de hoje seja a mesma daqui a alguns anos.

A operação

1 - Um contingente estimado em mais de 85 mil profissionais – sendo 47 mil de segurança pública, defesa civil e ordenamento urbano, e 38 mil das Forças Armadas – está sendo preparado para garantir a segurança.

2 - A experiência de sucesso na Copa das Confederações, na Rio + 20, na Jornada Mundial da Juventude e na Copa do Mundo 2014, aliada aos investimentos em equipamentos, tecnologia e capacitação dos agentes de segurança, são garantias.

3 - O Ministério da Justiça está investindo R$ 350 milhões na aquisição de equipamentos de proteção individual, ferramentas de treinamento, ações antiterrorismo, capacitação, ampliação do sistema de monitoramento e aprimoramento de comando e controle.

4 - Durante os Jogos, a segurança de todos os locais de competição será de responsabilidade da Força Nacional de Segurança Pública.

5 - Cerca de 9,6 mil profissionais atuarão para garantir a segurança do público nas instalações dos Jogos no próximo ano. Atualmente são mais de 40 operações em apoio à segurança pública em 15 estados e Distrito Federal.

6 - A força de trabalho da PF deve envolver 3,5 mil servidores, um acréscimo de 350% em relação à Copa do Mundo 2014, no Rio de Janeiro. As equipes envolvidas desempenharão funções como: Comando e Controle, Controle Migratório, Segurança Aeroportuária, Inteligência, Controle de Segurança Privada, Segurança de Dignitários, Polícia Marítima, Vistorias e Contramedidas, e Operações Especiais.

7 - a Polícia Rodoviária Federal (PRF) contará com 2 mil profissionais, que atuarão em ações de educação e fiscalização de trânsito e na prevenção e repressão de ações criminosas.

8 - Cerca de 38 mil militares devem atuar durante as competições no Rio de Janeiro e nas outras cidades que receberão as partidas de futebol. Desse total, cerca de 20 mil ficarão sediados no Rio de Janeiro.

9 - O orçamento do Ministério da Defesa para a segurança nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016 é de R$ 674 milhões, sendo R$ 275 milhões executados em 2014, R$ 199 milhões em 2015 e R$ 200 milhões previstos no Projeto de Lei Orçamentária (PLOA) de 2016.

João Guilherme Clark (ou J.G. Clark) tem histórias de sobra para contar. Nascido em 1930, no Rio de Janeiro, e criado em Porto Alegre até os 16 anos, ele foi piloto da Força Aérea Brasileira por quase três décadas antes de se mudar para Minas Gerais, em 1981, e se dedicar à mineração, área com a qual trabalha até hoje. Ele explica que sempre escreveu, mas foi só agora, aos 86 anos, que decidiu, após pedidos da família, colocar sua história no papel, dando ênfase a seu tempo como piloto. O resultado é a obra “Relatos de um Piloto de Guerra: Da África ao Brasil, Verdades Encobertas pelo Tempo”, que foi lançada em Lagoa Santa no fim de junho.

“Não é uma autobiografia, é o relato de uma vida”, explica o autor, que discorre sobre “parte espiritual, erros e um pouco de política”, entrando em detalhes quando narra sua participação em conflitos na República Democrática do Congo, onde foi ferido.

Um dos causos destacados pelo aviador ocorreu durante o que ele chama de guerra de Katanga, na atual República Democrática do Congo.

“As províncias do ex-Congo Belga se rebelaram, aí estourou a guerra. Eu era piloto da ONU, e nosso esquadrão era composto de gente de 12 nacionalidades. Nós recebemos uma missão para decolar e nos dirigimos para entregar suprimentos e munição para as tropas da ONU na cidade de Kindu. Ao descarregar nossos suprimentos, recebi ordens de pegar um coronel malaio em outra cidade, e fomos buscá-lo. Os pilotos italianos ficaram para trás para comprar marfim para as suas famílias – era uma lembrança de turismo, não era negócio. Quando voltamos, os italianos haviam sido aprisionados, mortos e comidos pelas tropas inimigas”, relata o capitão aviador da reserva, explicando que a história lhe foi relatada por dois belgas, que conseguiram escapar do ataque.

Clark ainda conta que, para relembrar em detalhes os episódios que narra em “Relatos”, ele usou algo mais concreto e confiável do que a memória: seus diários de guerra. “Escrevia no diário todos os dias durante a guerra”, garante.

