NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


JORNAL O ESTADO DE SÃO PAULO


2 em cada 3 brasileiros apoiariam intervenção na Segurança do Estado

Pesquisa do Instituto Ipsos, em parceria com "Estado", revela que os moradores das Regiões Norte e Nordeste são os mais favoráveis à medida em seus territórios (80% e 72%, respectivamente); em média, intervenção no Rio tem aval de 75% da população

Daniel Bramatti E Luiz Fernando Toledo | Publicada em 02/04 - 03h00

A intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro não melhorou a imagem do presidente Michel Temer, mas é amplamente aprovada pela população: 75% se declaram a favor da iniciativa. Além disso, dois em cada três brasileiros apoiariam uma medida similar em seu Estado, caso ela fosse adotada. Os dados são de pesquisa nacional do Instituto Ipsos, feita em parceria com o Estado.

Nas Regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, a taxa de apoio a uma eventual intervenção é de 80%, 72% e 71%, respectivamente – acima da média nacional de 64%. No Sudeste, a taxa é de 63%. Apenas na Região Sul a população se divide: 47% a favor e 46% contra. O governo federal não planeja intervir em outros Estados. A inclusão da pergunta na pesquisa serve para verificar a percepção sobre o tema.

O apoio generalizado a uma eventual ação intervencionista na maioria das regiões tem diversas explicações, segundo Danilo Cersosimo, diretor do Ipsos. Primeiro, a criminalidade é um problema nacional, e seus efeitos influenciam o cotidiano de parcela significativa da população. “Quando perguntamos quais são os principais problemas da população, a violência aparece em terceiro ou quarto lugar, atrás de saúde e desemprego, e às vezes de corrupção.”

Em segundo lugar, diz Cersosimo, há o entendimento de que intervenção seria “o Exército nas ruas fazendo o papel que a polícia não consegue cumprir”. “Tivemos muitas notícias no País de guerra de quadrilhas, crise de presídios, chacinas, o que reforça a ideia de que o Estado é omisso e ineficiente em relação à segurança. Outras pesquisas mostram que o Exército goza de confiança relativamente alta em relação a outras instituições.”

Para o professor da Fundação Getulio Vargas (FGV) Rafael Alcadipani, membro do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o resultado era esperado. “O que as pessoas estão fazendo é dar um grito de desespero. Acham que alguma coisa que venha de fora pode resolver o problema, ainda que não saibam exatamente o que é.”

Já o pesquisador Ivênio Hermes, do Observatório da Violência do Rio Grande do Norte, o apoio à medida, por ora, é sentimental. “Há duas reações: a da realidade e a sentimental. A da realidade precisa de aferição estatística, com estudos anteriores e posteriores à ação para saber se os efeitos perduram. Como esse tipo de verificação ainda não pode ser feito, é natural a reação sentimental, do que é visível.”

No Rio. Em relação à intervenção no Rio, o maior porcentual de apoio se concentra no Norte e no Nordeste (83% em ambas regiões). No Sudeste, a taxa é de 72%, ligeiramente abaixo da média nacional, de 75%. No Sul, a medida tem menos aceitação, mas ainda assim o apoio é amplamente majoritário: 67%.

“Houve muita exposição de cenas de violência e criminalidade no carnaval, e a intervenção foi anunciada pouco depois”, disse Cersosimo. “Isso contribuiu para a alta aprovação.”

Para 58%, a intervenção tende a resolver o problema da segurança no Rio. Outros 30% acham o contrário, e 14% não responderam. A pesquisa foi feita antes da execução da vereadora Marielle Franco (PSOL).

O Ipsos também perguntou quem mais teria a ganhar com a intervenção, apresentando uma lista com opções. Em primeiro lugar ficou o item “o cidadão do Rio”, com 33%. Depois aparecem “o presidente Michel Temer” (18%) e “os mais pobres” (15%). O eventual benefício a Temer ainda não apareceu, ao menos em termos de popularidade. A mesma pesquisa Ipsos, feita duas semanas após o anúncio da intervenção, mostra que a desaprovação a Temer oscilou de 93% para 94%, e que a aprovação se manteve em 4%.

