NOTIMP - NOTICIÁRIO DA IMPRENSA

Capa Notimp Acompanhe aqui o Noticiário relativo ao Comando da Aeronáutica veiculado nos principais órgãos de comunicação do Brasil e até do mundo. O NOTIMP apresenta matérias de interesse do Comando da Aeronáutica, extraídas diretamente dos principais jornais e revistas publicados no país.


DEFESA AÉREA & NAVAL


30 de junho: 45 anos do Bandeirulha


Guilherme Wiltgen | Publicada em 30/06/2022 13:49

O projeto do EMB 100 Bandeirante, iniciado antes mesmo do nascimento da Embraer, deu base ao desenvolvimento de diferentes aeronaves, incluindo o modelo militar EMB 111 “Bandeirante Patrulha”, apelidado nacionalmente por “Bandeirulha”.
Apresentado em 1977, o avião foi concebido para protagonizar missões de esclarecimento marítimo, busca e salvamento.

Seu desenvolvimento foi pensado a partir da necessidade da Força Aérea Brasileira (FAB) de substituir antigos modelos estrangeiros. A primeira entrega dessa versão foi direcionada à Marinha do Chile, já em 1977.

A FAB recebeu suas unidades em 11 de abril de 1978, na Base Aérea de Salvador. No mesmo ano, o “Bandeirulha” foi apresentado publicamente durante o Farnborough Airshow, uma das mais importantes feiras expositivas de aviação do mundo, realizada na Inglaterra.

O Bandeirante Patrulha possuía calibragem de auxílio à navegação, com capacidade para até cinco passageiros – dois pilotos, um operador de radar e dois observadores. Equipado com dois motores turboélice Pratt & Whitney PT6A-34, de 750 SHP, podia atingir a velocidade de cruzeiro de 385 km/h. Seu tanque de combustível era maior que o do Bandeirante convencional, e por isso apresentava maior autonomia de voo.

Para o projeto do EMB 111, o Bandeirante teve seu nariz modificado, coberto pelo radome de fibra de vidro que protege a antena do radar AN/APS – 128. Esta antena tinha como função promover vigilância costeira, busca, salvamento, navegação, e apoio na elaboração de cartas meteorológicas. O radar era capaz de detectar um alvo de 150 m² a cerca de 100 quilômetros de distância, mesmo em mares agitados. Estas características foram essenciais para uma das primeiras missões do “Bandeirulha” na FAB: descobrir barcos pesqueiros clandestinos nas linhas de cardume da costa norte do Brasil. Para as buscas noturnas, o “Bandeirulha” possuía, ainda, um farol de longo alcance na asa direita.

À época de seu lançamento, seus equipamentos eletrônicos lhe conferiam um conjunto sem precedentes, o que possibilitou o comando automático, além de outras vantagens que nenhum outro avião de sua categoria dispunha.

Modernização para o P-95M

A Força Aérea Brasileira (FAB) recebeu em 15/09/2015 o primeiro P-95 Bandeirante Patrulha (Bandeirulha) modernizado. A aeronave, com matrícula FAB7103, foi designada para o Esquadrão Phoenix (2º/7º GAV), localizado em Florianópolis (SC). No total, a FAB teve oito unidades modernizadas.

O processo de modernização foi realizado no Parque de Material Aeronáutico dos Afonsos (PAMA-AF), e ampliou a capacidade operacional do avião empregado na patrulha marítima.

O P-95M, sua nova denominação na FAB, conta com o radar Seaspray 5000E e tem condições de detectar navios de grande porte a até 370 quilômetros de distância. Semelhante ao instalado na aeronave P-3 Orion, o novo radar também permite registrar imagens de alta resolução durante a varredura.

As aeronaves conseguem acompanhar até 200 alvos simultaneamente, realizar mapeamento de terrenos e detectar aeronaves, entre outras funcionalidades. Os novos sistemas de navegação oferecem maior precisão, o que é fundamental para uma aeronave que voa sobre o mar, sem referências visuais. Os sistemas de comunicação também foram substituídos.

O painel da cabine materializa as novidades em relação aos sistemas eletrônicos. A suíte aviônica integrada facilita a ergonomia e a consciência situacional do piloto, reduzindo a fadiga durante do voo. A interface digital também permite a visualização das informações, provenientes de diversos sistemas embarcados, de maneira mais simples e amigável.

