NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


Experimento de risco: como a morte do filho levou um médico a expor os perigos dos aviões amadores

Como uma tragédia familiar levou um psiquiatra brasileiro a revelar os perigos da bilionária indústria dos aviões amadores – que corresponde a 24% do mercado nacional de aeronaves, mesmo com fiscalização frouxa e raras investigações em caso de acidentes

Pedro Venceslau | O Estado de S.Paulo

Era para ser um domingo qualquer, aquele 4 de janeiro de 2015. Depois de almoçar na casa de campo com a família em uma marina em Salto Caxias, represa próxima a Cascavel, no Paraná, o psiquiatra Augusto da Fonseca, 66 anos, e seu filho, Vitor, 19, decidiram voar sem destino pela região.

Caçula dos cinco filhos que formam uma prole de três homens e duas mulheres, Vitor era estudante de administração e trabalhava na incorporadora imobiliária da família, mas o grande barato da sua vida era voar. Já era piloto privado e estava a 100 horas de voo de conseguir a cobiçada licença de piloto bimotor. O próximo passo seria chegar a piloto comercial, como o pai. A promessa era ganhar dele um avião do tipo quando alcançasse a meta. Os dois irmãos mais velhos, Gustavo e Marcos, já tinham chegado lá.

Para ganhar tempo, pai e filho foram de helicóptero até o pequeno aeroporto da cidade, onde estavam estacionados os novos “brinquedos” de Fonseca: dois hidroaviões Super Petrel brancos, da marca Edra, com hélice traseira.

Obcecado por aviões desde 1973, quando, aos 23 anos, fez o curso de piloto, Augusto da Fonseca desembolsou R$ 517 mil pelos dois aparelhos só para pode subir e descer na água. Dinheiro não era problema desde que vendeu sua clínica psiquiátrica voltada a dependentes químicos. Naquele domingo, pai e filho deixaram o solo, cada um em uma aeronave, às 16h45, e voaram lado a lado trocando informações técnicas. Surgiram então umas nuvens pretas, e esse passou a ser o tema da conversa. “O tempo está fechando, vai começar a chover”, disse Augusto, pelo rádio. “Vamos para Toledo e ficar por lá até o fim da chuva”, respondeu Vitor.

No acanhado aeroporto da pequena cidade no oeste do Paraná, pai e filho mataram o tempo conjecturando sobre as férias que começariam no dia seguinte, quando toda a família iria para a casa de praia, em São Francisco do Sul (SC).

Ainda estava claro às 20h01 quando a chuva finalmente cedeu e Augusto decolou de novo, seguido pelo filho, três minutos depois. Em menos de nove minutos, deviam estar em solo em Cascavel e voltar para casa.

Mas a aeronave de Vitor começou a dar pinotes, como um touro de rodeio. O motor deu uma série de rajadas e oscilou a rotação. Logo depois de decolar, Vitor gritou pelo rádio: “Pai, acho que estou em parafuso”. Augusto gritou em desespero várias vezes, mas não obteve mais resposta. “Nariz embaixo, pé contrário”, disse, aos berros, o pai.

O médico então sobrevoou em círculos o local até anoitecer, mas não conseguiu enxergar o avião do filho. Só pensava em uma coisa: ele poderia ter feito um pouso forçado. Voltou então para Cascavel e de lá conseguiu uma carona com um piloto amigo para o local do acidente.

Quando chegou ao local, uma fazenda de soja, viu carros de bombeiros e policiais. O fazendeiro dono das terras então se aproximou. “E o piloto?”, perguntou Augusto”. “Morreu”, respondeu o interlocutor. O tempo estava limpo, não havia turbulências. De cara, o médico suspeitou que uma falha mecânica fora a responsável por levar o seu caçula.

No último dia 17 de agosto, a reportagem do Estado foi ao encontro de Augusto em um hotel próximo do aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo. A ideia era tomar um café, mas, chegando lá, o médico pediu que o visitante subisse até seu quarto.

O lugar parecia armado para uma palestra. Ladeado pela esposa, um advogado e um assessor de imprensa, o médico fez uma apresentação em PowerPoint. Sem pausas, repetiu um longo roteiro que começou a ser escrito no dia da morte do filho. Desde então, a obsessão de Augusto migrou da visão apaixonada da aviação à denúncia do mercado de aeronaves experimentais.