Quando a pergunta se referiu a quem mais perde com a intervenção, 53% responderam que é “o crime organizado”, seguido por “os mais pobres” (13%).

O levantamento revelou alto nível de desinformação sobre a criação do Ministério da Segurança Pública: 46% das pessoas não ouviram falar do assunto.

Insegurança geral

Quase dois terços dos brasileiros apoiariam uma ação federal na segurança pública em seus Estados

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Polícia não dá conta. Moradora do Jardim São Paulo – um dos bairros mais violentos da capital de Pernambuco, Recife –, a zeladora Veridiana Xavier, de 38 anos, vive assustada. Mãe de três filhas, ela já foi assaltada quatro vezes nos últimos seis meses. Cansada da violência, Veridiana acredita que a presença das Forças Armadas nas ruas traria benefícios para a população.

“A polícia não dá conta dos bandidos há muito tempo por aqui. Não tem horário nem lugar seguro. Eu e minhas filhas vivemos com medo, não saímos mais nem para a igreja. Eu realmente acho que, se os soldados do Exército fossem para as ruas, as coisas iam melhorar.”

Em Fortaleza, no Ceará, a sensação de insegurança é semelhante, diante de uma onda de medo desencadeada por chacinas e ataques em série a coletivos e prédios públicos organizados por facções criminosas. Morador da capital, Celso Gondim, de 48 anos, que cursa Educação Física, defende a intervenção por acreditar que a violência fugiu do controle.

Há dez dias, Gondim presenciou a execução de um homem na esquina da rua onde mora. Além disso, a chacina de Benfica – em que sete pessoas foram assassinadas –, aconteceu perto de sua casa. “A violência está cada vez mais perto, não apenas na periferia ou nas favelas”, diz.

Para ele, a intervenção poderia ajudar. “Nem a Polícia Civil nem a Militar tem treinamento, armamento e logística para enfrentar o crime organizado.”

COLABORARAM MONICA BERNARDES E CARMEN POMPEU, ESPECIAIS PARA O ESTADO

 

PORTAL UOL


Militares tinham mais liberdade para usar a força no Haiti do que têm no Rio


Luis Kawaguti | Publicada em 02/04 - 04h00

Durante a missão de paz da ONU (Organização das Nações Unidas) no Haiti, os militares brasileiros seguiam regras que davam mais liberdade para usar a força armada em relação às normas a que obedecem nas operações de segurança pública na intervenção federal no Rio de Janeiro.

Ao responder a um ataque, por exemplo, pela regra brasileira o militar deve dar tiros de advertência e mirar nas pernas do suspeito, para não matar. A norma da missão de paz da ONU não fazia esse tipo de restrição específica e dava parâmetros mais flexíveis para o militar decidir no terreno quando devia ou não atirar.

Para levantar semelhanças e diferenças, o UOL comparou as regras usadas pela ONU na Minustah (Missão das Nações Unidas para a Estabilização do Haiti) com as da Operação Furacão, a ação de GLO (Garantia da Lei e da Ordem) que possibilita aos interventores usarem tropas nas ruas do Rio.

Essas normas de conduta são chamadas no jargão militar de regras de engajamento, tanto no Brasil como no Haiti. Elas são elaboradas a partir das leis que embasam cada missão.

As duas regras recomendam que a força seja usada só em último caso, quando os recursos da negociação e da dissuasão falharem. Outra semelhança é a recomendação para que a reação a ameaças ou ataques aconteça de forma proporcional.

Apesar de aparentemente semelhantes, as regras da ONU são um pouco mais genéricas (e flexíveis) que as brasileiras e usam um vocabulário característico de conflitos armados. Já as regras da Operação de Garantia da Lei e da Ordem do Rio, apesar de usar termos comuns à ONU, são mais voltadas para operações de segurança pública.

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Na missão de paz do Haiti, as regras eram baseadas no direito internacional. Algumas de suas fontes eram costumes internacionais, as Convenções de Genebra, a Declaração Universal de Direitos Humanos, Carta da ONU (acordo que formou o órgão), resoluções do Conselho de Segurança da ONU e o acordo entre as Nações Unidas e o governo haitiano que criou a missão de paz.

