SAÚDE

Saiba mais sobre as atividades da Saúde Operacional na Força Aérea Brasileira

A atuação pode ser em ambientes variados, em tempos de paz ou de conflitos
Publicada em: 02/12/2019 09:00
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Fonte: Agência Força Aérea, por Tenente Elias
Edição: Agência Força Aérea - Revisão: Tenente-Coronel Santana

As atividades da Saúde Operacional na Força Aérea Brasileira (FAB) têm uma vasta abrangência. Desde a atuação dos Médicos de Esquadrão, Hospitais de Campanha, Evacuação Aeromédica (EVAM), Defesa Química Biológica Radiológica e Nuclear (DQBRN) até o Atendimento Pré-Hospitalar. Abarcam, ainda, o estudo da Medicina Aeroespacial, por meio do treinamento fisiológico das tripulações e do Desempenho Humano Operacional.

A atuação é exercida por profissionais de diversas especialidades, em diferentes níveis. Nos níveis mais avançados está a atuação de médicos e enfermeiros; em nível intermediário, outros profissionais de saúde, elementos de Operações Especiais e de Busca e Salvamento; e no nível mais básico, os socorristas táticos.

O acionamento dos meios de Força Aérea pode acontecer para transportar vítimas, atuação em missões de Busca e Salvamento, EVAM e outras atividades afins. As ações com o uso de aeronaves envolvem particularidades em relação aos pacientes e ao ambiente aéreo, com as quais os militares da FAB têm de estar preparados para lidar.

Em setembro do ano passado, por exemplo, uma incubadora foi montada, adaptada e energizada na aeronave C-98 Caravan com a missão de resgatar, em Conceição do Araguaia (PA), um bebê recém-nascido, prematuro, que havia completado 13 dias de vida e estava com suspeita de infecção enterocolite necrotizante. A missão foi realizada pelo Esquadrão Tracajá, sediado em Belém (PA), com o apoio do Hospital de Aeronáutica de Belém (HABE).

"Cumprir uma missão de EVAM, em que ajudamos um enfermo, é sempre gratificante. Mas, cumprir uma EVAM para ajudar uma vida que acabou de chegar a este mundo tem um sentimento especial. Estamos muito felizes de poder auxiliar esta família”, ressaltou, na época, o Tenente Aviador Diego Carvalho Almeida, que fazia parte da tripulação.

As atuações podem ser em ambientes variados, em tempos de paz ou de conflitos. “Pode ser feito um acionamento de equipe e aeronave, que estão sempre de sobreaviso, para transporte de vítima por meio aéreo; podem ser mobilizadas equipes de diversas especialidades para atuar em atendimento a desastres e hospitais de campanha, quando da necessidade por evento adverso; como também há a atividade diária e constante dos Médicos de Esquadrão, que operam nas Alas cuidando da saúde de todo o efetivo do Esquadrão do Voo, de forma preventiva e assistencial”, ressaltou o Tenente Médico Gustavo Messias Costa.

A FAB realiza diversos cursos para atuação em Saúde Operacional, nas mais diversas áreas, que são ministrados pelo Instituto de Medicina Aeroespacial Brigadeiro Médico Roberto Teixeira (IMAE). São eles: Curso de Médico de Esquadrão (CMESQ), Curso de Evacuação Aeromédica (CEVAM), Curso de Cuidados Críticos em Voo (CCCRIV), Curso de Capacitação em Defesa Química Biológica Radiológica e Nuclear (DQBRN), Curso de Capacitação em Saúde Operacional (CCSOP) e Curso de Capacitação em Socorro Pré-Hospitalar Militar (CCSPHM).

“A constante capacitação e treinamento de pessoal militar para atuar em ambientes hostis com equipes de saúde exerce grande importância para a população do país. Nós estamos preparados para atuar em conjunto com a defesa civil, em eventos adversos, que causem danos humanos, materiais e ambientais de grandes proporções. Como exemplo, temos as atuações no atendimento ao desastre provocado pelas chuvas na Região Serrana no Estado do Rio de Janeiro, em 2011, e da barragem em Brumadinho, este ano”, explicou o Tenente Médico Iago Nery Leite.

 

Fotos: Arquivo / CECOMSAER