Em novembro de 2015, quando Vitor completaria 20 anos, Augusto fundou a Associação Brasileira das Vítimas da Aviação Geral e Experimental (Abravagex). Muita gente ouviu o termo “aviação experimental” pela primeira vez em março, quando a aeronave do ex-presidente da Vale, Roger Agnelli, caiu logo após decolar do Campo de Marte, em São Paulo, e matou o empresário e mais seis pessoas, em março.

Depois desse acidente, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) disse que a aeronave de Agnelli “não poderia sobrevoar áreas densamente povoadas”. O monomotor caiu sobre uma casa ao lado do Campo de Marte, na zona norte da cidade. A restrição a voos sobre áreas povoadas, segundo a Anac, se deve ao fato de que o avião era “experimental sem autorização específica”. Por ser experimental, não era obrigatória a existência de gravador de voz ou dados (caixa preta). Assim, toda a operação da aeronave estaria sob conta e risco do proprietário e do piloto.

“Nem sabíamos o que era uma aeronave experimental quando compramos nossos hidroaviões”, disse Augusto, que visitou o lugar da queda do avião de Agnelli. “Caímos em uma propaganda enganosa de que se tratava de uma aeronave certificada. Experimental é um apelido absurdo para aeronaves produzidas em série.”

Também chamada de aviação esportiva, esse segmento reúne desde românticos construtores de pequenos aviões na garagem até grandes indústrias que, segundo ele, “se refugiam” na falta de fiscalização que protege esse tipo de aeronave no País. Na prática, essas empresas podem produzir aviões em série mesmo sem serem obrigadas a seguir padrões rígidos de segurança. Assim, um mercado que deveria ser amador já corresponde a 24% do segmento da aviação no Brasil e movimenta cerca de R$ 1,2 bilhão por ano, segundo levantamento da Abravagex com base no RAG (Registro Aeronáutico Brasileiro). Para chegar a esse número, a pesquisa cruzou os dados do preço médio das aeronaves (cerca de R$ 980 mil) com as unidades comercializadas (3.500), o custo de manutenção de hangares, peças e profissionais.

Os valores dessas aeronaves são bem variados e podem custar entre R$ 65 mil (kits caseiros) até R$ 4 milhões – esse era o valor do sofisticado avião de Roger Agnelli, por exemplo.

A conversa no hotel foi interrompida pela chegada de outra visitante, a presidente da Associação Brasileira de Parentes e Amigos das Vítimas de Acidentes Aéreos, Sandra Assali. Ela e Augusto se cumprimentaram com a cumplicidade de velhos amigos. Ele perdeu o filho em avião experimental, e ela, o marido, após a tragédia do voo 402, um Focker da TAM, em 1996. Agora se apoiam por melhores condições de segurança para passageiros e pilotos. “O Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes da Aeronáutica) não investiga acidente desse tipo, de construção amadora. A indústria produz em série e vende para o público desavisado como se fosse certificado. As regras são de produção amadora, como se tivesse sido feito na garagem”, prosseguiu o médico. “Essa indústria está matando pessoas.”

Procurado pela reportagem, o Cenipa afirmou que investiga todos os acidentes aeronáuticos. A atividade começa com a coleta de informações sobre o avião. Mas, há um porém. “Tendo em vista que o objetivo das investigações realizadas pelo Cenipa é a prevenção de acidentes aeronáuticos, quando não há a possibilidade de obter ganhos à prevenção, a investigação pode ser interrompida.”

É nesse ponto que reside o imbróglio. A investigação de acidentes, segundo o centro, utiliza-se de uma comparação das falhas descobertas com o que era previsto nos requisitos de certificação, os quais estabelecem os padrões mínimos aceitáveis de segurança de voo para aquela aeronave. “No caso das aeronaves experimentais, tais requisitos são inexistentes, pois a aeronave não é certificada, ocorrendo o voo por conta e risco do piloto. Assim, o trabalho da investigação pode ser comprometido pela impossibilidade de comparar o que de fato foi realizado com o que seria previsto.”

Augusto garante que nunca um acidente com aeronaves do gênero havia sido investigado. O de seu filho seria uma exceção e só teria ocorrido após muita pressão. O Cenipa nega. “Existem registros de investigação de acidentes com aeronaves experimentais anteriores à data de janeiro de 2015.” O fato é que a investigação ocorreu e concluiu que um “fragmento desprendido da mangueira obstruiu a passagem de combustível”, o que desencadeou uma série de eventos que culminaram com a queda do hidroavião.