No Brasil, o uso das Forças Armadas em ações de Garantia da Lei e da Ordem (segurança pública) é previsto na Constituição. As regras de engajamento usadas na GLO foram baseadas no direito interno e nos compromissos do país com os direitos humanos, segundo afirmou ao UOL uma fonte do Poder Judiciário ligada à intervenção federal.

Ou seja, enquanto no Haiti as regras se valiam de alguns elementos característicos das normas que vigoram nas guerras, no Brasil elas funcionam segundo uma lógica de segurança pública. Ambas têm compromisso com a Declaração Universal dos Direitos Humanos.

"De um lado do contínuo, temos operações militares durante conflitos armados, que têm regras de engajamento menos restritivas. Em seguida, vêm as operações de manutenção da paz [caso do Haiti]. Por fim, do outro lado do contínuo, estão as operações de Garantia da Lei e da Ordem, com regras de engajamento bastante restritivas", afirmou uma fonte ligada à missão de paz no Haiti.

Em outras palavras, no Brasil a ação armada pode ser justificada em casos de "legítima defesa". No Haiti, as possibilidades de uso da força iam "além da legítima defesa", segundo a fonte ouvida pelo UOL. Os militares podiam atirar, por exemplo, para cumprir os objetivos da missão, como proteger a população civil e dominar o território.
Na hora de atirar

As duas regras dizem que antes de usar armas letais é preciso tentar negociar, dissuadir (mostrando superioridade numérica, por exemplo) ou usar armas não letais, como as que disparam balas de borracha ou bombas de efeito moral.

Mas, se tudo isso não for suficiente e o militar estiver sob ataque ou grave ameaça, pode atirar com armas letais nos suspeitos.

Pela regra da ONU, ele tem que seguir os seguintes passos para disparar:

Gritar três vezes antes de atirar: "Nações Unidas, pare ou eu atiro" (mas, sob ataque surpresa, o militar pode atirar sem dar aviso)
Disparar só contra suspeitos identificados (não atirar a esmo)
Disparar somente o necessário
Evitar ferir inocentes.

Pela regra da Garantia da Lei e da Ordem no Rio, ao sofrer ataque, ele deve:

Dar tiros de advertência antes de mirar no suspeito
Disparar só contra suspeitos identificados (não atirar a esmo)
Tentar ferir sem matar (se possível atirar nas pernas ou nos pneus, se o alvo estiver em um veículo)
Evitar ferir inocentes
Disparar somente o necessário
Dar rajadas de tiros só em extrema necessidade.

Intenção hostil x ato ameaçador

Tanto a regra da ONU quanto a de GLO discriminam situações em que o militar pode usar a força (com armas letais ou não letais) mesmo que seus oponentes não tenham começado a atacar.

A diferença básica é que a ONU dá liberdade para que o militar avalie no terreno a "intenção" de um suspeito e use a força mesmo antes que ele comece a atacar.

A GLO usa o termo "ato ameaçador" e discrimina situações específicas em que o militar pode usar a força. Alguns desses cenários são: apontar uma arma de fogo para um militar que esteja na área de alcance desse armamento, acender coquetel Molotov, instalar ou lançar explosivos), entre outras condutas.

No início da intervenção federal no Rio, diversos analistas sugeriram que as regras de engajamento da GLO fossem flexibilizadas para facilitar a ação das tropas.

O interventor Walter Braga Netto afirmou que poderia fazer mudanças nas regras, mas isso não ocorreu até agora.

O UOL apurou com fontes ligadas à intervenção que, apesar de eventuais mudanças, a equipe de intervenção não quer a princípio que as regras sejam equiparadas àquelas em vigor em conflitos armados propriamente ditos. Os interventores preferem que o assunto continue sendo tratado no âmbito da segurança pública.