Além de seu tempo na Aeronáutica, ainda discorre sobre sua “função em 1964”. “No livro eu faço críticas até ao Estado-Maior da Aeronáutica”, garante.

Por fim, a obra acompanha a história do aviador até a “segunda parte da jornada”, na qual se envolveu com a mineração. Após estudos na Universidade de La Vallie, no Congo, ele registrou a empresa Chryso Aurum. Em 1981, se mudou para Minas Gerais ao assumir a superintendência de produção de quartzito da Mina da Passagem, em Mariana. Em 1986, se mudou novamente, desta vez para Lagoa Santa, assumindo um projeto para a Mineração Tejucana.

Vida passada. Mesmo com a exuberância da história de sua vida atual, Clark explica que “o relato começa na vida anterior”. “Em 1916, quando a aviação estava começando, eu era um piloto na batalha de Lorraine, onde fui abatido por dois aviões. Depois descobri que era piloto alemão. Hoje eu sou neto de escocês. Para você ver que essa coisa de brasão é bobagem. A caminhada do espírito é em busca da perfeição”, revela Clark, que narra o episódio já no primeiro capítulo do livro. Seguidor da doutrina espírita, ele ainda conta que já trabalha em seu segundo livro, que será “um estudo das encarnações planetárias para o desenvolvimento do planeta Terra”.

Trecho

Parte do capítulo 20 de “Relatos de um Piloto de Guerra”:

“Em 3 de agosto, fomos designados para nosso primeiro détachment. (...) Aterramos e fomos buscar os americanos que estavam no quartel da Armée National Congolaise. A cidade fica às margens do Lac Léopold II. Os soldados congoleses e seus oficiais nos trataram com muita cordialidade. Durante os preparativos para decolarmos, chegou o chefe da tribo local com seus guardiões pintados de vermelho e armados de grandes facões curvos para nos saldar. O chefe maior, cercado de seus guerreiros, trazia os cabelos desenhados, com um penteado endurecido com lama. Vestia um grande manto de tecido grosseiro cinza que cobria até abaixo dos joelhos. Eu o saldei com uma continência, e ele nada disse, mas apontou para minhas insígnias do Posto e de aviador de ouro, que tinha ganhado do comandante da Base Aérea do Recife, quando promovido a capitão. Tive de tirá-las e colocá-las em sua roupa. Ele sorriu feliz e partiu, deixando-nos livres.”

Captação de Múltiplos Órgãos em Catanduva Mobiliza Equipes da FAB

Coração, fígado, rim, córneas e ossos de paciente da cidade terão vida em outras pessoas

Cíntia Souza
Da Reportagem Local

Uma captação de múltiplos órgãos realizada em Catanduva ontem (1º) mobilizou equipes da Força Aérea Brasileira (FAB). Coração, fígado, rim, córnea e ossos de paciente da cidade que teve morte encefálica, darão vida para outras pessoas que estavam na fila por um transplante. O procedimento de retirada desses órgãos foi realizado no Hospital Padre Albino (HPA).

Conforme informações da assessoria de comunicação do hospital, após a constatação da morte encefálica na última quinta-feira (30) da paciente D.G.L, de 34 anos que estava internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) desde terça-feira (28) e com o consentimento dos familiares, teve início o processo para a doação de órgãos. O momento era de dor para a família de D, mesmo assim, eles pensaram no próximo e viram que ela poderá continuar vivendo de outra forma, por meio do transplante. A paciente sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC).

Segundo o Diretor Técnico do Hospital Padre Albino, Jorge Luis Valiatti, a manutenção da doadora e a captação dos órgãos mobilizaram mais de 15 profissionais. “Incluindo médicos e enfermeiros da Fundação Padre Albino, equipes de saúde de São José do Rio Preto (Hospital de Base), São Paulo (INCOR e Hospital Bandeirantes) e Marília (FAMEMA)”, disse Valiatti.

Nossa reportagem acompanhou a força tarefa. Equipes da Força Aérea Brasileira estavam no Aeroclube de Catanduva aguardando a chegada dos órgãos. Os primeiros órgãos que chegaram foram o coração e o fígado. Segundo o cirurgião Samuel Padovani Steffen, do Incor, duas equipes vieram para a cidade. “Nossa equipe do Instituto do Coração captou só o coração e tem outra equipe de cirurgiões de outro hospital em São Paulo, eles captaram fígado e rins. Esses órgãos vão para o Hospital Bandeirantes enquanto que o nosso vai para o Instituto do Coração”, disse.