As associações de vítimas de acidentes aeronáuticos afirmam que a empresa Edra/Scoda descumpriu um recall do fabricante do motor que ordenava a troca imediata da mangueira antes do próximo voo, “sob risco de morte”. Augusto afirma que um dos proprietário da indústria, que se identificava como Rodrigo, emitia laudos de vistoria para a Anac como engenheiro aeronáutico, quando sua formação seria a de engenheiro mecânico.

A reportagem tentou contato com a Scoda. Quem atendeu foi Vinicius Bracali, que se apresentou como “representante comercial”. Ele ficou de repassar a demanda aos diretores da “empresa”, mas, até o fechamento desta reportagem, a empresa não respondeu. O site da Scoda não deixa dúvida que se trata de um negócio. E há um selo na página principal que diz “Certificação Anac/FAA”.

Provocada pelo Estado, a Anac afirma que existem duas categorias de aeronaves: as certificadas e as experimentais. Em linhas gerais, segundo a agência, as aeronaves certificadas são aquelas desenvolvidas com base em requisitos de projeto e operação, ‘rigorosamente testadas’ para demonstrar o cumprimento destes requisitos. A aviação comercial, por exemplo, só usa aeronaves certificadas. “As experimentais são as que não demonstraram cumprimento com os requisitos de projeto ou temporariamente não cumprem com alguns desses requisitos, mas que ainda encontram condições seguras de voo”, disse a Anac.

Ainda segundo o órgão, essas aeronaves são autorizadas a operar com a emissão de um certificado de autorização de voo experimental, conforme os artigos 67 e 119 do Código Brasileiro de Aeronáutica. A agência, entretanto, reconhece a fragilidade do setor. “As aeronaves experimentais possuem um grau de fiscalização menor que o da aviação comercial em função das limitações à sua operação e por sua própria natureza.”

Augusto e Sandra conseguiram uma vaga na comissão especial do Senado que é responsável pela atualização do Código Brasileiro de Aeronáutica. Os dois viajam a Brasília pelo menos duas vezes por mês para falar com parlamentares. Ambos em avião de carreira.

A próxima audiência será na terça, 4, e as viagens devem se tornar mais frequentes, pois o prazo final para o envio de emendas é 30 de outubro. Da comissão, o relatório que redefinirá as regras da aviação brasileira vai para a Comissão de Constituição e Justiça e em seguida ao plenário.

Presidida pelo senador Vicentinho Alves (PR-TO), que também é piloto comercial, a Comissão tem como objetivo “modernizar” o Código Brasileiro de Aeronáutica (CBA) e a aviação experimental. As aspas são da assessoria do senador, que não quis dar entrevista. Em mensagem enviada ao Estado, Alves fala de forma genérica sobre as possíveis mudanças no setor, mas sinaliza suas intenções. “No caso das aeronaves experimentais, o importante seria, primeiramente, rever o valor que a Anac cobra para fazer uma certificação. São valores superiores a R$ 1,5 milhão por projeto, o que inibe muito a iniciativa dos fabricantes.” Ele não citou aumento da fiscalização e das condições de segurança.

Depois de voltar de Brasília na semana passada, Augusto foi até o aeroporto de Cascavel e subiu em seu helicóptero. Era um sábado de dia limpo, ele novamente praticava o que foi uma de suas paixões – mas agora pouco olha para os lados. “Voo só para que não estrague, pois a aeronave não pode ficar parada mais de 15 dias. Agora é tudo no automático. Perdi o prazer. É como um médico ao fazer uma cirurgia.”

 

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Polícia Militar apreende munição de abate de aeronaves em São Sebastião

Drogas também foram apreendidas; criminosos fugiram

Priscila Botelho |

A Polícia Militar do Distrito Federal apreendeu na noite de ontem (30/9), na Vila do Boa, em São Sebastião, munições de ponto 50 - utilizada para abater aeronaves e com alto poder de destruição.

Além disso, os agentes encontraram 54 porções de maconha, 9 pinos de cocaína, 11 pedras de crack e um simulacro de arma - espécie de réplica do equipamento.

Os agentes estavam fazendo uma ronda no local, quando um grupo de moradores informou aos policiais do tráfico de drogas em uma casa da região.

Quando a Polícia Militar chegou na residência, dois homens pularam o muro e fugiram. Ninguém foi preso. O material apreendido foi encaminhado para registro da ocorrência.