 

REVISTA ISTO É


Clima quente na caserna

Insegurança jurídica provocada por decisão do STF favorável a Lula volta a alvoroçar militares

Ary Filgueira | Publicado em 29/03 - 18h00

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À paisana desde o dia 28 de fevereiro, quando foi formalizada sua ida para a reserva, o general Antônio Hamilton Martins Mourão pendurou o uniforme verde-oliva, mas continuou preparado para o combate. No ano passado, Mourão havia comentado que o Exército estava de prontidão para promover uma intervenção militar, caso os poderes atuais falhassem na manutenção da ordem pública. Dessa vez, sua fala foi um petardo até mais direto. Lançado de sua conta nas redes sociais, o militar disse que se sentiu envergonhado ao ver a decisão do STF na quinta-feira 22 que suspendeu o julgamento do habeas corpus de Lula até o dia 4 de abril e concedeu liminarmente a garantia de que, até lá, ele não pode ser preso.

“Ao ver o STF, corte maior de nosso Brasil, sinto-me envergonhado pela falta de espírito público, pela covardia moral, pela linguagem empolada – destinada a enganar o homem comum –, pelas falsidades e, principalmente, por observar que uns merecem mais que outros ante os olhos daquele colegiado. Fica claro que os que possuem ‘pertences’ jamais cumprirão a pena que merecem por haver surrupiado o bem público”, desabafou. Como no episódio anterior, Mourão não fala sozinho. Reverbera insatisfações que existem na caserna.

A POSTOS Militares tornam a dizer que estarão “prontos” caso o caos se estabeleça (Crédito: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

 “Jeitinho do STF”

Não por acaso, não demorou muito e novas manifestações de ex-militares reprovando a conduta dos ministros da Suprema Corte avançaram nas redes sociais. No facebook, o general de brigada Paulo Chagas, que é pré-candidato ao governo do Distrito Federal e tem o apoio de deputado Jair Bolsonaro (PSL-RJ), replicou um post do colega de farda e de patente Luiz Eduardo Rocha Paiva, que já foi secretário-geral do Exército. Paiva teceu graves críticas ao Supremo. Num dos trechos do texto intitulado “Incoerências e jeitinhos de um STF que se desmoraliza”, afirma que, após o impeachment, alguns ministros da Corte passaram a dificultar o andamento da Lava Jato, particularmente quando as investigações chegaram a membros do MDB e do PSDB, aliando-se a outros cujas relações com o PT são perfeitamente conhecidas. “Além dessas ilegítimas ligações partidárias, há fortes indícios de relações pessoais com investigados na Lava Jato, aos quais são concedidos muitos dos pleitos de suas defesas”, declarou. E continuou: “O último jeitinho (do STF) foi a concessão da liminar para Lula não ser preso até a decisão sobre seu habeas corpus, adiada para 4 de abril”.

Imagem“Ao ver o STF, sinto-me envergonhado pela falta de espírito público, pela covardia moral, pelas falsidades e, principalmente, por observar que uns merecem mais que outros ante os olhos daquele colegiado” General Hamilton Mourão (Crédito:Jackson Ciceri)

 

 

 

 

 

 

 

JORNAL CORREIO BRAZILIENSE


Militares na campanha: intervenção pode inspirar secretarias de Segurança

A violência será mote das eleições. Ideia de Temer de chamar general para comandar a intervenção no Rio já havia sido testada em estados, inclusive no DF, em passado recente. Onda pode voltar nas secretarias de Segurança, ocupadas hoje por delegados da PF

Deborah Fortuna - Especial Para O Correio | Publicada em 01/04 - 08h00

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Com a intervenção federal e a escolha de um militar para comandar as polícias no estado do Rio de Janeiro, há um movimento dos políticos em convidar profissionais do Exército para cargos responsáveis pela segurança pública nos estados. A solução de colocar generais em postos-chaves no combate à violência ocorre há anos, mas ganhou força nos últimos meses. Em 2005, esse posto na Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social do Ceará foi ocupado pelo general Théo Espíndola Bastos. Em 2002 e 2006, no Distrito Federal, nas gestões Roriz e Arruda, os generais Athos Costa de Faria e Cândido Vargas de Freire, respectivamente, também chefiaram a pasta.

