CULTURA

Militar da FAB toma posse na Academia Brasileira de Belas Artes

Solenidade ocorreu nessa quarta-feira (04), no Rio de Janeiro (RJ)
Publicada em: 05/12/2019 16:03
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Fonte: Agência Força Aérea, por Aspirante Flávia Rocha
Edição: Agência Força Aérea - Revisão: Tenente-Coronel Santana

O Suboficial Marcelo Azevedo dos Santos, com 30 anos de experiência como Desenhista da Força Aérea Brasileira (FAB), tomou posse nesta quarta-feira, 4 de dezembro, na Academia Brasileira de Belas Artes (ABBA), como ocupante da Cadeira Livre número 39. A Sessão Solene de Posse Acadêmica ocorreu no Clube Naval, no Rio de Janeiro (RJ).

Por votação unânime da Comissão de Avaliação, Marcelo Azeva (nome que utiliza no meio das artes) foi eleito para integrar a grade de respeitáveis artistas plásticos, músicos, arquitetos e gravadores, que compõem e elevam a Cultura Brasileira.

Natural do Rio de Janeiro, o artista e designer gráfico Marcelo Azeva é formado em Desenho pela Escola de Especialistas de Aeronáutica (EEAR), tendo atuado como professor de Desenho Artístico no Curso de Especialização de Soldados, no Serviço Regional de Engenharia do antigo Terceiro Comando Aéreo Regional (COMAR III), de 1994 a 1998.

Ganhou dois prêmios nacionais na área de design e criação: primeiro lugar no concurso cultural para a escolha da marca dos 50 anos da Comissão de Desportos da Aeronáutica e o prêmio de primeiro lugar no concurso cultural para a escolha da marca dos 75 anos do Hospital Central da Aeronáutica (HCA), ambos em 2017.

Além dessas e outras distinções, o Suboficial Marcelo atuou como projetista, artista e curador do Salão Histórico da Ala 11 (2018-2019), tendo participado também da organização do Salão Histórico da antiga Quinta Força Aérea (2010) e, ainda, foi responsável pelo projeto gráfico do Concerto Sinfônico da Força Aérea Brasileira de 2018, no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Possui trabalhos expostos no Salão Histórico de Transporte da FAB. É autor de diversos emblemas e designs artísticos utilizados pela Força. 

Foi justamente por seu vasto currículo que o militar, junto com outros artistas, foi aceito para a Academia Brasileira de Belas Artes. O novo acadêmico conta que aprendeu a desenhar copiando heróis de histórias em quadrinho. Já o desejo de entrar na FAB se intensificou quando descobriu que existia um curso de desenho na EEAR. “Sempre gostei de artes, principalmente de desenhar. O desejo de entrar para a Força Aérea veio por influência do meu pai [Especialista em Aviões na Aeronáutica]. Depois disso, tornar-me um desenhista da FAB passou a ser meu sonho”, revela.

Biografia

Aos 16 anos, Marcelo Azevedo dos Santos foi aprovado no Concurso para a EEAR. Segundo o agora Suboficial, era tudo que ele queria: uma imersão total na instrução militar e na prazerosa atividade de aprimorar as técnicas de desenho. “Não conheço um curso de desenho tão imersivo e de tanta qualidade. Lá aprendi desenho topográfico, desenho mecânico, desenho básico, desenho de letras, desenho arquitetônico, desenho à mão livre, desenho geométrico, desenho de instalações, desenho à nanquim, pintura em tela, entre outros”, narra. 

Prova de fogo

Antes de ser selecionado para cursar a especialidade de desenho, ainda havia uma prova de fogo. Dos cerca dos 550 candidatos aprovados, apenas nove seriam escolhidos para serem os futuros Desenhistas da Aeronáutica. Todos os candidatos foram submetidos a rigorosos testes de aptidão para todas as especialidades disponíveis. “O teste de desenho foi no rancho [refeitório]. Para a minha completa felicidade, após todos os testes de aptidão, consegui ser um dos que iriam ocupar uma das nove cobiçadas vagas do curso de desenho”, lembra. 

Após terminar o curso, o Graduado foi lotado na antiga Base Aérea de Belém, hoje Ala 9, no Pará. Após alguns anos, foi transferido para o Serviço Regional de Engenharia no Rio de Janeiro, no antigo COMAR III. Nessa Unidade, também deu aula de Desenho à mão livre. Na mesma época, a tecnologia o obrigou a migrar dos desenhos à nanquim para desenhos feitos no computador (no software AutoCAD). Depois de 10 anos, foi transferido para a antiga Quinta Força Aérea. Atualmente, trabalha na Ala 11, no Rio de Janeiro.

Fotos: Arquivo pessoal