Os P-95 são responsáveis pelo monitoramento e vigilância da área econômica exclusiva e, por meio de tratados internacionais, também da área de plataforma continental brasileira. As informações coletadas ajudam no combate à pesca ilegal, pirataria e crimes ambientais, entre outros.

As aeronaves também são empregadas em missões de busca e salvamento no continente e no mar territorial e, também, em águas internacionais e profundas.

O projeto de modernização, que também inclui 42 aeronaves C-95 Bandeirante, envolve ainda a revitalização estrutural das aeronaves recebidas na década de 70.

O primeiro voo do P-95M ocorreu no dia 18 de dezembro de 2013.

Vídeo: KC-390 vai lançar carga na Estação Antártica Comte Ferraz pela primeira vez


Guilherme Wiltgen | Publicada em 30/06/2022 20:21

O KC-390 Millennium (FAB2857) da Força Aérea Brasileira (FAB) decolou em 28/06 da Base Aérea do Galeão (BAGL), no Rio de Janeiro/RJ, com destino a Pelotas/RS.

Essa etapa marcou o início da primeira missão operacional de lançamento de carga para abastecer a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF), localizada na Ilha do Rei George.

PORTAL AEROIN


Pela 1ª vez na história, um avião Embraer KC-390 parte rumo à Antártica


Murilo Basseto | Publicada em 30/06/2022

A Força Aérea Brasileira (FAB) informou nesta quinta-feira, 30 de junho, que, pela primeira vez na história, um Embraer KC-390 Millennium partiu para uma missão no continente gelado do Sul do mundo.

Embora o jato bimotor multimissão brasileiro já esteja há algum tempo operando na FAB, e já com algumas unidades entregues, até agora o quadrimotor turboélice C-130 Hércules seguia como a aeronave que se deslocava até a Antártica para as missões de entrega de suprimentos à Estação Antártica Comandante Ferraz, da Marinha do Brasil.

Isso acontecia porque os KC-390 ainda não operavam pelo Esquadrão Gordo (1º/1º – Primeiro Esquadrão do Primeiro Grupo de Transporte), baseado na Base Aérea do Galeão e responsável pelo abastecimento da Estação.

Agora, com os dois primeiros exemplares do jato da Embraer tendo sido entregues ao 1º/1º em março deste ano, nesta última terça-feira, 28 de junho, um deles partiu do Rio de Janeiro com destino a Pelotas, no Rio Grande do Sul, marcando a primeira etapa da missão.

O Millennium fará o mesmo procedimento que já era feito com o Hércules, ou seja, partirá para um sobrevoo à estação brasileira de pesquisa, e na passagem sobre o local, fará o lançamento aéreo dos suprimentos, alocados em caixotes que descerão de paraquedas até o gelado solo antártico.

Até esta noite de quinta-feira, a FAB não havia disponibilizado mais detalhes sobre a programação da operação, restringindo-se ao sucinto vídeo apresentado abaixo, com imagens da preparação antes da partida no Rio de Janeiro. O AEROIN trará mais informações conforme foram apresentadas pela Força Aérea.

 

PORTAL PODER AÉREO


45 anos do EMB-111 Bandeirante Patrulha


Da Redação | Publicada em 30/06/2022

O projeto do EMB-100 Bandeirante, iniciado antes mesmo do nascimento da Embraer, deu base ao desenvolvimento de diferentes aeronaves, incluindo o modelo militar EMB-111 “Bandeirante Patrulha”, apelidado nacionalmente por “Bandeirulha”.

Apresentado em 1977, o avião foi concebido para protagonizar missões de esclarecimento marítimo, busca e salvamento.

Seu desenvolvimento foi pensado a partir da necessidade da Força Aérea Brasileira (FAB) de substituir antigos modelos estrangeiros. A primeira entrega dessa versão foi direcionada à Marinha do Chile, já em 1977.

A FAB recebeu suas unidades em 11 de abril de 1978, na Base Aérea de Salvador. No mesmo ano, o “Bandeirulha” foi apresentado publicamente durante o Farnborough Airshow, uma das mais importantes feiras expositivas de aviação do mundo, realizada na Inglaterra.