Braga Netto em visita a comunidade no Rio de Janeiro há duas semanas: entre 2003 e 2015, a principal fonte de recrutamento para as secretarias de Segurança foi a Polícia Federal
(foto: Mauro Pimentel/AFP - 17/3/18)

Em caso mais recente, de 2015, o estado do Pará nomeou o general de brigada Jeannot Jansen como secretário de segurança. Este ano, foi a vez de o Rio de Janeiro passar o cargo para um general durante a intervenção federal. O general da ativa do Exército Walter Souza Braga Netto assumiu em fevereiro. A decisão retoma a discussão sobre o papel das Forças Armadas na segurança do estado, e levanta questionamentos a respeito da expansão militar dentro dos cargos civis. Para especialistas e candidatos, no entanto, a pasta não é função do Exército, e o governo deve investir de forma eficaz para que esse trabalho continue sendo da polícia.

Em trabalho intitulado de “Origens profissionais dos secretários estaduais de Segurança Pública”, publicado em 2016, a pesquisadora Fábia Berlatto mostra que a principal fonte de recrutamento para a Secretaria de Segurança Pública de um estado passou a ser a Polícia Federal, entre 2003 e 2015. Isso porque as polícias civis e militares vivem em constante conflito e uma maneira de unificar as forças é chamar um “chefe” da polícia federal.

E isso ainda cresce mais porque a aceitação pública pela PF também aumentou no período em análise, devido às operações policiais que investigam políticos e empresários. Mas, segundo Fábia, independentemente dos resultados práticos trazidos pela intervenção federal, a expectativa é de que ela alimente tantos os discursos eleitorais como as indicações para o cargo da pasta. “No caso das secretarias estaduais de segurança, penso que a Polícia Federal, que conquistou a hegemonia nos últimos três mandatos, vá perder espaço para o Exército. Será preciso levantar os dados no futuro”, comentou.

Segundo a especialista, a segurança pública, colocada como pauta principal do Congresso neste ano, será um dos maiores influenciadores nas campanhas eleitorais de 2018. “A partir do que observei durante minha pesquisa, que na verdade serviu como um indicador das disputas por poder entre instituições estatais no setor da segurança pública, posso dizer que a intervenção federal no Rio representa uma reconquista de espaço por parte das forças armadas, do Exército”, afirmou Fábia.

Além disso, essa influência dentro da pasta também dependerá dos resultados das eleições em outubro deste ano. “Outra coisa interessante mostrada por minha pesquisa é que há uma associação entre secretários estaduais vindos do Exército e partidos de direita. Se a tendência da direita ocupar mais espaço se mantiver, e eu penso que isso vai acontecer, então temos mais um indicativo de que teremos mais militares do Exército ocupando esses cargos”, completou.

Capacitação

Para o especialista em segurança pública e privada Jorge Lordello, as carreiras entre polícia e Exército são fundamentalmente distintas para que os militares ocupem a pasta civil. “A pessoa tem um treinamento na vivência em uma área e a colocam para chefiar uma área que ela desconhece. Só esse primeiro fato é temeroso. Escolheu-se um interventor e resolveu colocar um general do Exército, mas essas pessoas não têm capacitação para lidar com a violência urbana”, comentou.

O principal problema no Rio, no entanto, é o deficit financeiro do setor, segundo Lordello. “Temos que entender que é um problema de ordem financeira. Na realidade, a segurança pública, eu entendo, que não passa pelo Exército, ela passa muito mais por uma reformulação das próprias polícias, como uma reformulação do sistema criminal para trazer mais agilidade”, disse. E, apesar de achar ser necessário um apoio de “mão de obra” no estado em determinado momento, a crise é histórica. “Nos últimos 30 anos, não tivemos reformas estruturais, mas sim pontuais, que são colchas de retalhos. Se uma mulher morre, cria feminicídio. Apanha, Maria da Penha. Mas não tivemos reforma na estrutura, nem da polícia nem do Poder Judiciário.”

Políticos

Mesmo que políticos ainda não comentem uma clara mudança dentro da pasta, eles também não descartam que isso possa ocorrer no futuro. Principalmente porque outros estados também cogitam uma intervenção federal, como é o caso do Ceará. Segundo o deputado federal Danilo Fortes (DEM-CE), com o número alto de homicídios, é necessário que o governo federal também ajude a região. “A ala dos presídios está controlada pelas facções criminosas, e tudo isso mostra uma fraqueza e insuficiência na segurança”, disse.