 

PORTAL G1


Três seguranças da Presidência da República são presos por roubo no DF

Militares atuam na guarda de instalações e devem ser afastados, diz GSI. Trio usava pistolas do Exército para roubar dinheiro e celulares, afirma PM.

Mateus Rodrigues | Do G1 DF

Três militares do Exército que atuam na segurança de instalações da Presidência da República, em Brasília, foram presos na noite desta sexta-feira (30), suspeitos de assaltar pelo menos seis pessoas. De acordo com a Polícia Militar, o grupo usava pistolas das Forças Armadas para roubar dinheiro, celulares e objetos pessoais de pedestres em Ceilândia.

No momento da prisão, os homens estavam com distintivos e crachás do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República. O órgão confirmou ao G1 que os suspeitos pertencem ao quadro de funcionários.

Segundo o GSI, os homens eram agentes de segurança das instalações, e controlavam o acesso à presidência da República em prédios como o Palácio do Planalto, o Palácio da Alvorada e a Granja do Torto. Eles não faziam a guarda direta do presidente Michel Temer.

Vinculado diretamente ao Palácio do Planalto, o Gabinete de Segurança Institucional é responsável pela segurança do presidente da República e pela coordenação dos serviços de inteligência federal, entre outras atribuições.

A ocorrência foi registrada na 23ª Delegacia de Polícia (P Sul). Em seguida, os homens foram encaminhados ao Batalhão de Polícia do Exército, onde permaneciam presos até a manhã deste sábado (1º). Segundo o GSI, os militares devem ser afastados da corporação para responder pelos crimes na Justiça comum.

De acordo com o registro policial, os homens admitiram que "saíram para fazerem umas correrias (arrastão em via pública) e depois retornavam para o local de trabalho para cumprirem a escala de serviço".

Os homens têm idades entre 20 e 21 anos e foram abordados na quadra 18 de Ceilândia Norte, por volta das 21h. Segundo a PM, eles tentaram se passar por policiais civis para evitar as perguntas. Com os militares, a polícia encontrou correntes e seis celulares que teriam sido roubados na região. Até o fim da noite, seis vítimas e uma testemunha já tinham reconhecido os suspeitos.

A PM também apreendeu três pistolas 9mm, de uso exclusivo das Forças Armadas, seis carregadores (pentes) para as armas, um colete à prova de balas, cerca de R$ 960 e porções de maconha que estavam com os militares do Exército.

A ocorrência registrada na Polícia Civil lista os crimes de roubo, porte ilegal de arma de uso restrito, usurpação de função pública e porte de drogas para consumo próprio.

Confira a nota enviada pelo Gabinete de Segurança Institucional:

"1. O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) confirma a prisão pela PMDF de três militares - encarregados da segurança de instalações da Presidência da República - envolvidos em assalto na cidade satélite de Ceilândia, na noite de ontem.

2. No momento, os militares estão presos no Batalhão de Polícia do Exército de Brasília e o fato estâ sendo apurado, com o rigor que as circunstâncias exigem, de acordo com a legislação vigente, pelo GSI e pelo Comando Militar do Planalto."

 

Após ataques, ministros da Defesa e TSE realizam encontro em São Luís

Raul Jungmann e Gilmar Mendes estiveram neste sábado (1º) na capital. Eles se reuniram com o presidente do TRE e o governador do Maranhão.

Os ministros da Defesa, Raul Jungmann, e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, participaram neste sábado (1º), em São Luís (MA), de uma série de encontros a fim de discutir os episódios de violência ocorridos nos últimos dias no Estado.

Na capital, os dois ministros se reuniram com o presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA), desembargador Lourival de Jesus Sousa, e debateram as medidas que estão sendo adotadas para garantir a segurança e a ordem durante as eleições municipais, que serão realizadas neste domingo (2).

Jungmann afirmou que "se for necessário, poderá enviar mais militares de Belém ou Teresina paro o Maranhão, com o intuito de assegurar a tranquilidade e o bom andamento das eleições no estado".

Os ministros Jungmann e Mendes participaram também de reunião com o governador Flávio Dino no Palácio dos Leões, sede do governo do Estado. No local, o ministro da Defesa assegurou que o primeiro turno das eleições municipais será realizado com tranquilidade.

"O crime não vai prevalecer frente à democracia. As eleições vão acontecer e os direitos do cidadão, de exercer a sua cidadania política e cívica, serão respeitados, aqui e em todo o Brasil", assegurou Jungmann.

