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Documentário com imagens inéditas marca 10 anos da queda do voo AF447


Taíssa Stivanin | Publicada em 31/05/2019 12:30

O filme de uma hora e meia realizado com imagens que acompanham o trabalho dos investigadores da BEA, a agência civil de aviação francesa encarregada de descobrir as causas do acidente, retrata as cinco fases de operações de busca do A330 da companhia Air France, que fazia a rota Rio-Paris e caiu em 31 de maio de 2009 no oceano Atlântico.

No dia 31 de maio de 2009, às 19h29 minutos, no horário de Brasília, o voo AF447, com 228 passageiros a bordo decolava do Aeroporto Internacional do Galeão, no Rio de Janeiro, em direção a Paris. Ele nunca chegou a seu destino. A resposta sobre o que provocou o acidente viria cerca de dois anos depois, com a descoberta da fuselagem e das duas caixas pretas do avião, após cinco fases de operações de buscas por destroços e vítimas da catástrofe.

Dez anos depois da tragédia, a agência, que gravou toda a investigação em alto mar e na sede do BEA, colocou à disposição da produtora francesa Galaxie Presse uma série de imagens inéditas. Elas se transformaram em um documentário, "La Traque du Vol AF447" ou A Caça ao Voo AF447", em tradução livre. O filme do diretor Simon Kessler, feito em parceria com Fabrice Gardel, vai ao ar nesta sexta-feira (31) , no canal francês Planète Plus, do grupo francês Canal Plus.

"O documentário se concentrou em torno das buscas pelas caixas-pretas e seu conteúdo. Esse é o fio condutor do filme", diz o diretor francês. "Orientamos o roteiro em torno de uma oposição: o diálogo e a confrontação permanente entre o trabalho do BEA e as famílias, que têm dificuldade em entender o que está acontecendo. Queríamos mostrar que o trabalho dos investigadores é difícil e o ponto de vista das famílias em relação a essa investigação", explica.

As imagens estavam estocadas em caixas de papelão na ECPAD, a agência de comunicação e produção audiovisual do Ministério da Defesa, contratada pelo BEA para gravar as imagens. O diretor obteve autorização para utilizá-las em 2018. Antes, elas nunca haviam sido exibidas ao público. Selecionar as cenas foi complicado: no total, foram 150 horas de filmagem.

A RFI Brasil assistiu em primeira mão o documentário, que traz detalhes sobre as buscas e é pontuado por depoimentos de alguns dos familiares das vítimas. "É um produto de diversão, entre aspas, que as pessoas vão assistir na TV", explica o diretor francês. "Uma das preocupações era fazer isso de maneira delicada. Era fora de questão tocar em questões sensíveis como o resgate dos corpos no documentário, um tema que dava margem a muitas divergências", diz. "Como me disse um dos parentes das vítimas: 'você tem a impressão de estar dentro de um filme, mas para mim essa é a realidade'."

O que aconteceu com o voo AF447?

Por volta das 2h10 da manhã, o Airbus 330 atravessou o oceano Atlântico e desapareceu dos radares. Antes, ele enviou 24 mensagens automáticas, conhecidas como ACARS, um sistema de intercâmbio de informações entre a aeronave e a companhia aérea. Essas mensagens eram a única pista que os investigadores tinham no início para determinar a zona potencial da queda do avião.

"A conclusão sobre as causas da tragédia é o resultado de uma longa investigação, depois de quase dois anos de buscas no mar. Temos um relatório que explica a sequência dos eventos que levaram a esse trágico acidente", relata Olivier Ferrante, que chefiou as buscas do voo AF447, em entrevista à RFI. "Resumindo, tudo começou com o congelamento dos sensores Pitot, seguida de indicações errôneas de velocidade e a desconexão do piloto automático. O avião perdeu sustentação e a tripulação não conseguiu recuperá-lo ", diz.

"O momento crucial foi a descoberta da fuselagem do avião. A partir dali, eu estava convencido que também encontraríamos as caixas-pretas e poderíamos explorar os dados. No início, só tínhamos as mensagens ACARS e destroços que vieram à superfície", completa.

O relatório final, divulgado em 5 de julho de 2012, como ressalta Ferrante, traz as conclusões da investigação, as causas, os fatores que contribuíram para o acidente e, sobretudo, recomendações para prevenir outras tragédias similares.