Bandeirante + Patrulha = Bandeirulha

O Bandeirante Patrulha possuía calibragem de auxílio à navegação, com capacidade para até cinco passageiros – dois pilotos, um operador de radar e dois observadores. Equipado com dois motores turboélice Pratt & Whitney PT6A-34, de 750 SHP, podia atingir a velocidade de cruzeiro de 385 km/h. Seu tanque de combustível era maior que o do Bandeirante convencional, e por isso apresentava maior autonomia de voo.

Para o projeto do EMB-111, o Bandeirante teve seu nariz modificado, coberto pelo radome de fibra de vidro que protege a antena do radar AN/APS – 128. Esta antena tinha como função promover vigilância costeira, busca, salvamento, navegação, e apoio na elaboração de cartas meteorológicas. O radar era capaz de detectar um alvo de 150 m² a cerca de 100 quilômetros de distância, mesmo em mares agitados. Estas características foram essenciais para uma das primeiras missões do “Bandeirulha” na FAB: descobrir barcos pesqueiros clandestinos nas linhas de cardume da costa norte do Brasil. Para as buscas noturnas, o “Bandeirulha” possuía, ainda, um farol de longo alcance na asa direita.

À época de seu lançamento, seus equipamentos eletrônicos lhe conferiam um conjunto sem precedentes, o que possibilitou o comando automático, além de outras vantagens que nenhum outro avião de sua categoria dispunha.

 

REVISTA MILITAR DIÁLOGO (EUA)


Força Aérea Brasileira lança novos satélites para monitoramento ambiental e de atividades ilícitas


Nelza Oliveira | Publicada em 30/06/2022

A Força Aérea Brasileira (FAB) lançou dois novos satélites, Carcará I e Carcará II, da empresa finlandesa de tecnologia de satélite ICEYE, que usam a tecnologia de radar para monitorar o solo e permitem observar o terreno. As imagens captadas serão utilizadas em apoio ao combate ao tráfico de drogas e à mineração ilegal, bem como em operações de vigilância e controle das fronteiras, determinação da navegabilidade dos rios, visualização de queimadas, monitoramento de desastres naturais e vigilância da Zona Econômica Exclusiva, entre outras, declarou a FAB em um comunicado.

“A região amazônica será uma das maiores beneficiadas com o monitoramento permanente e com maior precisão nas informações essenciais para decisões estratégicas. Destaco a dualidade do emprego desses satélites com aplicações militares e civis, o que reitera a histórica contribuição das Forças Armadas para o desenvolvimento nacional e para o bem-estar da gente brasileira”, explicou em seu discurso no lançamento em 25 de maio, o ministro da Defesa do Brasil, Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira.

Os dois novos satélites fazem parte do Projeto Lessonia-1, que consiste na aquisição de uma constelação de satélites de órbita baixa para atender às necessidades operacionais das Forças Armadas, do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia, bem como de agências governamentais. O sistema de imageamento do Projeto Lessonia utiliza um sensor ativo de detecção capaz de gerar imagens de altíssima resolução, que podem ser obtidas a qualquer hora do dia ou da noite, independentemente das condições meteorológicas.

“A tecnologia radar permite observar o terreno mesmo quando há uma cobertura de nuvens. São mais precisos que os satélites que fazem varredura ótica, que possuem uma leitura mais limitada, porque não ‘furam’ as nuvens e só permitem fotografias a até 40 metros acima do solo, restringindo nossa capacidade de monitorar regiões como a Amazônia”, acrescentou o Tenente Brigadeiro do Ar Carlos de Almeida Baptista Junior, comandante da FAB. Os novos satélites lançados permitem a observação de uma distância de até 2 metros do solo.

Os dois satélites foram lançados por meio do foguete Falcon 9 da SpaceX, da base espacial de Cabo Canaveral, no estado da Flórida, Estados Unidos. A ação foi acompanhada por autoridades militares e do governo brasileiro, a partir do Centro de Operações Espaciais, em Brasília, capital do Brasil, com transmissão ao vivo.

Cada satélite tem dimensão de 1 metro cúbico e pesa cerca de 100 quilos, com cinco painéis solares. A operação dos dois satélites só começa de forma definitiva em novembro, tempo que, de acordo com a FAB, os equipamentos precisam para a adequação à órbita. Buscando cumprir plenamente o Programa Estratégico de Sistemas Espaciais do Brasil, também está prevista a implantação de um conjunto de satélites de fabricação nacional, para a obtenção de imagens óticas, fornecendo capacidade de observação terrestre.