O ministro e presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes também se manifestou durante a reunião. Ele comentou que a expectativa é que o dia das eleições transcorra de maneira pacífica, para que todos possam exercer sua cidadania.

"Esperamos que amanhã, tenhamos um dia como tem acontecido em outras eleições, um dia de paz e tranquilidade para que todos possam realizar a sua manifestação de forma absolutamente livre", disse Mendes.

Após o encontro com o governador, os ministros visitaram a Escola de Ensino Básico Darcy Ribeiro, na capital, alvo de ações dos criminosos, onde inspecionaram a situação da unidade escolar.

Ataques em colégios eleitorais
Três locais de votação foram atacados por criminosos no terceiro dia da onda de violência da Região Metropolitana de São Luís. Neste sábado, duas escolas que funcionariam como locais de votação nas eleições municipais deste domingo, além de um centro de referência, foram alvos de criminosos. Com isso, o Tribunal Regional Eleitoral do Maranhão (TRE-MA) alterou os locais de votação. Nenhuma urna eletrônica foi danificada.

Segundo o TRE, as seções 166ª, 439ª da Escola Municipal Maria de Lourdes Oliveira foram transferidas para o Centro de Capacitação Tecnológica na estrada de Panaquatira, no bairro J.Câmara, em São José de Ribamar (MA). As seções 517ª, 53ª CRAS do Nova Terra foram transferidas para a Companhia Energética do Maranhão (Cemar) da Matinha. As seções 689ª, 690ª, 691ª, 692ª, 693ª e 694ª da U.E.B Ensino Fundamental Ana Lúcia Chaves Fecury foram transferidas para a Escola Comunitária São Bernardo (Anexo).

Desde que tiveram início os ataques, cinco locais de votação tiveram que ser alterados. Por causa da onda de ataques, a Justiça Eleitoral adiou distribuição das urnas eletrônicas, que seria feita na sexta-feira, nos 259 locais de votação de São Luís.

Na sexta-feira (30), o secretário de Segurança Pública do Maranhão, Jefferson Portela, assegurou a realização das eleições neste domingo. “Vamos fazer a contenção deles até a segunda-feira (3), considerando que eles têm uma pauta que nós não temos como responder que é a não realização das eleições”, disse.

Onda de violência
Com os ataques dessa madrugada, chega a 24 o número de ataques registrados a ônibus na Região Metropolitana de São Luís desde a última quinta-feira, quando teve início a onda de violência em São Luís. Por causa dos ataques, o sistema de transporte público da capital maranhense operou na sexta-feira com frota reduzida.

Na madrugada, escolas foram invadidas e incendiadas pelos criminosos. De acordo com o TRE-MA, duas delas funcionariam como locais de votação neste domingo: a U.E.B. Ensino Fundamental Ana Lucia Chaves Fecury, em São Luís; e Escola Municipal Maria de Lourdes Oliveira, em São José de Ribamar. Além das duas escolas, outro local de votação atacado nessa sexta-feira (30) pelos criminosos foi alterado: o Centro de Referência da Assistência Social (Cras) da Nova Terra, em São José de Ribamar.

Ataques na madrugada
Às 3h30, a U.I. Governadora Roseana Sarney foi alvo de criminosos em São José de Ribamar, município da Região Metropolitana. As informações foram confirmadas nesta manhã ao G1 pela Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP-MA).

Também foram incendiadas a U.E.B. Ensino Fundamental Ana Lucia Chaves Fecury, no bairro do São Bernardo, em São Luís; Escola Municipal Maria de Lourdes Oliveira, em São José de Ribamar; e a U.E.B Tiradentes, na Vila Maranhão, Distrito Industrial de São Luís; além da U.E.B Vila São José, na Vila São José, bairro do Maiobão.

E às 5h30 deste sábado, um ônibus da linha Popular-Ipase foi incendiado na Vila Isabel Cafeteira, em São Luís. Também na madrugada, um ônibus foi alvo dos ataques criminosos na Vila Ariri.

Segundo a SSP-MA afirma em nota (leia a íntegra abaixo), operações das polícias Civil e Militar resultaram na prisão de 14 suspeitos, autuados e encaminhados ao Complexo de Pedrinhas; e mais 16 adolescentes, que cumprem regime de internação.