"Houve outros casos de perda de controle nas quais o avião caiu dessa maneira, em fase de cruzeiro", explica Ferrante. O BEA inclusive utilizou esses exemplos para determinar a área de buscas, explica. "Já tinha ocorrido com outros tipos de aeronaves. A particularidade nesse caso é que ocorreu com um Airbus330, que tinha proteções suplementares contra a perda de sustentação. É a sequência particular desses eventos que não permitiu a ativação dessa barreira de proteção", especifica.

De acordo com o relatorio do BEA, o avião, que voava em velocidade de cruzeiro, não explodiu e estava inteiro no momento do impacto. A queda, de cerca de 11 mil metros, durou cerca de 3 minutos e 30 segundos. Não houve despressurização ou preparação para um pouso forçado na água. "O que mais surpreendeu neste acidente foi o fato, que durante dois anos, não achamos nada. Depois que encontramos a fuselagem e as caixas-pretas, a investigação acabou se tornando uma investigação como qualquer outra", diz o representante do BEA.

As operações de busca dos destroços, que custaram, no total, cerca de ? 31 milhões, exigiram recursos técnicos nunca antes utilizados na história da aviação. A fuselagem do A330 foi encontrada apenas em 2 de abril de 2011, a doze quilômetros da última posição conhecida, na quarta fase de buscas, a 3900 metros de profundidade.

As duas caixas pretas foram localizadas em 1 e 3 de maio de 2011. O FDR (Flight Data Recorder), forneceu os parâmetros do voo e o CVR (Cockpit Voice Recorder), revelou as conversas dos pilotos no cockpit. Elas foram lidas dez dias depois de serem resgatadas do mar. O momento em que os investigadores ouvem o conteúdo do CVR está registrado no documentário. Durante 15 minutos, a equipe ficou em silêncio, "petrificada" pelo diálogo entre os pilotos.

Cesto que resgatou vítimas se tornou memorial

"Filmamos as buscas por questões pedagógicas. Queríamos mostrar que tudo estava sendo bem feito para descobrir o que aconteceu e tranquilizar as famílias das vítimas", afirma o chefe das buscas do BEA. "As equipes de investigação foram filmadas em todos os momentos importantes das buscas", detalha Olivier Ferrante.

Além da localização dos motores do avião e das caixas-pretas, uma imagem é particularmente emocionante, conta o representante do BEA. Trata-se da cena que mostra o cesto usado para recuperar os restos mortais das vítimas que ficaram no fundo do mar durante dois anos O objeto foi transformado em um memorial pelas equipes de resgate a bordo do navio "Ile de Sein". Olivier Ferrante esteve a bordo do barco na fase 5 para supervisionar o resgate dos cadáveres que estavam desaparecidos desde 2009 - 50 passageiros foram encontrados flutuando na superfície entre 6 e 18 de junho de 2009 e 104 no fundo do mar na quinta e última fase de buscas.

"Eu estava a bordo nesse momento. Foi um monumento que quisemos deixar no local. Foi emocionante para todos nós a bordo e também uma maneira de se despedir do lugar onde aconteceu o acidente. Quase toda a tripulação estava na sala dedicada à investigação para essa despedida. O peixe que passa, no meio da imagem, bem na hora em que estamos deixando o local das buscas, foi um momento que nos marcou muito", se emociona Olivier Ferrante.

Erro de pilotagem ou problema técnico?

Durante as investigações, muitas famílias questionaram a imparcialidade do BEA, acusando a agência de proteger o fabricante Airbus e a companhia aerea, Air France, acusados de homicídio involuntário. As conclusões finais desse processo devem ser apresentadas em breve. Houve outros questionamentos sobre por que o avião voava com sensores Pitot defeituosos. "Os sensores não estavam defeituosos, eles congelaram e depois voltaram a funcionar, mas o avião já estava em uma outra configuração", detalha Olivier.

"É preciso colocar tudo dentro de um contexto. Era noite, havia turbulência, houve troca de pilotos bem nessa hora...o relatório mostra bem essa sequência, que é única, e que nesse dia causou esse acidente. Deve-se sempre desconfiar do excesso de simplificação", declara. "Erro de pilotagem ou problema técnico? Vai bem além disso. O que foi excepcional nessa investigação foi a demora de dois anos para achar o avião", detalha. Depois do acidente, 41 recomendações foram feitas para melhorar a segurança aérea. Algumas recomendações visam facilitar a localização de um avião desaparecido, o monitoramento dos voos. "Hoje é mais difícil perder um avião do que há dez anos e houve avanços na formação dos pilotos.