O deputado Major Olimpío (PSL-SP) acredita que o perfil dos generais, e dos profissionais de dentro das Forças Armadas, é desejado porque eles aprendem a “obedecer”. “Eles falam pouco, são ponderados, não falam tudo que gostariam de falar a respeito de quem os colocou nessa fria, sem recursos. O executivo vai agir como: se não der certo a intervenção, a culpa é das Forças. Se der, então é do governo”, concluiu.

 

Lembrai-vos de 1964


Luiz Carlos Azedo |

No dia primeiro de abril de 1964, as cidades brasileiras amanheceram com suas praças e ruas mais importantes ocupadas por soldados e tanques. Não era piada. Apoiado por importantes lideres políticos e pelos Estados Unidos, o golpe de Estado durou 21 anos. Somente com a eleição de Tancredo Neves, em 1985, no colégio eleitoral, voltamos à democracia. Sempre é bom lembrar o que aconteceu naquele ano, assim como os militares lembram a tentativa de assalto ao poder dos comunistas em 1935. Nos dois episódios, Luís Carlos Prestes, o lendário líder do movimento tenentista que aderiu ao Cominter, teve grande protagonismo. São episódios que resultaram da irracional radicalização política esquerda versus direita.

Por isso mesmo, é importante refletir à luz da história. Nunca os militares estiveram tão presentes na vida nacional. Seu protagonismo contrasta com o desprestígio, a incompetência e a má fama dos políticos. As Forças Armadas estão em todo lugar, prestando serviços à população na Amazônia, no Nordeste e, agora, no Sudeste, por causa da violência. Segundo as pesquisas, estão entre as instituições mais confiáveis e de maior prestígio do país, em meio à crise ética que afasta o Executivo e o Legislativo da maioria da sociedade. O Supremo Tribunal Federal (STF) está sendo arrastado para o redemoinho da radicalização política, devido ao pedido de habeas corpus do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Condenado a 12 anos e 1 mês de prisão em regime fechado pelo Tribunal Regional Federal da 4a Região, com sede em Porto Alegre, fosse um cidadão qualquer, já estaria a cumprir pena, mas não pode ser preso porque obteve um salvo-conduto do Supremo. A Corte interrompeu o julgamento do seu caso ao meio porque dois ministros estavam com passagem marcada e não queriam perder o avião. Será concluído na próxima quarta-feira.
 
Trancos e barrancos

O cenário não é mais grave porque o país saiu da recessão e as instituições, aos trancos e barrancos, ainda funcionam. O governo federal mantém certa capacidade de governança, tem base parlamentar majoritária no Congresso, mas não tem a menor chance de reverter os desgastes causados pelas denúncias contra seus integrantes, a mais recente no círculo de amigos mais próximos do presidente Michel Temer. Caso a investigação resulte em nova denúncia contra o presidente da República, devido à proximidade das eleições, estará criado um quadro de grande instabilidade política. Ainda mais diante da radicalização do processo eleitoral, que ameaça descambar para a violência política, tal o fanatismo dos partidários do deputado federal Jair Bolsonaro (PSL-RJ), homem assumidamente de extrema-direita, e do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que insiste em manter sua candidatura, mesmo sabendo que a Lei da Ficha Limpa o impede de concorrer à Presidência.

Só não vê quem não quer. Estão sendo criadas as condições para uma intervenção militar, que seria aplaudida por parcela expressiva da maioria da população. Alguns dirão: o golpe de 1964 foi resultado da guerra fria e da intervenção do imperialismo norte-americano. Não. Apesar disso, o golpe era evitável. O país tinha eleições marcadas para 1965 e Juscelino Kubitschek era franco favorito na disputa, mas a esquerda considerava sua volta ao poder um retrocesso. O problema não eram os governadores da Guanabara, Carlos Lacerda, ou de Minas, Magalhães Pinto, que articularam o golpe. Prestes articulava a candidatura de Jango à reeleição, uma saída golpista para a crise política. O marechal Castelo Branco deu o golpe primeiro. "A verdade é filha do poder. Nós, militares, nunca fomos intrusos na história", disse certa vez o ex-ministro do Exército Leônidas Pires Gonçalves, aos 94 anos.0 general liderou a retirada em ordem do poder e a volta dos militares aos quartéis, onde permanecem. Até agora, em meio à crise ética, os militares estão demonstrando mais compromisso com a Constituição de 1988 do que a maioria dos nossos políticos. Oxalá o Supremo não decepcione a sociedade.
 