Dias de terror
Os últimos dias foram marcados por diversos ataques criminosos na Região Metropolitana. Na sexta-feira (30), o primeiro registro de ônibus incendiado ocorreu no Porto do Mocajituba, no município de Paço do Lumiar, que faz parte da Região Metropolitana. Bandidos interceptaram o veículo próximo ao ponto final da linha e atearam fogo. Ainda houve registros de ataques a ônibus no Parque Jair, Turu, na Praça do Bacanga.

Além dos ônibus do transporte público, um carro prestador de serviço de telefonia também foi incendiado no bairro da Vila Embratel; um ônibus da empresa Prime Plus, na Vila Ariri; um rolo compressor da Prefeitura de São Luís, na Avenida da Saudade, na Vila Cascavel; e um ataque a uma agência bancária no bairro do Anil.

Presídios federais
Vinte e três detentos apontados pelo Governo do Maranhão como chefes da facção criminosa que reivindica os ataques que vêm atingindo São Luís desde a quinta-feira (29) serão transferidos para a penitenciária federal em Catanduva, Mossoró e Acre, onde cumprirão pena em regime isolado.

Até o momento, 65 pessoas foram identificadas e responsabilizadas pelos ataques. Hoje, foram 11 tentativas e seis ocorrências consumadas - carros e ônibus - e dois ataques a prédios públicos - a escola Rubem Almeida, no Coroadinho, e o Cras no bairro Nova Terra, segundo informou o Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP).

Onda de ataques
Os ataques começaram na última quinta (29) quando quatro ônibus do transporte público foram incendiados em São Luís. De quinta até a noite desta sexta-feira, 17 ônibus foram queimados. Em São Luís, os bandidos também atacaram um caminhão de lixo e um carro da companhia energética. Duas agências bancárias foram atingidas por vários tiros.

Os criminosos ainda tocaram fogo em duas escolas que seriam locais de votação no domingo. As seções tiveram de ser transferidas de lugar. Não sobrou quase nada das salas de aula. Centro de Referencia de Assistência Social (Cras) no bairro Nova Terra, também foi alvo dos criminosos.

Atrasa distribuição de urnas
Por causa dessa sequência de ataques, a Justiça Eleitoral decidiu adiar a distribuição das urnas eletrônicas, que seria feita nesta sexta, nos 259 locais de votação de São Luís. A distribuição das urnas foi feita somente no sábado com escolta policial.

Os caminhões dos Correios já estavam até carregados com os equipamentos, mas não foram liberados. Segundo a polícia, a ordem para os ataques partiu de grupos criminosos que atuam dentro e fora das penitenciárias do estado. Eles estariam reivindicando melhorias no sistema carcerário.

Veja a nota do governo do Estado:
O Governo do Maranhão, por meio da Secretaria de Estado da Segurança Pública (SSP), reitera o trabalho ininterrupto que tem realizado para conter a ação criminosa, responsável por diversos ataques a ônibus, carros e prédios públicos na região metropolitana de São Luís. Até o momento, 65 pessoas foram identificadas e responsabilizadas pelos ataques. Hoje, foram registradas 10 ocorrências: cinco ataques a prédios públicos – a escola Roseana Sarney, na Vila Roseana Sarney; a U.E.B Tiradentes, na Vila Maranhão; a escola Ana Lúcia Mauro Fecury, no São Bernardo; o Colégio Maria de Lourdes, em São José de Ribamar; e a U.E.B Vila São José, na Vila São José/Maiobão –, dois ataques a ônibus na Vila Ariri e na Vila Izabel Cafeteira, além do ataque à empresa ICOMIZA no Distrito Industrial, a uma máquina da Prefeitura no bairro Santa Bárbara, e da tentativa de assalto à empresa Guanabara, na BR 135.

As operações realizadas pelas Polícias Civil e Militar culminaram com a prisão de 14 envolvidos ontem, que foram autuados e encaminhados ao Complexo de Pedrinhas; e mais 16 adolescentes, que cumprem regime de internação. Além disso, a "Operação Resposta" realizada nesta sexta-feira (30) no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, confirmou 35 detentos como mandantes dos ataques, 23 deles foram transferidos para penitenciárias federais na manhã deste sábado (1º).

Tropas federais serão enviadas para o Maranhão, a pedido do governador, para juntar-se aos 7.500 homens que atuarão nos próximos dias para impedir que facções criminosas tentem tumultuar as eleições. As Polícias Civil e Militar permanecem nas ruas por tempo indeterminado para assegurar que todos os suspeitos sejam presos e punidos no rigor na lei. Além disso, homens das Forças Armadas já iniciam o reforço ao trabalho das Forças Policiais do Maranhão neste sábado (1º).