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Akaer revitalizará os consoles do Sistema de Gerenciamento e Combate para três Navios Fragata Classe Niterói (FCN)


Publicada em 31/05/2019 10:50

A Akaer foi selecionada pela CONSUB para a revitalização dos consoles do Sistema de Gerenciamento de Combate SICONTA MkII Mod. 1 para três Fragatas Classe Niterói (FCN).

A CONSUB, contratada pela Marinha do Brasil para executar o Projeto FÊNIX, fará a modernização do hardware e software, que propiciarão o prolongamento da vida útil dos principais navios de escolta da Esquadra Brasileira.

“É muito gratificante contribuir com nossa expertise para um projeto de tamanha relevância para a Marinha do Brasil e para a soberania nacional, em parceria com a CONSUB”, comenta o presidente e CEO da Akaer, Cesar Augusto Teixeira Andrade e Silva.

O Grupo Akaer

Fundada em 1992, a holding Akaer é considerada um dos grupos empresariais mais importantes do país, composta pelas seguintes empresas: Akaer Engenharia; Troya, dedicada ao projeto, desenvolvimento e fabricação de ferramental, plataformas e automação; Akros, o braço industrial dedicado a integrar a industrialização e manufatura de produtos de alta tecnologia; Equatorial, responsável pelo desenvolvimento, projeto e integração de sistemas espaciais e carga útil para satélites; e Opto Space & Defense, voltada para o desenvolvimento de projeto e integração de tecnologias e produtos optrônicos.

O grupo conta com uma estrutura de 18.000 m² de área construída, seis prédios e capacidade para cerca de dois mil funcionários, capaz de absorver uma industrialização avançada com foco na alta tecnologia.

O Grupo Akaer também conta com a sede da Opto S&D, em São Carlos (SP). Uma infraestrutura moderna que a permite atuar em todo o ciclo de desenvolvimento, qualificação e fabricação de optrônicos para espaço e defesa.

A empresa é desenvolvedora de produtos e integradora de primeiro nível para os setores aeronáutico, espacial e de defesa tanto no Brasil quanto no exterior. Devido à expertise nessas áreas, o Grupo Akaer atende os grandes players mundiais do setor como Embraer, Boeing e Airbus e participa de projetos estratégicos para o Brasil como o cargueiro KC-390, da Embraer, o caça Gripen NG da Saab, e as câmeras MUX e WFI para os satélites do programa CBERS.

OUTRAS MÍDIAS


CAVOK - Esquadrão da FAB implanta doutrina NVG para a Marinha do Brasil


Fernando Valduga | Publicada em 31/05/2019 18:45

Militares do Esquadrão Pantera (5º/8º GAV), sediado na Ala 4, em Santa Maria (RS), foram responsáveis pelo treinamento de implantação do voo com óculos de visão noturna (NVG, sigla em inglês para Night Vision Goggles) no 1° Esquadrão Anti-submarino (HS-1), da Marinha do Brasil, sediado em São Pedro da Aldeia (RJ).

As instruções aconteceram entre os dias 14 e 18 de maio e foram ministradas por quatro integrantes da Força Aérea Brasileira (FAB).

O Pantera foi escolhido para ministrar as instruções às equipagens do HS-1 tendo em vista à similaridade entre os projetos H-60L Blackhawk e SH-16 Seahawk, e a larga experiência do 5°/8° GAV na utilização dos óculos de visão noturna.

Inicialmente, foram realizadas aulas teóricas e instruções aéreas no helicóptero SH-16 SeaHawk para a tripulação do esquadrão da FAB, a fim de possibilitar a familiarização com o modelo. Em seguida, foi ministrado ao efetivo do Esquadrão HS-1 um curso teórico preliminar aos vôos de instrução. Ao final, os tripulantes do Esquadrão Pantera realizaram 44 surtidas de instrução de voo com NVG, concluindo a capacitação no Esquadrão HS-1.

Interoperabilidade

O Tenente Aviador Felipe Lobo Monteiro destacou os benefícios do intercâmbio com outra Força. “Foi muito importante essa interação de conhecimentos, ver como funciona a aviação aeronaval, seus procedimentos e formação dos pilotos. Tivemos a satisfação de, ao término do curso, formar quatro pilotos operacionais e cinco tripulantes no nível básico de operação. A troca de experiências foi gratificante. É bom para Força Aérea, é bom para a Marinha do Brasil e é bom para o nosso país”, disse.