PORTAL G1


Quatro pessoas morrem após queda de helicóptero no interior do Maranhão

Acidente acontece entre os municípios de Morros e Axixá. Dentre as vítimas estão dois médicos e um policial civil.

Publicada 01/04/2018 - 18h04

Um helicóptero, modelo Robson 44, prefixo PP- WRV, com quatro pessoas caiu na tarde deste domingo, caiu em uma fazendo próxima ao município de Rosário, que fica a 75 km da capital São Luís. Dentre as vítimas estão dois médicos e um policial.

Uma equipe do CTA foi enviada de São Luís para o local do acidente, onde tentarão identificar as causas do acidente e resgatar os corpos. Em nota a Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) confirmou a identificação das vítimas como Rodrigo Capobiango Braga e Jonas Eloi da Luz, que eram médicos, José Kleber Luz Araújo e o policial civil Alfredo Oliveira Barbosa Neto, que pilotava o helicóptero no momento do acidente.

As investigações do acidente serão comandadadas pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica.

Confira a nota da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA)

A Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA) informa que na tarde deste domingo (1), o helicóptero - modelo Robson 44, prefixo PP- WRV- caiu em uma fazenda localizada entre os povoados Miritil e Lentel, próximo ao município de Rosário. Os passageiros José Cleber Luz Araújo, Jonas Eloi da Luz, Rodrigo Capobiongo Braga, e o piloto, o policial civil Alfredo Oliveira Barbosa Neto, morreram no acidente. As investigações ficarão sob a responsabilidade do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), da Aeronáutica.

 

PORTAL DEFENSA.COM (Espanha)


SAAB promociona el Gripen NG en FIDAE-noticia defensa.com


Javier Bonilla | Publicada 02/04/2018 - 06h06

La sueca SAAB participa en la vigésima edición de FIDAE exponiendo como pieza central el Gripen E, en un mockup realizado a tamaño real. Los visitantes podrán sentarse en la cabina del caza inteligente y experimentar sus capacidades operativas a prueba del futuro. El JAS – 39E Gripen NG (next generation) es un avión de combate multifuncional que tiene las capacidades integradas necesarias para cumplir con todos los roles requeridos, la cabina del caza inteligente JAS- 39E Gripen NG (next generation), que cuenta con las capacidades integradas necesarias para cumplir con todos los roles requeridos.

El Gripen E forma parte del programa FX-2 de la Fuerza Aérea Brasileña, que llegó a encargar un lote de 36 aeronaves- entre monoplazas y biplazas- las cuales deberán entregarse a partir de 2019, cuyo montaje, en algunos casos se hará en Brasil con amplia participación de empresas locales, como Embraer, AEL (proveedora de su cabina digital WAD), Akaer,etc. y ensamblaje final en las instalaciones de Embraer Defesa & Segurança

El Gripen E puede volar en diferentes funciones, tales como avión de reconocimiento armado, caza de interceptación y también bombardero. Esta caza sueca puede volar a Mach 1 sin la necesidad de usar post-combustor y su velocidad máxima puede llegar a 2.200 km / h.

 

OUTRAS MÍDIAS


PORTAL PODER 360 - Militares já têm 48 pré-candidatos para eleições de outubro

Candidaturas abarcam 20 Estados Almejam cargos em todas as esferas

Douglas Rodrigues | Publicada em 02/04 - 06h03

O Brasil já tem 48 pré-candidatos militares com interesse declarado de concorrer nas eleições de outubro. Eles estão distribuídos por 20 Estados e abarcam todos os cargos em disputa no pleito. Além de Jair Bolsonaro, que concorre à Presidência, são 4 candidatos a governador, 2 ao Senado, 27 à Câmara dos Deputados e 14 às Assembleias Legislativas e à Câmara Distrital.