Para que todo o procedimento seja feito, uma equipe estava preparando a paciente receptora. “Tem que ser uma ação muito coordenada, para chegarmos lá com o coração e nossa paciente estiver pronta para receber. Toda essa ação exige uma força-tarefa, e essa ajuda da Força Aérea Brasileira foi fundamental para fazer a captação aqui. Esse novo decreto publicado recentemente pela presidência disponibiliza essas aeronaves para a captação e isso foi fundamental nesse caso”, finalizou.

Importância da doação de órgãos

Apesar de haver uma média de 23,5 mil transplantes por ano, a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO) aponta que no ano passado houve uma queda de quase 20% na taxa de doadores em relação a 2014. Todo brasileiro que tem o desejo de doar órgãos e tecidos deve expressar sua vontade para a família, para que a autorização seja feita mais rapidamente. Pelas redes sociais, é possível que o usuário tenha a opção de declarar em seu perfil ser doador.

Primeira captação de órgãos do ano

Essa é a primeira captação de órgãos registrada neste ano. Em maio do ano passado, outra captação, desta vez de um paciente de 44 anos, mobilizou equipes das polícias Civil e Militar do Estado de São Paulo. Coração, fígado, rins e córneas de vítima que teve morte cerebral foram retirados no Unimed Hospital São Domingos (UHSD). O paciente sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e dias depois foi constatada a morte cerebral.

Segundo o cirurgião transplantador do Incor (Instituto do Coração), Ronaldo Honorato Barros dos Santos, a operação foi formada logo após a família estar ciente da morte cerebral do paciente. “O que aconteceu aqui foi muito interessante. A gente não tinha logística para vir até aqui para captar o coração. O coração só pode ficar quatro horas fora do corpo, então não havia logística para que a gente viesse pegar o coração e adequadamente fizesse o transplante para São Paulo. Por isso tivemos que montar uma logística de guerra”, disse Santos na época.

Boeing é transportado em caminhão e chama a atenção na fronteira

Rafael Marcante

O transporte de um Boeing modelo 737-200 chamou a atenção de moradores de Foz do Iguaçu, neste sábado (02). A aeronave pertenceu a presidência da república e fez parte dos modelos da FAB (Força Aérea Brasileira).

Equipes da Guarda Municipal fizeram a escolta dos dois caminhões que transportaram as partes da aeronave. Uma parte do avião veio em um dos caminhões a outra em um segundo veículo.

Para não atrapalhar o fluxo de veículos na cidade, a aeronave seguiu do Bairro Três lagos, por uma estrada rural, até chegar na BR-469. O Boeing deve ser montado na empresa Helisul, na rodovia das Cataratas.

A empresa vai deixar a aeronave em exposição, depois de restaura-la, para que seja um atrativo a mais na fronteira.

Pela primeira vez após decreto, equipe usa avião da FAB para captação de órgãos no RS 

por Equipe do site

A Central de Transplantes da Secretaria Estadual da Saúde revelou hoje ter executado, nessa sexta-feira, três transportes aéreos de equipes para transplantes, um deles usando um avião da Forca Aérea Brasileira (FAB). Foi a primeira equipe do Rio Grande do Sul a fazer uso de um avião federal após o decreto da presidência da República publicado em 6 de junho.

A equipe gaúcha viajou na aeronave das Forças Armadas para Florianópolis, em Santa Catarina. Já o avião do governador transportou outra equipe para Pelotas, enquanto a terceira aeronave foi deslocada para Santa Maria.

Apesar das dificuldades em função do nevoeiro, a operação teve êxito. Na capital catarinense, foram captados pulmões para transplantes. Em Pelotas e Santa Maria, ocorreram doações de rins e fígado.

O decreto presidencial estabelece a disponibilidade de aviões da FAB para transporte de órgãos, tecidos e partes do corpo humano para transplante em todo o território nacional.

O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também auxiliou nas missões. (Rádio Guaíba)

Paraquedista escapa da tragédia ao saltar antes

DOL, com informações do repórter Isidoro Calixto/RBATV

Autoridades ligadas à apuração do acidente aéreo registrado nesta tarde anunciaram em coletiva na sede do Comando Geral do Corpo de Bombeiros Militar, em Belém alguns novos detalhes sobre a tragédia que vitimou quatro pessoas. As vítimas são Douglas Dourado, Reginaldo Alves Pinheiro, Lara Pinheiro e Ronaldo Canavarro.