A SSP orienta que os cidadãos repassem informações que ajudem a polícia no combate ao crime por meio do número do aplicativo Whatsapp (98) 9.9163.4899 e pelo aplicativo “Byzu”, compatível com todos os sistemas operacionais.

 

PORTAL BRASIL


Forças Armadas reforçam segurança durante eleições municipais

Em 15 Estados, serão utilizados 1.243 viaturas, quatro blindados, 89 embarcações e 26 aeronaves

Com Informações Do Ministério Da Defesa |

Após o assassinato do candidato à prefeitura de Itumbiara (GO), José Gomes da Rocha, os juízes eleitorais do município solicitaram reforço na segurança do município durante as eleições deste domingo (2). O Ministério da Defesa atendeu à solicitação e enviou cerca de 200 militares à cidade goiana.

De acordo com a pasta, o ministério está coordenando a atuação da tropa a pedido do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Além de Itumbiara, o tribunal autorizou o pedido para o emprego das Forças Armadas em mais dez localidades, distribuídas entre os estados do Maranhão, Amazonas e Mato Grosso.

Com as novas solicitações, até o momento, cerca de 25 mil militares da Marinha, do Exército e da Aeronáutica atuarão no 1º turno das eleições municipais, em 420 localidades de 15 Estados brasileiros.

O apoio das Forças Armadas para as eleições é tanto no apoio logístico como na segurança para garantia da votação e apuração. Os Estados que receberão apoio, até o momento, são Acre, Alagoas, Amapá, Amazonas, Goiás, Pará, Rio Grande do Norte, Tocantins, Rio de Janeiro, Paraíba, Maranhão, Sergipe, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Roraima.

Serão utilizados 1.243 viaturas, quatro blindados, 89 embarcações e 26 aeronaves da Marinha, do Exército e da Aeronáutica. Além desse efetivo, cerca de 3 mil militares estarão de prontidão para caso sejam acionados.

O custo estimado dessa operação no 1º turno das eleições, a cargo do TSE, é de R$ 23 milhões. Caso solicitada, a atuação do efetivo se repetirá durante o 2º turno.

 

OUTRAS MÍDIAS


PORTAL SÓ NOTÍCIAS


Peritos relatam experiência e aprendizados em acidente com avião da Gol no Nortão

Em cada perícia realizada, uma nova experiência adquirida. E não foi diferente para os peritos criminais que atuaram no auxílio às investigações sobre a queda do voo 1907 da Gol, que vitimou 154 pessoas em 2006, na região norte de Mato Grosso. Passados dez anos desta tragédia, os aprendizados são para os profissionais o maior legado para a Perícia Oficial e Identificação Técnica. Da Politec, participaram da operação, os peritos criminais, Zuílton Braz Marcelino e Reginaldo Rossi do Carmo.

Na noite do dia 29 de setembro de 2006, os peritos foram informados de que um avião havia desaparecido dos radares e suspeitava-se que poderia ter caído na Região Norte de Mato Grosso. Os primeiros destroços começaram a ser identificados por volta das 9h do dia seguinte, em uma área de mata fechada no município de Peixoto de Azevedo.

Atendendo a um pedido de apoio da Aeronáutica, profissionais das forças de segurança de Mato Grosso já estavam a caminho do ponto base, na fazenda Jarinã, distante 40 quilômetros do município. E se preparavam para o que seria o maior desafio de suas carreiras.

“Durante a viagem à Jarinã, eu não tinha noção do que iria encontrar. Eu fui pensando sobre como proceder e sabia que tinha uma missão, como perito: fazer a coleta dos corpos que necessitariam de identificação por meio do DNA”, lembra Reginaldo Rossi, que hoje é Diretor Geral da Politec.

Foram doze dias de trabalho intenso dentro da Floresta Amazônica, na região de Peixoto de Azevedo, em buscas para a localização das peças do avião, corpos e pertences das vítimas, que estavam depositados em meio à grande quantidade de folhas e destroços. A maior concentração estava a 800 metros, em torno do trem de pouso do avião.

“Ainda que em uma proporção maior, envolvendo uma grande quantidade de vítimas, conseguimos aplicar os conceitos da Criminalística na análise dos vestígios. Os corpos e os destroços do avião, além da análise dos danos do Legacy que se chocou com o Boeing, eram os únicos elementos a serem estudados, e que nos levaram compreender o que havia acontecido’’.