O Poder360 teve acesso a uma lista elaborada pelo general da reserva Sergio Roberto Peternelli, que conta com nomes de 20 Estados. Outros 3 pré-candidatos militares foram incluídos após levantamento. Leia a lista completa por Estado no fim do texto.

Perternelli, que atualmente é filiado ao PSL, mesmo partido de Jair Bolsonaro, disse que a lista foi feita com nomes de militares interessados em participar das eleições e tem potencial eleitoral para os respectivos cargos. “A ideia é que essa relação contemple todos aqueles militares que vão concorrer a cargos eletivos, independente de partido”.

“A coisa mais difícil dos candidatos é fazer chegar ao eleitor que ele é pré-candidato, então a lista de uma maneira indireta contribui para isso”, disse Perternelli.

Para o general da reserva Paulo Chagas, a pré-candidatura de Bolsonaro à Presidência e a descrença da sociedade nos políticos tradicionais ajudou a impulsionar o surgimento de nomes vinculados a instituição.

“Está tendo algo espontâneo (…) Quando você faz uma pesquisa para saber quais são as instituições mais ou menos confiáveis na sociedade, você encontra os políticos nos graus mais baixos e os militares entre as instituições mais confiáveis”, disse o general.

Defensor da ditadura militar e crítico da esquerda, Chagas é pré-candidato ao governo do Distrito Federal pelo PRP.

Eis a lista dos pré-candidatos militares até o momento e o cargo a que pretendem concorrer:

Acre
Coronel Ulysses (governador)
Major Rocha (senador)

Alagoas
Coronel Jodelmir (deputado federal)
Coronel Martins (deputado estadual)

Amapá
Capitão Peixoto (deputado estadual)

Amazonas
General de brigada Franklinberg (deputado federal)
Major Huss (deputado estadual)
Subtenente Borges (deputado estadual)
Suboficial Pedro Henrique (deputado estadual)
Segundo-sargento De Souza (deputado federal)

Ceará
Coronel Bezerra (deputado federal)

Distrito Federal
General de brigada Paulo Chagas (governador)
Coronel Souto (deputado federal)
Tenente-coronel Regina (deputado federal)
Capitão de mar e guerra Pacheco (deputado federal)
Capitão de mar e guerra Winston (deputado distrital)
Suboficial Amaral (deputado federal)
Sargento Genivaldo da Silva (deputado federal)

Goiás
Major Vitor Hugo (deputado federal)

Minas Gerais
General de divisão Araújo (deputado federal)
General de brigada Cupertino (deputado estadual)
General Felício (deputado federal)

Maranhão
Coronel Monteiro (governador)

Pará
General de divisão Jeannot (deputado federal)
Coronel Reis (deputado estadual)

Paraíba
Coronel Jaques (deputado estadual)
Capitão de mar e guerra Bustorff (deputado federal)

Paraná
Coronel Figueiredo (deputado federal)
Coronel Jorge Barcelos (deputado federal)

Pernambuco
General de divisão Gomes de Matos (deputado federal)
Coronel Edson (deputado estadual)

Piauí
Major Paulo Roberto (senador)

Rio de Janeiro
Capitão Jair Bolsonaro (presidente da República)
Capitão Durval Ferreira (deputado federal)

Rio Grande do Norte
General de Brigada Monteiro (deputado federal ou governador)
Capitão Gondin (deputado estadual)

Rio Grande do Sul
Brigadeiro Dias (deputado federal)
Coronel Napoleão (deputado federal)
Tenente-coronel Zucco (deputado estadual)
Sargento Gavioli (deputado federal)

Roraima
Sargento Cadoca (deputado estadual)

Santa Catarina
Coronel Armando (deputado federal)

São Paulo
General de divisão Peternelli (deputado federal)
General de brigada Morata (deputado estadual)
Coronel Cabral (deputado estadual)
Capitão Castelo Branco (deputado federal)

Sergipe
Coronel Prudente (deputado federal)

Tocantins
Coronel Jair (deputado federal)