As causas do acidente só serão divulgadas após resultados periciais da Aeronáutica, que conduzirá as investigações a partir de agora. Segundo o Corpo de Bombeiros serão analisadas todas as possibilidades, já que as asas do avião estavam soltas do equipamento modelo Cessna.

Os bombeiros também afirmam que antes do acidente, um paraquedista identificado como Robert da Encarnação conseguiu realizar um salto perfeito e aterrissou com tranquilidade. Somente depois, o rapaz ficou sabendo da tragédia e lamentou o ocorrido. Ainda não se sabe quanto tempo após o salto, ocorreu a tragédia.

A coletiva teria a presença do Major Raposo, chefe do setor de investigação aérea do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa), porém após receber uma contra ordem, o mesmo não compareceu ao Comando Geral. As informações sobre as condições de legalidade da aeronave, documentação do piloto serão esclarecidas somente após perícia.

Segundo o IML, como a identificação dos corpos estava facilitada, e logo as famílias fizeram o reconhecimento das vítimas, ainda hoje todos os corpos serão lebrados para os procedimentos póstumos.

Participam da coletiva o Perito Criminal Paulo Roberto Bentes, do Centro de Perícias Científicas (CPC); o tenente da Polícia Militar, Sandro Nazareno, que é o oficial que comandou as equipes no local do acidente; o Coronel Tavernard e o Major Raposo do Corpo de Bombeiros do Estado

O ACIDENTE

Por volta das 13h40 deste sábado (2), o monomotor do tipo Cessna, de prefixo PT-DJH, caiu dentro do terreno da Empresa Brasileira de Pesquisa e Agropecuária (Embrapa), no bairro do Curió Utinga. O monomotor havia decolado do Aeroclube do Pará com quatro ocupantes que participavam de um curso de paraquedismo.

Equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e do Seripa foram deslocadas ao local.

Após decreto de Michel Temer, 12 vidas são salvas graças ao transporte de órgãos da FAB

Aeronáutica faz o transporte de órgãos desde junho, quando o governo interino do Brasil, Michel Temer, assinou o decreto nº 8.783.

Nesta sexta-feira, 1º, foi divulgado o número de vidas salvas em menos de trinta dias, desde que Michel Temer assinou o decreto nº 8.783. A partir desse decreto, que tem força de lei, a FAB trabalha em conjunto com as centrais de transplante de órgãos do Brasil, agilizando o processo e permitindo que mais vidas sejam salvas.

Segundo Ana Paula Silva das Neves, que é coordenadora da Comissão Intra-hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos, antes do decreto, as centrais e hospitais chegaram a perder diversas doações de órgãos, pois não tinha como ou quem transportá-los até a cidade ou estado onde o paciente que necessitava de um transplante se encontrava.

Ana Paula também afirma que já existia um termo de cooperação entre a Aeronáutica e a CNT (Central Nacional de Transplantes), mas que nem sempre o transporte era possível, pois carecia de uma autorização das Força Aérea Brasileira.

O decreto de Temer

O presidente interino do Brasil decidiu assinar o decreto nº 8.783, no dia 7 de junho desse ano, pois soube que não haviam aeronaves para realizar o transporte de órgãos para outro estado. Michel se sensibilizou com uma matéria do "O Globo" que falava sobre o assunto. Temer então anunciou o decreto, afirmou que saúde é vida e que, a partir daquele momento, não haveria mais uma deficiência no sistema de transporte de órgãos.

Determinações expressas no documento

No teor do decreto, o presidente determinou que a FAB é obrigada a manter um avião em solo para atendimento de casos de transplante de órgãos e tecidos humanos para qualquer lugar do país.

Em caso de urgência, a aeronave da Força Aérea Brasileira também realizará o transporte de pacientes que necessitem da cirurgia de transplante de órgão. Atualmente, doze pessoas foram salvas com o transplante de órgãos transportados de um estado para o outro, através de um avião oficial.

Os transplantes são destinados a pacientes que estejam aguardando atendimento pelo SUS (Sistema Único de Saúde), seja na fila de espera, ou em casos extremos de urgência.