Naquele momento, todas as forças de segurança estavam imbuídas em uma mesma missão: identificar as vítimas e devolver os corpos às famílias. “A cooperação mútua em torno de um objetivo comum proporcionou a sinergia necessária, fazendo com que as vítimas fossem encontradas e identificadas muito rapidamente’’, notou o perito Zuílton Braz Marcelino.

À medida em que os corpos fossem encontrados, eram embalados e içados por avião cargueiro da Aeronáutica até a fazenda Jarinã, onde médicos legistas e odontolegistas faziam os exames, e os papiloscopistas, a identificação pelas digitais. No mesmo processo, o perito criminal da Politec, Reginaldo Rossi do Carmo fazia a coleta de DNA das vítimas. Em seguida, os corpos e pertences eram embalados, etiquetados e recolhidos em um caminhão frigorífico até que fossem transportados por avião até Brasília (DF).

“No campo profissional aprendi a valorizar tudo o que aprendemos e a importância da integração. Presenciei um trabalho muito bem coordenado, de logística eficiente da Aeronáutica e do Exército, de gestão dos proprietários da fazenda, onde todo suporte necessário aos profissionais estavam disponibilizados. Também o empenho do Corpo de Bombeiros, Polícias Civil e Militar, médicos legistas, peritos e papiloscopistas do Distrito Federal, além de agentes da Polícia Federal. Depois deste acidente aprendi que nenhuma ocorrência, por mais simples que pareça nunca deve ser subestimada, e que todas elas precisam de um olhar apurado para podermos enxergar as evidências e produzirmos um trabalho de qualidade’’.

Para o diretor geral da Politec, Reginaldo Rossi, a experiência vivida naqueles dias ensinou muito à Segurança Pública de Mato Grosso. “Ficou a lição de que nós, profissionais de segurança, temos que estar organizados e capacitados para, quando ocorrer um evento de grande porte como este, nós podermos dar a resposta mais eficiente possível”.

Fruto da experiência adquirida na operação, a Politec normatizou em maio de 2014 o Plano de Ação para Identificação de Vítimas de Desastres em Massa (DVI), tendo como base o modelo adotado pela Interpol e pela Polícia Federal.

O plano possibilitou a criação de parâmetros para a adoção de procedimentos que possam servir como manual de consulta e de orientação aos profissionais envolvidos nos atendimentos de eventos com grande número de vítimas, como em casos de acidentes aéreos.

Estão previstos no Plano, a designação e a logística para o deslocamento de equipes, de equipamentos e insumos, a coleta de materiais genéticos nos locais de acidente, a garantia da segurança biológica além de treinamentos específicos aos peritos e outros profissionais envolvidos diretamente no fato.

Também foi apontada pela equipe de elaboração a necessidade de disseminação do tema entre os profissionais da Segurança Pública, a inter-relação dos órgãos que atuam em cenário de desastre, e a importância de se realizar simulações envolvendo todas as instituições.

“O planejamento é necessário para que o Estado tenha expertise e autonomia para agir em situações drásticas, contribuindo de forma eficaz para o esclarecimento dos fatos e à redução do sofrimento das famílias das vítimas’’, afirmou o diretor geral da Politec.

 

JORNAL DIÁRIO DE CANOAS (RS)


Sem dinheiro, Base Aérea de Canoas suspende a Expoaer neste ano

Programação tradicional do Dia da Criança reúne milhares de visitantes

Programa tradicional para muitas famílias no Dia das Crianças, a Exposição de Aeronáutica (Expoaer) não acontecerá em 2016. Por meio de nota, a Base Aérea de Canoas informa que por restrições no orçamento não será possível abrir seus portões neste 12 de outubro, justamente o ano em que a Expoaer chegaria à sua 30ª edição.

Confira nota divulgada pela assessoria de comunicação da Baco:

"As restrições orçamentárias que o Brasil enfrenta resultaram na implementação de um contingenciamento de recursos no âmbito do Ministério da Defesa. Desta forma, foram adotadas medidas administrativas coerentes com a atual realidade econômico-financeira do País. Desta forma, em respeito ao público que sempre prestigiou a Expoaer, Exposição de Aeronáutica, a administração da Base Aérea de Canoas informa a todos que não será possível realizar em 2016 o tradicional evento de abertura dos seus portões ao público no dia 12 de outubro, sem o nível adequado de atrações para oferecer aos visitantes."